Ultraortodoxos admitem centenas de conversões a Jesus
Da pequena Petach Tikva à capital Jerusalém, ocorre um
avivamento silencioso
por Jarbas Aragão
Na verdade, a campanha contra os missionários é uma prática
antiga de organizações como Yad L’Achim e a Judeus para o Judaísmo. O argumento
mais usado é que o objetivo dos cristãos é “destruir o povo judeu” ao fazê-los
abandonar sua fé milenar em um único Deus.
Para o site messiânico Kehila News, “parece que a comunidade haredi está
enfrentando uma crise espiritual de proporções históricas”. Os seguidores do
ramo ultraortodoxo passam a maior parte do seu tempo estudando a Torá, mas
agora mostram-se dispostos a buscar respostas em outras fontes além de suas
tradições.
Esse seria o motivo pelo qual o material dos messiânicos
está proibido nas cidades governadas por esse ramo estrito do judaísmo, com as
autoridades pedindo que as pessoas não o leiam e entreguem na prefeitura para
que “não causam mais dano”.
Os missionários que divulgam Jesus como Messias
apresentam-se como uma corrente judaica que também usa o Novo Testamento, um
livro judaico que complementa a Tanach (Antigo Testamento).
Muitas vezes eles não podem falar abertamente, por isso
distribuem literatura sobre o assunto. Pelo fato de correrem risco de
perseguição, seu trabalho seguidamente é feito sem chamar atenção. Para muitos
especialistas, o que ocorre em Israel é um “um avivamento silencioso”.
Curiosamente, ao fazer o apelo para que os cidadãos de
Petach Tikva parem de ler o material, o prefeito admitiu que já eram “centenas”
de pessoas que estavam sendo enganadas. Ao fazer isso, admitiu involuntariamente
que muitos ultraortodoxos estão, de fato, reconhecendo Jesus como o Messias.
Para quem conhece a realidade de Israel, a afirmação é
chocante, uma vez que o principal argumento dos rabinos é que só se “deixava
enganar” pelos missionários aqueles que são ignorantes da Torá. Contudo, a
admissão de que o grupo mais religioso dentro do país está perdendo membros
para os messiânicos é o mesmo que soar um alarme de incêndio.
O “avanço” do número de seguidores de Cristo tem incomodado
tanto os líderes religiosos judeus, que foram criadas leis visando suprimir a
liberdade religiosa. Por exemplo, desde junho de 2015, a Prefeitura de
Jerusalém é obrigada a consultar os rabinos da cidade antes de permitir que os
cristãos realizem eventos na cidade, temendo que eles convençam os judeus a
seguir Jesus.
Esta semana, cerca de uma dúzia de ultraortodoxos invadiu um
encontro de cristãos no local tradicional do Cenáculo, onde foi realizada a
última ceia e se encontra o suposto túmulo do rei Davi. Alguns gritavam “O povo
judeu vive para sempre!”, enquanto outro os amaldiçoavam: “Que o nome do seu
falso deus se apague para sempre”.
Mais intrigante ainda foram as declarações recentes do
rabino Chaim Kanievsky, uma das maiores autoridades na sociedade judaica
Haredi. Suas mensagens recentes têm sido claras e inequívocas: todos os judeus
devem voltar para Israel o mais rapidamente possível.
Para ele, essa é uma ação espiritual que marca a vinda do Messias
judeu. Durante um encontro público no início de junto, ele
afirmou: “O Messias já está aqui. Ele irá revelar-se muito em breve”.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao pedir cópia de Certificados ou convites favor enviar e-mail para a resposta.
Obrigada.