sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Terremoto deixa mortos e feridos na Indonésia

Duas jovens cristãs ficaram presas entre os escombros


Fonte: Portas Abertas

O tremor afetou casas, hotéis e até um hospital, que desabou (foto: AntaraNews)

Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu a ilha de Sulawesi, na Indonésia. Cerca de 35 pessoas morreram e 650 ficaram feridas, além disso, mais de 15 mil cidadãos deixaram as casas em que moravam. De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos, o terremoto foi sentido por cerca de sete segundos, mas não disparou um alerta de tsunami. O tremor aconteceu às 2h18 desta sexta, no horário local (15h18 de quinta, no horário de Brasília).

Casas e hotéis sofreram danos significativos nas cidades de Mamuju e Majene, que juntas contam com cerca de 170 mil habitantes. No incidente, um hospital desabou e cerca de 10 pessoas ficaram presas nos escombros. Durante o terremoto duas meninas cristãs, Angel e Katherine, não conseguiram escapar da casa onde estavam e ficaram presas sob os escombros. As duas são filhas de um parceiro local da Portas Abertas, Axel Fong, membro da Igreja GBI Puncak. Ainda não se sabe o número exato de cristãos que foram afetados pelo incidente.

Uma série de 26 tremores secundários em 24 horas causou ao menos três deslizamentos de terra e interrompeu o fornecimento de energia elétrica na cidade, de acordo com a agência de desastres do país. A Indonésia fica na região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, com intensa atividade sísmica e por isso são comuns os terremotos e erupção de vulcões

O presidente do país, Joko Widodo, expressou solidariedade às vítimas e familiares através de uma declaração em vídeo. Além disso, o líder pediu que os cidadãos mantivessem a calma diante da situação e que as autoridades continuassem as operações de busca e resgate.

Pedidos de oração

* Peça pela vida Angel e Katherine, para que sejam retiradas dos escombros e possam se recuperar sem traumas.
* Ore pelas famílias das vítimas nesse momento difícil, para que o Senhor traga conforto e paz aos corações.
* Interceda pelos demais cristãos na Indonésia, para que sejam visitados por Deus durante o incidente e possam se manter firmes na fé.
* Clame para que as autoridades do país realizem resgates bem sucedidos, salvando vidas e levando socorro a quem precisa.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Mensagens


 

Cinco famílias têm casas destruídas por serem evangélicas, no México

Além dos danos às casas, católicos tradicionalistas prenderam dois moradores evangélicos.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EL UNIVERSAL

Casas de evangélicos foram destruídas no sul do México. (Foto: Reprodução/Diario de Chiapas)

Cinco casas de evangélicos foram destruídas no domingo (10) no município de San Cristóbal, no estado mexicano de Chiapas. Os ataques foram feitos em uma comunidade tsotsil, que é um povo maia no sul do México.

Os ataques foram motivados pela recusa dos evangélicos em participar das atividades da Igreja Católica e não cooperar com as festas da comunidade, informou o jornal mexicano El Universal.

De acordo com o líder da igreja Alas de Águila, o pastor Esdras Alonso González, duas famílias tsotsis, com um total de nove pessoas, foram afetadas pela destruição de cinco casas na comunidade Mitzitón.

Além dos danos, católicos prenderam os moradores locais Alejandro Jiménez Jiménez e Miguel Jiménez Heredia, que são evangélicos.

O pastor Esdras disse também que na comunidade Napité, no município de San Cristóbal, católicos impediram os evangélicos de construir um templo. Eles haviam retornado à comunidade em 15 de dezembro, após terem sido expulsos por um ano.

As cinco famílias, com um total de 30 pessoas, tiveram que acatar a decisão das autoridades comunitárias. Dentre elas, três famílias tiveram que deixar suas casas pela segunda vez, explicou o pastor Esdras.

Não é a primeira vez que incidentes como este acontecem em Mitzitón. Em 15 de maio de 2016, católicos tradicionalistas saquearam e destruíram parcialmente 84 casas, onde viviam 350 evangélicos tsotsis, que tiveram que deixar a comunidade.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O risco de trabalhar com refugiadas norte-coreanas na China

    
A colaboradora da Portas Abertas, Rebecca, que iniciou um trabalho com mulheres no país fala sobre as dificuldades do ministério

A colaboradora de campo da Portas Abertas, Rebecca*, trabalha com mulheres norte-coreanas refugiadas na China. Todas elas caíram em armadilhas do tráfico humano, que as vendeu para bordéis e homens chineses. A política de apenas um filho tem levado à falta de mulheres e, por isso, os homens mais pobres com frequência não encontram uma noiva. Para resolver a situação, eles compram uma. Frequentemente são mulheres norte-coreanas, que acabam sendo abusadas.

Os colaboradores de campo garantem a elas cuidado pastoral, estudo bíblico e um pouco de dinheiro para sobrevivência. Apesar de ser um ministério perigoso, Rebecca está muito alegre. Ao falar sobre o ministério, ela explica que, juntas, elas adoram a Deus e estudam a palavra. Além disso, Rebecca oferece o que as norte-coreanas precisam. Os encontros geralmente ocorrem duas vezes por mês.

Ao ouvirem a palavra de Deus pela primeira vez, as mulheres riem e respondem como se ela não fizesse o menor sentido. Mas quanto mais ouvem os versos e sermões, compreendem que a mensagem é séria. “É muito difícil ensiná-las a palavra porque, em suas mentes, há uma mistura de ideias que aprenderam na terra natal que vai contra os ensinamentos de Jesus. Por isso, a palavra não vai direto aos corações. Elas realmente querem crer, mas as mensagens da Bíblia são tão diferentes do que aprenderam que leva tempo para aceitarem a verdade.”

Rebecca sabe que leva tempo para mudar o pensamento. Por isso, ao invés de tentar persuadi-las, continua ensinando mensagens bíblicas. Um dia, elas compreendem que aquilo é a verdade e suas vidas mudam gradualmente.

Grandes desafios

Como as norte-coreanas não têm nenhum documento, são consideradas refugiadas ilegais na China. Sendo assim, apenas se encontrar com elas já é perigoso. Além disso, o trabalho da Portas Abertas não é visto como favorável ao governo chinês, então é preciso evitar todas as possibilidades de colocar o ministério em risco. Essa é a parte mais difícil.

“Eu vou até essas mulheres, falo a elas sobre Deus, adoramos juntas e estudamos a Bíblia. As vidas delas são realmente difíceis e pesadas. Elas deveriam ser bem recebidas, mas, ao invés disso, são tratadas apenas como uma forma de produzir bebês. Por não possuírem documentação, não podem viajar livremente pela China. Elas não podem fazer o que querem, estão presas nessa situação”, explica Rebecca.

Ela compartilhou sobre uma das mulheres que o marido era muito velho para trabalhar. Além disso, ela ainda precisava cuidar do filho, então trabalhava para sustentar a família. Em meio ao desespero, ela decidiu ir para a Coreia do Sul. Outra razão para isso é que ela precisava de dinheiro para trazer o outro filho dela da Coreia do Norte, o que custava muito. A mulher deixou o marido, mas foi pega pela polícia chinesa. Quando isso acontece, há sempre uma grande possibilidade de ser enviada de volta para a Coreia do Norte.

“Nós ficamos preocupados e oramos muito por ela. Felizmente, todas as irmãs do estudo bíblico que oraram por ela experimentaram alívio ao orar, isso me inclui. Nós sentimos paz nos corações. Essa foi a resposta para nossas orações”, afirma.

Após entrar em contato com a polícia, eles disseram que não precisávamos nos preocupar. Porém, a situação ainda se arrastou por meses. Eventualmente, Deus a libertou e permitiu que voltasse para a família.

*Nome alterado por segurança.

Com base nessa situação, a Portas Abertas oferece comida, remédios e roupas para cristãos norte-coreanos que fogem para a China. Assim, a igreja local recebe provisão e experimenta o cuidado por parte do corpo de Cristo. Doe agora e forneça alimento, remédios e roupas para cristãos norte-coreanos refugiados na China.

domingo, 10 de janeiro de 2021

“Deus me impediu de desistir”, diz cristã que sobreviveu à prisão na Coreia do Norte

Uma cristã sobrevivente da prisão norte-coreana enviou seu relato à Missão Portas Abertas, que publicou o testemunho de forma que sua identidade seja protegida.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PORTAS ABERTAS (EUA)

Prisões da Coreia do Norte mantém seus internos em situações degradantes. (Foto: Portas Abertas / EUA)

“Gota a gota, como uma torneira secando lentamente, você não fica com nada além de sua própria mente e corpo, e ambos serão eventualmente eliminados por este lugar”. A declaração chocante foi dada por uma cristã, prisioneira na Coreia do Norte, em razão de sua fé em Jesus Cristo.

Em um vasto depoimento, dado ao site da Missão Portas Abertas (EUA), ela se denomina como “Prisioneira 42”, pois não pode revelar seu nome verdadeiro, por motivos de segurança. Por isso, usa o número que lhe deram para identificá-la, assim que chegou à prisão.

Em seu relato, ela conta detalhes sobre a realidade da prisão norte-coreana, como tem sentido o cuidado de Deus sobre sua vida e como sua fé a tem ajudado a sobreviver, apesar de todas as dificuldades.

“Todas as manhãs às 8h, eles chamam ‘42’. Quando me levanto, não tenho permissão para olhar para os guardas. Tenho que me levantar, colocar minhas mãos atrás das costas e segui-los até a sala de interrogatório. Posso ver as sombras dos guardas, mas tenho o cuidado de nunca parecer que estou olhando para eles”, contou ela.

“Mesmo que a mesma coisa aconteça todos os dias, a cada dia, ainda estou com muito medo. Cada vez que eles chamam por ‘42’, me espancam e me chutam. Dói mais quando eles atingem meus ouvidos. Meus ouvidos zumbem por horas, às vezes por dias”, acrescentou. “Mas por agora, pelo menos estou viva”.

O interrogatório que nunca acaba

A prisioneira contou que os interrogatórios são diários e parecem intermináveis, como se ela não conseguisse mais perceber a diferença entre um e outro.

“Todos os dias, eles fazem as mesmas perguntas: ‘Por que você estava na China?’; ‘Quem você conheceu?’; ‘Você foi à igreja?’; ‘Você tinha uma Bíblia?’; ‘Você conheceu algum sul-coreano?’. ‘Você é cristã?’”, contou.

Ela relatou que a situação precária da prisão e de sua cela caracterizam as condições em que nem mesmo um animal conseguiria viver.

“Minha cela fica quente durante o dia e fria à noite. No inverno ou no verão, a temperatura pode ser insuportável. É tão pequena que mal consigo deitar”, disse.

“Mas eu não tenho permissão para deitar muito, de qualquer maneira. Tenho que ficar de joelhos, com os punhos fechados. Eu nem mesmo tenho permissão para abri-los. O lugar não é adequado para nenhum humano, mas para os guardas, não sou humana. Eu sou menos que um animal. Estou trancada nesta gaiola, a porta pesada e fechaduras atrás de mim, ecoam na luz fraca que nunca fica mais brilhante neste lugar”, explicou.

Na solitária por Jesus

A prisioneira contou que está em confinamento solitário, porque as autoridades suspeitam que ela realmente seja cristã e desconfiam disso por causa de suas negações na sala de interrogatório.

“Eu sou uma cristã? Sim. Mas eu tenho que fingir. Se eu admitir que fui ajudada por cristãos chineses, serei morta, rápida oulentamente”, destacou.

Ela contou que apesar de saber que há outros prisioneiros naquele campo de reeducação, não tem permissão para fazer contato com eles.

“Tudo que posso fazer é orar. Orar e cantar em meu coração. Nunca em voz alta, apenas no meu coração. Eu canto uma música que escrevi na minha cabeça”, disse ela.

A letra da música diz:

Meu coração anseia por meu Pai nesta prisão

Embora o caminho para a verdade seja íngreme e estreito

Um futuro brilhante será revelado quando eu continuar

Sem fé, a calamidade atacará nesta estrada

Permita-me ir em direção à fortaleza

Embora possa haver muito sofrimento e complicações

Como posso seguir os passos do meu Deus?

Muitos prisioneiros da Coreia do Norte acabam não resistindo às condições em que são mantidos e às sequentes seções de tortura. (Foto: Portas Abertas / EUA) 

Com lágrimas, meu coração anseia por meu Pai nesta prisão

Pai, por favor aceite esta filha pecadora

Por favor, proteja-me em Sua fortaleza na montanha e sob Seu escudo

Leve-me sob suas asas de paz

A voz do pai que vem do céu

Guia-me para suas bênçãos diariamente

Sobrevivendo

Após passar por um julgamento no tribunal norte-coreano, a prisioneira 42 foi condenada a quatro anos em um “campo de reeducação”, onde apesar de todas as dificuldades, ainda sente a presença de Deus.

“Deus tem estado comigo todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos. Ontem foi anunciado que seria libertada. Cumpri apenas dois anos. A primeira coisa que farei quando sair, será encontrar meu marido e meus filhos. Meus filhos estão muito maiores agora. Não nos vemos há anos”, contou ela.

A prisioneira expressou sua gratidão a Deus por todo o cuidado com sua vida durante este tempo.

“Deus cuidou de mim. Ele me impediu de desistir. Acontece que eu não era apenas uma torneira secando. Jesus me deu Água Viva, para me manter funcionando quando parecia que eu iria falhar. Ele me impediu de acabar com minha própria vida, Ele me ajudou a orar e clamar a Ele”, disse ela.

“Eu oro e acredito que Ele também cuida de meus filhos a cada segundo de cada minuto de cada hora de cada dia. Preciso contar a eles sobre esse Deus amoroso”, acrescentou.

*Esta história é baseada nos relatos da vida real de vários cristãos norte-coreanos. Alguns detalhes foram ligeiramente alterados ou mesclados para proteger a identidade específica de qualquer cristão individualmente.