sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Pastores da China desafiam perseguição: "Quando um é preso, outro assume o trabalho"

Líderes cristãos chineses afirmaram que não irão se intimidar diante da crescente perseguição religiosa em seu país.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PORTAS ABERTAS (EUA)

Apesar da perseguição religiosa, o cristianismo cresce exponencialmente na China. (Foto: AFP via Getty Images)


Recentemente, a equipe da missão Portas Abertas (EUA) reuniu-se com líderes de igrejas chinesaspara ouvir suas histórias e testemunhos do que está acontecendo atualmente no país mais populoso do mundo e encorajar outros cristãos perseguidos, enquanto lidera a igreja durante a crescente perseguição. Esse tempo juntos também foi uma oportunidade rara de encorajamento mútuo.

Bai Yahui, uma cristã da China Central, contou como a polícia havia fechado todas as igrejas domésticas na região, avisando que os pastores não deveriam mais realizar mais nenhum culto ou qualquer outro tipo de reunião entre cristãos.

Os pastores de área foram colocados em "provação", disse ela, e foram orientados a ir à delegacia toda vez que recebiam uma ligação policial dizendo-lhes para relatar seus movimentos e atividades. A polícia liga frequentemente em horários aleatórios, dia ou noite. Bai conta como ela e outros líderes estão respondendo à crescente perseguição do estado:

"Estamos constantemente no limite", disse ela, "Mas nossa fé cresceu e estamos mais determinados do que nunca a ver os cristãos na área se manterem fortes e não comprometerem sua fé em Jesus. Nós começamos muitas reuniões menores agora, e mais e mais irmãos e irmãs estão levantando as mãos para atuar como líderes de igrejas em mini-casas".

Discipulado

Outro pastor, Tito*, tem alcançado jovens por meio do discipulado há muitos anos. Em 2017, o governo chinês novamente proibiu todas as atividades de jovens cristãos, desta vez com uma nova determinação para impedir que os adolescentes chegassem à fé cristã. Este novo movimento basicamente considerou crime qualquer tipo de trabalho cristão com jovens.

"Inicialmente, fiquei muito frustrado com as tentativas do governo de nos calar", diz Titus. "Mas recentemente, eu abracei isso como uma nova temporada em que Deus nos trará aqueles que verdadeiramente estão famintos por Ele e estão dispostos a seguir a Jesus a qualquer custo".

"Muitos jovens têm muito medo de comparecer às nossas reuniões, por isso estamos tentando maneiras novas e criativas de ter comunhão. Nós praticamos esportes e tocamos instrumentos musicais juntos, comemos juntos e estudamos em grupos. Aproveitamos todas as oportunidades para orar uns pelos outros e compartilhar as escrituras que nos fortalecem e nos dão esperança. O sentimento de amor e solidariedade é incrível", destacou.

"Responderemos em amor"

Levando para casa a situação atual dos cristãos na China, dois pastores que viajaram para se encontrar com a equipe da Portas Abertas (EUA) receberam telefonemas de familiares 24 horas após a partida, alertando-os de que a polícia estava procurando por eles. As autoridades queriam saber sobre seu paradeiro e por que não haviam retornado suas ligações.

Apesar da vigilância contínua e da sempre presente nuvem de suspeita, esses líderes refletiam uma enorme sensação de alegria quando adoravam a Deus. Seus sorrisos, risos e determinação para levar a igreja a conhecer Jesus representam os crentes em todo o país, que estão se reunindo para determinar os próximos passos e sua resposta à perseguição.

Bai Yahui destacou que apesar da tensão gerada pelo cerco fechado do Partido Comunista sobre as igrejas, os pastores não se intimidam.

"A situação é tensa, mas sabemos que Deus está em movimento, apesar das restrições. Realizamos uma reunião dos líderes regionais e concordamos que, quando um de nós for preso, outro assumirá o trabalho. Também decidimos responder à polícia respeitosamente e com amor, mesmo que gritem conosco ou usem força física [em tentativas de] nos fazer entregar os nomes de outros crentes", contou ela.

*Nome fictício, usado em razão da segurança do pastor citado.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Mãe se recusa a abortar bebê com anomalia e filho nasce perfeito: “Nós oramos muito”


O filho de Kate Mckinney foi diagnosticado com higroma cístico, mas ela não cedeu aos argumentos médicos para abortar.

FONTE: GUIAME



O parto de Kate Mckinney aconteceu em 5 de novembro de 2018 e seu filho nasceu em perfeito estado. (Foto: Reprodução/Facebook)

Após a aprovação da lei que permite o aborto até o nascimento em Nova York, mães de diversas partes dos Estados Unidos passaram a compartilhar suas histórias de vida a fim de incentivar outras mulheres a não abortarem.

Uma delas é Kate Mckinney, que já era mãe de três filhas até engravidar novamente em março de 2018. Ela e seu marido, Bobby, estavam animados em ver a família aumentar, mas enfrentaram um grande desafio após o exame para descobrir o sexo do bebê.

“Naquele dia, não só descobrimos que iríamos ter um menino, mas também descobrimos que nosso bebê tinha uma anomalia, e precisávamos consultar um especialista imediatamente”, disse Kate no sábado (2), em uma publicação no Facebook.

“A única informação que tivemos foi que havia algum fluido na parte de trás do pescoço dele que poderia ser várias coisas diferentes, mas nenhuma delas era boa. Nós deixamos o médico naquele dia bastante arrasados”, acrescentou.

Com 18 semanas de gestação, Kate consultou um médico especialista e soube que o fluido na parte de trás do pescoço era tão grande que o bebê não sobreviveria. “Não havia nenhuma chance. Ele tinha um higroma cístico. Isso significa que ele poderia ter trissomia, um defeito estrutural ou seus órgãos poderiam não se desenvolver adequadamente”.

Diante do diagnóstico, o médico tentou convencer Kate a abortar. Sua reação foi se derramar em lágrimas, mas sua decisão estava tomada. “Eu disse a ele que não havia como abortar. Ele me falou sobre os riscos de continuar com a gravidez e o que aconteceria durante uma morte fetal. Ele ainda estava tentando me convencer a abortar”, ela lembra.

Quando Kate foi encaminhada para fazer um exame de sangue, a fim de descobrir a causa do fluido, uma enfermeira trouxe uma palavra de fé. “Ela gentilmente colocou a mão no meu braço, olhou nos olhos e disse: ‘Apenas tenha fé. Nada é impossível para Deus’. Em um consultório médico, onde parecia que eles estavam distribuindo pirulitos com abortos, essa mulher era um anjo. Eu sei que Deus a colocou lá naquele dia para me dizer isso. Eu precisava ouvir isso. O nome dela era Whitney, e nunca mais a vi naquele consultório médico nas mais de 20 vezes que estive lá. Ela foi meu anjo naquele dia”.

Teste de fé

A cada semana, Kate ia ao consultório e lidava com a insistência dos médicos no aborto. “Nós oramos muito. Eu pedi a Deus por um milagre na noite anterior à minha consulta de 26 semanas”, ela conta.

Na consulta, o técnico de ultra-som não mediu o tamanho do higroma cístico e Kate temeu receber uma má notícia. No entanto, uma médica que a atendeu pela primeira vez, disse de maneira doce e suave: não há mais nada para medir.
O parto de Kate aconteceu em 5 de novembro do ano passado. Seu filho nasceu em perfeito estado. “Os médicos ficaram chocados. Tanto que eles fizeram o máximo de exames possíveis tentando descobrir algo que poderia estar errado com ele. Todos deram negativo”, celebra a mãe.
O único problema que o bebê tem é um pequeno sopro cardíaco, algo comum e que se ajusta sozinho. “Isso é tudo. O bebê que tinha 0% de chance de sobrevivência está aqui e é saudável”, destacou.
“Acredito firmemente que minha fé foi testada durante esta gravidez. Deus queria ver se eu faria o impensável e concluiria Seu plano. Ele queria ver se eu creria Nele para curar nosso bebê. Rapaz, estou feliz por ter feito isso”, disse Kate.
“Eu escolho a vida. Ontem, hoje e amanhã. Vou orar por Nova York e pelos líderes que tomaram essa decisão. Como eu sei muito bem, nada é impossível para Deus”, ela completou.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Pena de morte e expulsão da família são castigos para quem se torna cristão no Iêmen

No país mais pobre do Oriente Médio, a perseguição que os cristãos enfrentam é “extrema” e as igrejas são destruídas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PORTAS ABERTAS E CHRISTIAN POST

Os cristãos iemenitas sofrem a crise humanitária e perseguição religiosa. (Foto: Reprodução/Portas Abertas)


O Iêmen é um país mergulhado em uma guerra civil desde 2011, o que tem provocado a pior crise humanitária do mundo hoje. Cerca de 80% dos iemenitas dependem de ajuda externa, que em geral é canalizada através das tribos e linhas familiares, das quais os cristãos são comumente desconectados, afirma o Portas Abertas.

O país árabe tem uma população de cerca de 28 milhões de pessoas. Com maioria muçulmana, os cristãos, judeus, bahais e hindus compõem menos de 1% da população, segundo o Relatório de Liberdade Religiosa Internacional do Departamento de Estado dos EUA. Muitos dos cristãos (a maioria católicos romanos e anglicanos) são refugiados ou residentes estrangeiros temporários.

O Islã é a religião do estado e a Sharia (lei islâmica) é a fonte de toda a legislação. Tentar converter muçulmanos é ilegal e a conversão do Islã para outra religião é a apostasia, uma ofensa capital.

De acordo com o Portas Abertas dos EUA, a perseguição que os cristãos enfrentam no Iêmen é “extrema”. Tornar-se cristão no Iêmen é punível com pena de morte ou expulsão da família.

“Eles enfrentam perseguição das autoridades (incluindo detenção e interrogatório), suas famílias e grupos islâmicos radicais que ameaçam convertidos à morte se não se reconvertem”, observa o relatório.

Ele diz ainda que “a lei tribal proíbe os membros de deixar a tribo; a punição por denunciar o Islã pode ser a morte ou o banimento. Tanto homens como mulheres convertidos ao cristianismo, casados ​​com muçulmanos, se arriscam a se divorciar, incluindo a custódia de seus filhos. Os cristãos sofrem a crise humanitária geral”.

Os cristãos iemenitas são também vulneráveis, uma vez que a ajuda de emergência é distribuída principalmente através de organizações islâmicas e mesquitas locais. Estes grupos supostamente discriminam todos os que não são considerados muçulmanos piedosos, afirma o relatório.

Perseguição e fuga

Devido ao caos produzido pela guerra civil, é muito difícil reportar incidentes violentos contra cristãos. Muitas vezes eles escapam da morte ao fugir para outros lugares. Mas sabe-se que ao menos 27 cristãos foram mental ou fisicamente agredidos como resultado de sua fé e da guerra.

Pelo menos 5 famílias tiveram que deixar suas casas e ser realocadas no interior, por razões relacionadas à fé. Como em média uma família é composta por sete pessoas, isso significa 35 pessoas. Além disso, a pressão por parte da família levou alguns cristãos ex-muçulmanos iemenitas a fugir do país.

Os cultos privados se tornaram ainda mais arriscados para os cristãos, tanto em áreas controladas por rebeldes houthis como em áreas “liberadas” pelas forças sunitas apoiadas pela Arábia Saudita e seus aliados ocidentais. A Al-Qaeda na Península Arábica e o Estado Islâmico operam livremente em grande parte do país.

Os edifícios onde cristãos ou estrangeiros de países cristãos estavam trabalhando foram alvo no decorrer do conflito. Por exemplo, em março de 2016 uma casa de repouso para idosos e deficientes foi diretamente atacada por assaltantes, conectados ao Estado Islâmico.

O número de cristãos ex-muçulmanos nativos é estimado em apenas alguns milhares, mas aparentemente está crescendo, segundo o Portas Abertas. Na atual situação de guerra, os principais agentes de perseguição são grupos extremistas islâmicos e a família.

Igrejas destruídas

A maior autoridade islâmica saudita, o Grande Mufti, emitiu uma fatwa (pronunciamento religioso específico) em 2012, pedindo a destruição de todas as igrejas cristãs na Península Arábica, que inclui necessariamente o Iêmen.

Depois que os legisladores no Kuwait fizeram um esforço para aprovar leis que proíbem a construção de novas igrejas em 2015, o Grande Mufti repetiu esse apelo e disse que a destruição de todas as igrejas na região era absolutamente necessária e exigida pela lei islâmica.

A cidade portuária de Aden, a capital temporária do Iêmen, tem apenas quatro edifícios de igreja ainda de pé, três católicos romanos e a anglicana Christ Church Aden.

Além dessas igrejas oficiais, não são permitidos prédios de igreja. No entanto, cultos semanais discretos são realizados em instalações privadas em algumas cidades.

Quase todos os estrangeiros ocidentais já deixaram o país por razões de segurança. A igreja secreta, que é composta por alguns milhares de convertidos ao cristianismo, constitui a maioria da igreja do Iêmen agora.

Eles formam pequenas comunidades domésticas, encorajam um ao outro a edificar famílias que adoram juntas e construir uma comunidade que permanece unida na perseguição.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Novo presidente do Senado é judeu e está alinhado ao governo Bolsonaro

Davi Alcolumbre foi eleito presidente do Senado no último sábado, com 42 votos, marcando a derrota de Renan Calheiros.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1

Davi Alcolumbre foi eleito presidente do Senado com 42 votos. (Foto: TV Senado


Após um clima conturbado, devido à tentativa de fraudar o resultado das eleições para a presidência do Senado e dar vitória a Renan Calheiros, a sessão o próprio candidato desistiu de continuar concorrendo à reeleição (já imaginando que tinha a minoria dos votos) e Davi Alcolumbre (DEM) saiu vitorioso.

Judeu ortodoxo e opositor da legalização do aborto, Alcolumbre tem 41 anos e foi eleito pela primeira vez presidente do Senado para cumprir um mandato de dois anos.

Davi também é aliado do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o que aumenta as chances de seus posicionamentos favoráveis às pautas do governo Bolsonaro.

Casado e pai de dois filhos, Alcolumbre é natural de Macapá (AP), nascido em 19 de junho de 1977. Ele é o quarto filho do mecânico José Tobelem e da empresária Julia Alcolumbre.

Ainda jovem, Alcolumbre começou a trabalhar no comércio da família. Chegou cursar Ciências Econômicas no Centro de Ensino Superior do Amapá (Ceap), mas não concluiu o curso e optou por seguir o caminho da política.

Histórico político

A trajetória política de Davi teve início como vereador na cidade de Macapá. Ele exerceu seu mandato da Assembleia Legislativa por dois anos (de 2001 a 2002), quando se elegeu deputado federal.

Na Câmara Federal, foi reeleito duas vezes, somando no total, três mandatos consecutivos.

Nas eleições de 2014, foi eleito senador para um mandato de oito anos. Em 2018, chegou a tentar eleição para o governo de Amapá, mas ficou em terceiro lugar e retomou o mandato de senador.

Na eleição para a presidência do Senado, conseguiu 42 votos. A sessão também foi marcada por discussões acaloradas e a abertura espontânea do voto de diversos senadores, como Flávio Bolsonaro e Tasso Jereissati.

Atuação na Casa

Como senador, desde 2015 Alcolumbre participou de votações importantes na Casa. O parlamentar do Amapá votou, por exemplo, a favor da reforma trabalhista em 2017.

Em 2016, Davi votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que teve seu mandato cassado, dando lugar a Michel Temer no Palácio do Planalto.

Já às vésperas da eleição para a presidência do Senado, Alcolumbre se declarou a favor do voto aberto.

Repercussão

Também por significar uma oposição à volta de Renan Calheiros à presidência do Senado — já que a cadeira estava vaga com a não reeleição do presidente anterior, Eunício Oliveira — a repercussão da eleição de tem sido ampla.

Seu primeiro nome e sua ascendência judaica só contribuíram para a comparação de sua vitória sobre Renan Calheiros com a vitória de Davi sobre Golias. A metáfora foi reforçada pelo Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

"Davi respondeu: — Você vem contra mim com espada, lança e dardo. Mas eu vou contra você em nome do Senhor Todo-Poderoso, que você desafiou.” 1Samuel 17:45. BRASIL acima de tudo , DEUS acima de todos ! Viva o BRASIL", publicou o ministro da Casa Civil em seu perfil oficial do Twitter.

A vitória de Alcolumbre também foi celebrada pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley.

"Estimado Senador Davi Alcolumbre, direto de Eretz Israel envio meus sinceros cumprimentos pela espetacular vitória para a presidência do Senado Federal. Temos muito orgulho de ter um grande judeu e amigo de Israel na liderança desta casa legislativa. Em nome do povo e do governo de Israel desejo-lhe Hatzlachá e Mazal Tov com muito sucesso. Shalom!", publicou o embaixador em sua página do Facebook.

A metáfora foi citada até pelo próprio Renan, enquanto anunciava a retirada de sua candidatura.

"Falam da candidatura de Davi contra Golias. E eu digo aqui que o Golias é o Davi. E eu retiro minha candidatura", declarou.