sexta-feira, 31 de maio de 2019

ONU cria data para lembrar a perseguição religiosa

O Dia Internacional das Vítimas de Atos de Violência Baseados em Religião ou Crença será comemorado em 22 de agosto

Fonte: portasabertas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, se pronunciou contra a perseguição religiosa (foto: Associated Press)

Nesta semana, a Polônia apresentou uma resolução à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) estabelecendo 22 de agosto como o Dia Internacional das Vítimas de Atos de Violência Baseados em Religião ou Crença. A resolução foi apoiada por vários outros países, incluindo um grupo central formado por Brasil, Canadá, Egito, Iraque, Jordânia, Nigéria, Paquistão e Estados Unidos. A resolução foi aceita por unanimidade por todos os países que fazem parte da ONU.

Este é um passo histórico, pois é a primeira vez que as Nações Unidas dedicam um dia à prevenção da violência por motivos religiosos. A decisão chega em um momento em que a intolerância religiosa atinge níveis insuportáveis em todo o mundo. Hoje, segundo dados da própria ONU, mais de 10 conflitos existentes no mundo são de fundo religioso.

A resolução inclui em seu texto todos os atos contra pessoas que escolhem uma religião, bem como seus bens, prédios, propriedades. Um trecho diz: "Lamentamos profundamente todos os atos de violência contra as pessoas com base em sua religião ou crença, bem como quaisquer atos dirigidos contra seus lares, negócios, propriedades, escolas, centros culturais ou locais de culto, assim como todos os ataques contra e em lugares e santuários religiosos que violam o direito internacional”.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, vê “momento crucial” na luta contra o discurso de ódio e contra o extremismo – o que exigirá a mobilização de líderes políticos e religiosos em prol da coexistência pacífica. “Em todo o mundo, estamos vendo uma onda perturbadora de intolerância e de violência baseada em ódio atingindo fiéis de muitas fés”, lembrou Guterres. Ele mencionou ataques a sinagogas e mesquitas e o atentado a igrejas cristãs no Sri Lanka, no domingo de Páscoa.

“Tais incidentes tornaram-se familiares demais: muçulmanos abatidos em mesquitas, com seus locais religiosos vandalizados; judeus assassinados em sinagogas, com suas lápides desfiguradas por suásticas; cristãos mortos em oração, com suas igrejas frequentemente incendiadas e explodidas. Os locais de adoração, em vez de serem os abrigos seguros que deveriam ser, tornaram-se alvos”, concluiu o secretário-geral.

Perseguição aos cristãos

Segundo os dados da pesquisa da Lista Mundial da Perseguição, lançada anualmente pela Portas Abertas, mais de 245 milhões de pessoas são perseguidas hoje no mundo por simplesmente declarar sua fé em Jesus Cristo.

A data criada pela ONU, que lembra as vítimas de violência por motivos religiosos, é significativa para criar maior conscientização sobre as questões enfrentadas pela Igreja Perseguida. Nossa esperança e oração é para que a iniciativa sirva para alertar o mundo sobre os conflitos e a realidade de pressão e perseguição que cristãos em todo o mundo enfrentam.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

“Nunca vi tanta beleza na tragédia”, diz Heidi Baker sobre reação após ciclone na África

A missionária Heidi Baker conta como foi a atuação da equipe do Iris Global após dois ciclones devastarem Moçambique.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHARISMA NEWS

Missionária Heidi Baker em momento de oração com crianças em Moçambique. (Foto: Facebook/Heidi Baker)

Dois ciclones destruíram Moçambique nos últimos meses, dizimando casas e vidas. Mas a organização missionária Iris Global estava na linha de frente, usando seu ministério para ajudar nos esforços de socorro.

Na cidade de Pemba, no nordeste do país, a equipe do Iris Global serviu quase 83.000 refeições em cerca de três semanas. Eles forneceram água potável para mais de 600 pessoas e abrigaram quase 500 pessoas no final de abril. No distrito de Macomia, o Iris serviu 52.540 refeições e distribuiu 2.492 lonas.

De acordo com a fundadora do Iris Global, Heidi Baker, os missionários sentiram a dor das pessoas afetadas pela tragédia, mas viram o agir sobrenatural de Deus.

“O Espírito Santo nos equipou para ministrar, nos dando uma enorme unção. Nós sentimos que somos como navios carregando o óleo, e agora os moçambicanos podem derramar esta bênção sobre o povo de Moçambique”, disse Baker ao site Charisma News.


Crianças caminham abraçadas em Moçambique. (Foto: Facebook/Heidi Baker)

Os esforços da equipe da Iris Global se resume do suprimento de necessidades físicas e espirituais. “Para suprir as necessidades físicas, estamos enviando muitos voluntários, sendo 98% deles moçambicanos. Estamos enviando arroz, feijão, óleo e itens que eles precisam fisicamente”, explica Baker.

“Espiritualmente, a maior parte do que estamos fazendo é entregar Bíblias de energia solar em seu dialeto local. É o Novo Testamento de áudio em seu dialeto local. Somos muito gratos pelos tradutores da Wycliffe, que passaram 20 anos traduzindo as Escrituras. Agora estamos divulgando para milhares de pessoas”, acrescenta.



Heidi Baker mostra a pastores locais como manusear a Bíblia de energia solar. (Foto: Facebook/Heidi Baker)

Heidi Baker afirma que viu pessoas “apaixonadas por Deus” levando amor para locais destruídos. “A equipe está absolutamente cheia do Espírito Santo, fazendo um trabalho sobrenatural para levar comida e kits de educação para nossas escolas e outras. Conseguimos reconstruir escolas do governo, casas e igrejas. Através da devastação, vemos que Jesus é o Rei, Jesus é o Senhor. Eu nunca vi tanta beleza no meio da tragédia”, destaca.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Governo alemão sugere que judeus não usem quipá em público para evitar antissemitismo

O 'conselho' foi dado pelo comissário de antissemitismo da Alemanha, Felix Klein.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1

Judeus participam de mobilização contra o antissemitismo na Alemanha. (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)

No último sábado (25), o governo da Alemanha sugeriu que a comunidade judia não usem quipá em público — em todo o país — para evitar a ocorrência de crimes de antissemitismo.

"Não posso aconselhar aos judeus que usem o quipá em todos os lugares da Alemanha o tempo inteiro. Infelizmente preciso dizer isso", disse o comissário de antissemitismo da Alemanha, Felix Klein, segundo informações do jornal "Die Welt".

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, o aumento dessas ocorrências poderia ser explicado pelo aumento das imigrações de pessoas vindas de países muçulmanos à Alemanha. Somente em 2015 o país recebeu mais de 1 milhão de pedidos de asilo de pessoas da Síria.

"Muitas das pessoas que vieram para cá já tinham, desde cedo, introjetado clichês antissemitas", afirmou Maas. "Essas caricaturas ficam internalizadas e não se perdem com a passagem pela fronteira".

Apesar de assumir que o antissemitismo aumentou na Alemanha, após a grande quantidade de refugiados vindos de países muçulmanos, o ministro igualou a situação ao "preconceito" que os islâmicos enfrentam na Europa.

"Em uma Europa livre e tolerante, nós precisamos proteger de ofensas uma mulher cobrindo a cabeça tanto quanto um homem usando um quipá", lembrou.

Em 2017, o número de ataques contra judeus na Alemanha foi de 1.504 e subiu para 1.648 em 2018, segundo informações a Deutsche Welle — um aumento de 10%.

No ano passado, um homem que usava uma Estrela de Davi foi espancado no centro de Berlim. Semanas antes, um jovem sírio de 19 anos atacou um israelense e o amigo dele ainda à luz no dia. Ambos usavam quipás, e o ataque foi classificado como antissemitismo.

Reação

O ministro do Interior do estado da Bavária, Joachim Herrmann, contrariou o alerta do comissário de antissemitismo e encorajou os judeus da Alemanha a usarem seus quipá, afirmando que eles não devem se privar de sua liberdade religiosa.

"Todos podem e devem usar o quipá, não importa onde ou quando quiserem", afirmou Herrmann, também no último sábado (25). "Se nós cedermos ao antissemitismo, entregamos o jogo à ideologia de direita", disse.

Klein sugeriu que a polícia, professores e advogados sejam mais bem treinados para reconhecer o que constitui o antissemitismo.