sábado, 9 de outubro de 2021

Especial: A perseguição às crianças cristãs

Entenda as principais formas em que a perseguição às novas gerações acontece


Fonte: Portas Abertas

Crianças da Nigéria estão expostas a todo tipo de perseguição: desde a morte de seus pais, por grupos extremistas, 
até sequestro e aliciamento para participar dos grupos. Créditos: Portas Abertas

Atualmente, mais de 340 milhões de cristãos são perseguidos em todo o mundo. Além de homens e mulheres lidarem com a pressão por não abandonarem o evangelho, jovens e crianças também lidam com a perseguição religiosa. Em comemoração ao Dia das Crianças, que acontece no dia 12 de outubro, nos próximos dias a Portas Abertas irá trazer dados e histórias de pequenos que já entendem o preço de seguir a Jesus.

De que maneira as crianças são perseguidas?

Ambientes educativos e negação ou restrição à educação é a forma mais comum de discriminação enfrentada pelas crianças e jovens cristãos. O isolamento, a identidade e a violência, são as principais formas de perseguição aos jovens que seguem a Cristo. Entenda mais sobre cada uma desses aspectos abaixo.

Isolamento: As crianças e jovens são alvo da perseguição através da pressão que os isola da família e comunidade. Esse isolamento acontece principalmente através do sequestro. Dados da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2021 mostraram que o sequestro de jovens e crianças acontece em 46% dos países do top50. No entanto, também existem outras formas de isolamento, como negar acesso a materiais e ensinamentos cristãos, os proibindo de frequentar igrejas. Esse isolamento serve para separar crianças e jovens de fontes de educação religiosa cristã, mas também podem causar danos mais amplos.

Identidade: Por pressão das autoridades e líderes de outras religiões, muitas crianças não têm acesso a uma identidade. Os pais não podem registrar os filhos como cristãos, principalmente se os pais antes pertenciam a outras religiões. Os jovens têm a identidade legal como cristãos negada e são registrados com outras religiões.

Violência: Muitas crianças e adolescentes enfrentam perseguição de maneira violenta, como casamento forçado, morte, violência física e psicológica, violência sexual e até violência verbal. De acordo com um relatório recente da ONU, metade das crianças em todo o mundo sofrem violência todos os anos, seja ela online, offline, em comunidades, nas escolas e até mesmo nas casas. Cerca de 32% dos países da LMP 2021 registram que crianças e jovens foram mortos por causa da fé ou por pertencerem a uma comunidade ou família cristã.

Um jovem cristão "sem identidade"

Matti nasceu em uma família cristã no Iraque e os pais dele se divorciaram quando ele e o irmão ainda eram pequenos, e a mãe se casou novamente com um muçulmano. De acordo com a lei, Matti e o irmão são automaticamente muçulmanos porque um dos pais se converteu. Os pais dele acabaram se casando novamente e o jovem foi abandonado pelos pais e passou a viver com a tia até os 25 anos.

Ele queria se casar com uma jovem também cristã, mas a família da moça o rejeitou, porque os documentos dizem que ele é muçulmano e, por lei, os filhos dele também seriam classificados como muçulmanos. Isso aconteceu duas vezes com o cristão e agora, com 45 anos, Matti está muito triste por não ser capaz de ter a própria família e passar a fé cristã que é tão importante para ele.

Onde as crianças são mais perseguidas?

Confira as regiões mais hostis aos jovens e crianças cristãs

O contexto sociocultural e regional também influencia a perseguição de crianças e jovens. Como a principal maneira de perseguição às crianças acontece por meio da educação, você vai entender como a vida estudantil dos jovens é em cada região do mundo.


Como é a perseguição às crianças na África?

Na África Subsaariana ocorrem as taxas mais altas de perseguição aos jovens e crianças. Os principais tipos de perseguição são as formas de violência (sexual, física, psicológica), casamento forçado e sequestro. Grupos extremistas se aproveitam da falta de proteção das comunidades para atacar os mais vulneráveis, como é o caso das crianças. Com as fragilidades trazidas pela pandemia da COVID-19, grupos extremistas exploraram ainda mais as vulnerabilidades de comunidades em todo o continente.

Como é a perseguição às crianças na Ásia?

As autoridades e a maioria religiosa nos países da Ásia são os principais canais de perseguição dos jovens. Crianças cristãs têm as identidades negadas, devido ao registro automático de recém-nascidos como a maioria religiosa do país. Os pais cristão não têm a opção legal de registrar os filhos como cristãos.

Isso não específico é para uma religião. Um parceiro em Mianmar diz que "os cristãos são automaticamente retratados como budistas no país. Todos os cristãos ex-muçulmanos são registrados como muçulmanos, então as crianças também são automaticamente registradas como muçulmanas. Enquanto na Índia, os filhos de pais cristãos são frequentemente registrados como hindus. Na Malásia, há vários casos judiciais em que os pais se divorciaram, o pai voltou às práticas islâmicas, recebendo a custódia das crianças e elas, automaticamente, foram registradas como muçulmanas.

Como é a perseguição às crianças na América Latina?

Existem apenas dois países da América Latina na Lista Mundial da Perseguição 2021: Colômbia e México. Portanto, poucas conclusões podem ser tiradas sobre a região apenas a partir desses dados. Os dados são provenientes dos 74 países, que compõe a Lista Mundial da Perseguição e a Lista de Países em Observação, incluindo seis da América Latina. Grupos criminosos dos países recrutam à força meninos e adolescentes cristãos que, então, enfrentam violência física, psicológica e verbal. Para evitar esse recrutamento, os meninos podem ser forçados a fugir de casa por segurança.

A perseguição por meio da educação

O acesso à educação é negado a crianças e jovens cristãos de várias maneiras. Nem todos são dispensados da escola formalmente; em vez disso, o assédio pode ser tão grave que eles são forçados a deixar os estudos. Se um pai perder o emprego por causa da fé, a escola pode se tornar inacessível, e os filhos podem tem que trabalhar. Níveis graves de violência também podem interromper o acesso à educação.

Duas irmãs no Laos, de 12 e 14 anos, foram intimidadas pelos colegas de classe por serem cristãs e pelo pai ter sido preso por causa da fé. Elas foram chamadas de filhas de Yesu (Jesus). Isso deveria ter sido um rótulo honroso, mas, em vez disso, carregava a certeza da rejeição. Elas decidiram interromper os estudos porque elas não suportavam mais a exclusão e a violência verbal dos demais estudantes.

Discriminação e preconceito por meio da educação são ferramentas poderosas de perseguição. Nos países da LMP 2021, 98% das crianças e jovens cristãos enfrentam discriminação e assédio em ambientes educacionais. O preconceito aparece no ensino anticristão, isolando crianças e jovens que seguem o evangelho. Aqueles que têm autoridade dentro dos sistemas de educação podem usar a influência para tornar os cristãos indesejáveis naqueles locais. Isso inclui não só os alunos, mas também professores e líderes escolares.

Na Colômbia, os alunos indígenas recebem uma educação que promove as tradições ancestrais. Esta situação exerce forte pressão sobre famílias cristãs indígenas, especialmente as que moram em áreas distantes e as escolas são a única opção de acesso à educação. Famílias indígenas cristãs lutam contra a situação e, muitas vezes, optam por não enviar os filhos à escola, o que limita as possibilidades futuras. Se eles tentarem acessar a educação em escolas públicas distantes da área indígena, as autoridades recusam a admissão dos cristãos ou os restringem de deixar a área.


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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Pastor decide pregar na rua, após pessoas serem impedidas de entrar para culto em hotel

O hotel exigia comprovante de vacinação e muitas pessoas, evacuadas de suas casas por um incêndio florestal, não tinham o documento.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHVN RADIO


Decisão de levar reunião de adoração para fora de um hotel de Winnipeg fez mais pessoas ouvirem a pregação. (Foto: Reprodução / Marty McLean)

Um grande incêndio florestal atingiu Little Grand Rapids e Pauingassi First Nations, duas comunidades de Manitoba, no Canadá. Centenas de pessoas precisaram ser evacuadas de suas casas e foram colocadas em hotéis de Winnipeg, onde estão há meses. Os incêndios destruíram as linhas de transmissão de energia o que dificulta o retorno dos moradores para suas casas.

Toda essa situação promoveu alguns encontros. As pessoas, que estavam vivendo no hotel, expressaram o desejo de realizar uma reunião de adoração, assim a Cruz Vermelha entrou em contato com a Encounter Life Ministries (Vida de Encontro), uma Igreja local para ajudá-los.

Quando o pastor Marty McLean e outros ministros da igreja chegaram à sala de conferências do hotel, encontraram-na quase vazia. Eles descobriram que a maioria das pessoas não tinha códigos QR de vacinação da Covid-19, e o hotel não podia permitir que pessoas entrassem sem o comprovante da imunização.

"Pensamos rápido, dissemos 'OK' e entramos em contato com o gerente do hotel e ele disse que poderíamos instalar [a estrutura para o culto] do lado de fora, então em questão de 15 minutos retiramos o equipamento e o instalamos no estacionamento, que virou uma igreja”, explicou o pastor.

Derrubando obstáculos

O que poderia ter parecido um obstáculo para alguns simplesmente se tornou um pequeno desvio para McLean e sua equipe.

“Sabe, só de ir lá, acho que era muito melhor realmente estar lá do que entrar em uma sala de conferências fechada”, disse o pastor. Ele também diz que significava que muitas pessoas que talvez não tivessem vindo para o culto da igreja acabaram ficando por perto e ouvindo a música de adoração e a pregação do Evangelho.

A pregação aconteceu com a ajuda da pastora Hilda Leveque, que compartilhou as boas novas de Jesus com os presentes, tanto em inglês quanto em ojibway. "Graças a Deus por tocar a vida das pessoas esta noite", escreveu Leveque em um post no Facebook no domingo à noite.

Pregação para os que estão reunidos do lado de fora do hotel. 
(Foto: Reprodução / Marty McLean)

“A equipe orou pelas pessoas que vinham para o altar na rua. A música era tão ungida. Deus abriu um caminho para mim quando eu pensei que não seria possível eu estar lá. Deus criou um caminho para a Encontro Vida para ministrar de uma forma que eles nunca esperaram. Eu dou a Ele todos o louvor pelo que ele fez esta noite. Miiway!"

O pastor McLean diz que não ficou frustrado quando foi informado que seus planos para o culto não funcionariam dentro do hotel como planejado.

Fazer como Jesus

"Tudo bem! Vou fazer como Jesus e vou encontrar uma montanha para pregar", decidiu o pastor. Eles conversaram com a administração sobre usar o estacionamento e os funcionários do hotel ajudaram a equipe a desmontar todo o equipamento e encontrar tomadas elétricas do lado de fora.

McLean diz que até orou por alguns funcionários do hotel que estavam presentes, que não tinham formação cristã, e que estavam enfrentando dificuldades na vida. E tiveram oportunidade de orar por vários outros também.

Ministros oram com os presentes. (Foto: Reprodução / Marty McLean)

“Houve uma grande resposta quando se tratou de dizer às pessoas que, se precisassem de oração, poderiam vir e orar”, diz McLean. "Acredito que era algo de que eles realmente precisavam. Trouxe-lhes muita esperança e alegria."

A energia elétrica acaba de ser restaurada para as duas comunidades que estão aproximadamente 235 quilômetros ao norte de Winnipeg. O pastor McLean pede às pessoas que orem pelos membros da comunidade enquanto eles finalmente voltam para casa.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

O que aconteceu no Afeganistão tem relação com profecias bíblicas? Escritor diz que sim

Joel Richardson, que acredita que o Anticristo se levantará do mundo islâmico, afirma que o cenário se prepara para o tempo do fim.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

Combatente do Talibã monta guarda em ponto de controle na cidade de Kandahar, Afeganistão, 17 de agosto de 2021. (Foto: EFE/Stringer)

Em entrevista ao Christian Post, o autor do livro “O Anticristo Islâmico”, Joel Richardson, atrelou os últimos acontecimentos do Afeganistão às profecias bíblicas sobre a vinda do Anticristo.

Muitos ocidentais entenderam a saída dos EUA do país afegão como uma tragédia épica para aqueles que não conseguiram fugir do controle do Talibã. Por outro lado, porém, os muçulmanos radicais interpretaram o fato tanto como uma vitória militar quanto um cumprimento de profecia islâmica.

Neste ponto, Richardson entende que as profecias se cruzam, pois a preparação do cenário para a chegada do Anticristo é o mesmo que o cumprimento das profecias bíblicas sobre o fim dos tempos.

Sobre as profecias islâmicas

A página do Twitter do Talibã trazia esta mensagem: “Bandeiras negras surgirão de Khorasan e nada será capaz de detê-las”. O escritor, que acredita que o Anticristo se levantará do islã fez algumas observações sobre a declaração dos terroristas.

“Khorasan é uma terra antiga que inclui o moderno noroeste do Paquistão, o leste do Irã e todo o Afeganistão. A profecia islâmica diz que um exército virá de Khorasan carregando bandeiras negras”, citou.

“Este é o exército do Mahdi ou vice-regente de Allah. Portanto, esta é uma das maiores profecias dos tempos do fim”, ele disse.

Outro especialista muçulmano em profecias islâmicas, o Sheikh Imran Hosein, também explicou a retirada dos EUA do Afeganistão por meio dessa profecia em seu canal no YouTube.

“O Afeganistão é o coração de Khorasan”, disse Hosein. “O que está acontecendo no Afeganistão está validando a profecia do Profeta Muhammad, de que os exércitos muçulmanos planejados para sair do Afeganistão, de Khorasan, não poderão ser impedidos até que cheguem a Jerusalém”, explicou.

E ainda de acordo com as profecias islâmicas, diz que Jerusalém será o objetivo final do exército do Mahdi, quando eles plantarem suas bandeiras no Monte do Templo.

Profecias bíblicas

Richardson esclarece que, de acordo com a Bíblia: “Jerusalém é o barômetro e o epicentro. Jerusalém é a meta e o alvo de Satanás”.

“É nesse momento que Jesus vai voltar, restabelecer o trono de Davi e governar o mundo. Satanás está muito ciente disso”, ele enfatizou e citou que muitos muçulmanos não tenham conhecimento das profecias bíblicas.

Para o escritor, é extremamente importante que os cristãos entendam como o mundo islâmico percebe a retirada dos EUA do Afeganistão.

“Como cristãos, é claro que não damos crédito à profecia islâmica, pois ela não é inspirada por Deus, mas por satanás. Mas o ponto é este: ela nos dá um vislumbre do manual do inimigo”, alertou.

“O Talibã se vê como este exército de Khorasan e como filial do Estado Islâmico no Afeganistão — o ISIS-K — K de Khorasan. Agora, com a retirada dos EUA, é provável que o Afeganistão se torne um ímã para os muçulmanos radicais em todo o mundo e eles serão atraídos pelas bandeiras negras de Khorasan”, concluiu.