quinta-feira, 21 de março de 2019

Cristão que fez xerox da Bíblia foi sentenciado a 5 anos de prisão na China

Li Lang foi ameaçado pela polícia, que se ele continuasse acreditando em Deus, seria sentenciado a mais dez anos de prisão.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO BITTER WINTER

A pessoa que tem Bíblia é alvo de perseguição na China. (Foto: Divulgação/Bitter Winter)

A Bíblia é reconhecida como o livro de impacto mais significativo no mundo. Na China, esse impacto significa um confronto com as autoridades e motivo de sérias penalidades para aquele que a possui sem que haja autorização do regime comunista chinês.

Ter até mesmo uma xerox da Bíblia é uma ofensa capital na China, onde crentes são frequentemente perseguidos, assediados, vigiados, presos e, às vezes, torturados.

Li Liang (pseudônimo), um líder da Igreja Local na província de Anhui, passou por essa experiência depois que foi sentenciado a cinco anos de prisão por fotocopiar a Bíblia. Embora já tenha cumprido a pena, não reconquistou tecnicamente sua liberdade, pois está constantemente sujeito a vigilância e intimidação da polícia.

Na época de sua libertação, Li Lang foi ameaçado pela polícia, dizendo que se ele continuasse acreditando em Deus, seria sentenciado a pelo menos dez anos de prisão, e os membros de sua família também estariam implicados, já que as autoridades chinesas acreditam em punição coletiva, onde os “pecados” de um membro da família são visitados pelos outros.

De acordo com uma fonte, quando Li Liang foi preso, a polícia revistou sua casa e encontrou duas impressoras, uma grande quantidade de papel para impressão, bem como capítulos bíblicos dos quais ele havia feito cópias e estava se preparando para distribuir aos fiéis. Por causa dessa “evidência”, a polícia considerou Li Liang “o chefe de uma organização contra-revolucionária” e o levou sob custódia, onde foi torturado por informações sobre a fonte dos materiais e outras notícias da igreja, por quatro meses, antes de ser sentenciado.

Um crente anônimo na igreja de Li Liang disse que o motivo pelo qual o Partido Comunista Chinês (PCC) acusou os cristãos de crime de "contra-revolução" é estabelecer a autoridade absoluta do Partido Comunista.

E como a perseguição religiosa das autoridades continua a se intensificar, as pessoas na China podem ser perseguidas apenas por possuir um único livro religioso, enquanto o armazenamento de livros religiosos é ainda mais perigoso.

Li Wenqiang, um pseudônimo, é um cristão da Igreja Adventista do Sétimo Dia na cidade de Shenzhen, no sul da província de Guangdong. Dois anos atrás, a biblioteca em sua igreja foi invadida por funcionários do Departamento Municipal de Imprensa, Publicação, Rádio, Cinema e Televisão de Shenzhen e pelo Bureau de Assuntos Étnicos e Religiosos da cidade e outros departamentos. Mais de 200.000 Bíblias e livros religiosos foram apreendidos. Li e outro cristão responsável pela administração dos livros foram condenados a três anos de prisão (com cinco anos de liberdade condicional) por “operações comerciais ilegais”.

Segundo fontes, os dois ainda estão sendo monitorados pelas autoridades e foram impedidos de deixar Shenzhen por cinco anos. Se violarem esta provisão, seu prazo de prisão será calculado novamente.

“Aqueles que acreditam em Deus enfrentarão crescente perseguição e sofrimento no futuro”, disse um crente. “Todos devem estar preparados: sem fé, será difícil continuar”, completou.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Tribunal israelense ordena fechamento de mesquita no Monte do Templo

O conselho nomeado pela Jordânia recebeu um prazo de 60 dias para fechar a estrutura na Porta Dourada, em Jerusalém.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ISRAEL HAYOM

Tribunal israelense ordenou o fechamento temporário da Porta Dourada no Monte do Templo. (Foto: AFP/Ahmad Gharabli)


Um tribunal israelense estabeleceu um prazo de 60 dias para o conselho nomeado pela Jordânia, que supervisiona os locais sagrados muçulmanos em Jerusalém, fechar a estrutura que seria transformada em uma mesquita no Monte do Templo.

Em fevereiro, muçulmanos deram início ao plano de construir uma mesquita na estrutura da Porta Dourada, um dos oito portões das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém. No último domingo (17), o Tribunal de Magistrados de Jerusalém ordenou o fechamento do local.

Israel fechou a estrutura em 2003, após ter sido usada por um grupo ligado a militantes do Hamas. O Waqf reabriu a área recentemente para reuniões muçulmanas, levando a confrontos entre palestinos e policiais israelenses.

O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia pediu a Israel que rescinda sua “perigosa” ordenança de encerramento, alegando que a área “não está sujeita à jurisdição israelense” e está sob a “autoridade exclusiva do Waqf”.

Significado profético

A Porta Dourada permitia passagem direta ao local exato onde estava o Templo de Salomão. Ela foi fechada em 1541 por ordem do sultão otomano Solimão, o Magnífico, porque, segundo as profecias do Antigo Testamento, seria esse portão que o Messias iria utilizar para entrar em Jerusalém.

Os muçulmanos criaram um cemitério fora do portão para evitar a passagem do Messias, já que os sacerdotes judaicos se tornam impuros ao se aproximem dos mortos.

O que judeus e muçulmanos não sabem, no entanto, é que o Messias já passou pela Porta Dourada. Muito antes de ser selada pelos otomanos, Jesus Cristo entrou pelo portão em Jerusalém por volta de 30 a.C, no episódio conhecido como “Entrada Triunfal”.

Segundo os Evangelhos, Jesus vinha do Monte das Oliveiras em direção a Jerusalém, montado em um jumentinho, quando o povo lançou roupas no chão, assim como pequenos ramos de árvores, para recebê-lo.

terça-feira, 19 de março de 2019

Físico ateu reconhece que a ciência “não explicou a origem do universo”

O físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser recebeu o Prêmio Templeton 2019, por mostrar que a ciência e a religião não são inimigas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AFP

Físico brasileiro Marcelo Gleiser, vencedor do prêmio Templeton 2019. (Foto: Dartmouth College/Eli Burakiae/Divulgação)

O Prêmio Templeton 2019 foi concedido nesta terça-feira (19) ao físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser que, mesmo sem acreditar em Deus, se dedica a mostrar que a ciência e a religião não são inimigas.

Professor de física e astronomia no Dartmouth College, em New Hampshire, Gleiser, de 60 anos, nasceu no Rio de Janeiro e vive nos Estados Unidos desde 1986. Mesmo sem acreditar em Deus, Gleiser reconhece que o conhecimento humano é limitado.

“O ateísmo é inconsistente com o método científico”, disse Gleiser à AFP. “O ateísmo é uma crença na não-crença. Então você nega categoricamente algo contra o qual não tem provas. Mantenho a mente aberta porque entendo que o conhecimento humano é limitado”.

O prêmio é financiado pela Fundação John Templeton, uma organização filantrópica batizada em homenagem ao presbiteriano americano que começou a “buscar provas de atuação divina em todos os ramos da ciência”, segundo o jornal The Economist.

Ele é o primeiro latino-americano a ganhar o prêmio, criado em 1973, e vai receber 1,1 milhão de libras esterlinas, o equivalente a R$ 5,5 milhões — superando o Nobel. A cerimônia de premiação será em 29 de maio, em Nova York.

O físico se concentra em tornar assuntos complexos acessíveis. Autor de cinco livros de língua inglesa e centenas de artigos nos EUA e no Brasil, Gleiser também explora como a ciência e a religião tentam responder a perguntas sobre as origens da vida e do universo.

“A primeira coisa que você vê na Bíblia é uma história de criação”, ele observou. “Seja qual for a sua religião, todo mundo quer saber como o mundo teve início”.

Embora a ciência tenha sua metodologia para explicar a origem do mundo, o físico acredita que as explicações são limitadas. “A ciência pode dar respostas a certas questões, até certo ponto”, apontou Gleiser. “Devemos ter a humildade de aceitar que há mistério ao nosso redor”.

Arrogância científica

Gleiser acha que, muitas vezes, as pessoas que acreditam que o mundo foi criado por Deus encaram a ciência como “inimiga”, “porque elas têm uma visão muito antiquada sobre ciência e religião em que todos os cientistas tentam matar Deus”, observou. “A ciência não mata Deus”.

Para o físico, que cresceu em uma comunidade judaica no Rio, a religião não deve ser afastada da ciência.

“Quando você ouve cientistas muito famosos fazendo pronunciamentos como ‘a cosmologia explica a origem do universo’ e ‘não precisamos mais de Deus’, é um absurdo completo”, acrescentou. “Porque nós não explicamos a origem do universo”.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Momo aparece em vídeo infantil, instruindo crianças ao suicídio

O relato de um casal que viu sua filha amedrontada pela personagem reforça o alerta sobre este perigo virtual.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REVISTA CRESCER

Personagem virtual Momo desafia crianças a cometerem suicídio. (Imagem: Rolling Stone)

Quando pais de crianças acreditavam ter conseguido se prevenir contra o desafio da Momo, a personagem — no mínimo macabra, que estabelece um desafio do suicídio — reapareceu interrompendo um inocente vídeo infantil, no qual uma garotinha brincava com seu slime.

A informação foi confirmada pela mãe de uma garota, que relatou à revista Crescer, que sua filha estava assistindo ao vídeo sobre a brincadeira inocente no Youtube Kids, quando de repente, as imagens cortaram logo para a Momo, ensinando um "passo a passo" para crianças cortarem os pulsos.

O vídeo, que burla até mesmo os algoritmos de segurança do próprio YouTube Kids, acabou chegando ao conhecimento da professora e produtora de conteúdo Juliana Tedeschi Hodar, 41, de Campinas (SP), por meio de um grupo de WhatsApp da família do marido, o administrador de empresas Juan Hodar, 45. Preocupado, ele propôs que ambos conversassem com sua filha, Bianca, 8, sobre o conteúdo desses vídeos.

A conversa com a filha acabou confirmando a informação assustadora. Bianca revelou que já havia assistido o vídeo cerca de três vezes e estava aterrorizada.

"Assim que começamos a conversa, ela teve uma crise de choro e não conseguia nem falar. Fomos acalmando-a e então ela contou que já tinha acontecido de ver a Momo. Disse também que estava com muito medo de dormir sozinha, de sonhar com a personagem ou de vê-la saindo de dentro do armário. Foram minutos bem complicados para nós", contou a mãe.

Logo mais à noite, vendo o medo de sua filha, Juliana explicou que a Momo nunca iria aparecer de fato na vida da garota.

“Pedimos que, se acontecesse novamente, era para ela pausar o vídeo e nos chamar. Como essas imagens aparecem de maneira aleatória, essa seria a forma de denunciarmos o vídeo”, acrescentou.

A mãe contou que Bianca sempre foi muito doce, apegada aos pais e carinhosa, por isso, o casal não notou que a partir de um momento, a criança tinha uma necessidade real de não sair de perto deles. Posterioremente, Juliana e seu marido ligaram esse fato ao medo que a garota sentia da Momo.

Seguro para crianças?


A conversa com a filha deu um "susto" no casal, também porque eles não esperavam que algo daquele tipo acontecesse, pois haviam habilitado filtros nos vídeos no aplicativo do YouTube Kids, deixando-os no modo restrito.

“Achamos que assim eles estariam mais seguros. Mas agora vamos redobrar ainda mais os cuidados e supervisionar ainda mais de perto o que assistem”, afirmou a professora.

A Momo não tem preocupado pais de crianças somente no Brasil, mas também em outros países, como os Estados Unidos. Até mesmo a socialite Kim Kardashian resolveu fazer um alerta sobre as imagens e o "desafio" que a personagem traz, instruindo ao suicídio. Kim também cobrou um posicionamento do YouTube Kids.

"Cuidado! Isso acabou de ser enviado para mim sobre o que tem sido inserido no YouTube Kids", escreveu Kim.

Segundo uma nota oficial divulgada pelo YouTube sobre o caso, a administração não recebeu links recentes com a aparição da personagem, relacionados à plataforma

"Muitos de vocês compartilharam suas preocupações conosco nos últimos dias sobre o Desafio Momo - prestamos muita atenção nisso. Depois de muita análise, não vimos nenhuma evidência recente de vídeos promovendo o Desafio Momo no YouTube. Vídeos incentivando desafios prejudiciais e perigosos são claramente contra nossas políticas, incluindo o desafio Momo. Apesar dos relatos da imprensa sobre esse desafio, não tivemos links recentes sinalizados ou compartilhados conosco do YouTube que violem nossas Diretrizes da comunidade", explicou.

"É importante notar que permitimos que os criadores discutam, denunciem ou instruam as pessoas sobre o desafio / personagem Momo no YouTube. Vimos capturas de tela de vídeos e / ou miniaturas com eles [...] Essa imagem não é permitida na aplicação YouTube Kids e disponibilizamos garantias para a excluir do conteúdo no YouTube Kids", acrescentou.

Regina Assis, que é doutora em Educação pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e membro do conselho de especialistas do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), destacou que o Youtube Kids é um caminho, mas ainda falta uma legislação específica para definir o que é ou não aceitável veicular para crianças na internet.

Enquanto a tecnologia avança com mais velocidade que as leis, é importante que pais moderem o tempo que seus filhos passam em frente às telas de computadores e outros dispositivos com acesso à internet.

“Por causa da superestimulação causada pelas telas, estamos encontrando nos consultórios e salas de aula crianças agitadas, intensas e com uma dificuldade imensa de atenção o que prejudica não só o processo de aprendizado, mas o desenvolvimento saudável de relacionamentos”, alertou.