sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Marrocos se torna o quarto país árabe a estabelecer paz com Israel

Como parte do acordo, Trump concordou em reconhecer a soberania do Marrocos sobre o território do Saara Ocidental.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REUTERS

Donald Trump se encontrou com Benjamin Netanyahu no Salão Oval em setembro. O presidente americano anunciou o 
acordo entre Israel e Marrocos na nesta quinta-feira. (Foto: Doug Mills/Pool/Getty Images)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (10) a normalização das relações entre Israel e Marrocos. Este é o quarto país árabe a estabelecer paz com Israel nos últimos quatro meses.

Marrocos se junta aos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão a firmar acordos com Israel, impulsionando os esforços liderados pelos EUA para reduzir a influência do Irã na região.

Como parte do acordo, Trump concordou em reconhecer a soberania do Marrocos sobre o território do Saara Ocidental, uma região desértica disputada há décadas no norte da África.

O presidente eleito, Joe Biden, que poderá suceder Trump em 20 de janeiro, irá enfrentar a decisão de aceitar o acordo dos EUA com o Saara Ocidental, o que não foi feito por nenhum outro país ocidental. Segundo a Reuters, o porta-voz de Biden não quis comentar.

Embora Biden deva afastar a política externa dos EUA da postura “América em primeiro lugar” de Trump, o democrata indicou que irá apoiar os “Acordos de Abraão” entre Israel e as nações árabes.

Trump selou o acordo Israel-Marrocos em um telefonema na quinta-feira com o rei Mohammed VI, monarca do Marrocos, informou a Casa Branca.

“Outro marco histórico hoje! Nossos dois grandes amigos, Israel e o Reino de Marrocos, concordaram em manter relações diplomáticas completas — um grande avanço para a paz no Oriente Médio!”, disse Trump no Twitter.

Mohammed disse a Trump que o Marrocos pretende facilitar voos diretos para turistas israelenses para o Marrocos, segundo um comunicado da corte real do Marrocos.

“Esta será uma paz muito calorosa. A luz da paz neste dia de Chanucá nunca brilhou mais forte do que hoje no Oriente Médio”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,referindo-se ao feriado judaico de oito dias que começou na noite de quinta-feira.

Repercussão do acordo

Os palestinos têm criticado os acordos de normalização, dizendo que os países árabes deixaram de pressionar Israel pela causa do Estado palestino.

Egito e Emirados Árabes Unidos emitiram declarações saudando a decisão de Marrocos. O Egito já havia assinado um tratado de paz com Israel em 1979.

“Este passo, um movimento soberano, contribui para fortalecer nossa busca comum por estabilidade, prosperidade e paz justa e duradoura na região”, escreveu no Twitter o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed al-Nahyan.

O acordo com o Marrocos pode ser um dos últimos feitos pela equipe de Trump, liderada pelo conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e o enviado dos EUA, Avi Berkowitz, antes de dar lugar ao governo de Biden.

Kushner disse a repórteres que é inevitável que a Arábia Saudita acabe fechando um acordo semelhante com Israel. Uma autoridade dos EUA disse que os sauditas não deveriam agir antes de Biden assumir o cargo e, mesmo assim, haveria forte oposição interna para impedir o movimento.

Pelo acordo, o Marrocos estabelecerá relações diplomáticas completas e retomará os contatos oficiais com Israel.

“Eles vão reabrir seus escritórios de ligação em Rabat e Tel Aviv imediatamente com a intenção de abrir embaixadas. E eles vão promover a cooperação econômica entre empresas israelenses e marroquinas”, disse Kushner à Reuters.

O acordo de Trump para mudar a política dos EUA sobre o Saara Ocidental foi a chave para obter o acordo de Marrocos. Em Rabat, a corte real do Marrocos disse que Washington abrirá um consulado no Saara Ocidental como parte do acordo do Marrocos com Israel.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Ataques de grupos ligados ao Estado Islâmico cresce na África

Grupos ligados ao Estado Islâmico estão cada vez mais ativos na África Subsaariana, mostra um relatório sobre o terrorismo na região

Fonte: Portas Abertas


Cristãos fogem de suas aldeias atacadas por extremistas islâmicos 
em Burkina Faso Crédito: Portas Abertas

O relatório Índice de Terrorismo Global de 2020 descobriu que o número global de mortes por terrorismo diminuiu pelo quinto ano consecutivo e a influência de grupos afiliados ao Estado Islâmico continuou a diminuir.

A África Subsaariana, no entanto, viu um aumento nos ataques; sete dos 10 países com o maior aumento no número de mortes relacionadas ao terrorismo ocorreram nesta região, disse o relatório.

O número de ataques aumentou mais em Burkina Faso, na África Ocidental, onde as mortes por terrorismo aumentaram 590%. Outros países africanos duramente atingidos pelo terrorismo incluem Moçambique, Mali e Níger. A maior parte destes ataques é contra cristãos e suas comunidades.

Burkina Faso, onde grupos islâmicos atuam desde 2016, apareceu na Lista Mundial da Perseguição pela primeira vez este ano. A onda de ataques terroristas do ano passado se reflete no fato de que, ao entrar na lista de 50 países que mais perseguem cristãos no mundo, Burkina Faso subiu direto para o número 28 no ranking.

No norte de Moçambique, um grupo jihadista tem aumentado o número de ataques na província de Cabo Delgado este ano, com relatos de decapitações. Quase meio milhão de pessoas fugiram de suas casas por causa da violência.

“Embora não sejam as únicas vítimas da violência jihadista, os cristãos são frequentemente os alvos preferidos dos terroristas no Sahel, na bacia do Lago Chade e no Chifre da África, para citar apenas alguns", disse uma especialista de perseguição a cristãos que atua na região.

“Embora o objetivo dos agressores seja remover o testemunho cristão dessas áreas ou subjugá-los ao silêncio, a Portas Abertas quer ajudar a Igreja Perseguida a permanecer nessas áreas”, disse ela.

Para ela, a presença da igreja e de cristãos nesses locais é importante para manter a coesão social, mas também se sentem chamados a permanecer e ser sal e luz nas suas comunidades. “Isto torna o nosso apoio e oração por eles absolutamente crucial”, conclui.

Você pode ser resposta a estes cristãos

A Portas Abertas lança periodicamente campanhas que podem ajudar esses e outros cristãos que vivem em situação de perseguição. Hoje, mais de 260 milhões de cristãos são perseguidos em mais de 70 países.

Para saber como ajudá-los acesse www.portasabertas.org.br/doe e seja a resposta de oração destes cristãos no mundo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Mesmo na cadeira de rodas, jovem tetraplégica vira evangelista: “Isso me dá oportunidade”

Thais tem dedicado a vida para falar sobre o amor de Cristo, superando sua deficiência física.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO NOTÍCIAS ADVENTISTAS

Thais prega em diversas igrejas em que é convidada. (Foto: Arquivo pessoal)

A deficiência física pode ser vista como um bloqueio para alguns, mas para Thais Alencar, as cadeiras de rodas foram um impulso para o seu chamado.

Criada em um lar cristão, Thais participa das atividades de sua igreja desde pequena, usando a cadeira de rodas como seu meio de locomoção. Devido a um parto prematuro, ela teve uma paralisia cerebral e, com isso, se tornou tetraplégica.

Apesar das dificuldades motoras, Thais se tornou tradutora, intérprete e jornalista, e hoje cursa um mestrado em Divulgação Científica e Cultural pela Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo.

“Isso me dá oportunidade de falar sobre outros assuntos, da esperança da volta de Jesus e do evangelho de uma maneira bem peculiar”, afirma Thais ao site Notícias Adventistas.

Com apenas 10 anos de idade, Thais entendeu recebeu de Deus um chamado para dedicar sua vida à pregação do Evangelho. Hoje, aos 28 anos, ela acredita que a deficiência pode abrir portas para falar às pessoas sobre o amor de Deus.

“Eu não diria que o fato de ter deficiência chama a atenção das pessoas, mas sem dúvida é uma forma, uma maneira que Deus me deu de testemunhar ao falar do poder Dele”, ela afirma.

Segundo Thais, pessoas que não possuem nenhuma deficiência podem potencializar o trabalho de evangelistas como ela. O primeiro passo é orar e apoiar o ministério de pessoas com deficiência. 

Outro fator é investir na estrutura física das igrejas, incluindo adaptações como rampas, pisos especiais e recursos sensoriais para facilitar o acesso de deficientes aos ambientes públicos e privados.

“A igreja local deve atuar na capacitação do recurso humano”, explica o pastor Julio Cesar Ribeiro, líder associado para a área de mobilidade reduzida e deficiência física do Ministério das Possibilidades, da Igreja Adventista, na região central de São Paulo.

Ribeiro nasceu com uma má formação congênita nos membros superiores, mas trabalha para mudar a ideia de que a pessoa com deficiência é “coitadinha”. “É importante entendermos que Evangelho é poder e graça, e isso está disponível para todos”, destaca.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Israel celebra terceiro aniversário do reconhecimento de Jerusalém como sua capital

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recebeu o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman para uma solenidade em seu gabinete.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO JERUSALEM POST

Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman (à esquerda) foi recebido pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (à direita),
 para a celebração de uma solenidade para marcar o terceiro ano do reconhecimento de Jerusalém. (Foto: GPO Amos Ben)

No último domingo (6), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu expressou sua gratidão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ter reconhecido Jerusalém como a capital de Israel, celebrando o terceiro aniversário dessa proclamação histórica.

Netanyahu e o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, penduraram uma cópia da proclamação no gabinete do primeiro-ministro, ao lado do reconhecimento do ex-presidente dos EUA Harry Truman, em 1948 do Estado de Israel, que fora criado naquele ano.

“Essas duas proclamações históricas nunca serão esquecidas pelo povo judeu e pelo Estado judeu. Eles serão estimados por gerações”, disse Netanyahu em uma mensagem dirigida a Trump. “Estamos profundamente gratos por tudo que você fez por Jerusalém e Israel, trazendo a paz e levando a aliança EUA-Israel a patamares sem precedente”.

Netanyahu então observou outros movimentos positivos feitos por Trump em nome de Israel.

“Você reconheceu a soberania de Israel sobre as Colinas do Golã. Você reconheceu os direitos legítimos de Israel na Judeia e Samaria. Você propôs um plano de paz realista que reconhece esses direitos e mantém a capacidade de Israel de se defender. Vocês forjaram os históricos acordos de Abraão, que inauguraram um novo período de paz, que está mudando dramaticamente a face do Oriente Médio diante de nossos olhos”, disse ele.

“E ao invés de apaziguar aqueles que gritam 'Morte à América' e 'Morte a Israel' em Teerã [Irã], você se retirou do perigoso acordo nuclear com o Irã, colocou sanções paralisantes sobre o Irã e eliminou o terrorista mais perigoso do mundo, Qassem Soleimani”, Netanyahu.

Soleimani, comandante da Força Quds na Guarda Revolucionária Iraniana, foi morto em um ataque de drones dos EUA no Iraque no início deste ano.

Durante a cerimônia, Friedman e Netanyahu colocaram juntos a proclamação nas paredes da sala do gabinete. Friedman se juntou a Netanyahu para elogiar a mudança.

“Ao reconhecer Jerusalém, o presidente Trump também fez outra coisa. Ele enviou uma mensagem clara ao mundo de que os Estados Unidos estão firmes com seus aliados e que baseiam sua política externa na verdade, não em desejos ou fantasias”, disse ele.

“Essa mensagem, desde então, reverberou por toda esta região e outras regiões, e tornou o mundo um lugar mais seguro”, acrescentou.

Netanyahu observou que os judeus em todo o mundo celebrarão o Hanukkah a partir desta semana. O feriado marca a vitória dos macabeus judeus sobre seus opressores greco-sírios há 2.000 anos.

“Graças a você, Senhor Presidente, nós, os descendentes dos Macabeus, podemos comemorar que aquela aliança entre o renascido Estado Judeu e o país mais poderoso da terra, está mais forte do que nunca. E celebramos o fato de que a bandeira americana está hasteada no topo da nova embaixada americana que você, presidente Trump, mudou para nossa gloriosa capital eterna - Jerusalém”, disse ele.