quinta-feira, 9 de setembro de 2021

STF ‘esticou a corda’, diz ex-ministro; Promotores pedem afastamento

 Fonte: noticias.gospelmais

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O ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou que a Corte “esticou a corda” na interferência a outros poderes da República, e que espera “temperança e compreensão” do presidente Jair Bolsonaro.

Marco Aurélio Mello foi aposentado compulsoriamente no dia 12 de julho, quando completou 75 anos de idade. Crítico do inquérito das fake news, apelidado por ele como “inquérito do fim do mundo”, o ex-ministro admitiu erros do Supremo Tribunal Federal.

“A corda foi muita esticada, e foi esticada de ambos os lados. Penso que o Judiciário também esticou a corda”, disse Marco Aurélio Mello.

“Esse inquérito natimorto, que votei contra, foi instaurado pela vítima, não houve distribuição, não houve sorteio; dentro dele, tudo cabe […] Penso que deve haver compenetração, sentar-se à mesa para conversar”, ponderou.

Na entrevista ao portal Metrópoles, Marco Aurélio disse reconhecer que “manifestações fazem parte da democracia”, e que o reprovável são os atos de vandalismo, que não foram registrados no 7 de setembro.

Em seguida, afirmou que espera que o presidente Jair Bolsonaro tenha “temperança, compreensão e entendimento para se trabalhar ao povo brasileiro”.

“Nós temos de presumir o que normalmente ocorre. É suficiente para nos preocupar a crise de saúde e a crise social; não precisamos de crise política. Espero que ele, que tem mais um ano e meio de mandato pela frente, simplesmente trabalhe e faça o melhor para o Brasil”, afirmou.
Prisão de ministros

Dois promotores aposentados fizeram uma petição ao Ministério Público Militar com vistas ao afastamento ou prisão de nove ministros do Supremo Tribunal Federal. Somente o mais recente empossado na Corte, Kassio Nunes Marques, não teve o nome citado.

Os promotores Wilson Koressawa e Getúlio Alves de Lima pedem que José Dias Toffoli, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes incorreram em “crimes permanentes e inafiançáveis contra a ordem constitucional e o Estado Democrático de Direito”.

Na peça, os promotores aposentados também mencionam as prisões de Daniel Silveira, Oswaldo Eustáquio e Roberto Jefferson, determinadas pelo Supremo e consideradas inconstitucionais por uma série de juristas brasileiros.

De acordo com informações do portal Conexão Política, a petição de Koressawa e Lima sustenta ainda que os ministros apontados, motivados pelo objetivo de se oporem ao presidente eleito, cometeram crimes como genocídio e tortura, formando uma “organização criminosa promovida, constituída e integrada por todos os representantes”.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

“Dias abreviados” quer dizer que o tempo está passando mais rápido?

Escatologia — Fim dos Tempos



FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

(Foto: Canva)

“Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados.” (Mateus 24.22)

O que exatamente quer dizer “dias abreviados”?

O tempo vai passar mais rápido? Hoje em dia, muita gente diz que “nem vê a hora passar”. Será que os cristãos no mundo inteiro sentem isso? Ou será que isso tem a ver com as nossas vidas corridas e excesso de compromissos? Vamos ao contexto:

O versículo anterior diz o seguinte:

“Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.” (Mateus 24.21)

Sabemos através da história que, naquele mesmo tempo, houve realmente uma espécie de tribulação sobre os judeus através das tropas romanas. De acordo com Flávio Josefo, com a queda de Jerusalém e a destruição do Templo, no ano 70 d.C., mais de 1 milhão de judeus foram mortos e aproximadamente 100 mil foram vendidos como escravos.

“Abreviar aqueles dias” se referia ao cerco final que durou 5 meses [de abril a setembro do ano 70]. Um tempo maior do que esse poderia significar o extermínio dos judeus durante aquela guerra.

Sabemos que a mesma profecia pode ser temporal ou imediata, e também pode ser para o futuro. É o caso dessa profecia. A Bíblia fala de uma Grande Tribulação que acontecerá no final dos tempos também. Logo, concluímos que “aqueles dias” também serão abreviados. Mas abreviado para quanto tempo? Veja aqui alguns textos relacionados:

“Ele [o anticristo] falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo.” (Daniel 7.25)

“Foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que ela pudesse voar para o lugar que lhe havia sido preparado no deserto, onde seria sustentada durante um tempo, tempos e meio tempo, fora do alcance da serpente.” (Apocalipse 12.14)

O texto de Daniel fala da perseguição aos cristãos e o texto de Apocalipse fala da perseguição a Israel, que simbolicamente é representada pela mulher. Segundo alguns teólogos, esse tempo é de três anos e meio. Tempo quer dizer 1 ano, tempos 2 anos e meio tempo é meio ano ou 6 meses.

Em outros textos encontraremos 42 meses ou 1260 dias, termos que correspondem ao mesmo período.

“À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses.” (Apocalipse 13.5)

“A mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias.” (Apocalipse 12.6)

Mas não vamos nos prender aos números, estamos aqui citando eles apenas para compreender essa questão dos dias abreviados. Ficou claro que, Deus estabeleceu um limite para a duração do sofrimento e da perseguição, tanto naquela tribulação do ano 70 d.C. quanto na Grande Tribulação do fim dos tempos, que ainda virá.

Se a profecia bíblica dos “dias abreviados” não tem nada a ver com a questão do “tempo passar mais rápido”, como vamos explicar essa sensação que as pessoas sentem? Os que buscam essa resposta em qualquer lugar encontram qualquer tipo de explicação.

Por exemplo, existem alguns sites que usam como argumento estudos relacionados à “Ressonância Schumann”, de um físico alemão, que fala das frequências magnéticas da Terra. Há até quem diga que o dia agora tem apenas 16 horas. Afirmações como “o coração da Terra disparou” ou “a rotação do Planeta está acelerada” não encontra respaldo científico.

Eduardo Lutz, que é matemático e doutor em Astrofísica e Física Nuclear, considera essas ideias absurdas. Ele explica que as frequências de Schumann têm-se mostrado bastante estáveis desde que foram descobertas até o presente.

Para ele, essas fake news apenas demonstram grande ignorância tanto sobre a Ciência quanto a Bíblia. Segundo Lutz, quem escreve artigos assim não possui noções elementares de Física e nem de Geometria. Como ele disse “esses boatos são falsos e até absurdos do ponto de vista científicos”.

Por que será que tanta gente acredita em tudo o que lê?

Talvez porque as pessoas considerem mais fácil buscar as respostas fora, do que dentro delas, assim não precisam assumir a responsabilidade.

As respostas da Psicologia e neurociência são muito mais seguras. Especialistas explicam que o tempo é o mesmo para todos, mas as pessoas percebem a passagem desse tempo de forma diferenciada.

Cada um tem um ritmo de vida, uma rotina e seus problemas. Porque será que uma dor parece durar uma eternidade e uma alegria passa voando? Por outro lado, quando lembramos do passado, as memórias são mais intensas e longas quando recordamos dos bons momentos. E as memórias das tristezas e decepções costumam ser mais breves. Afinal de contas, para que sofrer de novo?

Há muitas outras respostas que nos ajudam a entender o mistério do tempo. Ele não passa mais rápido e nem mais devagar, na verdade é a gente que passa por ele. E durante essa passagem, temos que priorizar o que é importante e o que é urgente.

A cultura, os valores e as tendências sociais influenciam bastante também. Outro fator que influenciou na divisão do tempo foi a Revolução Industrial. Mais trabalho e menos lazer. Necessidade de consumir o desnecessário. Turnos de trabalho, relógio de ponto, hora extra.

Depois veio a revolução tecnológica, a internet, o mundo virtual e os smartphones. Redes sociais, excesso de informações, aplicativos cada vez mais atrativos. Games para crianças e adultos. E o nosso tempo é literalmente “roubado”.

Ninguém para para contar, mas o tempo que passamos na frente de um computador ou celular é imenso. Talvez estejamos dando importância demais às coisas que não são urgentes. Temos que cuidar para não ter o pensamento acelerado e o espírito estacionado.

Essa sensação de que os dias estão passando muito rápido tem mais a ver com o nosso contexto e estilo de vida. Infelizmente, poucos conseguem tempo para ler a Bíblia e refletir na Palavra.

Mas a boa notícia é que existem muitos artigos, reportagens e podcasts que facilitam nessa tarefa espiritual. Aproveite esse tempo de liberdade religiosa, de expressão e de imprensa.

E para concluir, vamos voltar ao nosso texto de hoje:

“Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria...”

Agora você já sabe do que se trata esse texto. Os nossos dias não estão passando mais rápido. Ainda temos 24 horas à nossa disposição. Que saibamos aproveitar cada segundo com sabedoria e gratidão a Deus.

Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o Movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico para a ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: O que quer dizer fim dos tempos?

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Damares Alves incentiva povo na rua no 7 de setembro: ‘Nenhum direito a menos’

noticias.gospelmais Por Thiago Chagas

Noticias.gospelmais

Damares Alves usou suas redes socais para incentivar a população brasileira a sair às ruas amanhã, 07 de setembro, para avisar que “não aceita nenhum direito a menos” e recomendou cautela com provocações de movimentos de esquerda.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos gravou um vídeo na noite do último domingo, 05 de setembro, para incentivar quem estiver titubeante sobre participar da manifestação de defesa da liberdade de expressão, atacada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

“Vamos lembrar que são manifestações que nasceram de uma forma espontânea, pelo povo, e que foram organizadas por grupos de aplicativos, redes sociais, mas cresceram de uma forma que eu acho que serão as maiores manifestações da história do Brasil”, introduziu Damares Alves.

No vídeo, a ministra lembrou seu tempo de manifestações em defesa dos Direitos Humanos e combate à pedofilia, e disse que os brasileiros precisam ignorar black blocs e outros extremistas que estejam tentando gerar uma situação de confronto.

“Estou observando aqui que o Brasil vai se vestir de verde e amarelo. […] Mas estou vendo muita gente preocupada com possíveis tumultos, violência. Deixa eu dar um conselho, de uma pessoa que sempre foi ativista, que sempre esteve na rua, que veio lá da base: todo cuidado possível no dia 07 de setembro. Não aceitem provocações”, disse ela.

Oportunidade de orar pelo país e autoridades, lembrou a ministra: “Aproveite para abençoar o policial militar, estenda a mão, ore por ele. Aproveite que já está na rua e ore pela nação. Vamos fazer desse ato um momento de intercessão pelo Brasil”.

“O povo que convocou a manifestação é um povo do bem, é o povo da paz, que ama o Brasil, e só quer deixar registrado que nós somos uma nação soberana, democrática e não aceitamos nenhum direito a menos”, encerrou.