quarta-feira, 1 de novembro de 2023

China substitui Brasil na presidência do Conselho de Segurança da ONU

O Brasil almeja o posto para representar a América Latina, mas Pequim não quer o aumento de membros permanentes no grupo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GLOBO

Xi Jinping. (Foto: Flickr/Foreign, Commonwealth & Development Office)

O presidente da China, Xi Jinping, vai assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, na quarta-feira, dia 1º de novembro, logo após o fim do mandato do Brasil.

Conforme O Globo, Pequim enfrentará uma tarefa complicada pela frente: tentar destravar o debate diplomático sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, no Oriente Médio, após uma série de reveses nas últimas votações sobre o tema.

Além disso, terá que tratar de assuntos relacionados à guerra entre Ucrânia e Rússia — grande aliada de Pequim — e terá que formular uma reforma organizacional e o apoio do país asiático à candidatura do Brasil a uma vaga como membro permanente do órgão.

Resoluções rejeitadas pela ONU

Nas últimas quatro semanas, o Conselho rejeitou quatro resoluções apresentadas por diferentes países, devido às objeções das principais potências no grupo, evidenciando uma queda de braço interno no órgão.

Na semana passada, a China vetou, juntamente com a Rússia, a proposta americana, sobretudo pelo fato de não ter apelado por um cessar-fogo, além de não incluir as publicações dos ataques a civis no enclave palestino.

Na ocasião, o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, afirmou que seu país “não nega de alguma forma as preocupações de segurança de Israel”, mas que se opõe à tentativa americana de “estabelecer uma nova narrativa sobre o conflito, ignorando o fato de que o território geográfico está ocupado há muito tempo”.

Já a proposta brasileira, vetada pelos EUA, foi reforçada pela China, assim como a resolução apresentada pela Rússia. Ambas apelaram por um cessar-fogo imediato no conflito.

Para ser adotada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos 9 dos 15 membros do Conselho, mas sem o veto de nenhum dos 5 membros permanentes.

A última resolução adotada pelo Conselho foi em 2 de outubro, sobre o envio de uma força multinacional de ajuda ao Haiti. Em média, o órgão adota entre quatro e cinco resoluções por mês.

Para que serve a ONU?

Conforme a Carta da ONU, o Conselho deve seguir quatro princípios: manter a paz e a segurança internacional, desenvolver relações amistosas entre as nações, cooperar na resolução de problemas internacionais e promover o respeito aos direitos humanos.

Mas, para muitos, o órgão não está mais cumprindo seu papel — sobretudo em um mundo diferente daquele de quando foi criado, em 1945, após a Segunda Guerra Mundial.

Uma das mudanças defendidas pelo Brasil, junto com Índia, Alemanha e Japão, é uma ampliação no quadro de membros permanentes. O Brasil almeja o posto para representar a América Latina, e também defende o aumento do número de membros não permanentes.

Estratégia chinesa de liderança global

A discussão, no entanto, não parece tão simples e há certa resistência de Pequim à entrada de novos membros no seleto grupo composto por China, EUA, França, Reino Unido e Rússia.

Em suma, a proposta chinesa se concentra apenas no aumento de membros rotativos do Conselho, especialmente para fortalecer o Sul Global, com um foco especial na África, como parte da estratégia chinesa de liderança global.

Na composição atual, apenas esses cinco países têm poder de veto. Outros dez países são membros rotativos, com mandato de dois anos: Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.

Ainda de acordo com O Globo, “os membros do Conselho de Segurança podem estabelecer diretrizes para que os países em conflito cheguem a acordos, enviem missões e iniciem investigações. Quando há hostilidades mais tensas, com risco de conflito ou confrontos concretos, o colegiado pode ajudar a formar um cessar-fogo ou enviar forças de paz. Em casos extremos, avaliações ou até ações militares coletivas podem ser aplicadas”.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Com Bíblia em áudio, analfabeta evangeliza mulheres em poço na Ásia

A mulher compartilhou o Evangelho com outras seis mulheres. A estratégia de evangelização está dando frutos na região.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE IMB

Idosa no poço da região. (Foto: IMB)

No Sul da Ásia, uma mulher analfabeta que costuma encher seu jarro de água no poço da aldeia, compartilhou o Evangelho com outras seis mulheres no local.

Segundo o IMB, ela não sabia ler nem escrever, mas através da Bíblia em áudio, carregava as mesmas palavras de vida que Jesus compartilhou há mais de dois mil anos com uma samaritana no poço de Jacó.

Conforme descrito no evangelho de João, depois de compreender que Ele é a água da vida, a mulher sai pela cidade convidando outros para conhecerem a Cristo.

Seguindo seu exemplo, a cristã – que não teve o nome divulgado – se reuniu com outras seis mulheres ao redor do poço em sua comunidade. Elas vivem em um sistema de castas que as rotulam como indignas e sem instrução.

No entanto, no encontro do poço, as mulheres ouviram histórias bíblicas e aprenderam que elas são preciosas aos olhos de Deus.

De acordo com o IMB, embora nenhuma delas fossem cristãs, elas ouviram a mensagem atentamente.

Seu povo é visto como um povo tribal, animista e remoto. Embora muitos agora pratiquem o hinduísmo, historicamente, suas crenças animistas os tornaram diferentes da maioria de seus vizinhos que são predominantemente hindus.

A partir da Bíblia em áudio, disponibilizada por um cartão SD, a cristã cresceu na sua fé e na compreensão do Evangelho.

Bíblia em áudio

Os missionários do Conselho de Missões Internacionais, Brooks e Julia West, estão gratos pela ousadia da cristã que compartilhou a Palavra de Deus.

Desde 2019, os West vivem entre eles levando esperança às pessoas numa área esquecida pela sociedade.

Eles descobriram que estes cartões são uma boa estratégia para compartilhar o Evangelho e ajudar os crentes nativos a crescerem na fé, especialmente aqueles que são analfabetos, quase 50% nesta região.

Os cartões SD, conhecidos como “O Caminho”, são séries de lições em áudio das Escrituras no idioma local.

Contém cerca de 90 aulas gravadas, cada uma com duração de oito a 12 minutos. Há também 35 lições que conduzem o ouvinte desde a criação até a nova criação mencionada no Apocalipse.

De acordo com o IMB, o objetivo dos Wests é equipar e capacitar a igreja local para levar Jesus às pessoas ao seu redor.

Grupos de estudo

Os missionários reúnem grupos de cerca de 20 crentes e os participantes ouvem atentamente um conjunto de histórias bíblicas.

Depois de cada história, eles fazem perguntas para que os cristãos se aprofundem no significado e na mensagem da história.

Um grupo, responsável por compartilhar a Bíblia na região, informou que em quatro semanas, mais de 170 pessoas ouviram o material e voltaram com mais fome de aprender.

“Sabe, é algo realmente especial quando um crente que não tem instrução e não sabe ler ou escrever começa a entender que não precisa disso para que Deus trabalhe de maneira poderosa através deles”, contou Brooks.

E continuou: “Quando isso entra em seus corações, simplesmente acende um fogo neles, e eles se tornam semeadores”.

Julia concluiu dizendo que o Evangelho está avançando por causa das “pessoas em quem o Espírito de Deus está trabalhando para encorajá-las e usá-las para sua glória”.