sexta-feira, 2 de julho de 2010

A CORUJA QUE PISCA

           Uma das práticas mais destrutivas dentro de um lar ou de uma empresa é a de ser desnecessariamente crítico. Isto acontece quando nos colocamos na posição de juizes dos nossos familiares e colegas de trabalho. A conseqüência natural são os comentários, muitas vezes injustos e cruéis, feitos na frente ou pelas costas. Muito freqüentemente nós somos como a pessoa que escreveu este poema anônimo falando de si mesma:

          Eu gosto da história de um homem que tinha o vício de criticar. Uma tarde, enquanto esperava o ônibus, ele ficou na frente de uma loja de animais empalhados. No centro da vitrine tinha uma coruja grande que atraía a atenção de todos os que passavam por ali. O crítico começou a criticar o trabalho do empalhador: “Se eu não conseguisse fazer algo melhor do que essa coruja”, ele disse para o grupo ali reunido, “eu procuraria outro emprego. Veja só como a cabeça não está proporcional ao corpo, a pose do corpo não é natural e o pé está apontando na direção errada.” Quando ele acabou de dizer isto a coruja virou a cabeça na sua direção e piscou para ele. Os que estavam ali começaram a rir enquanto o crítico saía correndo.

          A Bíblia nos pergunta: “Portanto, por que é que você condena seu irmão? E, você, porque despreza seu irmão ?” Estas questões apresentadas por Deus são muito relevantes para a nossa vida em família e na empresa. Porque nós julgamos? Qual é o motivo para o nosso espírito crítico? Muitas vezes é um escape para os nossos sentimentos de incapacidade. Quaisquer que sejam as razões, vamos pedir a Deus que nos ajude a fechar a boca quando formos criticar para não ferir aqueles que estão ao nosso redor! Vamos pedir a Deus que nos ajude a perceber as virtudes daqueles que moram e trabalham conosco! Sejamos pacientes com as faltas dos outros; eles tem que ser pacientes com as nossas! Vivendo assim não seremos envergonhados por uma coruja que pisca!

Texto Bíblico Utilizado: Romanos 14:10

Recebido por e-mail da minha amiga Iracema

terça-feira, 29 de junho de 2010

O PÃO DE CRISTO

           O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Victor.
           Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito.
          Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando viu chegar um casal.
          Victor lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer.
          - Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado - disse ele.
          Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:
          - Que queria o pobre homem?
          - Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido,
        - Lorenzo. Não podemos entrar e comer uma comida farta que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora!
         - Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiro para beber!
         - Tenho uns trocados comigo. Vou dar-lhe alguma coisa!
         Mesmo de costas para eles, Victor ouviu tudo que disseram.
         Envergonhado, queria afastar-se correndo dali, mas neste momento ouviu a amável voz da mulher que dizia:
         - Aqui tens algumas moedas. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe um trabalho para você. Espero que encontre.
         - Obrigado, senhora. Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo. A senhora me ajudou a recobrar o ânimo! Jamais esquecerei sua gentileza.
          - Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - disse ela com um largo sorriso dirigido mais a um homem que a um mendigo.
          Víctor sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo.
          Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco. Gastou a metade do que havia ganho e resolveu guardar o que sobrara para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias.
          Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior. O PÃO DE CRISTO! - Um momento!,    
          - pensou, não posso guardar o Pão de Cristo somente para mim. Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical. Neste momento, passou a seu lado um velhinho.
           - Quem sabe, este pobre homem tenha fome - pensou - tenho que partilhar o Pão de Cristo.
           - Ouça - exclamou Victor- gostaria de entrar e comer uma boa comida?
           O velho se voltou e encarou-o sem acreditar.
           - Você fala serio, amigo? O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente.
           Durante a ceia, Victor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de papel.
         - Está guardando um pouco para amanhã? Perguntou.
         - Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo freqüentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando o deixei.
         Tinha muita fome. Vou levar-lhe este pão.
         - O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça.
          Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engoli-lo com alegria.
          De repente, se deteve e chamou um cachorrinho. Um cachorrinho pequeno e assustado.
         - Tome cachorrinho. Dou-te a metade - disse o menino. O Pão de Cristo alcançará também você.
         O pequeno tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria.
          - Até logo!, disse Victor ao velho. Em algum lugar haverá um emprego.
          Não desespere!
         - Sabe? - sua voz se tornou em um sussurro - Isto que comemos é o Pão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas para comprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom!
         Ao se afastar, Victor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna.
Agachou-se para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde estava gravado o nome e endereço de seu dono.
         Víctor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu na porta. Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria. 
        Estava por repreender Victor, que certamente lhe havia roubado o cachorro, mas não o fez pois Victor mostrava no rosto um ar e dignidade que o deteve.
        Disse então:
        - No jornal de ontem, ofereci uma recompensa pelo resgate. Tome!
        Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:
        - Não posso aceitar. Somente queria fazer um bem ao cachorrinho.
        - Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! Você precisa de um emprego? Venha ao meu escritório amanhã. Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.
        Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância, voltou a soar em sua alma. Chamava-se: 'PARTE O PÃO DA VIDA', 'NÃO O CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS AS SOBRAS, DAI COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA'.
     QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO, MESMO QUE DOA!


Fonte: Recebido por e-mail da minha amiga Iracema Cândido.