sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Estado Islâmico mata 9 e fere 71 em ataques a cristãos na Síria

Dois ataques a bomba foram promovidos pelo Estado Islâmico no nordeste da Síria, tendo como alvo as comunidades cristãs.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA BAPTIST PRESS

Bombeiros combatem chamas após explosão de carro-bomba na cidade de Qamishli, na Síria. (Foto: Baderkhan Ahmad/AP)

O Estado Islâmico está assumindo a autoria de dois ataques a cristãos no nordeste da Síria, que deixou nove mortos e 71 feridos.

Os ataques acontecem um mês depois que as forças turcas lançaram uma campanha de bombardeio na Síria, após a retirada das tropas americanas da região.

Na segunda-feira (11), um padre armênio, Hovsep Petoyan, e seu pai, Abraham Petoyan, foram mortos em um carro-bomba enquanto dirigiam de Qamishli para Deir ez-Zor, no nordeste da Síria. Um diácono foi ferido no ataque, segundo a International Christian Concern (ICC).

O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou o ataque e obteve imagens de vídeo, disse a ICC.

Em um segundo ataque na segunda-feira, sete pessoas morreram e 70 ficaram feridas em três explosões de carros-bomba perto da igreja caldeia em Qamishli. O Estado Islâmico também reivindicou autoria, segundo o ICC.

“Os cristãos há muito tempo têm alertado que o Estado Islâmico buscará todas as oportunidades para continuar seu genocídio contra minorias religiosas”, disse Claire Evans, gerente regional da ICC para o Oriente Médio.

“Enquanto isso, as ações da Turquia na região geraram um ambiente de instabilidade. Os cristãos armênios, cujos ancestrais foram mortos no genocídio da Turquia, se vêem presos entre atores da violência em toda a Síria”.

As recentes explosões são consideradas um claro sinal de que o Estado Islâmico está novamente mirando os cristãos, depois que os EUA declararam que o grupo terrorista foi derrotado na região. Os ataques também são considerados retaliação pelo assassinato do líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, em outubro.

Enquanto isso, os cristãos sírios continuam fugindo de aldeias nas regiões de Tal Tamir e Khabour, perto da zona de segurança proposta, que a Turquia está usando para justificar sua invasão. Das 33 aldeias cristãs da região, apenas 18 continuam povoadas com poucas famílias, afirmou o ICC.

Somente na vila de Tal Cedaya, por exemplo, 20 famílias cristãs foram evacuadas, restando apenas uma família cristã lá. “Devemos manter a comunidade cristã da Síria em nossas orações e insistir pelo fim desse conflito sem sentido”, disse Evans.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Professor da UFF incentiva morte de evangélicos a tiros, após queda de Evo Morales

O professor de Jornalismo da UFF, Pedro Aguiar, disse que torce pela morte de evangélicos no contexto político Bolívia. Sua conta no Twitter foi retirada do ar após repercussão negativa.


FONTE: GUIAME
O professor de Jornalismo da UFF, Pedro Aguiar, disse que torce pela morte de evangélicos no contexto político Bolívia. (Foto: Guiame)

Um professor da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, sugeriu no último domingo (10) que os evangélicos sejam mortos a tiros. Sua declaração foi feita no Twitter depois que Evo Morales renunciou ao cargo de presidente da Bolívia, após uma escalada nas tensões no país.

“Claro que prefiro a paz, mas, neste contexto concreto na Bolívia, torço ferrenhamente para que forças da resistência peguem em armas e matem a tiros os fascistas e evangélicos que tentam destruir o país. Fascistas não têm direito a vida”, disse Pedro Aguiar, professor de Jornalismo no Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF.

Print pro caso do digníssimo apagar o twitt. Honra e qualidade dos professores da @uff_br



As declarações de Aguiar foram denunciadas nas redes sociais por alunos do movimento estudantil “UFF Livre Campos dos Goytacazes”, que pediram ajuda de advogados para fazer uma manifestação no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério Público Federal (MPF) contra o professor “que incentivou o genocídio de evangélicos”.

Em resposta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse: “O Arthur já está vendo”. O ministro fez referência a seu irmão, Arthur Weintraub, professor de Direito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e assessor especial do presidente Jair Bolsonaro.

Com a repercussão negativa de sua declaração, Aguiar retirou do ar seu perfil no Twitter.

“Tem uma legião de babacas tentando me vexar e intimidar, marcando a UFF e Ministério Público, com o objetivo de DEFENDER FASCISTAS. Vocês é que estão se enrolando com a lei. Fascistas têm que morrer, sim. O que eu defendo não é nada além do que o Tribunal de Nurembergue fez”, disse o professor em um post na segunda-feira (11).

O Tribunal de Nuremberg, citado pelo professor, julgou o alto escalão nazista por crimes de guerra e contra a humanidade durante a Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, foram executadas dez penas de morte contra representantes do regime nazista.

Os alunos do UFF Livre informaram na segunda que a representação no MPF contra Pedro Aguiar foi realizada. “Apesar do ministro ter comentando que o @ArthurWeint já estava agindo, achamos que não custava nada uma dor de cabeça a mais para o cidadão”, disseram no Twitter.

Mais uma vez, o post dos alunos recebeu o apoio de Abraham Weintraub: “Fizeram bem!”, disse o ministro.


Acabamos de fazer a representação no MPF contra o tal Pedro Aguiar. Apesar do ministro ter comentando que o @ArthurWeint já estava agindo, achamos que não custava nada uma dor de cabeça a mais para o cidadão.