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domingo, 23 de abril de 2017

Igreja que não faz missões, tem que nascer de novo, afirma missionário

Juan Carlos Boggiano lembra que “Todos somos convocados para levar o evangelho, sem distinção de igrejas e denominações, precisamos nos unir para fazer a obra”.

por Cristiano Medeiros
Igreja que não faz missões, tem que nascer de novo

Pastor Juan Carlos Boggiano (37), peruano, está à frente da Igreja Quadrangular do Peru – Rei dos Reis, na cidade de Arequipa, local onde desenvolve um trabalho missionário, que além de levar o evangelho atende pessoas carentes e deficientes físicos.
A liderança da igreja (que não é filiada a Igreja Quadrangular do Brasil) é compartilhada com pastor Juventino Arrendondo, mexicano. Ambos atuam no ministério local e também buscam apoio para manter a obra.
Em conversa com o Gospel Prime, Juan convida as pessoas a visitarem a obra desenvolvida no Peru. “Uma coisa é falar, outra é você visualizar a realidade da obra missionária”. Ele comentou que a Assembleia de Deus no Brasil tem auxiliado. “Várias pessoas têm ajudado a manter esse projeto. Deus prometeu que levantaria grandes servos para ajudar. Desta forma o Senhor tem nos abençoado grandemente”, declarou.
A igreja peruana iniciou suas atividades há três anos sem nenhuma estrutura física e mão-de-obra humana. “Hoje são cerca de 70 membros e com pequenos grupos evangelísticos alcançamos muitas famílias. Temos encontro de casais, jovens, escola bíblica, crianças. No ano passado foram batizadas 17 pessoas. Estamos realizando um trabalho assistencial nas escolas através de doações de computadores para alunos carentes, assim eles podem apreender com mais facilidade”, comentou o missionário.
Atualmente a igreja mantém um trabalho nas Cordilheiras dos Andes, há 250 km da região central de Arequipa. Duas vezes ao mês atendem a pessoas doentes, cadeirantes, e deficientes físicos. Após o terremoto, que atingiu o local em 2015, foram doadas dez cadeiras-de-rodas para pessoas necessitadas.
“Nossa vida está totalmente debaixo da dependência do Senhor”. Juan deseja retornar ao Brasil para construir uma igreja. Sua esposa o questionou o porquê de ser no Brasil. E sua resposta foi que Deus o ordenou erguer uma igreja forte, que irá manter a igreja no Peru. A família está intercedendo em oração e provavelmente será em Campinas, estado de São Paulo.
Crianças evangelizadas
Crianças evangelizadas

Realidade das missões no Peru

As dificuldades são muitas no Peru. “Temos escassez de alimentos, estradas destruídas, rios transbordando devido às enchentes, preço elevado, precariedade na habitação e saúde, enfim são muitos os problemas”, desabafou pastor Juan.
O missionário acredita que a situação que o país enfrenta é devido à resistência ao evangelho. “Tudo que está acontecendo é fruto da dureza do coração do povo peruano. O Senhor retirou sua mão sobre o Peru. O governo aprovou a ideologia do gênero, casamento homossexual, não aceitam o evangelho, são idólatras, misticistas. Apenas 1% da população é evangélica. As pessoas só aceitam o evangelho quando estão com suas vidas totalmente destruídas. Nosso país precisa ver Deus agir. Creio na esperança de um real avivamento para todo o Peru”.
Pastor Juan comenta que uma igreja que não tem visão missionária, é uma igreja que necessita nascer de novo.
“Todos somos convocados para levar o evangelho, sem distinção de igrejas e denominações, precisamos nos unir para fazer a obra. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas. Nada adianta irmos à igreja nos cultos durante a semana e no restante dos dias esquecer-se de Deus. Devemos amar ao próximo como a nós mesmos”.
Cristãos peruanos
Cristãos peruanos

Herança missionária

Pastor Juan nasceu em lar cristão, em Piura, Peru. Sua mãe, Lucila Farfan se converteu através de um programa evangélico americano que era transmitido no Peru. Com dois anos de conversão, passando por problemas familiares, ela decidiu entregar Juan a Cristo, se Carlos, seu esposo aceitasse a Jesus como seu Salvador. Após o nascimento de Juan, Carlos se converteu. Na época Carlos, engenheiro civil, construía uma grande casa para a família fazer festa e se confraternizar. Mas este não era o plano de Deus. Com o passar dos anos a residência começou a receber missionários, sendo que o primeiro recebido foi o jovem Jesuel Alves, missionário da JOCUM, vindo de Santos, Brasil.
Desde seus 14 anos Juan se sentia incomodado por Deus, como se Ele estivesse requerendo o compromisso missionário de sua vida.  Ele se formou em engenharia geológica, e com a carreira trabalhou com a exploração de minérios no Peru.

Fuga e encontro com seu chamado

Na tentativa de fugir de sua chamada missionária, com sete meses de casado, veio para o Brasil. Após dois meses de sua chegada em São Paulo, sua esposa, viajou em seu encontro trazendo um filho de cinco meses no colo e grávida.
Ele e sua família tinham apenas visto de turista, temporário. Um dia estava na Praça da Sé, desesperado e chorando, disse consigo que não fugiria mais de seu chamado, mas pediu a Deus que o ajudasse. Nesse momento ouviu uma voz o chamando seu nome. A princípio não acreditou nesse chamado, depois a voz se repetiu. Era um velho amigo Manoel Rivera. Ele lhe deu abrigo e apoio na Igreja Brasil para Cristo.
Alguns meses se passaram e o Senhor continuou o tocando sobre seu propósito missionário. Trabalhando em uma empresa de sondagem iria viajar para um novo projeto, quando Deus falou fortemente com sua esposa. O casal foi orar para seguir a vontade e direção do Senhor. Juan não viajou e começou a congregar na Igreja Luz para as Nações. Essa os enviou para as Missões Jocum, e após um período iniciaram trabalho em várias frentes missionárias no Brasil e também na Bolívia.
Após um tempo seu pai ficou doente e retornaram ao Peru em 2009. Juan teve que voltar a trabalhar na mineração para custear o tratamento de seu pai. Ele e sua esposa abriram uma empresa de transporte de minerais. Deus voltou a falar com o casal que era necessário depender dele. Em 2014 encerraram as atividades da empresa e começaram a trabalhar na igreja local de forma integral. “Uma vez me questionaram se com minha profissão já conseguiria sustentaria a obra. Eu respondi que o Senhor me convocou para essa missão, e que os recursos ele nos daria. Deus me queria em busca de almas”.
Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

"Missões são obras da Igreja, não apenas do indivíduo enviado", diz evangelista

O pastor Paulo Bottrel, que trabalhou com missões em tribos indígenas, acredita em convites sobrenaturais para missões. Por outro lado, ele afirma que a ordem já foi dada por Jesus.

O pastor disse que depois do trabalho com os indígenas, ele voltou para Belo horizonte, pois sua esposa teve grandes problemas de saúde. (Foto: Reprodução).
O pastor disse que depois do trabalho com os indígenas, ele voltou para Belo horizonte, pois sua esposa teve grandes problemas de saúde. (Foto: Reprodução).

Quando se fala em missões, logo lembramos de um termo bastante comentado, o “chamado missionário”. Mas, como deve ser esse chamado? E nós realmente precisamos de um para fazer missões? Em entrevista para o programa Mente Aberta, da emissora mineira Rede Super, o pastor da Igreja Batista Central de Belo Horizonte, Paulo Bottrel, conversou a respeito desse tema.

“Eu larguei Engenharia Civil na UFMG para trabalhar com o povo indígena na tradução da Bíblia. Desde os meus 15 anos eu sou da Igreja Batista Central de Belo Horizinte”, contou. O pastor ainda disse que depois do trabalho com os indígenas, ele voltou para Belo horizonte, pois sua esposa teve grandes problemas de saúde. Então ele passou a trabalhar com meninos de rua. “Em nossa igreja, criamos uma classe de missões para aqueles que se sentiam vocacionados. O curso dura um ano”.

O pastor foi questionado sobre a questão do preparo para ser um missionário. “Primeira questão é o envolvimento muito forte com a igreja local. A ideia de você romper com a igreja para ir num seminário ou em uma missão, eu acho muito ruim. Porque a missão é uma obra da igreja e não apenas do indivíduo que vai. E quando chega a hora da pessoa ser enviada, ela deve ir sentindo que a igreja está indo junto com ela”, ressaltou.

Chamado Missionário
“Eu creio que Deus ainda chama de formas sobrenaturais. Eu tenho muitos exemplos de amigos que foram chamados por meio de uma visão, de um sonho com uma palavra, uma palavra profética. Então eu creio que Deus chama de muitas maneiras sobrenaturais. Mas eu creio que Deus chama de maneiras muito naturais também”, disse.

“Às vezes é um convite de alguém que foi para o campo e lembrou de você. Como foi com Barnabé quando ele lembrou de Paulo quando estava em Antioquia. Ele foi lá chamar Paulo e ai imagina Paulo quando Barnabé chegasse: ‘Mas eu não vou para Antioquia. Deus nunca me chamou para Antioquia’", explanou.

“E Barnabé poderia dizer: ‘Não, Deus está te chamando através de mim. Estou te convidando para ir para lá porque lá está precisando’. Então, eu creio que existe o chamado sobrenatural. Pode acontecer. Deus continua agindo assim. Mas, tem muitas formas naturais de acontecer o chamado”, ressaltou.

“Eu creio que o ponto de partida para a obra missionaria nem é o chamado especificamente, mas é a consagração da nossa vida no altar. Quando nos chamamos para Deus e dizemos que a nossa vida está a disposição dEle. Para ele fazer dela o que ele quiser. E a partir disso Ele vai nos direcionar de varias maneiras”, comentou.

“Deus é muito criativo e nos precisamos estar atentos. Um exemplo que me marcou muito foi o da Sophie Müller, que trabalhou no amazonas com muitos indígenas e tribos. Quando ela estava no auge do ministério dela, perguntaram como havia sido chamada, porque eles queriam fazer uma entrevista, uma reportagem. E ela falou: ‘Eu nunca fui chamada, eu li uma ordem na Bíblia e obedeci’”, pontuou.

“Então, a ordem já foi dada. Uma vez perguntaram para o Jim Stier, que fundou a Jocum no Brasil, no final de uma conferencia missionaria. Uma jovem perguntou: ‘Olha eu tenho uma coisa no coração por missões, mas eu não sei se é Deus ou é o diabo’. Ai, ele olhou e disse: ‘Oh minha irmã, eu já li as obras da carne em Gálatas e nunca vi missões lá não’. Então, essa ideia, essa dúvida, as pessoas por uma certa reverência ao chamado, acabam não indo, esperando alguma coisa sobrenatural”, frisou.
Confira a entrevista na íntegra:


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REDE SUPER