sexta-feira, 5 de março de 2021

“É muito possível que já estejamos no princípio das dores”, diz apologista cristão

Pastor Ciro Zibordi comenta, em entrevista ao Guiame, sobre o final dos tempos pela perspectiva da Teologia Pentecostal


FONTE: GUIAME, CÁSSIA DE OLIVEIRA

O apologista Ciro Zibordi comenta sobre o final dos tempos em entrevista ao Guiame. (Foto: Divulgação).

O apologista cristão Ciro Zibordi afirmou, em entrevista ao Guiame, que é possível estarmos vivendo no princípio das dores, ao analisar o contexto de pandemia que o mundo se encontra.

Baseado na corrente pré-tribulacionista – que crê que a Igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação –, o teólogo diz que não podemos afirmar categoricamente em que período estamos, já que o arrebatamento será iminente. E lembra que os sinais mencionados na Bíblia dizem respeito ao tempo do fim, e não ao Arrebatamento.

Apesar disso, observando o que está acontecendo no mundo e considerando que os sinais são progressivos, para Ciro existe a possibilidade de estarmos na época chamada na Bíblia de princípio das dores: “o qual começa um pouco antes do Arrebatamento da Igreja e adentra os primeiros anos do período tribulacional”.

O apologista explica ainda que a Igreja está vivendo os “últimos dias” desde o dia de Pentecostes, já que Pedro interpretou a profecia de Joel 2.28-29 da seguinte forma: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (At 2.17).

“Creio que estamos na culminância desses últimos dias, pois os sinais cósmicos mencionados por Joel ainda não se cumpriram. Ou seja, estamos muito possivelmente, nos ‘últimos dias dos últimos dias’”, esclarece Ciro Zibordi.

De acordo com Zibordi, o arrebatamento desencadeará o início do final dos tempos, seguido pelos sete anos da Grande Tribulação.

Sobre Ciro Zibordi

Ciro Zibordi é teólogo, escritor e membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil.

Autor de vários best-seller da CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus) como “Erros que pregadores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria” e “Teologia Sistemática Pentecostal”(co-autor).

Também é professor do Centro Educacional Teológico das Assembleias de Deus no Brasil (CETADEB) e pastor na Igreja Assembleia de Deus.

quinta-feira, 4 de março de 2021

Visita do Papa levanta questões sobre a Igreja Perseguida no Iraque

Em visita inédita ao país, o Papa Francisco irá a igrejas atacadas pelo Estado Islâmico

Uma das igrejas a ser visitadas pelo Papa no Iraque, Al Tahira foi usada como campo de tiro do Estado Islâmico durante a ocupação do grupo
Crédito: Portas Abertas

Entre os dias 5 e 8 de março, o Papa Francisco visitará o Iraque pela primeira vez, sobretudo as igrejas que foram alvos do Estado Islâmico nos últimos anos. A igreja iraquiana é uma das mais antigas do mundo, mas está ameaçada de extinção, devido aos frequentes ataques vindos de grupos extremistas. Desde o início dos anos 90, o número de seguidores de Cristo no país caiu cerca de 90%.

O Papa visitará vários lugares no Iraque, entre os quais Qaraqosh e Bagdá, principais pontos de atuação da Portas Abertas. No dia 5 de março, o líder passará por Bagdá, capital do país. E, no dia 7 de março, a visita acontecerá às cidades de Qaraqosh e Erbil, principais cidades onde acontece a perseguição e ataques aos seguidores de Cristo.

O Iraque ocupa o 11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021, onde os seguidores de Jesus enfrentam perseguição em todas as esferas da vida; a perseguição parte de amigos, familiares, grupos extremistas, líderes de grupos não cristãos e de autoridades oficiais do país. Desde o ano passado, muitos protestos violentos aconteceram e a extremistas islâmicos continuam ativos no Iraque, atacando e sequestrando cristãos. Muitos cristãos foram mortos em bombardeios e ações violentas.

Em 2014, dezenas de milhares de cristãos foram expulsos de casa após a invasão do Estado Islâmico. As igrejas no Iraque também viraram alvo dos extremistas e muitos templos foram destruídos. Os cristãos ex-muçulmanos muitas vezes são obrigados a manter a nova fé em segredo, porque sofrem pressão para abandonar o cristianismo, além de perderem emprego e acesso às necessidades básicas. A pressão vem em maior parte da família; uma mulher ex-muçulmana corre riscos de enfrentar diversos abusos, prisão domiciliar, assédio e violência sexual e até mesmo a morte, caso a fé seja revelada.


Por meio de parceiros no Iraque, a Portas Abertas trabalha para apoiar os cristãos no país há mais de 20 anos com distribuição de Bíblias, treinamentos, ajuda emergencial em crises, projetos socioeconômicos e reconstrução de igrejas e lares destruídos pelo Estado Islâmico. Com a reconstrução de casas e igrejas, os cristãos podem retornar para a cidade natal, tendo igrejas para congregar e assim propagando o cristianismo no país. Saiba como ajudar cristãos no Iraque através da sua doação.

Pedidos de oração

*Ore para que a visita do Papa ao Iraque chame a atenção da comunidade internacional para a situação da Igreja Perseguida no país e assim ações de apoio sejam desenvolvidas.

*Clame pelos seguidores de Cristo no Iraque, para que Jesus os fortaleça na fé, para que não desanimem em meio a perseguição e dificuldades que enfrentam.

*Interceda pelos grupos extremistas que causam tanto sofrimento ao país, para que o Espírito Santo do Senhor aja sobre a vida deles, trazendo transformação.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Leitura da Bíblia cresce desde o início da pandemia no Reino Unido

Mark Woods diz que três coisas principais fazem com que a Bíblia deixe as pessoas mais confiantes, mentalmente saudáveis e mais esperançosas.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PREMIER

Segundo pesquisa, a leitura da Bíblia aumenta a confiança no futuro e traz saúde mental. (Foto: Reprodução / iStock)

A explosão das restrições em todos os tipos de atividades no Reino Unido fez com que os cristãos passassem a ler mais a Bíblia em busca de esperança e conforto.

De acordo com nossa pesquisa recente, um número significativo de cristãos relatou que a leitura da Bíblia aumentou a esperança em Deus (42%); 28 por cento disseram que aumentou sua confiança no futuro, enquanto 63 por cento disseram que permitiu que sua confiança permanecesse a mesma, em vez de diminuir.

Os resultados são de uma nova pesquisa, que também sugere que a leitura bíblica é boa para a saúde mental, especialmente em tempos de pandemia. A informação foi compartilhada por Mark Woods, da Sociedade Bíblica do Reino Unido.

“Quase um quarto dos 1.000 cristãos que pesquisamos disseram que a leitura da Bíblia também aumentou seu bem-estar mental. E descobrimos que, desde que a pandemia atingiu, os cristãos estão lendo a Bíblia com mais frequência - 35 por cento dos entrevistados em geral, enquanto entre os 25 a 34 anos esse número sobe para mais da metade”, disse a instituição.

Para eles, três coisas principais fazem com que a Bíblia deixe as pessoas com mais confiança, mentalmente saudáveis ​​e mais esperançosas.

“Primeiro, há muitas histórias na Bíblia que se transferem diretamente para a nossa situação hoje. Se as pessoas estão preocupadas em pegar Covid-19, ou perder seus empregos, ou estão frustradas e tristes por não poderem ver suas famílias, elas podem ler as palavras de Jesus ‘Não fique preocupado e chateado ... Acredite em Deus e acredite também em mim’ (João 14:1) falam diretamente aos seus corações”, explica Woods.

Em segundo lugar, ele diz, o que realmente impressiona as pessoas e as traz de volta à Bíblia não sejam as partes tradicionalmente reconfortantes dela. “A Bíblia é uma mistura. Sim, está repleta de salmos gloriosamente edificantes e ensinamentos inspiradores. Mas também tem violência e horror”, lembra.

Woods explica que “os salmistas e os profetas passam tanto tempo lamentando quanto regozijando-se. Jó e Lamentações são longos gritos de dor. O Eclesiastes é uma expressão elegante de pura perplexidade com o mundo”.

“Talvez uma das coisas que os cristãos redescobriram durante a pandemia é que a Bíblia tem a linguagem de que precisamos para expressar o que estamos sentindo quando o mundo não faz mais sentido, e os suportes que geralmente nos sustentam caíram”, diz.

Citando o Salmo 69:3 ("Estou cansado de pedir socorro; minha garganta está seca. Meus olhos desfalecem, procurando o meu Deus"), Woods diz precisamos saber que não há problema em lamentar e reclamar diante de adversidades.

“A Bíblia tem a linguagem de que precisamos para expressar o que estamos sentindo quando o mundo não faz sentido”, diz.

Na visão de Woods, o terceiro ponto é que existem versículos que podem não ser tão significativos para nós a longo prazo quanto sermos capazes de nos localizar na grande história de Deus. “A Bíblia está cheia de histórias, mas também é uma história. Começa em um jardim e termina em uma cidade-jardim”, diz.

“O drama das Escrituras envolve criação, queda, Israel, Cristo, a Igreja e a nova criação - e todos nós fazemos parte dessa história”, lembra. Para ele, o ato de ler a Bíblia com fé nos torna parte de algo maior. “Nós entendemos em algum nível profundo que nossas vidas têm significado e que Deus é por nós. Jesus ressuscitou. Podemos não entender todas as imagens tumultuadas do Apocalipse, mas ainda assim entendemos a mensagem e, no final, nós vencemos.”

Woods diz que “talvez não seja surpreendente que estejamos nos voltando mais para a Bíblia. Que livro melhor poderia haver, para uma época como esta?”

segunda-feira, 1 de março de 2021

Festa judaica de Purim é proibida em Israel devido à pandemia

As comemorações foram proibidas, com multas para quem as organizasse.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO OBSERVADOR E EXAME

Meninas judias ultraortodoxas usam trajes festivos no domingo, 28 de fevereiro de 2021, para celebrar o feriado judaico de Purim, em Jerusalém. (Foto: Oded Balilty / AP)

A pandemia de Covid-19 afetou uma das comemorações mais significativas para os judeus: a Festa de Purim. Devido às restrições impostas pelo coronavírus, as celebrações estão sendo impedidas pela polícia de Israel e alguns rabinos pedem às pessoas que não bebam muito para manter o distanciamento social.

Extraído do relato do bíblico Livro de Ester de como os judeus foram poupados do genocídio na antiga Pérsia, Purim é comemorada com o uso de todos os tipos de fantasias elaboradas, doação de comida para festas e bebidas.

As festas de Purim foram proibidas, com multas para quem as organizasse. Isso estimulou comemorações espontâneas de rua em Tel Aviv. O comandante da polícia, Ziv Saguy, disse que a corporação estava aplicando 200 multas por hora.

Toque de recolher

Este ano, Israel - que começou a sair de seu terceiro lockdown nacional em 21 de fevereiro - reimpôs toques de recolher noturnos para o fim de semana prolongado de Purim e acesso limitado a Jerusalém.

Em comunicado conjunto, o gabinete do primeiro-ministro e o Ministério da Saúde israelitas informam quarta-feira que o recolher obrigatório entre as 18h30 e 5h00 estará em vigor de quinta-feira até este sábado.

“Isto é para evitar o que aconteceu no último Purim, que não queremos que se repita” disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, durante uma visita a um centro de vacinação no norte do país, em referência às grandes festividades de 2020, consideradas por cientistas como tendo contribuído para a primeira vaga de Covid-19 no país.

Durante o toque de recolher obrigatório, ficarão proibidas visitas a residências de pessoas terceiras e os transportes públicos funcionarão de forma reduzida. De acordo com o Governo, as deslocações ficarão também limitadas a um quilômetro da residência.

Apesar disso, longos engarrafamentos se formaram na estrada para Jerusalém, enquanto a polícia tentava impedir que grandes grupos chegassem à cidade sagrada para o festival. Algumas pessoas abandonaram seus veículos e caminharam pela rodovia.