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sábado, 3 de junho de 2017

"Perdoe até mesmo seus piores inimigos", diz idosa que sobreviveu ao Holocausto

Eva Mozes foi usada como cobaia de experimentos médicos durante o massacre nazista contra judeus, e mesmo assim escolheu perdoar.

Eva Mozes Kor foi usada como cobaia pelos nazistas em Auschwitz. (Foto: Reprodução).
Eva Mozes Kor foi usada como cobaia pelos nazistas em Auschwitz. (Foto: Reprodução).
Eva Mozes Kor e sua irmã gêmea, Miriam, cresceram em uma pequena aldeia na Romênia na década de 1940. Elas faziam parte da única família judaica na região. "Meu pai sempre dizia que deveríamos ter uma vida de oração e de boas ações, pois era o que Deus queria. Ele também nos dizia para ficar longe da cidade grande", disse Eva. "Mas, eu acreditava que os nazistas não iriam para nossa região por causa de apenas seis judeus", lembrou.
Mas eles foram mesmo assim e com apenas 10 anos, Eva foi carregada em um carro lotado de gado com sua família e se mudou para Auschwitz. "A porta do carro de gado abriu. Ouvimos muitos alemães gritando. Minha mãe está segurando Miriam e eu. Meu pai estava de pé junto a nós, com minhas duas irmãs mais velhas", comentou Eva.

"Nossa visão era muito hostil. Tudo parecia cinza escuro. Víamos arame farpado e tudo aquilo era muito, ameaçador. Eu disse a mim mesmo: ‘Se há inferno na terra, estamos vivendo isso agora’. Meu pai e minhas duas irmãs mais velhas desapareceram na multidão. Depois de 30 minutos de caminhada, Miriam e eu já não tínhamos uma família. Estávamos todos sozinhos naquele lugar onde não havia onde buscar ajuda", ressaltou.

A experiência de Eva em sua primeira noite em Auschwitz a preparou para o que ela enfrentaria ao longo de sua prisão. "Havia cadáveres e seus corpos foram encurralados.

 “Foi quando eu percebi, aos dez anos, que isso poderia acontecer com Miriam e comigo também. A menos que eu fizesse algo para evitar isso”, disse.

A luta pela sobrevivência

"Por que eles não fizeram algo para ficarem vivos? Não vou deixar isso acontecer com Miriam e nem comigo. A única coisa que eu poderia pensar era: ‘vou fazer uma promessa silenciosa e fazer tudo o que estiver ao meu alcance para não acabar como eles, no chão’".

 A promessa de Eva seria testada, não somente uma vez ao longo de seu cativeiro, pelo Dr. Josef Mengele, mais conhecido como o “Anjo da Morte” de Auschwitz.

"Sabíamos que ele assassinou nossas famílias logo na primeira semana", disse Eva. "Também sabíamos que estávamos vivos apenas porque ele nos queria vivos". Josef Mengele realizou experimentos horríveis em suas vítimas, estudando os efeitos de drogas e venenos em gêmeos, usando um como cobaia humana e o outro como referência.

"O médico injetava um líquido três vezes por semana com todos os tipos de germes, drogas e produtos químicos", disse Eva. "Depois de uma dessas injeções, fiquei muito doente. Então, na manhã seguinte, o Dr. Mengele entrou com outros quatro médicos, e ele disse: ‘Ela só tem duas semanas para viver’. Eu me recusei a aceitar esse veredicto", compartilhou.

Durante as próximas duas semanas, Eva estava começando a perder a consciência e muitas vezes acordava no chão, rastejando e tentando sobreviver. "Na verdade, fiz uma promessa e me recusei a morrer, e faria qualquer coisa em meu poder para provar ao Dr. Mengele que ele estava errado", disse ela. "E foi isso o que aconteceu. Eu sobrevivi".

Uma nova prisão
Após nove meses de experimentos em cativeiro, Eva e sua irmã foram libertadas dos horrores de Auschwitz pelas tropas russas. Embora livre, Eva foi mantida em cativeiro por um tipo diferente de prisão, a de amargura e falta de perdão. "Se alguém me pergunta se eu estava com raiva de Deus, estava com raiva de tudo, de Deus, do mundo e de todos", disse ela.

Ela permaneceu nessa prisão emocional até o 50º aniversário da libertação de Auschwitz. Ao visitar o acampamento onde tantos eventos horríveis moldaram sua vida, Eva fez outro tipo de promessa. Ela perdoou. "Enquanto eu estava de pé junto às ruínas da câmara de gás, eu estava lembrando todas as pessoas que eu estava perdendo. Eu estava perdoando os nazistas. Eu estava perdoando o Dr. Mengele. Eu estava perdoando as pessoas que faziam as experiências ", disse ela.

"Eu estava perdoando todos e isso me deu uma liberdade emocional tão forte, tão benéfica para mim, que eu não precisava lidar com quem fez algo comigo. Imediatamente, senti que todas as dores que eu levava em meus ombros foram tiradas de mim. Que eu estava livre. Eu não era mais uma prisioneiro do meu passado trágico".

Hoje, Eva dirige seu próprio museu do Holocausto em Indiana, na memória de sua irmã Miriam, que morreu de câncer na década de 90. Ela também compartilha suas experiências de seu tempo em Auschwitz, e as lições que ela aprendeu no caminho do perdão. "Deus tem o poder de perdoar, de nos perdoar e de perdoar outras pessoas", disse Eva. “Perdoe até mesmo seus piores inimigos”, recomendou. 

"Experimentei pessoalmente o ato de perdão e isso me deu liberdade emocional. Nenhum ser humano pode ser livre, emocionalmente e mentalmente, sem perdoar as pessoas que os prejudicaram", concluiu Eva.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Cristãos constroem casa para abrigar judeus sobreviventes do Holocausto, em Israel

Um terço dos sobreviventes do Holocausto são atingidos pela pobreza e doenças causadas pelas torturas que experimentaram quando eram crianças, nos campos de concentração nazistas.

A casa oferece alojamento, refeições e serviços médicos. (Foto: International Christian Embassy Jerusalem)
A casa oferece alojamento, refeições e serviços médicos. (Foto: International Christian Embassy Jerusalem)
Uma organização formada por evangélicos criou uma casa para abrigar os sobreviventes do Holocausto, em Israel. O local oferece alojamento, refeições e serviços médicos para mais de 75 judeus idosos, que sobreviveram ao genocídio nazista.

A Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém (ICEJ, na sigla em inglês), se uniu a um filantropo judeu para beneficiar sobreviventes como Edelstein e sua esposa que, pela primeira vez, pode ter a chance de ter seu Bar Mitzvá — cerimônia que insere o jovem judeu como um membro maduro na comunidade judaica.

Quando completou 13 anos, a única preocupação de Edelstein era a de sobreviver ao holocausto. Agora, com 86 anos e ajuda dos cristãos, ele finalmente teve a chance de ter seu Bar Mitzvá, 73 anos atrasado.

A parceria entre cristãos e judeus é vital para muitas vítimas do holocausto. Um terço dos sobreviventes em Israel são pobres e sofrem com doenças causadas pelo tratamento desumano que experimentaram quando eram crianças, nos campos de concentração nazistas.

“Esses desafios nos deram um sentido de urgência ainda maior", disse David Parsons, porta-voz da ICEJ.

Shimon Sabag, um filantropo israelense que se associou ao ICEJ, diz que todo o seu trabalho seria impossível sem os cristãos, pois a organização não recebe dinheiro do governo.

"Eles estão dando a mais verdadeira forma de caridade, porque eles não pedem nada em troca", disse Sabag. "Estamos orgulhosos de ser seus parceiros".

A generosidade dos evangélicos está fazendo mais do que satisfazer as necessidades, também está construindo pontes. "Eles querem abençoar o povo judeu e querem pagar a dívida moral que os cristãos devem ao povo judeu por causa das atrocidades cometidas contra eles em nome de Jesus", disse Parsons.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

sábado, 28 de janeiro de 2017

Os inimigos de Israel poderão acabar na lixeira da história, diz Benjamin Netanyahu

Netanyahu fez seu discurso na véspera do Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, em Jerusalém.

Benjamin Netanyahu em discurso no Memorial do Holocausto, em Jerusalém. (Foto: Amos Ben-Gershom/GPO)
Benjamin Netanyahu em discurso no Memorial do Holocausto, em Jerusalém. (Foto: Amos Ben-Gershom/GPO)
Em discurso na véspera do Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que os inimigos que ameaçam a nação judaica poderão acabar no "cinzeiro" da história.

“O regime que promoveu o Holocausto acabou na lixeira da história. Essa é uma lição para o Irã. É uma lição para todo inimigo do povo judeu e do Estado judeu”, disse Netanyahu num encontro no Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, nesta quinta-feira (26).

Netanyahu afirmou que, apesar de surgir no Ocidente um movimento de antissemitismo (hostilidade contra judeus), o maior perigo "vem do Irã". “O Holocausto, graças a Deus, ficou no passado, mas o ódio e a intolerância que deram surgimento a isso, não”, lamentou.
Durante sua mensagem, o premier disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entende o "perigo" do acordo nuclear com o Irã. Ele ainda disse que Israel irá tomar as medidas necessárias para impedir que a capital iraniana, Teerã, obtenha armas atômicas.

“Nós não pretendemos simplesmente ficar nas palavras, mas tomaremos todas as medidas para nos defender e impedir que o Irã obtenha os meios de assassinato em massa, para prosseguir com seus planos horríveis. Não podemos e não ficaremos calados diante do objetivo declarado do Irã, de destruir Israel”, disse ele.

Em 2015, o Irã firmou um acordo com as potências mundiais, incluindo os Estados Unidos, para limitar sua capacidade de enriquecer urânio em troca da remoção de algumas sanções econômicas internacionais.

Durante a campanha eleitoral de Trump, o republicano prometeu, por diversas vezes, que irá afastar os EUA do acordo ou renegociar sua relação, mas não há indícios claros de que isso será feito em seu cargo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE AP E JEWISH PRESS