sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Exposição em universidade com suposta apologia ao aborto causa indignação na internet

Milhares de comentários reprovam uma exposição na Universidade Federal do Rio Grande por representar apologia ao aborto.

FONTE: GUIAMEA

Exposição 'árvore de abortos'. (Foto: X/@profpaulamarisa)

Uma exposição dentro da FURG (Universidade Federal do Rio Grande), no Rio Grande do Sul, está causando indignação após ter sido divulgada nas redes sociais como “árvore de abortos”.

“Essa bizarrice é aqui na minha cidade. Detalhe: dentro de uma universidade federal”, comentou um internauta.


Uma mulher escreveu: “Muito preocupante, essa geração está doutrinada até a alma, não tem noção de nada que é justo, correto e vital!”

Outra comentou: “Cada vez mais um exército de joelhos dobrados e bocas abertas para proclamar, ensinar e espalhar os princípios de vida são necessários!”.

Ao comentar o vídeo em seu perfil do Instagram, o Pr. Renato Vargens disse:

“A pergunta é? Será que existe alguma universidade federal que não foi dominada pela lacração? Outra coisa: Como uma instituição pública permite uma coisa dessa? Aborto é crime e assassinato.”

E concluiu: “Deus tenha misericórdia do nosso país.”

Em seu perfil no X (antigo Twitter) a professora Paula Marisa questiona: "Qual deputado vai entrar em ação para nos contar quanto custou, quem autorizou etc? Cadê os deputados gaúchos?"


Segundo pronunciamento oficial da FURG, também por mídia social, a instalação artística dentro da universidade levantou um boato que se espalhou pelas redes sociais.

Na declaração pública, o pró-reitor de Extensão e Cultura e coordenador do evento "Jornada de Estudos Ambientais", Daniel Prado, explicou o objetivo da instalação:

"A obra procura promover reflexão sobre o papel de interdependência entre nós e a natureza, e como as violências praticadas sobre a natureza refletem em violências praticadas conosco. Uma das simbologias ali retratadas é a atual guerra na Palestina, por exemplo, que representa a destruição dos elementos da natureza, por meio do conflito armado, incidindo marcas de morte na humanidade”.


Em uma manifestação contrária à exposição, uma mulher comentou no Instagram: “Podem até inventar outra ‘intenção’ para isto, mas para nós esta clara a intenção exposta!”

Aborto no Brasil

O julgamento da descriminalização do aborto, iniciado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 22 de setembro, tem o potencial de provocar uma transformação na abordagem da Justiça brasileira em relação a esse tema.

O pedido da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442), proposta ao Supremo pelo (Partido Socialismo e Liberdade – PSOL), de extrema esquerda, já foi tema de audiência pública na Corte em 2018.

No momento, o julgamento foi pausado pelo atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que afirmou não pretender retomar o julgamento.

Uma pesquisa do ano passado apontou que 7 a cada 10 brasileiros reprovam a legalização o aborto.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Casos de antissemitismo no Brasil aumentam 1200% após ataque terrorista em Israel

As denúncias foram registradas pela Confederação Israelita do Brasil. Cartazes com a frase “Judeu, câncer do mundo” foram vistos em ruas do Rio de Janeiro.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE REVISTA OESTE

Imagem ilustrativa. (Foto: Rawpixel/CreativeCommons).

Desde o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel, em 7 de outubro, casos de antissemitismo cresceram no mundo. Os ataques incluem ameaças, assédio verbal, intimidação e agressão física.

O Brasil está na lista de países que registraram crescimento do ódio contra judeus. Segundo a Confederação Israelista do Brasil (Conib), os casos de antissemismo aumentaram em 1200% no país.

As denúncias dos crimes foram colhidas em um canal aberto da Conib, e enviadas à polícia e ao Ministério Público.

De acordo com a Revista Oeste, cartazes discriminatórios foram vistos em ruas do Rio de Janeiro, com a frase: “Judeu, câncer do mundo”.

Cartaz encontrado no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Subprefeitura da Zona Sul).

O Brasil possui a segunda maior comunidade judaica da América Latina, com 120 mil judeus.

Para analistas, o aumento do antissemitismo revela que já existia um preconceito enraizado contra as comunidades judaicas e também islâmicas.

“Costumo dizer que, quando vemos uma onda de racismo desencadeada por um fato específico, é sinal de que o racismo estava ali antes”, explicou Michael Gherman, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e assessor acadêmico do Instituto Brasil Israel, à Revista Oeste.

Aumento do antissemitismo no mundo

Já nos Estados Unidos, casos de discriminação contra judeus cresceram 400%. Atos de hostilidade têm sido registrados no ambiente universitário. Na Universidade de Cornell, ameaças de morte a judeus foram publicadas na web, após o ataque do Hamas a Israel.

Na europa, relatos de antissemitismo também aumentaram. Na França – onde uma mulher judia foi esfaqueada e teve a porta de casa pintada com uma suástica – 588 atos antissemitas foram registrados.

Na Alemanha, houve 202 ataques antissemitas, incluindo pichações da estrela de Davi em casas e comércios de judeus.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Senado da França proíbe uso oficial de linguagem neutra

A iniciativa do Senado visa a anular a validade de qualquer documento que use a ‘linguagem inclusiva’.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EURONEWS

O Palácio de Luxemburgo, sede do Senado francês. (Foto: Wikipedia)

O Senado francês aprovou uma proposta de lei que proíbe o uso da linguagem inclusiva de gênero nas comunicações oficiais na França.

A legislação agora segue para votação na Assembleia Nacional, embora ainda não tenha sido anunciada uma data.

Emmanuel Macron disse na segunda-feira (30/10), que a França não deve se render às tendências atuais, mas rejeitar o uso da linguagem inclusiva de gênero, visando preservar a língua francesa.

“Não há necessidade de adicionar pontos no meio das palavras, ou hifens, ou qualquer outra coisa para torná-la legível”, disse Macron. Ele também declarou que o francês é uma língua que “constrói a unidade da nação”.

“Precisamos deixar de viver esta língua, de se inspirar nos outros, de roubar palavras, inclusive do outro lado do mundo (…) para continuar a inventar, mas também para manter os seus alicerces, os fundamentos da sua gramática”, disse Macron.

A iniciativa do Senado visa a anular a validade de qualquer documento que use a linguagem inclusiva.

Proibições

A legislação deve proibir o uso desse tipo de linguagem inclusiva no ambiente de trabalho, em anúncios publicitários e em contratos, "sempre que a legislação (ou órgãos reguladores) exigir que um texto seja redigido em francês".

A esposa do presidente francês, Brigitte Macron, juntamente com a Académie Française, têm protestado há algum tempo contra o que consideram um "abuso bárbaro de sintaxe".

Macron destacou a existência de dois pronomes, "ele" e "ela". "A língua é bela. E dois pronomes estão adequados."

"Um obstáculo à compreensão"

A proibição foi sugerida por Pascale Gruny, senadora do partido Les Républicains pelo departamento de Aisne, que se recusou a usar o termo neutro para "senadora".

Em declarações à mídia francesa, ela afirmou que a escrita inclusiva corre o risco de tornar a linguagem menos acessível para pessoas com dificuldades de alfabetização ou deficiências, representando uma "ideologia que ameaça a clareza de nosso idioma".

Em 2021, a Académie Française argumentou esse ponto em uma carta aberta desencorajando o uso de tal linguagem.

‘Segunda língua’

“Além do fato de que não corresponde à língua falada, essencialmente impõe uma segunda língua, cuja complexidade penaliza as pessoas com deficiências cognitivas, como dislexia, dispraxia ou apraxia.

“Em última análise, essa tentativa de tornar as coisas mais justas simplesmente reforça a desigualdade”.

Marine Le Pen, do partido de direita Rassemblement National, foi ao X (antigo Twitter) apoiar a proibição, afirmando que a língua francesa é um tesouro que “deve ser protegido contra o wokerismo, do qual a linguagem inclusiva é outra manifestação sinistra e grotesca”.