sexta-feira, 28 de maio de 2021

Brasil evita se opor a Israel na ONU e não apoia investigação sobre ataques a Gaza

O Conselho de Direitos Humanos da ONU iniciou uma investigação contra Israel por supostos crimes em Gaza; Brasil não apoiou a medida.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL E UOL

Conselho de Direitos Humanos um dia após os EUA anunciarem sua saída, 
em Genebra. (Foto: Denis Balibouse/Reuters)

O Conselho de Direitos Humanos da ONU concordou na quinta-feira (27) em iniciar uma investigação internacional contra Israel por supostos crimes cometidos durante os 11 dias de conflito com o grupo terrorista Hamas.

É a primeira vez que a comissão das Nações Unidas cria uma comissão de inquérito permanente sobre um Estado-membro da ONU.

A votação da criação do inquérito contra Israel teve 24 votos a favor, 9 contra e 14 abstenções. O Brasil se absteve e evitou se colocar contra o Estado judeu durante a sessão.

Nenhum dos países da União Europeia apoiou a medida. Além do Brasil, outros países também se abstiveram, como França, Índia, Itália, Japão, Holanda, Polônia e Ucrânia. Entre as nações que se opuseram, estão Áustria, Alemanha, Reino Unido e Uruguai.

Os países que apoiaram a investigação contra Israel são: Argentina, Bolívia, China, Cuba, México, Paquistão, Rússia, Venezuela e outros.

A resolução foi apresentada pela Organização para a Cooperação Islâmica, que apoiou fortemente os palestinos em seus conflitos com Israel. O texto pedia a criação de uma comissão de inquérito “permanente” — o último recurso do conselho — para investigar as violações de direitos humanos em Israel, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Posição do Brasil

Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, a delegação brasileira rejeitou de forma clara a comissão do inquérito como uma resposta à crise e adotou uma posição neutra e diplomática entre israelenses e palestinos.

Antes do voto, o Itamaraty disse estar “profundamente preocupado” com a escalada de violência na região e a morte “em ambos os lados”. Na ONU, a delegação brasileira destacou que “palestinos e israelenses merecem ter seus direitos humanos atendidos” e que “o Brasil condena todos os ataques contra civis”.

Por outro lado, condenou “nos termos mais fortes” os ataques de foguetes de Gaza pelo Hamas, que lançou mais de 4 mil projéteis contra Israel durante os conflitos. “É inaceitável e mostra desrespeito por vida civis”, afirmou.

Em Brasília, o novo chanceler, Carlos França, entrou em contato com autoridades árabes e deixou claro que levaria em consideração os interesses palestinos. Isso, no entanto, não anula a posição pró-Israel do governo de Jair Bolsonaro.

“O Itamaraty uma vez mais dá sinais de que continua aliado aos interesses israelenses, apesar da queda do embaixador Ernesto Araújo”, informa a publicação.

A postura do Itamaraty foi lamentada pelas autoridades palestinas. Em declaração à coluna de Jamil chade, o embaixador palestino na ONU, Ibrahim Khraishi, criticou o governo Bolsonaro.

“O Brasil era um forte apoiador da causa palestina em todos os órgãos internacionais. O que vimos nos últimos dois anos é estranho”, afirmou. “O Brasil era um líder na busca por justiça. Espero que entendam, eventualmente, que apenas respeitando o direito internacional é que haverá justiça”.

Resposta de Israel

Israel tem acusado o Conselho de Direitos Humanos da ONU de preconceito anti-Israel. O Estado judeu rejeitou a resolução e disse que não cooperaria com a investigação.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que a medida “ignora completamente os 4.300 foguetes contra cidadãos israelenses” disparados de Gaza durante o confronto.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o Conselho mostra uma “obsessão anti-Israel flagrante” e acusou as nações que votaram a favor de encobrir o Hamas — “uma organização terrorista genocida que alveja os israelenses enquanto transforma os civis de Gaza em escudos humanos”.

Os Estados Unidos, que atualmente não são membros do Conselho, disseram que “lamentam profundamente” a decisão, a considerando “uma distração que não acrescenta nada aos esforços diplomáticos e humanitários em andamento”, mas sim, “ameaça pôr em perigo o progresso que foi feito.”

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, teve uma posição diferente. Ela afirmou que os ataques de Israel “podem constituir crimes de guerra” pelo impacto desproporcional sobre os civis de Gaza.

A guerra de 11 dias começou com foguetes disparados pelo Hamas contra Jerusalém, seguido por cidades no sul de Israel e Tel Aviv. Em resposta, Israel atacou alvos na Faixa, matando cerca de 250 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde dirigido pelo Hamas, que não faz distinção entre membros de grupos terroristas e civis.

Doze pessoas foram mortas em Israel, incluindo um menino de 5 anos e uma menina de 16 anos.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Superlua será seguida por 'Anel de Fogo' em junho; o que a Bíblia diz sobre os fenômenos

Embora existam explicações científicas para esses fenômenos, muitos cristãos veem implicações proféticas.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

Fenômeno do eclipse solar anular, conhecido também como Anel de Fogo. (Foto: Kevin Baird )

O céu desta quarta-feira (26) está sendo marcado pelo primeiro eclipse lunar do ano. A superlua e a “lua de sangue”, que deixa o satélite com a cor avermelhada, poderá ser visto da maior parte da América do Sul.

O eclipse total da lua não será visível no Brasil, foi apenas possível observar a fase parcial do eclipse nas primeiras horas da manhã. Já a lua de sangue poderá ser vista em qualquer lugar.

Um eclipse lunar total acontece quando a Terra passa entre a Lua e o Sol, projetando uma sombra na lua. A superlua ocorre quando uma lua cheia ou nova tem sua maior proximidade da Terra, fazendo com que a lua pareça maior.

O fenômeno da lua de sangue acontece quando a luz do sol não chega diretamente à lua, por estar na parte mais profunda da sombra da Terra. Mas a lua acaba filtrando parte dessa luz pela atmosfera e, assim, projeta as cores avermelhadas e laranja.

Lua de Sangue e profecias bíblicas

Embora existam explicações científicas para esses fenômenos, muitos cristãos também veem implicações proféticas por trás das luas de sangue. Isso porque elas são mencionadas diretamente nas Escrituras.

É o caso de Joel 2:31, que diz: “O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue; antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”. O mesmo é confirmado em Atos 2:20: “O sol se tornará em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor”.

Em Apocalipse 6:12, uma lua de sangue também é profetizada: “O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tornou-se vermelha como sangue”.

Todos os versículos mencionam a lua vermelha como sangue, como um sinal da proximidade do fim dos tempos.

Nesta quarta-feira ocorre o primeiro eclipse lunar de 2021. (Foto: Getty Images)

Numerosos eventos de lua de sangue ocorreram ao longo da história desde que essas passagens foram escritas, mas Jesus ensinou seus seguidores a observarem os sinais. E alguns pregadores afirmam que o grande número de eclipses da lua de sangue nos últimos anos é apenas um dos muitos sinais de que o fim pode acontecer em um futuro próximo.

“Segundo a visão rabínica, quando existe o eclipse solar, é um sinal de juízo de Deus para com os gentios, mas quando existe o eclipse lunar, é um sinal do juízo ou do tratamento de Deus para com a nação de Israel”, explicou o pastor Lamartine Posella.

'Anel de Fogo' chega em junho

O eclipse solar anular ocorre quando a lua passa diretamente na frente do sol, mas ainda está muito longe para cobri-lo completamente. Neste fenômeno é possível ver a luz do sol ao redor da lua, formando um “anel” de fogo.

O fenômeno será visível apenas aos países localizados ao norte, como partes dos Estados Unidos, Canadá e Groenlândia.

Seus observadores precisarão de uma proteção especial para os olhos — olhar diretamente para o eclipse total pode causar sérios danos à visão.

terça-feira, 25 de maio de 2021

Ataques matam 15 cristãos após batismo em Burkina Faso

Como resultado do crescimento da violência, a população é deslocada pelo país

Fonte: Portas Abertas

Cristãos são deslocados pela violência em Burkina Faso Crédito: Portas Abertas

Ataques extremistas deixaram 15 civis e um soldado morto nos dias 18 e 19 de maio, em Burkina Faso. De acordo com um comunicado do governador da região do Sahel, coronel Salfo Kabore, as vítimas eram de um vilarejo próximo da cidade de Tin-Akoff e estavam comemorando um batismo.

Os jihadistas incendiaram também outro vilarejo próximo, onde as tropas do governo foram enviadas para ajudar a população e participar de operações de busca. Há relatos de que o território já havia sido atacado duas vezes desde 8 de maio, quando seis pessoas morreram. “Todos estão chocados e muitos estão fugindo”, disse Moha AG Agraz, uma moradora de Tin-Akoff.

De acordo com a Agência AP, é preocupante o fato dos ataques acontecerem em locais onde as forças armadas trabalham ativamente para conter a violência jihadista. “Isso mostra os limites das estratégias de contraterrorismo que falham em trazer estabilidade a essas regiões, enquanto os grupos armados continuam a proliferar”, disse Flore Berger, analista de segurança no Sahel.

A violência no país

Os dados da Lista Mundial da Perseguição 2021 mostram que a maioria dos cristãos deslocados em grande escala eram de Burkina Faso. No final de março, mais de um milhão de pessoas foram deslocadas internamente, segundo dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

O país ocupa o 32º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021 e tem registrado atos de violência contra cristãos em todo o seu território. De acordo com um dos parceiros atendidos pela Portas Abertas, pastor Samuel*, os ataques são constantes e vêm de todos os lados. “No Norte de Burkina Faso, enfrentamos ataques contra cristãos e contra nossas igrejas. Não sabemos quem são os agressores, nem sabemos quem os patrocina. Tudo o que sabemos é que eles atacam cristãos. Esses ataques destruíram a vida do nosso povo. Estamos preocupados e cheios de dor pela morte de nossos familiares”, conta.

O que a Portas Abertas faz para ajudar os cristãos em Burkina Faso?

Por meio de parceiros locais, a Portas Abertas caminha ao lado dos cristãos em Burkina Faso com ajuda emergencial e fornecendo cuidados pós-trauma, treinamento de liderança e discipulado, treinamento de preparação para a perseguição e apoio contínuo em oração.

Você pode ajudar

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos. Para saber mais acesse o link.