quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Militares tomam o poder em Burkina Faso

O presidente Roch Kaboré saiu do cargo por ineficiência contra radicais islâmicos


Fonte: Portas Abertas

Após ataques, a internet móvel foi cortada na capital (foto: IMB)

Como noticiado esta semana, o presidente de Burkina Faso, Roch Kaboré, foi detido e destituído do cargo por militares. Sob a liderança do tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, as Forças Armadas assumiram o comando do país.

A deterioração da segurança e a dificuldade do presidente em reagir ao crescimento da insurgência islâmica foram os principais motivos que levaram os militares a tomar o poder. Para um canal de TV do país, um oficial do exército contou que o único objetivo é unir forças e fazer com que o país volte aos trilhos.

A população de Burkina Faso apoia o ato militar, e centenas de moradores se reuniram na praça pública Place de la Nation, no Centro de Ouagadougou, para demonstrar apoio aos militares.

Os militares querem a integridade territorial do país e a recuperação da soberania. A declaração do exército emitida em nome de um grupo não ouvido anteriormente, o Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR, da sigla em francês), disse que o presidente Kaboré não conseguiu unir a nação e lidar efetivamente com a crise de segurança e que isso ameaça fundamentos da nação.

População cansada da violência

Desde 2015 liderando o país com a promessa de tornar prioridade a luta contra os extremistas, o presidente Kaboré estava sendo cada vez mais criticado pela população, farta da violência jihadista e da incapacidade dele de enfrentá-la. Após a tomada de poder do presidente, o fluxo de comunicação ficou lento, já que a internet móvel foi cortada na capital.

Ocupando a 32ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022, Burkina Faso tem uma população predominantemente muçulmana. O islã é dominante nas partes norte e leste do país, enquanto as comunidades cristãs estão concentradas nas partes central e sul do país. Historicamente, o país tem uma convivência harmoniosa entre os diferentes grupos religiosos. Embora o aumento da atividade jihadista venha mudando essa situação, a maioria ainda quer viver em coexistência pacífica.

Pedidos de oração

Ore para que todas as decisões, leis e decretos que serão feitos sejam para promover a liberdade religiosa e proteger todos os cidadãos.
Interceda pela unidade do país, que as autoridades tenham sabedoria para gerir a situação neste momento e encontrem soluções para restaurar a paz e a segurança.
Peça pelos deslocados internos em Burkina Faso, ore para que Deus continue a suprir as necessidades deles por saúde, comida, roupas e segurança.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

ONU aprova resolução contra negação do Holocausto diante do aumento do antissemitismo

A ação, proposta por Israel, pede às empresas de mídias sociais que combatam conteúdos de ódio nas plataformas.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS E JOVEM PAN


Prisioneiros no campo de concentração de Buchenwald, Alemanha. (Foto: US Holocaust Memorial Museum).

A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que condena a negação do Holocauto, em resposta ao aumento do antissemitismo online e off-line, e que pede às empresas de mídia social que combatam a discriminação contra judeus em suas plataformas.

O texto, proposto por Israel, foi elaborado com o apoio da Alemanha e patrocinado por 144 países das Nações Unidas. A ação é a primeira promovida pela nação israelense com a aprovação da Assembleia Geral da ONU em 17 anos.

O elemento principal da resolução é a solicitação aos gigantes das redes sociais, como Facebook, Instagram, TikTok e Twitter, que removam qualquer conteúdo antissemita das plataformas.

Na ONU, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, denunciou o fracasso das mídias sociais em lidar com conteúdos ofensivos à judeus, como o Facebook que combateu apenas 11% das postagens de ódio. Segundo Erdan, as empresas são responsáveis ​​pela “pandemia de distorções e mentiras” sobre o Holocausto que está se espalhando na internet.

“Os gigantes da mídia social não podem mais permanecer complacentes com o ódio espalhado em suas plataformas e devem agir agora”, afirmou o embaixador israelense.

A ação pede às empresas das redes sociais que combatam o antissemitismo online. (Foto: United Nations).

E avaliou: “Agora vivemos em uma era em que a ficção está se tornando fato e o Holocausto está se tornando uma memória distante. Isso acontece após o maior crime da história da humanidade, agora vem o maior encobrimento da história da humanidade”.

O Irã se dissociou da resolução e um diplomata do país leu uma declaração, acusando Israel de explorar "os sofrimentos do povo judeu no passado para acobertar os crimes que perpetrou nas últimas sete décadas contra os países da região, incluindo todos seus vizinhos sem exceção”.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, e a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, apoiaram a nova resolução através de uma declaração conjunta.

“Temos a obrigação de lembrar, aprender e desafiar o crescimento do revisionismo, negação e distorção do Holocausto, tanto online quanto off-line”, afirmaram.

O Holocausto foi o genocídio de 6 milhões de judeus, pelos nazistas e seus aliados a comando de Adolf Hitler, entre 1939 e 1945.