sexta-feira, 8 de novembro de 2024

‘Falhamos com os judeus na 2ª Guerra, agora falhamos novamente’, diz rei da Holanda

Willem-Alexander condenou o ataque antissemita contra torcedores israelenses em Amsterdã, após o jogo entre Ajax e Maccabi Tel Aviv.

Fonte: Guiame, com informações de The Times Israel

Willem-Alexander. (Foto: Flickr/European Parliament).

O rei da Holanda, Willem-Alexander, condenou o ataque antissemita contra torcedores israelenses que aconteceu na noite de quinta-feira (7), em Amesterdã.

Os israelenses foram atacados logo após a partida de futebol entre Ajax e Maccabi Tel Aviv, vencida pelo Ajax por 5 a 0. Segundo a Stand With Us Brasil, instituição de ensino sobre Israel, tudo indica que os ataques foram organizados por grupos de imigrantes árabes.

"Falhamos com a comunidade judaica da Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, e ontem à noite falhamos novamente", disse o rei holandês ao presidente Isaac Herzog, durante em um telefonema na manhã desta sexta-feira (8).

Willem-Alexander expressou "profundo horror e choque" com os ataques e afirmou a Herzog que eles deveriam ser "inequivocamente condenados".

O rei disse que espera que as autoridades holandesas tomem medidas imediatas para garantir a segurança dos israelenses e judeus na Holanda no país daqui para frente.

A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, também condenou os ataques, os descrevendo como uma "explosão" de antissemitismo que "não era vista há muito tempo".

"Homens em scooters cruzaram a cidade em busca de torcedores de futebol israelenses. Foi um atropelamento. Posso entender facilmente que isso traz de volta memórias de pogroms", declarou Halsema.

E acrescentou: "Nossa cidade foi profundamente danificada. A cultura judaica foi profundamente ameaçada. Esta é uma explosão de antissemitismo que espero nunca mais ver’.


Conforme o The Times of Israel, pelo menos 10 torcedores do Maccabi Tel Aviv ficaram feridos no ataque.

Centenas de outros israelenses permaneceram em seus hoteis por horas, temendo que pudessem ser atacados a caminho do aeroporto para embarcar em seus voos para casa.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu a ordem para o envio de dois aviões de resgate à Holanda, segundo informou seu gabinete nesta sexta-feira (08).

As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram uma missão de resgate, com equipes médicas sendo enviadas em coordenação com o governo holandês.

A polícia de Amsterdã informou que 62 pessoas foram presas após o episódio antissemita. De acordo com o governo holândes, uma investigação já está em andamento.

Tribo não alcançada é impactada pelo Evangelho e indígenas são batizados

Após anos rejeitando o Evangelho, membros de uma tribo no Nordeste do Brasil finalmente começaram a se abrir para Cristo.

Fonte: Guiame, com informações da Baptist Press

Tribos foram alcançadas pela atuação de missionários no Brasil. (Foto: IMB)

Desde 2012, os missionários Mitchell e Liz Heinz trabalham com uma tribo que nunca tinha sido alcançada pelo Evangelho. Composta por cerca de 4.000 indígenas que vivem da agricultura, essa comunidade está dividida em 14 aldeias espalhadas por uma reserva de 30 mil hectares.

Ao longo dos últimos 12 anos, Mitchell e Liz visitaram regularmente as aldeias, construindo laços com as famílias e compartilhando o Evangelho através de histórias da Bíblia. Apesar de receberem os missionários com simpatia, as pessoas hesitavam em se converter ao cristianismo.

O maior obstáculo era a liderança tribal, que proibia qualquer membro da tribo de se tornar cristão, ameaçando aqueles que se mostrassem abertos à fé.

“Descobrimos que os líderes da tribo estavam nos vigiando e monitorando tudo que fazíamos”, contou Mitchell ao site Baptist Press. “Depois que saíamos das aldeias, eles interrogavam as famílias sobre o que dissemos e advertiam para que não nos recebessem mais.”

Em certa ocasião, um pajé tentou expulsar Mitchell e Liz da reserva, ameaçando as famílias que queriam saber mais sobre o Evangelho.

Nasce uma igreja debaixo do cajueiro

Em 2014, o casal conheceu Mara, a única cristã da tribo na época. Ela havia conhecido o Evangelho enquanto vivia em São Paulo e enfrentava perseguição constante por sua fé, mas não desistia.

“Passamos muito tempo com Mara e vimos que, embora sua igreja de origem tivesse algumas doutrinas questionáveis, ela parecia confiar sinceramente em Jesus e obedecer ao Evangelho”, disse Mitchell.

Mara aprofundou seu conhecimento na fé cristã e ajudou os missionários a alcançar outras famílias nas aldeias vizinhas.

O primeiro casal que Mara apresentou foi sua irmã e seu cunhado, que começaram a convidar os missionários para ensinarem a Palavra em sua casa. Eles se reuniam debaixo de um enorme cajueiro, onde Mitchell contava histórias da Bíblia.

Por dois anos, todas as semanas, o casal reunia amigos e familiares para estudarem as Escrituras. A cada encontro, parecia que a sede deles pela Palavra só aumentava.

“A fome deles pela Palavra aumentava a cada semana, então continuamos ensinando”, contou Mitchell.

A casa deles se tornou um ponto de encontro na aldeia, onde familiares, amigos, vizinhos e até mesmo líderes tribais apareciam para tomar um café. Foi o ambiente perfeito para começar uma igreja indígena.

Mitchell dirige até áreas remotas do Brasil. (Foto: IMB)

Experiência com a graça de Deus

Mesmo com advertências da liderança da tribo, a família permaneceu firme. Com o passar dos anos, outros membros da tribo também se converteram, e, em 2022, foi formada a primeira igreja indígena da tribo. Eles continuam se reunindo duas vezes por semana para estudar a Bíblia e orar.

Com o crescimento dos cristãos, aumentou também a perseguição. Léo e Luana, um casal de novos convertidos, chegaram a perder seus postos como professores na escola da aldeia por causa de sua fé — por influência de uma respeitada líder na tribo chamada Sue.

Até que, em maio deste ano, o filho mais velho de Sue desapareceu por duas semanas, e ela temia o pior. Léo foi até a casa dela para orar, juntamente com outros membros da igreja. Sue nunca imaginou que as pessoas que ela perseguia seriam tão amorosas e solidárias.

Na manhã seguinte, o filho de Sue voltou para casa. Deus demonstrou Sua misericórdia através da vida dos cristãos. Desde esse acontecimento, Sue mudou sua postura: parou de perseguir a igreja e agora está aberta a ouvir sobre Jesus.

A igreja continua crescendo e testemunhando o agir de Deus. O progresso é lento, mas novos membros estão sendo batizados, e a igreja se dedica a fazer novos discípulos, relata a Baptist Press.

“Hoje há mais abertura para o Evangelho do que havia quando Liz e eu começamos a trabalhar com essa tribo, há 12 anos”, disse Mitchell.

* Os nomes foram alterados por razões de segurança.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Com 11.000 anos de história, Jericó é cidade bíblica mais antiga do mundo

Localizada no coração do deserto da Judeia, escavações da década de 1950 revelaram descobertas arqueológicas significativas, incluindo o monte da tentação de Cristo.

Fonte: Guiame, com informações do Jerusalem Post


Imagem panorâmica de Jericó atual. (Foto: Wikipedia)

Jericó, a cidade mais antiga do mundo, teve sua importância histórica reconhecida em 2023 ao ser incluída na Lista do Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Essa decisão destacou o valor cultural e arqueológico da região, sublinhando o status de Jericó como a cidade habitada mais antiga do mundo.

Localizada no coração do deserto da Judeia, com mais de 11.000 anos de história, Jericó se afirma como um local excepcional na trajetória da humanidade.

A cidade foi palco da batalha de Jericó, descrita no Livro de Josué, que marcou o primeiro combate travado na conquista de Canaã pelos israelitas.

A batalha é famosa pela queda triunfante das muralhas de Jericó, provocada pela marcha de israelitas tocando suas trombetas.

Primeiras civilizações

A antiga cidade de Jericó, correspondente ao local conhecido como Tell es-Sultan, proporciona uma visão única das primeiras civilizações humanas.

As escavações arqueológicas revelaram aproximadamente 70 casas pré-históricas e mais de 20 assentamentos sucessivos, evidenciando uma ocupação contínua por milênios.

As casas, de formato circular, foram construídas com argila e palha. O primeiro assentamento humano documentado em Jericó remonta a cerca de 9000 a.C., quando grupos de caçadores-coletores da cultura natufiana se estabeleceram na região.

Os grupos natufianos em Jericó aproveitaram a fonte Ein as-Sultan e as águas do rio Jordão, o que facilitou o desenvolvimento da agricultura e das primeiras tecnologias alimentares.

Essa transição para um estilo de vida sedentário representou uma evolução significativa do nomadismo para a produção de alimentos, com comunidades estabelecendo bases que ainda podem ser observadas hoje.

A transição para um estilo de vida sedentário não apenas alterou a maneira de viver, mas também impulsionou o desenvolvimento de ferramentas e objetos domésticos fundamentais para a convivência em comunidade.

Remanescentes do palácio de Herodes. (Foto: Wikipedia)

Jericó foi pioneira não apenas no sedentarismo, mas também na construção de infraestruturas defensivas. As comunidades ergueram muros de pedra que desempenhavam uma função dupla: proteger a população de ataques externos e regular os níveis de água de fontes adjacentes para prevenir inundações.

Características notáveis, como um muro de pedra com 3,5 metros de altura e uma torre circular de nove metros, evidenciam as avançadas habilidades de engenharia de seus antigos habitantes.

Torre de Jericó

Escavações em Tell es-Sultan, conduzidas pela arqueóloga britânica Kathleen Kenyon na década de 1950, revelaram descobertas arqueológicas significativas, incluindo a Torre de Jericó.

Os turistas podem explorar a Torre de Jericó, que oferece uma visão de como era a vida na antiguidade. Entre as descobertas arqueológicas mais notáveis em Jericó estão utensílios de cerâmica com inscrições pré-históricas. Essas peças de cerâmica foram utilizadas para conservar alimentos ou para cozinhar, indicando um desenvolvimento inicial de tecnologias alimentares na região.

Além disso, foram descobertos crânios cobertos com gesso e conchas colocadas nas órbitas oculares, sugerindo uma preocupação significativa com a adoração aos ancestrais e as crenças espirituais entre os antigos habitantes.

Esses restos revelam uma conexão profunda com a vida após a morte e um surpreendente nível de sofisticação cultural em uma época em que muitas sociedades ainda eram dependentes da caça e da coleta.

Hoje, Jericó possui uma rica herança histórica, com as ruínas de Tell es-Sultan como seu principal destaque, localizadas no centro histórico da cidade.

Tell es-Sultan abriga vestígios das primeiras civilizações e proporciona aos visitantes a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a história humana. Para os amantes da antiguidade ou para aqueles que desejam aprender mais sobre a história durante as férias, as ruínas de Tell es-Sultan são uma excelente opção de visita.

Fonte de Eliseu

A poucos metros das ruínas de Jericó encontra-se a Fonte de Eliseu, que se tornou um dos locais mais fotografados da cidade.

A Fonte de Eliseu se destaca tanto por sua arquitetura quanto por sua relevância arqueológica e cultural. Em suas paredes, está inscrita a frase "Cidade mais antiga do mundo". Essa distinção atrai milhares de visitantes anualmente.

Jericó também abriga vestígios do Califado Omíada, representados pelo Palácio de Hisham, construído por volta do ano 743-744.

O palácio se destaca por seus mosaicos e decorações em estuque, inspirados nos banhos da civilização romana. Essas obras resistiram ao passar do tempo, proporcionando uma visão do esplendor da arquitetura islâmica primitiva. Alguns restos do Palácio de Hisham estão preservados no Museu Rockefeller em Jerusalém, permitindo que o legado histórico do palácio transcenda as fronteiras de Jericó.

O Monte da Tentação

Outro lugar que merece atenção em Jericó é o Monte da Tentação. Reconhecido pelos fiéis por sua conexão com a Bíblia, é aqui que, segundo relatos bíblicos, Jesus passou quarenta dias em jejum e resistiu às tentações do diabo.

O Monte da Tentação é um dos principais mirantes de Jericó, cercado pela paisagem desértica da Judeia, e possui profundo significado espiritual para os crentes. A partir do Monte da Tentação, os visitantes podem contemplar a vasta extensão do deserto, compreendendo a importância histórica e cultural de Jericó.

Monte da Tentação, em Jericó. (Foto: Wikipedia)

O legado histórico de Jericó vai além de seu passado antigo. Os esforços contínuos de habitação e preservação da cidade possibilitaram que as ruínas de Tell es-Sultan fossem estudadas e apreciadas por arqueólogos e visitantes.

Apesar da passagem do tempo, essas estruturas evidenciam a fase sedentária da cidade, fornecendo provas da transição de um estilo de vida nômade para um sedentário. Essa mudança representou um marco na história ao permitir o desenvolvimento da agricultura na região.

‘Exaltamos o teu nome, Senhor’, diz Nadja Haddad pela alta do filho após 6 meses de UTI

A apresentadora publicou um vídeo do momento em que seu filho José recebeu alta da UTI neonatal, após 191 dias de internação.

Fonte: Guiame

Nadja Haddad e seu marido Danilo Joan na alta de José. (Captura de tela/Instagram/Nadja Haddad)

Em um vídeo publicado no Instagram, a jornalista Nadja Haddad, acompanhada de seu marido Danilo Joan e seu bebê de 6 meses, demonstra fé e gratidão a Deus pelo que ela descreve como “o maior milagre”.

“Nosso grande dia chegou. Deus honrou sua promessa na nossa vida. Cumpriu, completou a obra, e a gente vai embora para casa hoje. Vocês participaram de tudo com a gente, oraram, então, é muito justo que vocês participem. […] Eu nem dormi!”, disse Nadja nos Stories do Instagram antes de levar seu bebê para casa.

Agora, após uma luta pela vida de José, que nasceu prematuramente junto com seu gêmeo Antônio, que infelizmente não resistiu, o casal levou o filho para casa no último sábado (02).

Seis meses na UTI

José permaneceu internado na UTI neonatal do Hospital Pro-Matre, em São Paulo, por seis meses, lutando pela vida.

"Foram 191 dias de UTI, depois um parto tenso, prematuro, de apenas 23 semanas e três dias. Uma gestação fora do útero começou a acontecer dentro das incubadoras, que se tornaram os nossos porta-joias, e com o olhar de uma equipe médica que fez como anjos enviados por Deus.”


Nadja conta que os diagnósticos nem sempre foram bons, pois uma forte bactéria atacou seus meninos, ainda tão frágeis, levando Antonio a óbito.

“Deus decidiu recolher o nosso anjo Antônio e colocou José para lutar e vencer, com apenas 380 gramas e 16 dias de vida”, contou.

“Passamos a viver entre o luto e a esperança. Cheios de fé, e hoje preenchidos de muita gratidão, exaltamos o Teu nome, Senhor. A luta chegou ao fim, nós vamos para casa”, disse emocionada.

A apresentadora relata que os meninos uniram pessoas de todos os lugares em oração, e agradece:

“A você que fez parte dessa corrente de amor, nossa mais profunda gratidão. Com muita alegria, muita alegria, quero que conheçam o nosso pedido de oração: aquele por quem vocês orarão. E o nosso maior milagre, e o milagre tem nome, e o nome dele é José."

A fé da apresentadora já havia sido demonstrada publicamente quando, em janeiro de 2023, ela foi batizada nas águas na Igreja Lagoinha Alphaville, em São Paulo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Cristão percorre sua região de bicicleta para evangelizar surdos

Após conhecer a Jesus, Aktash, que nasceu surdo, decidiu levar as boas-novas a outras pessoas que não escutam

Fonte: Portas Abertas

Aktash nasceu surdo em uma família muçulmana, por isso, nunca recebeu afeição dos pais. Mas, após se converter, 
a surdez se tornou uma ferramenta para alcançar um grupo

Aktash (pseudônimo) é um evangelista na Ásia Central de origem muçulmana que nasceu surdo. Muitos muçulmanos na região veem a surdez como uma maldição de Alá. Assim foi com Aktash, a família não se importava com ele e a sociedade o desprezava. Porém, um encontro com um cristão mudou sua vida para sempre. O homem surdo falou a ele sobre Jesus e, quando o aceitou como Senhor, experimentou uma cura miraculosa, física e espiritual.

Experimentar a rejeição o fez ter empatia por outras pessoas surdas. “É sempre difícil para nós, porque nascemos surdos. Quando o mundo nos olha, não nos entende. Eu nunca experimentei amor ou interação dos meus pais. Nunca nos sentamos juntos. Nunca falei sobre meus sonhos porque eles não me entendiam. Apesar de saberem que eu era surdo, todos meus irmãos escutavam, então eles nem tentaram aprender a língua de sinais para se comunicar comigo”, relembra.

Aktash se sentiu sozinho e queria ter outros como ele por perto. Quando conheceu o cristão surdo e soube sobre sua comunidade, ficou intrigado. “Eu queria estar entre os surdos. Ele me disse: ‘Há pessoas surdas, você pode ir e ver por si mesmo’. Então, comecei a ir por isso. Não tinha aceitado a Cristo, mas, para mim, era muito importante me comunicar com surdos. Quatro anos depois, em 2003, me converti”, relembra.

“A mudança em minha vida depois de aceitar a Cristo foi muito grande. Antes eu roubava e andava com pessoas que não eram boas”, conta. A fé de Aktash se aprofundou ao conhecer mais sobre Deus. “Eu comecei a estudar a palavra de Deus, orar e me aproximar dele, o que mudou minha vida. Eu sabia que se não fosse até os surdos, ninguém falaria a eles sobre Jesus”, disse. Pela primeira vez, sua deficiência não foi um impedimento, mas uma ferramenta para alcançar um grupo que desejava amor e aceitação, algo que apenas Deus pode dar.

O custo de carregar a mensagem de Cristo


Aktash pedala cerca de 50 a 60 quilômetros com sua bicicleta para compartilhar o evangelho com pessoas 
surdas na Ásia Central

Ele sabe os custos de ser um mensageiro de Cristo na Ásia Central, ainda assim, escolheu tornar esse seu objetivo de vida. “Sei que há muitas proibições, mas eu não poderia ficar em casa enquanto me dizem: ‘Essa pessoa surda morreu, aquela pessoa surda morreu’. Eu sei que elas não conheciam nada sobre Cristo, então percebi que Deus planejou esse caminho para mim. Eu sei que eles podem me prender se descobrirem que compartilho o evangelho, mas também sei que Deus não me deixará porque estou fazendo o trabalho dele”, afirma.

Assim Aktash começou seu ministério. “Primeiro, servi pessoas surdas que vivem perto de mim, a cerca de um ou dois quilômetros de distância. Mas ainda havia pessoas surdas que viviam mais distante. Eram 50 ou 60 quilômetros, então não conseguiria ir a pé, mas Deus me abençoou com uma bicicleta. Eu vou com minha bicicleta mesmo quando não há estradas”, disse. Ter um transporte permitiu que ele viajasse para onde sente que Deus está lhe dizendo para ir. “Quando compartilho a palavra, as pessoas surdas estão sedentas. Estou fazendo o trabalho de Deus apesar de todos os riscos.”

Desde a época em que aceitou a Jesus até agora, ele e sua família experimentaram a fidelidade de Deus de muitas formas, por isso confiam nele a cada dia. “Sou uma pessoa surda, mas quando vejo o trabalho de Deus, é como se ele dissesse: ‘Não se preocupe. Sirva-me e eu farei o resto’. Vejo isso nos milagres feitos em minha vida. Eu não tinha um lugar para morar, mas Deus nos deu uma casa. Quando ministro aos surdos, sei que meus três filhos estão em casa e é preciso alimentá-los e vesti-los. Fico fora de casa por semanas, mas, quando chego, há roupas e comida. Eu não entendo como, mas sei que Deus fez isso. Ele sempre faz milagres em minha vida. Eu faço o trabalho dele e ele faz o meu”, conclui.


Nos países da Ásia Central (Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão), a estimativa é que das 80,5 milhões de pessoas que vivem na região, 800 mil sejam surdas, cerca de 1% da população. Sua doação permite que cristãos surdos sejam alfabetizados e aprendam a língua de sinais, mudando sua realidade e perspectiva de futuro.