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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Boko Haram já matou mais de 100 mil pessoas, para exterminar o cristianismo da Nigéria

O grupo terrorista Boko Haram tem buscado cumprir o objetivo já estabelecido em agosto de 2016: "Explodir cada igreja e matar todos os cristãos".

Terroristas do Boko Haram. (Foto: Emaze)
Terroristas do Boko Haram. (Foto: Emaze)
O grupo terrorista islâmico Boko Haram já matou cerca de 100 mil pessoas - entre muçulmanos e cristãos - e deslocou mais de dois milhões de cidadãos, para cumprir sua missão já estabelecida anteriormente: exterminar o cristianismo da Nigéria.

O jornal "Times Premium" da Nigéria informou que as estatísticas foram compartilhadas pelo governador Kashim Shettima, do estado de Borno no início desta semana, como parte de um documento intitulado "Gerenciando a crise do Boko Haram no estado de Borno, experiências e lições para uma Nigéria multipartidária, multiétnica e multireligiosa".

"A insurgência do Boko Haram levou a mortes de quase 100.000 pessoas seguindo as estimativas de nossos líderes comunitários ao longo dos anos", relatou Shettima.

"Dois milhões, cento e quatorze mil (2.114.000) pessoas foram deslocadas internamente em dezembro de 2016, com quinhentos e trinta e sete mil, oitocentas e quinze (537.815) em campos separados, 158.201 estão em campos oficiais que consistem em Seis centros com dois campos de trânsito em Muna e Customs House, ambos em Maiduguri", acrescentou.

O Boko Haram vem realizando uma insurgência na Nigéria desde 2009, atacando edifícios governamentais, igrejas em cidades e comunidades inteiras, buscando expulsar todos os cristãos do país, que compõem aproximadamente metade da população.
O presidente Muhammadu Buhari afirmou que o exército nigeriano alcançou ganhos significativos contra o Boko Haram em 2016, mas o grupo radical islâmico continua a realizar ataques terroristas.

Segundo relatórios de janeiro BBC News, os extremistas estão mesmo usando mulheres disfarçadas de mães que carregam seus bebês em ataques suicidas. As mulheres e as crianças sofreram duramente sob o domínio do Boko Haram.

Sendo um dos casos de sequestros do grupo que ganhou repercussão internacional, maior parte das mais de 200 estudantes cristãs raptadas da cidade de Chibok em 2014 ainda está desaparecida.
Para realizar suas ações terroristas, o Boko Haram doutrina garotos sob o extremismo islâmico. (Foto: Reuters)

Destruição
Grupos como a Associação Cristã da Nigéria relataram que pelo menos 900 igrejas já foram destruídas no norte da Nigéria, apenas pelas mãos dos radicais, enquanto a guerra contra os seguidores de Jesus Cristo continua com força total.


"Os cristãos continuam a ser o alvo principal e constante dos radicais islâmicos como Boko Haram e militantes Fulani, não tendo qualquer esperança de serem protegidos ou que as autoridades façam justiça pelas vítimas", advertiram organizações de vigilância, como a 'International Christian Concern'.

Os pastores Fulani [criadores de gado da região, que são extremistas islâmicos] também têm sido uma crescente ameaça violenta contra os cristãos, matando dezenas de crentes, somente este ano, devido a supostas disputas de terra.

O governador Shettima, por sua vez, alertou contra o que ele descreveu como "teorias de conspiração" sugerindo que alguns membros islâmicos do governo nigeriano têm apoiado o Boko Haram.


"Conspiração"
O governador de Borno defendeu o ex-presidente Goodluck Jonathan, um cristão, pelo modo como ele tratou crise, e argumentou que as teorias de conspiração têm atrapalhado operações importantes, como resgatar as meninas Chibok.


"Enquanto isso, o fracasso do Estado em cumprir seu dever constitucional de resgatar as alunas e trazê-las de volta da floresta de Sambisa para a República Federal da Nigéria, por qualquer meio necessário, foi ignorado quando uma nação embaraçada buscou refúgio em mais uma conspiração para minar um presidente cristão e do sul", disse ele.

Shettima disse que as teorias da conspiração também estão procurando obstruir a administração de Buhari.

"Curiosamente, embora seja claro que as teorias de conspiração não fazem nada de bom, elas parecem ser obstinadamente atraentes na Nigéria, porque mesmo enquanto falamos, houve uma série de mensagens de mídia social nas últimas semanas, alegando que os Fulani estavam sendo infiltrados nas igrejas para gerar o caos", disse ele.

"A coisa toda parece ser uma espécie de esforços para ligar uma presidência liderada por um homem Fulani às atividades de criminosos assassinos, alguns ou a maioria dos quais pode ser Fulani por etnia", finalizou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Estudante que escapou de sequestro vive sem a família


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NIGÉRIA

Por motivos de segurança, as meninas do Chibok que escaparam do sequestro do Boko Haram, foram afastadas de suas famílias e enviadas à um campo de deslocados

Esther* é uma das 47 meninas que conseguiu escapar de um sequestro em massa realizado pelo Boko Haram, na Escola Secundária de Chibok, na Nigéria, em abril de 2014. Por motivos de segurança, ela foi enviada para um campo de deslocados, em Yola, no Estado de Adamawa. Sua família continua vivendo na mesma casa em que moravam na época do incidente, ainda por um tempo. Depois que o Boko Haram voltou a atacar, eles tiveram que fugir pela fronteira e agora estão vivendo em Camarões.

Embora Esther não tenha sido sequestrada, sua família também a perdeu de alguma forma. Ela foi levada para Job, por um casal que prometeu dar continuidade à sua educação, mas a promessa não foi cumprida, porque eles passaram por sérias dificuldades financeiras. Eles não poderiam deixar de dar assistência para os seus próprios filhos e assim, Esther ficou sem apoio.

Mais tarde, uma senhora idosa ouviu falar sobre sua situação e decidiu acolhê-la. Esther é grata por essa ajuda e por ter agora onde morar, mas enquanto um dos colaboradores conversavam com ela sobre o assunto, lágrimas rolavam em seu rosto e ela falou sobre a falta que sente de seus pais e família e o quanto tem se sentido abadonada. A Portas Abertas tem estudado a melhor forma de ajudá-la.

*Nome alterado por motivos de segurança.

Motivos de oração

Em primeiro lugar, agradeça a Deus por Esther ter um abrigo e peça peça família dela.
Peça pelo casal que se prontificou a estender a mão para ela nesse momento tão difícil, e que Deus possa retribuir a bondade e amor deles.
Interceda nesse momento, pedindo para que Deus direcione a Portas Abertas a encontrar a melhor maneira de ajudar Esther, de forma que ela volte a sorrir.
Clame também por todas as meninas que continuam sequestradas, para que sejam fortes e que retornem aos seus lares, em breve.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Cristãos se reúnem debaixo de árvores, após terem sua igreja destruída na Nigéria

Igreja destruída no estado de Adamawa. (Foto: Reuters)
Igreja destruída no estado de Adamawa. (Foto: Reuters)

"Edifícios das igrejas estão sendo atacados", disse um cristão local. "Um pastor me disse que não havia restado uma única Bíblia — todas foram queimadas".

Durante anos de uma tentativa do grupo terrorista Boko Haram em criar um califado, partes do estado de Adamawa, no nordeste da Nigéria, já foram libertadas do domínio dos extremistas por forças do governo. No entanto, agora que os civis começam a voltar para suas casas, eles estão encontrando dificuldades para se adaptar à vida após a insurgência.

"Ataques esporádicos do Boko Haram ainda continuam, mas os cristãos que conheci voltaram para casa, apesar dos perigos. Pior ainda: o Boko Haram tinha tudo, mas destruiu suas aldeias", disse Isaac (nome fictício por motivos de segurança), que serve em uma igreja local.

"A primeira coisa que notei depois de chegar foi a grande tensão emocional sobre os que retornaram. Por sorte, poucos conseguiram se reunir com membros da família, mas muitas viúvas e órfãos experimentaram de novo o que realmente significa a vida sem os seus entes queridos", contou.

Isaac disse que muitos cristãos estavam ansiosos para voltar para casa depois de viver em campos de refugiados, porque alguns tinham "sido pressionados a se converter ao islamismo apenas para conseguir alimentos".

"Estima-se que dois milhões de pessoas foram deslocadas pelo Boko Haram no norte da Nigéria e que o governo quer que as pessoas a voltem para suas casas, porque não tem condições de fornecer ajuda para tantos", disse ele.

No entanto, o regresso para casa não tem sido fácil.
"Fugir da violência e voltar para as cidades fantasmas foi algo muito duro para eles", disse Isaac. "O Boko Haram destruiu comunidades inteiras — casas, escolas, centros de saúde e as igrejas também não foram poupadas. As bombas de água foram sistematicamente destruídas e os poços estão poluídos por que cadáveres foram jogados neles".

"Nas fazendas que foram abandonadas, as pessoas estão sofrendo com a escassez de alimentos e desnutrição — especialmente as crianças", explicou.

Em julho, a Unicef (agência de cuidado às crianças da ONU), advertiu que quase 250 mil crianças estavam sofrendo com a desnutrição e corriam risco de morte no estado de Borno— onde surgiu o Boko Haram. Além disso, no estado vizinho de Adamawa, uma em cada cinco crianças corre o risco de morrer.

Segundo o novo líder do Boko Haram, o plano do grupo terrorista é destruir todas as igrejas do país e explodir todos os cristãos. (Foto: Reuters)

Adamawa tem uma grande população cristã e o Boko Haram tem marcado como alvo, sistematicamente, as igrejas e cristãs, desde que estourou a revolta do grupo terrorista, em 2009.

"Edifícios das igrejas estão sendo atacados", disse Isaac. "Um pastor me disse que não havia restado uma única Bíblia— todas foram queimadas".

"Esta é uma das coisas mais dolorosas com a qual nós temos que lidar — não temos a palavra de Deus em nossas mãos", disse o pastor a Isaac.

No entanto, apesar das dificuldades, os nigerianos estão tentando avançar, Isaac acrescentou. "Esses cristãos se recusam a deixar que os desafios os impeçam de voltar para suas casas", disse ele.

Famílias estão reconstruindo casas temporárias de madeira, grama e lama e as igrejas começaram a realizar os cultos novamente.

"Algumas foram reconstruídas, mas muitas outras não podiam arcar com os custos. Sendo assim, seus membros estão se reunindo debaixo de árvores ou se encontrando nas ruínas de seu antigo templo", disse Isaac.

"Uma igreja já tinha suas paredes mais levantadas e também estava sem o telhado. A congregação colocado qualquer coisa parecida com um assento no chão para que pudessem realizar um culto. [...] O desespero foi acompanhado pela determinação".

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN TODAY