sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Perto da morte, paciente realiza seu último desejo: ser batizado

Tommy frequentava a igreja, mas nunca havia aceitado Jesus como Salvador.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GOD REPORTS

Tommy Dale Reid, sendo batizado nas águas. (Foto: Captura de tela/Facebook Hospice of Wichita Falls)

Perto da morte, Tommy Dale Reid, com 67 anos, disse que seu último desejo nesta Terra era ser batizado nas águas. Seu testemunho inspirou e abençoou a todos os que estiveram presentes no evento.

Alguns meses antes de adoecer, Tommy se aposentou. No início, ele pensou que estava com pneumonia mas, infelizmente, seu problema de saúde era mais sério, e ele foi diagnosticado com câncer de pulmão, fígado e pâncreas.

Assim que recebeu a notícia dos médicos, ele soube que somente um milagre poderia salvar sua vida. Tommy, porém, se deu conta de que nem mesmo era cristão.

‘Frequentou a igreja, mas não tomou decisão’

Mesmo indo à igreja regularmente, Tommy disse que não havia aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador. E também observou que não havia sido batizado.

Tom Box, o pastor de Tommy, disse: “Ele simplesmente nunca foi batizado. Ele nunca havia aceitado a Cristo como seu salvador pessoal”.

Tommy era um marido fiel e um bom trabalhador. Ele cresceu em Wichita Falls e formou-se em Ciência da Computação no Vernon Regional College e também serviu no Exército por muitos anos.

Na época em que estava no quartel, na Alemanha, ele conheceu Marion Rohleder, sua esposa, e logo ficaram noivos. Depois do casamento, eles se mudaram para Burkburnett, uma cidade no Texas, onde permaneceu até sua morte. 

Um alerta e uma oportunidade

Depois de receber o diagnóstico de câncer já avançado, Tommy reconheceu que foi um alerta e uma oportunidade de se aproximar de Deus.

Assim que foi internado, ele expressou rapidamente seu desejo de ser batizado. “Fizemos o batismo por imersão, pois acreditamos que assim nos dedicamos por inteiro. Não apenas a cabeça ou as mãos, mas tudo a Jesus Cristo”, explicou o pastor sobre o simbolismo do batismo nas águas.

Por se tratar de um desejo que deveria ser realizado com urgência, devido à saúde debilitada de Tommy, a própria equipe médica preparou o local do batismo no jardim do hospital.

‘Agora está com Deus, na eternidade’

Angela Culley, a diretora de comunicação do hospital, disse que há uma grande conexão emocional entre a equipe médica, os enfermeiros e os voluntários com os pacientes. “Considero esse ambiente muito especial”, disse Angela sobre o hospital.

Tommy precisou prender a respiração por alguns instantes, enquanto seu tubo de oxigênio foi retirado. Mas ele “desceu às águas” com entusiasmo, pois realmente queria ser batizado.

Conforme a família, Tommy aceitou Jesus como seu salvador pessoal, foi batizado tendo seu último desejo realizado e agora está com Deus no céu e vivendo o melhor momento de sua vida eterna, conforme publicou o God Reports.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Governo retira o Brasil de aliança internacional contra o aborto

Segundo nota oficial, uma das justificativas é a “garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher”.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GLOBO E VEJA

Bebê nascido prematuro. (Foto: Rawpixel/CCO)

O Brasil acaba de deixar o Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto, da qual fazia parte desde 2020, quando o acordo foi assinado pela então ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves.

O anúncio da saída foi feito nesta terça-feira (17), em um comunicado conjunto dos ministérios das Relações Exteriores, da Saúde, das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Cidadania.

A nota afirma que o Consenso de Genebra "contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família".

Ainda segundo a nota oficial, a visão "pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)":

"O governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares."

Simultaneamente, o governo ingressou em outras políticas, aderindo a duas iniciativas multilaterais para promover maior igualdade de gênero na América Latina.

Consenso de Genebra

Criado em 2020 por Donald Trump, enquanto presidente dos EUA, o Consenso de Genebra tinha como objetivo tentar bloquear votações em fóruns internacionais sobre educação sexual e direitos reprodutivos, alegando que abrem caminho para a legalização do aborto.

Os quatro pilares do grupo são "preocupação com a saúde da mulher, proteção da vida humana, fortalecimento da família e defesa da soberania das nações na criação de políticas próprias de proteção à vida".

Além dos EUA, o acordo chegou a ter originalmente 34 países signatários. Hoje, com a mudança de ideologia política, alguns se retiraram da aliança, como o próprio EUA, tendo a frente Joe Biden, e a Colômbia, após o socialista Gustavo Petrus assumir o comando do país.

Principal causa de morte

O aborto foi a principal causa de mortes no mundo em 2022, pelo quarto ano consecutivo, de acordo o banco de dados em tempo real de saúde e população global, Worldometer. No total, 44 milhões de bebês foram mortos no ano passado.

A segunda principal causa de morte em 2022 foi doenças transmissíveis, que causaram quase 13 milhões de mortes. Em seguida, o câncer (8 milhões), tabagismo (5 milhões) e mortes relacionadas ao álcool (2,5 milhões).

Ativista contra o aborto, a cristã Obianuju Ekeocha disse que “bebês em gestação [estão sendo] massacrados no útero em todo o mundo em 2022 sob o pretexto de ‘escolha’/direitos das mulheres/saúde, tornando o aborto a principal causa de morte em nosso mundo”.

Luta contra o aborto

Como signatário do Consenso de Genebra, o Brasil chegou a liderar países em aliança internacional antiaborto, tornando-se protagonista na luta global contra o aborto.

Em entrevista ao Guiame, a psicóloga e colunista do portal, Marisa Lobo, disse que “legal ou ilegal o aborto causa traumas”.

“A dor física pode ser curada, esquecida, mas o trauma se dá pelo pela dificuldade de se esquecer uma vida foi gerada a abortada, ou seja, não se permitiu que um ser humano nascesse de fato. Seja qual for o motivo, devemos ter sempre a opção à vida. Não como obrigação, mas como direito”.

Na época da assinatura do acordo, Damares Alves declarou:

“Estamos lutando contra o aborto”, afirmando sobe a preocupação “com a vida humana em todos os seus estágios, em todas as instâncias”.

“Ser uma das líderes na defesa da vida intrauterina no mundo é uma honra. Esta é a missão da minha vida e faz muito tempo”, disse também enquanto estava à frente do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Até o momento, o aborto no Brasil só pode ser realizado em três situações: quando há risco de morte para a mulher, causado pela gravidez; a gravidez é resultante de um estupro; ou se o feto é anencefálico.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Martin Luther King: o pastor batista que lutou contra a segregação racial nos EUA

Nascido em uma família de pregadores batistas, Luther King baseou sua luta pelos direitos civis na crença de um Deus que não discrimina.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE BRITANNICA E VOX


Martin Luther King Jr. durante a Marcha sobre Washington, em 1963. (Foto: Domínio Público/Creative Commons)

Nesta segunda-feira (16), em feriado nacional, os americanos relembram o legado do pastor batista que lutou com a segregação racial nos Estados Unidos. O discurso “Eu tenho um sonho” de Martin Luther King ainda ressoa na história da luta por direitos civis em todo o mundo.

Em 28 de agosto de 1963, mais de 200 mil pessoas negras e brancas se reuniram em frente ao Lincoln Memorial, em Washington, para pedir igualdade para todos os cidadãos em um EUA segregado pelo racismo.

Martin Luther King Junior nasceu em 4 de abril de 1968, em Memphis, no Tennessee, em uma família de pregadores batistas. Seus pais tinham formação universitária e o pai de King era pastor da prestigiada Igreja Batista Ebenezer, em Atlanta.

De família de classe média, Martin Luther cresceu na Auburn Avenue, conhecida como “Black Wall Street”, região das maiores empresas e igrejas negras.

Mesmo recebendo uma boa educação e o amor de sua família, King experimentou a discriminação ainda na infância, no Sul americano segregado.

Por volta dos 6 anos, Martin ouviu um seus colegas brancos afirmar que seus pais não permitiam mais que ele brincasse com King, porque agora as crianças brancas e negras frequentavam escolas separadas.

Em 1944, aos 15 anos, Martin ingressou na prestigiada Morehouse College, como um aluno promissor. Antes de iniciar a faculdade, o jovem passou as férias de verão em uma fazenda de tabaco em Connecticut, onde conheceu uma realidade bem diferente do Sul segregado.

Ele ficou impressionado como negros e brancos conviviam pacificamente no Norte dos EUA. “Negros e brancos vão [para] a mesma igreja. Nunca [pensei] que uma pessoa da minha raça pudesse comer em qualquer lugar”, escreveu eles em uma carta aos pais.

Essa experiência no Norte aumentou a indignação de Martin Luther King com a segregação racial nos estados sulistas.

Seguindo o ministério

Martin Luther King sendo preso em Montgomery, Alabama, em 1958. (Foto: Domínio Público/Creative Commons)

O jovem cristão estudou Medicina e Direito, mas em seu último ano na universidade, decidiu seguir o ministério e ingressou no Seminário Teológico Crozer em Chester, na Pensilvânia.

Na universidade e no seminário, Martin teve contato com ativistas cristãos e teólogos protestantes contemporâneos, que o estimularam a agir contra a injustiça racial.

Logo depois, ele fez doutorado na Universidade de Boston, onde estudou o relacionamento do homem com Deus e formou uma base sólida para sua teologia e ética cristã contra o racismo.

Mais tarde, já casado com Coretta Scott e pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter em Montgomery, Luther King usou sua crença em que todos os homens eram iguais perante Deus para fundar a Conferência de Liderança Cristã do Sul (SCLC).

Herança teológica na luta pelos direitos civis

Através da organização, o pastor batista iniciou o movimento pela justiça racial, dando palestras por todo o país e discutindo questões raciais com líderes cristãos.

Inspirado na filosofia da resistência não violenta de Gandhi, Martin apoiou e promoveu protestos contra o racismo, chegando a ser preso diversas vezes.

Em Montgomery, o pastor liderou o movimento que lutou contra a segregação racial no sistema de transporte público da cidade, após Rosa Parks, uma mulher afro-americana, se recusar a ceder seu assento no ônibus a um passageiro branco, iniciando uma onda de protestos.

Com uma ótima retórica e personalidade inspiradora, Martin Luther King se levantou como um líder do movimento pelos direitos civis nos EUA.

“Não temos alternativa a não ser protestar. Por muitos anos, mostramos uma paciência incrível. Às vezes, demos a nossos irmãos brancos a sensação de que gostamos da maneira como fomos tratados. Mas viemos aqui esta noite para sermos salvos dessa paciência que nos torna pacientes com qualquer coisa menos que liberdade e justiça”, declarou o ativista em um de seus primeiros discursos como líder.

Após lutar durante as décadas de 1950 e 1960, a liderança de King provocou uma onda de manifestações com efeito na opinião pública. Como resultado, em 1964 a Lei dos Direitos Civis foi aprovada, proibindo a segregação e a discriminação em espaços públicos e no ambiente de trabalho.

Naquele mesmo ano, Martin ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo. “Aceito este prêmio hoje com uma fé inabalável na América e uma fé audaciosa no futuro da humanidade”, discursou ele na ocasião.

Martin Luther King e sua esposa na ONU. (Foto: Flickr/United Nations Photo).

O último sermão

Enfrentando ameaças de morte devido ao seu ativismo, o líder revelou que Deus renovava suas forças para continuar seu propósito. “Estou francamente cansado de marchar. Estou cansado de ir para a cadeia”, confessou Luther, em 1968.

E continuou: “Vivendo todos os dias sob a ameaça de morte, sinto-me desanimado de vez em quando e sinto que meu trabalho é em vão, mas então o Espírito Santo revive minha alma novamente”.

O pastor parece ter previsto sua morte precoce em sua última pregação. Na noite anterior ao seu assassinato, Luther King pregou o sermão “Eu estive no topo da montanha", no Mason Temple, a sede da Igreja de Deus em Cristo, em Memphis.

“Como qualquer pessoa, eu gostaria de viver uma vida longa. A longevidade tem seu lugar. Mas não estou preocupado com isso agora. Eu só quero fazer a vontade de Deus”, afirmou ele.

“E Ele me permitiu subir a montanha. E eu examinei. E eu vi a terra prometida. Posso não chegar lá com você. Mas eu quero que você saiba esta noite, que nós, como povo, chegaremos à terra prometida. Estou feliz, esta noite. Não estou preocupado com nada. Não estou com medo de nenhum homem. Meus olhos viram a glória da vinda do Senhor”.

No dia 4 de abril de 1968, Martin Luther King foi assassinado com um tiro, enquanto estava na sacada do hotel onde se hospedava, em Memphis.

Mesmo depois de sua morte, os ideais democráticos e cristãos do pastor batista continuaram transformando a sociedade americana e ainda hoje tem inspirado pessoas e movimentos de justiça social.