quarta-feira, 1 de junho de 2022

Suriname é o quinto país a prometer embaixada em Jerusalém

Até o momento, só quatro países cumpriram a promessa de abrir embaixadas em Jerusalém: EUA, Guatemala, Honduras e Kosovo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO JERUSALEM POST


Ministro surinamês Albert Ramdin e ministro israelense Yair Lapid em Jerusalém. (Foto: Twitter/Yair Lapid)

O Suriname, um pequeno país na América do Sul, anunciou que irá abrir uma embaixada em Jerusalém na segunda-feira (30), após uma reunião em Israel.

“Hoje, durante nossa reunião em Jerusalém, o ministro das Relações Exteriores do Suriname, Albert Ramdin, me informou que seu país planeja em breve abrir uma embaixada em Jerusalém”, disse no Twitter o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid.

Esta é a primeira visita de um alto funcionário do Suriname a Israel, desde que o país estabeleceu relações diplomáticas com o Estado judeu em 1976.

Até o momento, apenas quatro países cumpriram a promessa de abrir embaixadas em Jerusalém: Estados Unidos, Guatemala, Honduras e Kosovo. O Brasil, República Dominicana, Malawi e Guiné Equatorial anunciaram seus planos, mas ainda não os colocou em prática.

A maior parte da comunidade internacional se recusa a reconhecer Jerusalém como capital de Israel. A maioria das embaixadas em Israel está localizada em Tel Aviv.

Já alguns países reconhecem a parte ocidental de Jerusalém como parte de Israel, mas defendem que a parte oriental da cidade deveria ser de um futuro Estado palestino.

O Suriname atualmente não tem uma embaixada em Israel e, portanto, a abertura de tal escritório seria a primeira para o país latino-americano, que já foi uma colônia holandesa.

Apesar de sua localização na América Latina, o Suriname é considerado parte do Caribe, região com a qual Israel pretende expandir seu relacionamento.

O pequeno país de língua holandesa tem uma população de cerca de 600.000 pessoas, de maioria cristã e minoria muçulmana.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Inspiradas na lei do Shemitá, igreja e sinagoga pagam dívidas de 2.000 pessoas nos EUA

A lei do Shemitá no Antigo Testamento determina o perdão de dívidas, segundo Levítico 25.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO JERUSALEM POSTAT

O pastor Chris Harris ao lado do rabino Ari Hart. (Foto: Facebook/Ari Hart)

Mais da metade das falências nos Estados Unidos estão ligadas a dívidas médicas. Mas para algumas famílias em Chicago, a dívida está sendo apagada, de acordo com a lei bíblica do Shemitá.

As leis do Shemitá no Antigo Testamento determinam que, a cada sete anos, as atividades agrícolas em Israel devem ser encerradas, e a terra deve ser deixada em descanso.

Mas além das regras específicas para a agricultura, há também um princípio de liberação de todas as dívidas, de acordo com Levítico 25.

O pastor Chris Harris, que lidera duas igrejas no South Side de Chicago, tem sido um defensor da liberação de dívidas para ajudar pessoas de baixa renda em condições difíceis. Mas ele não conhecia o conceito do Shemitá quando o rabino Ari Hart, que lidera a Sinagoga Ortodoxa Skokie Valley Agudath Jacob, estendeu a mão com uma ideia.

O pastor e o rabino começaram a arrecadar fundos por meio da RIP Medical Debt, uma organização que compra dívidas médicas através de campanhas privadas de doação, e depois as libera. Desde sua fundação em 2014, a RIP Medical Debt diz ter apagado mais de US$ 6 bilhões em dívidas.

Por meio de uma campanha que começou em janeiro e semana passada, os membros das congregações de Hart e Harris arrecadaram US$ 1,9 milhão. Com isso, serão pagas as dívidas médicas de 2.327 pessoas de baixa renda na área de Chicago.

Os beneficiários não sabem que o socorro está chegando e serão surpreendidos com as novidades por meio de cartas nos próximos dias.

O rabino Hart diz que costuma ensinar aos judeus sobre princípios e valores da religião, mas desta vez terão a oportunidade de colocar as crenças em prática.

Ele também alerta para o problema das dívidas: “Esses são conceitos bíblicos bem religiosos, as pessoas podem ficar presas por causa de dívidas”, disse. “Isso pode arruinar sua vida.”

Hart notou que cada vez mais judeus estão interessados no conceito de Shemitá, mas este é um interesse novo — influenciado especialmente pelos crescentes pedidos de perdão de dívidas de empréstimos estudantis à Casa Branca.

“Está começando a acontecer na comunidade judaica”, disse ele. “É legal ver isso acontecer na comunidade cristã também.”

Bençãos do Jubileu

Uma Igreja Metodista em Wahoo, Nebraska, também está em parceria com a RIP Medical Debt em homenagem ao “jubileu”, que é o fim de um ciclo de 49 anos, ou sete ciclos de Shemitá.

O pastor Harris, que lidera a Bright Star Church em Bronzeville e a St. James Church em West Pullman, tem uma longa afiliação e carinho por judeus e Israel, para onde já fez 7 viagens.

A sinagoga de Hart se uniu à igreja de Harris para diversas ações na comunidade, envolvendo questões de injustiça racial, antissemitismo, saúde mental, prevenção da violência, alfabetização e outras.

O rabino e o pastor anunciaram os resultados da campanha de arrecadação de fundos no domingo (22), em um culto conjunto durante o qual Harris e o rabino Seth Limmer, da Congregação do Sinai de Chicago, fizeram um sermão sobre a liberação de dívidas.

“As pessoas religiosas tiveram algum tipo de consciência disso por um tempo, mas acho que é hora de começar a falar mais sobre isso”, disse Hart. “A dívida não é apenas uma questão financeira. É uma questão espiritual, é uma questão de saúde mental. Sabemos como a dívida de longo prazo pode ser incapacitante se as pessoas não puderem sair dela, em todos os níveis da vida.”