sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Levitas reencenam ritual de Sucot em preparo para o Terceiro Templo

Água e vinho foram derramados no altar e sacerdotes conduziram a festa dos judeus.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE ISRAEL 365 NEWS


Festa de Sucot entre os judeus, em Jerusalém. (Foto: Instituto do Templo)

Durante o ritual para a festa de Sucot, na terça-feira (11), centenas de judeus em trajes sacerdotais e acompanhados por levitas tocando instrumentos musicais, participaram da encenação conhecida como “libação da água”.

Nos dias do Segundo Templo, essa encenação era o auge da cerimônia, pois os judeus invocaram a bênção de Deus sobre as chuvas do ano. Eles eram liderados por um sacerdote que levava um vaso dourado cheio de água cristalina da fonte. A água era derramada no altar.

Em Jerusalém, o evento começou em Shaar Hashpot — portão de esterco, na Cidade Velha — onde os participantes se juntaram para comemorar a festa de Sucot.

Os levitas conduziram a cerimônia com músicas alegres em tambores, violino, violão e clarinete, descendo pelo vale abaixo do Monte do Templo. A multidão cantou e dançou enquanto passava pelos restos arqueológicos da antiga Cidade de Davi, conforme o site Israel 365 News.

Sobre o evento

O evento foi supervisionado pelos rabinos Yisrael Ariel, que é fundador do Instituto do Templo, Aryeh Shtern, o rabino chefe de Jerusalém e os demais rabinos Dov Lior, Shmuel Eliyahu, David Chai HaKohen, Ra'am Hakohen, Menachem Bornstein, Uri Cherki, entre outros.

A procissão foi pontuada por paradas durante as quais teve o soar das trombetas de prata, até o Tanque de Siloé, onde o vaso dourado foi erguido, no momento de maior alegria da festa.

O tanque de Siloé era o ponto de partida para aqueles que faziam a peregrinação anual a Jerusalém para as festas bíblicas.

Havia pessoas de vários lugares do mundo para a “adoração internacional” a Deus durante as celebrações. Os sacerdotes derramaram a água e o vinho no altar.

Importância do Tanque de Siloé

O tanque de Siloé tem grande importância bíblica, pois o Novo Testamento descreve que lá um cego de nascença foi curado, quando Jesus misturou terra com saliva, aplicou em seus olhos e depois o mandou lavar-se naquelas águas.

Localizada fora das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém, o tanque inferior é alimentado pelas águas da Fonte de Giom, que são levadas para lá pelo Túnel de Siloé, também conhecido como Túnel de Ezequias.

O tanque foi construído durante o reinado de Ezequias (715-687 a.C.) para substituir um túnel cananeu mais antigo, conhecido biblicamente como o tanque superior, que era vulnerável a invasores.

O novo tanque e o túnel deixaram os exércitos sitiantes sem acesso às águas da nascente. Os arqueólogos acreditam que durante a era do Segundo Templo, as águas continuaram a fluir para o sul e foram coletadas em uma piscina maior e adicional. Esta piscina foi descoberta por arqueólogos durante o verão de 2004.

Sobre o Terceiro Templo e a chegada do Messias

Com a chegada do ano de 5.783 e o Jubileu, ou seja, 50º ano após 7 shemitás — 7 vezes 7, 49 anos — a discussão sobre a vinda do Messias, entre os judeus, volta ao cenário.

Conforme os rabinos, a chegada do Messias se dará ao final de um ciclo de 7 anos e eles aguardam essa profecia ser cumprida. O Rosh Hashaná ou Ano Novo Judaico já foi comemorado no dia 25 de setembro.

Sabendo que este é o início de um novo ciclo de shemitá e que é um período de possibilidade para a vinda do Messias, temas sobre a construção do Terceiro Templo estão em pauta.

Porém, vale lembrar que a “vinda do Messias” para os judeus, significa a “chegada do Anticristo” para os cristãos. Muitos pastores acreditam que esses eventos podem acontecer ainda nesta geração.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Putin representa 'Gogue' na profecia bíblica? Especialista analisa suas declarações

Reuniões e declarações protagonizadas por Vladimir Putin podem estar relacionadas à profecia de Ezequiel.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ALL ISRAEL

Vladimir Putin responde a perguntas da mídia sobre o reconhecimento russo das 'repúblicas populares' de Donetsk e Lugansk, em entrevista coletiva, em 22 de fevereiro de 2022. (Foto: Gabinete Executivo Presidencial da Rússia)

À medida que as tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentam rapidamente, a retórica de Vladimir Putin, 70 anos, se torna cada vez mais apocalíptica. O mesmo discurso tem sido feito pelo presidente americano Joe Biden, que chegou a citar o termo ‘Armagedom’.

No episódio de estreia do programa de TV “The Rosenberg Report”, o editor evangélico Joel C. Rosenberg dedicou o primeiro segmento completo para examinar a ameaça representada por Vladimir Putin, chamando-o de “o homem mais perigoso do planeta”.

Morador de Jerusalém, Rosenberg avisou que “desde a crise dos mísseis cubanos de 1962 o mundo não esteve tão perto de uma guerra nuclear”.

No mesmo momento, Joe Biden disse quase a mesma coisa na cidade de Nova York.

“Pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos, temos uma ameaça direta ao uso de armas nucleares, se de fato as coisas continuarem no caminho que estão seguindo”, disse Biden durante evento de arrecadação de fundos democrata em Manhattan.

O presidente americano alertou que Putin arriscava puxar o mundo para o Livro do Apocalipse.

“Não enfrentamos a perspectiva do Armagedom desde Kennedy e a crise dos mísseis cubanos”, disse Biden.

“Eu não acho que exista a capacidade de facilmente (usar) uma arma nuclear tática e não acabar com o Armagedom.”

‘Políticas satânicas’

Em seu discurso feito na semana passada, Putin ameaçou usar armas nucleares na Ucrânia, e denunciou as políticas de Biden, dos EUA e do Ocidente como “satânicas”.

O líder russo citou a Bíblia para declarar que “essas frutas venenosas se tornaram visíveis, não apenas para as pessoas na Rússia, mas também para muitas no Ocidente”, informou a Associated Press.

“A ditadura das elites ocidentais é dirigida contra todas as sociedades, incluindo os próprios povos dos países ocidentais”, disse Putin em um importante discurso. “Esta é uma negação completa da humanidade, a derrubada da fé e dos valores tradicionais a própria supressão da liberdade assumiu as características de uma religião: satanismo total”.

Rosenberg disse que o atual momento “é arrepiante e tenho pouca confiança de que Biden esteja à altura do desafio.”

Putin é Gogue?

O apresentador do “The Rosenberg Report” fez o seguinte relato sobre a atuação política e liderança de Putin: “Desde que chegou ao poder em 2000, ele enviou forças para a Geórgia, Crimeia, Síria e Ucrânia. Ele está armando o Irã, mesmo que eles ameacem ‘varrer Israel do mapa’. E agora, Putin está ameaçando tornar-se nuclear na Ucrânia”.

Rosenberg acredita que Biden não está levando o discurso a sério o suficiente. Mas o editor afirma que Putin está falando sério.

“Como escrevi em Inimigos e Aliados, Putin se vê tanto como Czar quanto como Poderoso Chefão”, disse Rosenberg. “Como avisei em março no All Israel News, ‘desde a crise dos mísseis cubanos de 1962, o mundo não esteve tão perto de uma guerra nuclear’”.

Para Rosenberg o insucesso de Putin na sua investida contra a Ucrânia pode ter acelerado suas pretensões mais contundentes, como o uso de armamentos nucelares.

“Mesmo em março, Putin já estava perdendo na Ucrânia. Seis meses depois, ele foi humilhado lá. Desesperado, ele está mobilizando 300.000 reservistas. Mas se ele não pode vencer convencionalmente, Putin pode simplesmente recorrer à opção nuclear. É por isso que ele é tão perigoso”, disse.

Diante disso, a conclusão de Rosenberg é a de que Putin não tem simplesmente uma máquina militar mortal, mas ele está disposto a usá-la. E a Ucrânia não é o fim das ambições assassinas de Putin, afirmou.

“Uma pergunta que tenho feito repetidamente por cristãos ao longo dos anos: Vladimir Putin é “Gogue”, o ditador maligno profetizado em Ezequiel 38 e 39 que forma uma aliança com Irã, Turquia e outros países nos ‘últimos dias’ para invadir Israel?”

Profecias bíblicas

Rosenberg diz que o interesse por essas profecias bíblicas aumentou este ano devido a vários encontros que Putin teve com outros líderes, entre os quais o presidente iraniano Ebrahim Raisi, o presidente turco Recep Erdogan. Eles se encontraram em julho em Teerã, prometendo continuar suas operações militares na Síria.

Outro motivo, segundo o editor foram duas reuniões do presidente russo com o líder do Irã.

“Embora gravemente doente, o líder supremo do Irã encontrou tempo para seu aliado mais importante, que está ajudando a construir o programa nuclear de Teerã e vendendo armas avançadas”, disse.

Segundo Rosenberg, o motivo está nesta declaração de Putin:

“Rússia e Irã estão finalizando um novo grande… tratado que elevará as relações bilaterais ao nível de parceria estratégica”.

‘Guerra de Gogue e Magogue’

Apesar de todas essas movimentações no tabuleiro geopolítico, Rosenberg diz que não acredita que a “Guerra de Gogue e Magogue” seja iminente.

“No entanto, nunca nos 2.600 anos desde que Ezequiel profetizou, vimos a Rússia e o Irã formando tal aliança”.

Ele também disse que ainda é muito cedo para conclusões se Putin é “Gogue”.

“Mas é justo dizer que Putin é ‘Goguiano’”.

Rosenberg diz que “talvez ele tenha sido derrotado na Ucrânia e derrubado em Moscou”. Mas se Putin “virar a mesa e vencer, o medo sobre quem ele vai atacar em seguida só aumentará. Certamente aqui em Jerusalém”.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Filme na Netflix conta a história de Harriet, exemplo de fé em prol dos escravos

Biografia da escrava Harriet Tubman mostra sua relação com Deus durante sua jornada abolicionista.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO HARRIET TUBMAN BIOGRAPHY


Cynthia Erivo interpreta a abolicionista Harriet Tubman no drama “Harriet”. (Cena do filme Harriet/Netflix)

A história de Araminta, ou “Minty”, que passou a se chamar Harriet Tubman virou filme e acaba de entrar no catálogo da Netflix.

Nascida em 1822, na fazenda de Anthony Thompson, ao sul da atual Madison e Woolford, na costa leste de Maryland, Tubman era a quinta dos nove filhos de Harriet “Rit” Green e Benjamin Ross, ambos escravos.

Toda a família era “propriedade” de Thompson, um fazendeiro e empresário de sucesso, escravizou mais de quarenta afro-americanos durante sua vida.

Essa comunidade escrava, e as comunidades negras livres e outras escravizadas que forneciam o trabalho para os fazendeiros brancos na área de Peter's Neck, constituíam o mundo familiar e social de Harriet Tubman e sua família.

Sem esperança para a liberdade

Foi através do casamento de Thompson com a segunda esposa, Mary Brodess, que os pais de Harriet, Ben Ross e Rit Green, se conheceram, casaram e começaram sua própria família por volta de 1808.

De acordo com as leis promulgadas durante o século XVII nas colônias americanas, qualquer criança nascida de uma mulher escravizada era automaticamente escrava e a posse cabia ao dono da mãe, mesmo que o pai fosse um negro livre ou um branco.

A ativista Harriet Tubman foi uma abolicionista durante a Guerra Civil Americana. (Foto: Biblioteca do Congresso dos EUA)

O estopim da revolta de Harriet, que se casou com um negro livre, aconteceu quando seu dono não a liberou para ir embora com o marido, ainda que sua própria mãe, nessa altura, já tivesse também direito à liberdade, o que não foi cumprido. Assim, e diante da maldade da família Thompson, em 1989 a jovem Harriet foge da fazenda, chegando a outro estado americano.

Após se estabelecer, ela volta para a fazenda e arrisca a vida para guiar outras pessoas rumo à liberdade pela Ferrovia Subterrânea. Assim, consegue resgata outros negros, inclusive sua família, tornando-se uma das maiores abolicionistas americana.

Jornada de fé

Harriet era uma cristã devota que orava a Deus em busca de respostas durante sua jornada como abolicionista.

Uma das cenas do filme mostra Harriet em momento desafiador, quando ela precisava atravessar um grande lago com alguns escravos – incluindo uma idosa e um bebê – que não sabiam nadar.

Perseguidos pelos capatazes, a única saída era conseguirem passar para o outro lado. Sem medo, Harriet entra nas águas e ora pedindo que Deus a ajude a atravessar. Milagrosamente ela começa a caminhar dentro da água e consegue atravessar. Assim, os demais escravos a seguem e chegam ao outro lado do lago salvos.

Cena do filme em que Harriet ora, pedindo a direção de Deus. (Cena do filme Harriet/Netflix)

A vida de Harriet Tubman foi enraizada em uma fé espiritual intensamente profunda e uma longa paixão humanitária pela família e comunidade, por quem ela arriscou sua própria vida, demonstrando uma determinação inflexível e aparentemente destemida para garantir a liberdade, igualdade, justiça e autoestima, como determinação ao longo de sua longa e produtiva vida.

‘Moisés’

Apelidada de “Moisés” por seus esforços para levar os escravos à liberdade, a abolicionista Harriet Tubman lutou contra a escravidão antes e durante a Guerra Civil Americana.

Tubman era membro da Igreja Episcopal Metodista Africana e frequentemente tinha visões de Deus, que ajudaram seus esforços antiescravidão.

“Ela atribuiu seu senso de proteção a esses poderes sobrenaturais”, disse o Dr. Arthur Jones, da Universidade de Denver, em entrevista ao 9 News em 2015.

Seu trabalho humanitário triunfou com a abertura do Lar para Idosos Harriet Tubman, localizado em um terreno adjacente à sua propriedade em Auburn, que ela comprou com sucesso por hipoteca e depois transferiu para a Igreja Metodista Episcopal Zion Africana em 1903.

Assista ao trailer: