sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Iranianos traduzem a Bíblia ‘escondidos’ para compartilhar o Evangelho com seu povo

Os tradutores da Bíblia arriscam suas vidas enquanto a Igreja clandestina continua crescendo no Irã, de maioria muçulmana.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Bíblia sendo traduzida do farsi para dialetos iranianos. (Foto ilustrativa: Instagram/unfoldingWord)

Cristãos iranianos estão traduzindo a Bíblia para levar o Evangelho aos dialetos locais, para que os seus amigos e vizinhos possam ter acesso à palavra escrita de Deus pela primeira vez.

Esses tradutores da Bíblia arriscam suas vidas enquanto a Igreja clandestina continua crescendo no Irã, de maioria muçulmana.

Graças aos esforços da agência de tradução “unfoldingWord” (desdobramento da Palavra, em tradução livre), os cristãos no Irã e em todo o mundo conseguiram realizar a tradução do Evangelho de forma independente para uma variedade de línguas nativas.

Em entrevista ao Christian Post, Evan Thompson, um representante da unfoldingWord, que decidiu usar um nome fictício por questões de segurança, falou do engajamento dos cristãos nesse trabalho.

"Existem 1,45 bilhão de pessoas em todo o mundo que falam aproximadamente 5.500 línguas e ainda não têm acesso à Bíblia completa em suas línguas nativas. ... A Igreja se expandiu exponencialmente nos últimos 20 anos. E o que essas pessoas aprenderam é que você pode levam alguém a Cristo, mas se [esse novo convertido] não tiver uma igreja, não sobreviverá por conta própria ", declarou Thompson.

E continuou: "É possível iniciar uma igreja, mas se essa igreja não tiver a Bíblia em seu idioma principal, geralmente ela perdurará apenas por uma geração. Um exemplo disso é o Irã, onde existem igrejas que operam de maneira clandestina. Além disso, há milhares de igrejas clandestinas em várias partes do mundo".

A unfoldingWord, uma organização sem fins lucrativos com aproximadamente sete anos de existência, “trabalha com líderes da Igreja em todo o mundo que procuram estabelecer as suas igrejas na sã doutrina, mas não têm acesso a traduções da Bíblia nas línguas que o seu povo fala”.

Um dia na vida dos tradutores iranianos da Bíblia

Segundo o Christian Post, duas mulheres iranianas arriscaram suas vidas para ajudar a traduzir os recursos de histórias da Bíblia Aberta do Word, do farsi [língua oficial do Irã] para outros dialetos iranianos para fins de evangelização.

A primeira mulher, que usa o nome de Miriam [para proteção de identidade], disse que entregou seu coração a Cristo depois de perceber que era “filha de Deus”.

Miriam pertence a um grupo étnico iraniano que engloba milhões de nativos. Ela relata ser frequentemente tratada como cidadã de segunda classe devido à percepção que pessoas de outros grupos étnicos têm sobre seu status dentro de seu próprio grupo étnico.

A vida de Miriam corre risco caso o governo iraniano descubra que ela professa a fé em Jesus na República Islâmica, considerada pela Portas Abertas como o oitavo país mais hostil para os cristãos.

“Deus é meu Pai. Me sinto profundamente honrada por fazer parte deste trabalho de levar a Palavra de Deus ao meu povo”, disse Miriam.

Apesar de ser mãe e consciente de que sua vida está em perigo devido à sua fé em Jesus, Miriam afirmou que não pretende interromper seu trabalho de traduzir o Evangelho.

Tradução da Bíblia sendo realizada. (Foto ilustrativa: Instagram/unfoldingWord)

"Não consigo nem imaginar deixar este trabalho inacabado. Devo concluí-lo e ver o resultado. Quero ver meus entes queridos experimentarem a salvação em Cristo. Este é o meu sonho: que meu povo possa falar sobre Deus e falar Seu nome livremente, sem qualquer hesitação; sem qualquer medo eles podem falar sobre Deus", disse Miriam.

Miriam foi apresentada ao cristianismo por um amigo na faculdade, que lhe presenteou com um Novo Testamento em farsi. Ela teve que ler a Bíblia sozinha e em segredo, uma prática que a deixou sem uma compreensão clara da fé cristã.

Após concluir a faculdade, Miriam se casou com um membro de uma família estritamente muçulmana. No entanto, mesmo em seus esforços para se ajustar às práticas religiosas rigorosas do Islã, ela não conseguia encontrar Deus na tradição muçulmana.

Miriam contou que entregou completamente sua vida a Jesus após tomar conhecimento do Transform, um curso online disponível no Irã que abordava os princípios básicos do Cristianismo.

Ela acompanhava secretamente as aulas por meio de várias plataformas digitais e, em um desses momentos, durante uma das aulas, Miriam entregou sua vida a Cristo.

Após sua conversão, o marido de Miriam a surpreendeu um dia assistindo ao pastor Transform Iran na televisão. Ela não conseguia mais esconder do marido a verdade sobre sua fé.

"Pela graça de Deus, ele não ficou zangado. Ele disse: 'Sei que você é uma mulher séria e se isso é importante para você, está tudo bem'", lembrou Miriam.

Posteriormente, seu marido começou a assistir às aulas com ela e, vários meses depois, também entregou sua vida a Cristo.

Antes da conversão de seu marido, o pastor da Transform Iran a questionou se ela estaria disposta a participar da tradução da Bíblia, por causa de sua experiência na linguagem materna.

Miriam aceitou a oferta, mesmo sabendo que isso implicaria arriscar sua vida para contribuir na tradução da Bíblia para diversos idiomas iranianos.

"Não estamos autorizados a estudar as línguas maternas nas escolas públicas iranianas. Esta é uma limitação para o nosso povo. Tenho esta especialidade e experiência linguística, este conhecimento para poder ajudar o meu próprio povo. Pessoas como a minha mãe podem ler este livro", disse Miriam.

"Tenho uma Bíblia em farsi e posso lê-la. Mas não consigo entender os conceitos mais complicados dela porque o farsi não é a minha língua materna. Não consegui estabelecer uma relação com a Bíblia em farsi. Sou muito fluente em farsi. Estudei muito e tive ótimos professores. Mesmo assim, não consigo estabelecer uma relação com a Bíblia em farsi", continuou ela.

"E quanto a outras pessoas que não têm minhas vantagens educacionais? Minha família e amigos? Ter o Evangelho na minha língua materna torna muito mais fácil falar com minha família sobre Jesus. Eles podem entendê-Lo e aceitá-Lo facilmente."

'Jesus me alimentou'

Outra tradutora da Bíblia iraniana, que adota o pseudônimo Stella, abraçou a fé em Jesus em seu coração após a morte de seu marido devido ao câncer.

Stella ficou sozinha para cuidar do filho e, durante esse tempo, ela confiou na paz de Deus como sua única esperança.

"Deus me ajudou. O Nome de Jesus Cristo estava em minha vida. Eu não precisava de ninguém. Jesus me alimentou, me vestiu e me deu paz", disse ela.

Stella conta que aprendeu mais sobre Deus através de uma Bíblia traduzida para o farsi. No início, ela pensou que o Cristianismo era uma religião. Mas agora ela entende que é um relacionamento.

“Quando eu era uma nova crente, pensava: 'OK, vou simplesmente mudar de religião'. Mas, quando conheci o Espírito Santo, entendi que isso é um relacionamento, não uma religião”, disse Stella.

Stella está atualmente engajada na tradução da Bíblia para a língua que toca seu coração. Sua cunhada se converteu ao Cristianismo graças ao trabalho de tradução da Bíblia realizado por Stella. Durante cinco anos, ela colaborou com sua família na revisão da tradução bíblica, e agora faz parte de um grupo mais amplo dedicado à tradução das Escrituras.

"Eu amo minha língua materna. Estou contando a poesia; escrevo o contexto. Eu escrevo a frase. Eu gravo. … Eu sei que tudo isso é obra de Deus para nós. Deus quer que façamos isso. … Eu estou pensando na minha mãe, no meu pai, na minha infância. E em todos que não têm isso agora. Quero muito levar Deus para minha cidade e para o meu povo”, disse ela.

Uma extrema necessidade de traduções da Bíblia

Antes do lançamento da unfoldingWord, agências tradicionais de tradução da Bíblia em todo o mundo desempenharam um papel fundamental e "realizaram um trabalho maravilhoso", conforme observou Thompson. Essas agências continuam a desempenhar esse importante papel.

Entretanto, ele apontou que o número de tradutores ocidentais da Bíblia disponíveis para as agências de tradução está diminuindo, enquanto a demanda por tradução da Bíblia está crescendo rapidamente.

"O grupo que fundou o unfoldingWord desenvolveu uma maneira de resolver este problema. Chamamos isso de tradução da Bíblia centrada na igreja. ... É a tradução da Bíblia incorporada na vida da Igreja como parte de seu discipulado", observou Thompson.

Mais iranianos conhecem Jesus. (Foto ilustrativa: Instagram/unfoldingWord)

“A maioria dessas pessoas não alcançadas tem vizinhos que conhecem a Cristo e estão levando o Evangelho até eles. E o que o unfoldingWord faz é equipar a Igreja em cada grupo de pessoas com o objetivo de traduzir a Bíblia em todos os idiomas”.

Para auxiliar as igrejas locais na tradução da Bíblia, a unfoldingWord disponibiliza a grupos de pessoas software de código aberto e conteúdo bíblico com licença aberta, que supera as barreiras dos direitos autorais dos textos originais.

A unfoldingWord também possui guias de tradução abrangentes para responder a questões difíceis de tradução da Bíblia. A organização oferece educação doutrinária essencial para proteger a integridade teológica das traduções.

“A unfoldingWord oferece treinamento para equipes indígenas de tradução da Bíblia por meio do Zoom e, às vezes, em locais neutros”, disse Thompson.

Os locais de treinamento são secretos para proteger os participantes em certos países onde a prática do Cristianismo não é aceita.

"Nosso treinamento capacita equipes indígenas de tradução da Bíblia a aplicarem as melhores práticas ao traduzir a Bíblia para suas próprias línguas. Uma maneira pela qual gosto de expressar isso é: 'Não estamos simplesmente realizando traduções da Bíblia. Estamos contribuindo para o desenvolvimento de tradutores da Bíblia.' Porque é isso que a Igreja realmente necessita em todo o mundo."

Problemas para levar traduções para o Irã

Thompson disse que a unfoldingWord ajudou os nativos iranianos que traduziram a Bíblia para dezenas de línguas nativas.

No entanto, ele observou que há algumas limitações infelizes na capacidade da organização de ajudar os tradutores no Irã. Ele mencionou as políticas governamentais rigorosas que proíbem os iranianos de estudarem suas línguas maternas ou nativas em escolas públicas.

"Todos esses países opressores, como o Sudão, o Irã e alguns outros que poderíamos mencionar, estão tentando islamizar toda a sua população. Uma das formas de fazer isso é forçando-os a falar essa língua nacional, o que resulta na supressão de suas línguas maternas", afirmou Thompson.

No Irã, o governo reconhece o farsi como língua nacional. No entanto, muitos nativos têm maior fluência em outros dialetos iranianos.

"É muito semelhante a qualquer pessoa que venha de outro lugar para a América, e os colocamos em escolas americanas para aprender inglês. A menos que suas famílias façam questão de manter suas línguas nativas vivas, no segundo ou terceira geração, as crianças não conseguem mais falar sua língua nativa", explicou Thompson.

Os poucos responsáveis ​​por muitos

Miriam acredita que Deus a abençoou com uma enorme responsabilidade de auxiliar na tradução da Bíblia para diversas línguas iranianas.

"Este não é apenas um livro científico. Esta é a Palavra de Deus. Senti alguma tensão. Fiquei com medo de não fazer o trabalho bem o suficiente, mas estou muito feliz em disponibilizá-lo para que meu povo possa estabelecer um relacionamento com a Bíblia. É por isso que me envolvi neste projeto de tradução da Bíblia", disse ela.

Quando questionada se consegue imaginar o dia em que a Bíblia será concluída em ainda mais línguas iranianas, Miriam afirmou que isso levará muitos anos, e ela não tem certeza se viverá o suficiente para testemunhar a conclusão do projeto.

“Quero que meus filhos vivenciem o resultado do meu trabalho para que possam conhecer Jesus através da língua materna. Nunca pensei que este projeto cresceria assim. Mas aprendi que não se trata apenas de mim”, disse Miriam.

"Preciso desta equipe que foi reunida. Por segurança, temos muitas pessoas que trabalham neste projeto secretamente. Pode haver vários cristãos numa família iraniana, mas eles não podem partilhar a sua fé uns com os outros abertamente", continuou ela.

“Precisamos de mais pessoas que falem a língua materna para continuar trabalhando neste projeto. … Peço oração … para recrutar pessoas para o projeto que conheçam bem a nossa língua.”

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

“É demoníaco o que aconteceu aqui”, diz Franklin Graham em missão a Israel

O presidente da missão Samaritan's Purse orou por sobreviventes e ofereceu ajuda.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE SAMARITAN'S PURSE

Franklin Graham em Israel. (Foto: Reprodução/Samaritan's Purse)

O evangelista Franklin Graham viajou para três regiões que foram atacadas pelo Hamas no sul de Israel no dia 7 de outubro. No local, ele prometeu ajudar os sobreviventes através da missão Samaritan's Purse.

Após os ataques do grupo terrorista, sobreviventes foram forçados a fugir das suas casas deixando comunidades vazias. A crescente ameaça de violência no norte, também deslocou muitos moradores que perderam tudo.

Um dos kibutz (comunidade agrícola israelense) abandonados é Be'eri. O evangelista visitou o bairro na última terça-feira (14) e viu em primeira mão a destruição da região.

“Não via tamanha brutalidade desde Pol Pot e os campos de extermínio no Camboja. É mau. É demoníaco o que aconteceu aqui”, disse ele à missão Samaritan's Purse.

Enquanto caminhava pelas ruas que estão ocupadas pelas Forças de Defesa de Israel, ele conheceu uma viúva chamada Lihi. Ela tem dois filhos menores de cinco anos e voltou à sua casa para recuperar alguns objetos pessoais.

Lihi contou a Graham que seu marido Daniel, um médico de 34 anos, foi morto a tiros enquanto trabalhava em um hospital local.

“Pensamos que havia alguns terroristas, uns três ou quatro, mas não percebemos que eram centenas. Achei que se ele chegasse à clínica estaria seguro. Mas os terroristas entraram e mataram quase todos, incluindo o meu marido. Ele era o amor da minha vida”, relatou a viúva.

Então, Graham orou por ela e pelos seus dois filhos pequenos: “Oro para que Deus abençoe você e seus filhos, e que eles levem o nome de seu marido para outra geração. Ao conhecer você, fiquei enriquecido”.

Franklin Graham conversando com a viúva Lihi. (Foto: Reprodução/Samaritan's Purse)

De acordo com a Samaritan's Purse, os terroristas foram de porta em porta e atiraram em moradores dentro de suas casas e também na rua. Cerca de 130 homens, mulheres e crianças foram assassinados nesta região, o que representa 10% da população.

Fornecendo ajuda

Graham se reuniu com Gadi Yarkoni, presidente do Conselho Regional de Eshkol, e prometeu ajudá-los através da missão Samaritan's Purse, que continua fornecendo alimentação para todos os sobreviventes da comunidade.

Ele também visitou e prometeu auxiliar duas outras áreas onde ocorreram massacres. O Conselho Regional de Merhavim abrange 14 comunidades com uma população de 15.000 habitantes.

Segundo a Samaritan's Purse, agora, a maioria da população está vivendo em hotéis. Na área de Sderot, 30.000 dos seus 36.000 residentes fugiram depois que muitos civis e policiais foram mortos pelo Hamas.

Devido aos ataques, milhares de crianças em toda a região sofrem de estresse pós-traumático e a missão trabalha para ajudar os menores a se recuperarem.

De acordo com a Samaritan's Purse, quando os terroristas atacaram, eles destruíram as ambulâncias para que não pudessem ser usadas no socorro da população.

Ao todo, 14 ambulâncias foram destruídas e 11 paramédicos foram mortos. Com isso, a missão forneceu 21 ambulâncias novas para o Magen David Adom (serviço nacional de emergência médica e desastres de Israel): “Que será totalmente blindado para que o pessoal esteja bem protegido caso atrocidades como as que ocorreram em 7 de outubro aconteçam novamente”, disse Graham.

Eli Bin, diretor geral da Magen David Adom, declarou: “Sua compaixão nunca será esquecida. As gerações futuras irão lembrar desta visita e ajuda. Isto é algo que irá motivá-los e lhes mostrar que estamos aqui para tornar este mundo um mundo melhor”.

“Estamos impressionados com a quantidade de amor e esperança que você traz ao povo de Israel. Penso nas milhares de vidas que serão salvas graças a esta ajuda sua. Isso é incrível”, acrescentou Uri Shacham, chefe de gabinete do Magen David Adom.

O evangelista viu os escombros e testemunhou sobre os ataques terroristas na região. (Foto: Reprodução/Samaritan's Purse)

Ações sociais

A Samaritan's Purse fez parcerias com mais de 50 igrejas e organizações cristãs para distribuir milhares de sacos de alimentos em todo o país.

Também estão equipando equipes de primeiros socorros com centenas de kits para traumas que salvam vidas.

“Esses kits permitem que a equipe médica realize procedimentos cirúrgicos simples que salvarão vidas instantaneamente e manterão os pacientes vivos por horas até que possam obter mais ajuda quando uma ambulância chegar ou chegar a um hospital. Sem este kit, eles certamente morreriam”, explicou o Dr. Hadar Milloh, parceiro do ministério.

Além disso, a Samaritan's Purse doou 20 computadores ao Conselho Regional de Hof Ashkelon, uma região administrativa que faz fronteira com a Faixa de Gaza, para ajudar nas buscas e resgates. Como também coordenar a ajuda às comunidades afetadas.

Outros 15 laptops foram doados à Escola Abu Tulul auxiliando os professores a dar aulas via Zoom para quase 1.000 estudantes beduínos deslocados pela crise.

“Às vezes você olha e diz: 'Por quê?'. Ou você olha e diz: 'Senhor, o que podemos fazer?'. A necessidade é tão grande. Mas servimos a um grande Deus e Ele está familiarizado com o sofrimento”, afirmou Graham.

E continuou: “Então, vamos fazer o que pudermos para ajudar as pessoas aqui em Israel. E faça isso em nome de Jesus”.

“Por favor, ore também pelas nossas equipes e parceiros ministeriais enquanto eles servem como mãos e pés de Jesus para os necessitados”, declarou ele.

Graham se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na última quarta-feira (15) e compartilhou o encontro em seu perfil no Facebook:

“Foi um privilégio me encontrar e orar hoje com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Este homem precisa de nossas orações. Ele enfrenta o momento mais difícil desde o nascimento da sua nação, com 1.200 pessoas mortas, mais de 240 homens, mulheres e crianças feitos reféns e muitos feridos no ataque do Hamas”, afirmou Franklin.

E pediu: “Ao falar com uma mulher cujo marido foi feito refém, o medo e a dor são avassaladores. Orem por estes reféns e pelas suas famílias, orem pelo primeiro-ministro Netanyahu e orem pela paz de Jerusalém”.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Café com Deus

Hoje é o dia do seu perdão Lucas 23:39:43

As imagens podem ter direitos autorais. Saiba mais


‘O povo judeu não está sozinho’: Evangélicos dos EUA enviam recursos e ajuda para Israel

Com mais de 100 milhões de evangélicos nos EUA, essa mobilização representa um amplo e significativo apoio.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL

Igrejas dos EUA realizaram cultos em apoio a Israel. (Foto: Instagram/Christians United For Israel)

Em Nova York, imagens de uma chupeta ensanguentada, mãos amarradas com corda e uma cadeira de rodas vazia piscam na Times Square, além de fotografias dos 240 sequestrados pelo Hamas que foram feitos reféns em 7 de outubro.

As imagens fazem parte da campanha Don't Look Away (Não desvie o olhar, em tradução livre), lançada pela Christians United for Israel (CUFI).

Passado mais de um mês após o início do conflito entre Israel e o Hamas, os evangélicos americanos estão oferecendo apoio moral e material a Israel, organizando angariações de fundos, campanhas de cartazes, e enviado voluntários e suprimentos.


Com mais de 100 milhões de evangélicos nos EUA, essa mobilização representa um amplo e significativo apoio.

"Apesar das circunstâncias sombrias nos campi universitários e em algumas regiões do país, isso não reflete a corrente dominante na América. Contamos com 10 milhões de membros. Muitas pessoas desejam contribuir de maneira prática para proporcionar a Israel e ao povo judeu a certeza de que não estão sozinhos", afirmou Shari Dollinger, codiretora executiva da CUFI, ao The Times of Israel.

A declaração de guerra teve início após o massacre terrorista do Hamas em 7 de outubro, com cerca de 3.000 terroristas atravessando a fronteira com Israel a partir da Faixa de Gaza por terra, ar e mar.

No ataque, os terroristas assassinaram cerca de 1.400 pessoas e fizeram aproximadamente 240 reféns de todas as idades.

A maioria esmagadora das vítimas, composta principalmente por civis, incluindo bebês, crianças e idosos, foi levada após a incursão de homens armados em kibutz.

Famílias inteiras foram brutalmente executadas em suas casas, enquanto mais de 260 pessoas foram massacradas durante um festival de música eletrônica ao ar livre, com atos bárbaros e brutais perpetrados pelos terroristas.

Pregações sobre Israel

Fundada em 2006, a CUFI arrecadou até agora 2,65 milhões de dólares para instituições de caridade israelenses, principalmente socorristas.

Em 15 de outubro, as igrejas participantes abordaram os mesmos temas durante as pregações. Placas e distintivos de unidade, exibindo as bandeiras americana e israelense, estão sendo vendidos por US$ 2, com todos os lucros destinados a instituições de caridade em Israel, disse Dollinger.

“Temos um profundo amor e carinho pelo povo judeu. É profundamente enraizado e real”, disse Dollinger, que fez a sua tese final na Universidade Brandeis sobre o impacto dos sionistas cristãos na política externa dos EUA.

Pr. John Hagee prega mensagem de apoio a Israel. (Foto: Instagram/Christians United For Israel)

Essa intensidade foi evidente em 11 de outubro, quando a Comissão de Liberdade Ética e Religiosa (ERLC), afiliada à Convenção Batista do Sul, emitiu uma "Declaração Evangélica em Apoio a Israel".

A declaração foi assinada por cerca de 2.000 pastores, teólogos e líderes acadêmicos de diversas linhas denominacionais.

Apesar de reconhecer as diferentes perspectivas teológicas sobre Israel e a Igreja, a declaração condenou veementemente a "violência contra os vulneráveis".

Além disso, expressou total apoio ao “direito e o dever de Israel de se defender contra novos ataques, e apela urgentemente a todos os cristãos para orarem pela salvação e paz do povo de Israel e da Palestina.”

“De acordo com a tradição da Guerra Justa Cristã, também afirmamos a legitimidade do direito de Israel de responder contra aqueles que iniciaram estes ataques, uma vez que Romanos 13 concede aos governos o poder de empunhar a espada contra aqueles que cometem tais atos malignos contra vidas inocentes”, diz a declaração.

Devido a essa crença, “os pedidos de cessar-fogo equivalem a forçar Israel a conviver com estas violações hediondas”, disse o presidente da ERLC, Brent Leatherwood.

Raízes do apoio evangélico

O apoio evangélico a Israel está profundamente enraizado na Bíblia. No entanto, é essencial observar que o Evangelicalismo é mais diversificado do que muitas vezes retratado pela mídia, conforme apontou Sara A. Williams, professora assistente de estudos religiosos na Fairfield University.

De acordo com a teologia dispensacionalista, o início dos eventos do fim dos tempos depende da reconstituição e repovoamento do "Grande Israel" pelo povo judeu, juntamente com a aceitação de Cristo como seu Messias.

Alguns evangélicos acreditam que o conflito entre Israel e o Hamas marca o início do Fim dos Tempos, sinalizando uma fase em que, de acordo com suas interpretações teológicas, Deus intervém para julgar os pecadores e preparar o caminho para o retorno de Cristo.

“Essa crença 'entrou na água', por assim dizer, do Evangelicalismo Americano, e até mesmo da política externa americana”, disse Waters.

Os evangélicos brancos representam uma parcela significativa do Partido Republicano, o que contribui para o forte alinhamento entre os apoiadores judeus republicanos, membros do partido Likud de Israel e políticos evangélicos.

No entanto, há outras correntes do Evangelicalismo que são menos politizadas, enquadrando-se no que Williams descreve como "teologias pós-Holocausto".

“Essencialmente, na sequência do Holocausto, uma série de denominações cristãs nos EUA – a principal linha protestante e a católica romana – começaram a enfrentar o seu papel na história brutal da violência antijudaica”, disse ela.

Isso se aproxima mais da “teologia das bênçãos”. Esta é a ideia de que Deus “abençoará aqueles que te abençoam” e “amaldiçoará aqueles que te amaldiçoam”.

Mobilizando ajuda a israelenses e palestinos

Segundo os princípios da teologia das bênçãos, denominações em todo o país não apenas expressam apoio a Israel por meio de cartazes, mas também enviam equipes para a região com o propósito de prestar assistência prática.

“Lamentamos as vidas inocentes que foram perdidas desde 7 de outubro em Israel e em Gaza. Quer sejam judeus, muçulmanos ou cristãos, sabemos que para tantas pessoas apanhadas no meio desta batalha, não é uma guerra da sua escolha. A nossa preocupação com a perda de vidas inocentes não tem fronteiras. Cada vítima é uma pessoa feita à imagem de Deus”, disse Leatherwood.

A Send Relief, afiliada ao Conselho de Missões Norte-Americanas e do Conselho de Missões Internacionais, está atualmente realizando distribuição de ajuda humanitária em Israel.

A organização está colaborando com a Baptist Village, uma entidade sem fins lucrativos sediada em Tel Aviv, para coordenar esforços e oferecer suporte às comunidades necessitadas.

Desde 7 de outubro, a Send Relief financiou mais de 700 mil dólares em assistência para as pessoas nas áreas afetadas, conforme relatado por Jason Cox, vice-presidente do ministério internacional da organização.

Esse montante ajudou a fornecer alojamento para até 400 pessoas, tendas com unidades de refrigeração e aquecimento, geradores, berços, roupas de cama, sanitários, chuveiros e aconselhamento sobre traumas por profissionais licenciados.

O TBM, ministério de ajuda humanitária da Comissão de Vida Cristã dos Batistas do Texas, enviou uma equipe de voluntários em 10 de outubro, que até o momento forneceu milhares de refeições para israelenses e palestinos.

Além disso, a comissão estabeleceu o fundo "Ajuda Humanitária e Alívio de Crises na Guerra Israel-Hamas" para apoiar iniciativas de ajuda humanitária e esforços de alívio de crises na região.

Entretanto, enquanto várias igrejas se preparam para ajudar a longo prazo, Leatherwood afirmou que é uma "responsabilidade moral" de Israel acabar com as capacidades terroristas do Hamas.

“O Hamas é o inimigo nisto, não apenas de Israel, mas do povo palestiniano e de todos os que procuram desesperadamente a paz no Médio Oriente”, disse Leatherwood.