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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Arqueólogos encontram novas provas da destruição do Segundo Templo, em Jerusalém

Novas escavações em Jerusalém revelaram marcas da batalha por Jerusalém ocorrida entre romanos e judeus, que resultou na posterior destruição do Segundo Templo.

Arqueólogo segura bola de pedra, usada na batalha por Jerusalém, em 70 d.C. (Foto: IAA)
Arqueólogo segura bola de pedra, usada na batalha por Jerusalém, em 70 d.C. (Foto: IAA)
Novas evidências da batalha por Jerusalém há 2.000 anos, na véspera da destruição do Segundo Templo, foram reveladas pela Autoridade de Antiguidades de Israel e pela Autoridade de Natureza e Parques.

Pontas de flechas e bolas de pedra foram descobertas na rua principal que subia dos portões da cidade e do Tanque de Siloé até o Templo. Os artefatos foram descobertos durante escavações dos últimos anos, que foram financiadas pela ‘Sociedade Cidade de Davi’.

As descobertas ajudam a contar a história da última batalha entre as forças romanas e os rebeldes judeus que haviam montado barricadas na cidade. O conflito resultou na destruição de Jerusalém e foi descrito pelo historiador Flávio Josefo – que viveu nos dias da batalha por Jerusalém e a registrou ‘in loco’ a destruição da cidade no ano 70 dC.

"No dia seguinte, os romanos, tendo expulsado os rebeldes da cidade, incendiaram tudo até Siloé", escreveu Josefo.

De acordo com Nahshon Szanton e Moran Hagbi (diretores da escavação), as descrições de Josefo sobre a batalha na cidade mais baixa foram pela primeira vez comprovadas de forma clara e concreta com estas novas descobertas.

As bolas de pedra disparadas por catapultas usadas para bombardear Jerusalém durante o cerco romano da cidade, foram descobertas nas escavações. As pontas de flechas, usadas pelos rebeldes judeus nas duras batalhas contra os legionários romanos, foram encontradas exatamente conforme os relatos descritos por Josefo.

Até agora, uma parte da estrada, com cerca de 100 metros de comprimento e 7,5 metros de largura, pavimentada com grandes lajes de pedra como era o costume na construção monumental em todo o Império Romano, já foi exposta pelas escavações.

A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) disse que até agora as escavações arqueológicas reforçam a compreensão de que ‘Herodes, o Grande’ não foi o único responsável pelos grandes projetos de construção de Jerusalém no final do período do Segundo Templo.

A IAA informou que pesquisas recentes indicam que a rua foi construída após o reinado de Herodes, com o apoio dos procuradores romanos de Jerusalém, e talvez mesmo durante o mandato do governador romano Pôncio Pilatos, que condenou Jesus à morte por crucificação.

Szanton e Hagbi disseram: "Esta conclusão, de fato, lança uma nova luz sobre a história de Jerusalém e o final do Segundo Templo, reforçando o reconhecimento da importância da autoridade dos procuradores romanos na formação do caráter de Jerusalém”.

"Dois mil anos depois da destruição de Jerusalém e 50 anos após sua libertação, vamos voltar às cisternas de água, ao mercado e à praça da cidade na véspera da sua destruição", acrescentou.

De acordo com o Dr. Yuval Baruch, arqueólogo da região de Jerusalém para a Autoridade de Antiguidades de Israel, as escavações devem continuar por mais cerca de cinco anos e mais provas contundentes devem ser encontradas.

"Pretendemos descobrir todo o comprimento e largura da rua dentro de cinco anos e, assim, completar a escavação deste local único, que já chamou a atenção dos arqueólogos de todo o mundo, cerca de 100 anos atrás”, contou.

"Na verdade, pode-se considerar as escavações atuais, financiadas pela ‘Cidade de Davi’ como uma continuação natural das escavações arqueológicas anteriores, feitas no local, que foram iniciadas no passado por estudiosos europeus e americanos. Cerca de quatro anos atrás, as escavações arqueológicas foram renovadas ao longo da rua, desta vez, a fim de expor seu comprimento total e largura. Quando as escavações forem concluídas, o que restou da rua será conservado e preparado para receber as dezenas de milhares de visitantes”, acrescentou.

Fonte: FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN TODAY

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Arqueólogos encontram local onde Roma derrubou os muros de Jerusalém, há 2 mil anos

A descoberta pode esquentar ainda mais a discussão sobre a recente decisão da ONU, que ignora as conexões do povo judeu com o Monte do Templo.

Pintura de David Roberts,  em 1850, sugere cena da invasão de Israel pelo exército romano. (Wikipedia/ Creative Commons)
Pintura de David Roberts, em 1850, sugere cena da invasão de Israel pelo exército romano. (Wikipedia/ Creative Commons)

Arqueólogos israelenses encontraram o local de uma batalha ferrenha, onde o exército romano atacou e destruiu os muros de Jerusalém, antes de conquistar a cidade e destruir o 'Segundo Templo' há quase 2.000 anos, segundo informações divulgadas por eles nesta quinta-feira (20).

Eles disseram que a descoberta, feita no fim do ano passado, durante uma escavação de um canteiro de obras para o novo campus da Academia Bezalel de Artes e Design, do lado de fora da Cidade Velha (Jerusalém), também finalmente confirmou a descrição do muro que foi violado, fornecida pelo historiador Josephus Flavius.

Durante a escavação, os arqueólogos encontraram os restos de uma torre cercada por dezenas de pedras e pedregulhos, lançados por catapultas romanas contra as forças judaicas, que guardavam os muros da cidade, segundo informou a Autoridade de Antiguidades de Israel em um comunicado.

"Este é um testemunho fascinante do 'bombardeio' intensivo pelo exército romano, liderado por Tito, para conquistar a cidade e destruir o Segundo Templo", disse o comunicado.

"O ataque foi destinado a neutralizar os sentinelas que guardavam os muros da cidade e dar cobertura às forças romanas, para que elas pudessem se aproximar dos portões com aríetes [antiga máquina de guerra que foi muito utilizado nas Idades Antiga e Média, para romper muralhas ou portões de castelos e fortalezas] e, assim, destruir as defesas da cidade", disse.

A parte do muro que foi violada era conhecida como 'a terceira parede' e foi encontrada na Jerusalém moderna - também conhecida como composto russo. De acordo com relatos de Josephus, esta parte do muro foi projetada para proteger um novo bairro da cidade que se desenvolveu fora dos limites das outras duas outras paredes existentes.

Durante grande parte do século 20, estudiosos debateram sobre a rota desta terceira parede e "a questão a respeito dos limites de Jerusalém às vésperas do ataque romano", disse o comunicado. "Parece que a nova descoberta no Complexo Russo é a prova da existência do muro nessa área".
Escavações que levaram à descoberta da destruição do muro de Israel. (Foto: Yoli Shwartz / Autoridade de Antiguidades de Israel)

Em sua obra "A Guerra dos Judeus", Josephus descreve a parede da seguinte forma: "... o início da terceira parede era na torre Hippicus, onde ela chegou tão longe, quanto o bairro ao norte da cidade, e a torre Psephinus ... Foi Agripa que abrangeu as partes adicionadas à cidade velha com esse muro, a qual antes estava totalmente vulnerável".

A terceira parede tinha sido concluída como parte de preparativos dos judeus para a Grande Revolta contra Roma, que começou em 66 dC e terminou em 70 dC, quando os romanos destruíram os muros de Jerusalém e também o Segundo Templo. Centenas de milhares de judeus foram mortos e a derrota marcou o início de quase dois mil anos de exílio.

As descobertas das escavações serão apresentadas em uma conferência na Universidade Hebraica de Jerusalém, ao final deste mês.

A notícia da descoberta vem durante uma semana de revolta em que Israel, que envolveu uma disputa diplomática acirrada com a UNESCO sobre uma decisão pelo órgão cultural da ONU, que ignora os laços históricos de judeus e cristãos com os locais mais sagrados de Jerusalém.

A resolução, aprovada na quinta-feira da semana passada na fase de comissão na UNESCO, se refere ao Monte do Templo apenas por seu nome muçulmano e condenou Israel como "a potência ocupante" no local. A resolução foi confirmada pelo executivo da UNESCO na terça-feira.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE TIMES OF ISRAEL