quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Cristãos de 54 nações celebram Festa dos Tabernáculos em Israel

Apesar da guerra, mais de 500 cristãos de cerca de 50 nações estiveram em Israel para apoiar o povo judeu.

Fonte: Guiame, com informações da CBN News


Mais de 50 nações marcham na Festa dos tabernáculos, em Israel. (Captura de tela/CBN News)

Apesar de Israel estar enfrentando uma guerra em sete frentes, os cristãos estão se reunindo em Jerusalém para uma demonstração de unidade durante a Festa dos Tabernáculos, conhecida em Israel como Sucot.

Enfrentando o medo da guerra e as dificuldades de viagem causadas por cancelamentos de voos, os cristãos ainda assim chegaram em Israel para participar da celebração bíblica.

Eles visitaram comunidades do sul de Israel que foram devastadas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, ouviram o relato de um soldado das Forças de Defesa de Israel e, na quinta noite da festa, o presidente Isaac Herzog os recebeu no Museu da Torre de Davi, em Jerusalém.

O presidente Isaac Herzog recebeu as caravanas no Museu da Torre de Davi. (Captura de tela/CBN News)

Em seu discurso, Herzog disse à multidão de cristãos:

"Neste momento de tanta dor, a sua reunião aqui diz de forma clara e alta: há uma resposta ao ódio, há uma resposta à brutalidade, há uma resposta ao mal. Assim como tantas comunidades cristãs ao redor do mundo, vocês se uniram ao povo judeu em nossa hora de escuridão."

Apesar da guerra, mais de 500 cristãos de cerca de 50 nações estiveram em Israel para apoiar o povo judeu e dizer: "Vocês não estão sozinhos."

David Parsons, porta-voz sênior da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém, disse à CBN News: "É a maior missão de solidariedade a Israel desde que a guerra começou em 7 de outubro do ano passado – e é uma missão de solidariedade cristã."

Cristãos visitaram locais devastados pelos terroristas do Hamas. (Captura de tela/CBN News)

Parsons acredita que a mensagem é clara.

"Queremos dizer ao povo de Israel que todas essas acusações de genocídio contra eles, todas as acusações e as tentativas de envergonhá-los, ou a qualquer pessoa que os apoie, nós estaremos aqui ao lado deles, sabendo que eles estão lutando uma guerra justa de maneira moral", afirmou Parsons.

Exército de Gideão

O ICEJ tem realizado celebrações anuais desde 1980, atraindo milhares de participantes a cada edição. No entanto, Parsons considera o encontro deste ano como algo único.

"Este é um exército de Gideão. Quando o Senhor disse a Gideão para enviar o povo de volta para casa, ele disse que, se estivessem com medo, poderiam ir. Portanto, temos um grupo de pessoas de fé de alto nível que vieram aqui para fazer esta declaração de apoio a Israel", declarou Parsons.

Delegações de 54 países, incluindo alguns que não têm laços diplomáticos formais com Israel, trouxeram suas bandeiras na chamada das nações. O evento também contou com a presença de um cristão iraniano.

Eles se uniram em uma canção original sobre a liberdade dos reféns, inspirada no Salmo 126. A letra sonha sobre como o povo de Israel se alegrará quando os cativos forem libertados.

O membro do Knesset e ex-prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, saudou os cristãos em nome do governo.

"Acho que o ICEJ é um dos segredos bem conhecidos do sucesso de Israel. O apoio que vocês nos oferecem em tempos bons e, hoje, em tempos difíceis, não deve ser dado como garantido. E estou aqui para saudá-los", declarou Barkat.

Maior delegação

A maior delegação deste ano era a da Alemanha.

Gottfried Bühler, que trabalha com o ICEJ na Alemanha, nos disse: "Temos 65 pessoas participando. E por que estamos aqui? Queremos mostrar solidariedade nestes dias críticos para Israel, para o povo judeu e para o Estado de Israel."

Bühler observou que, embora eles possam ter medo entre alguns na multidão, como cristãos que confiam na Bíblia, eles foram ousados ​​o suficiente para vir.

"A Alemanha tem uma história com o povo judeu, de 80 anos atrás. E essas pessoas estão assumindo a responsabilidade – elas não querem que a história se repita", declarou ele.

‘Amigos na África do Sul’

Vivienne Myburgh, do ICEJ-África do Sul, afirma que a postura anti-Israel de seu governo não reflete a opinião de toda a população.

"Há muitas pessoas orando por Israel. Muitas estão apoiando Israel em diversos níveis, financeiramente, em oração e defendendo sua causa", disse Myburgh.

Os apoiadores de Israel na África do Sul estão seguindo a injunção bíblica de celebrar a festa em Jerusalém e de estar ao lado de Israel. Ela observou que o ato de solidariedade dos cristãos emocionou muitos.

"Nosso objetivo foi alcançar as pessoas, trouxemos presentes e cartas para encorajá-las, e elas estão se sentindo muito incentivadas", relatou ela.

Um dos objetivos de Myburgh é deixar os israelenses saberem que eles têm muitos amigos na África do Sul.

"Estamos ao seu lado e continuaremos a orar por vocês, a orar para que seus reféns voltem para casa, a orar pela proteção de seus soldados em Gaza e na fronteira norte", disse ela. "E sabemos que Deus está vigiando vocês. Sabemos que Ele está cumprindo Seus planos e propósitos na nação de Israel hoje, e nos sentimos abençoados por fazer parte disso."

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Israel fará ‘Dia Nacional de Luto’ pelo ataque de 7 de outubro segundo calendário hebraico

O “Dia Nacional de Luto” será realizado de acordo com a data hebraica, correspondente ao dia 25 do mês de Tishrei, que cai em 26 e 27 de outubro.

Fonte: Guiame, com informações do All Israel News

As bandeiras israelenses serão hasteadas a meio mastro para marcar o início das cerimônias. (Foto: Pixabay/Bruce Emmerling)

O primeiro aniversário da invasão feita pelo Hamas em 7 de outubro e do ataque terrorista ao sul de Israel foi marcado de acordo com o calendário gregoriano.

Na semana passada, o governo israelense anunciou que um “Dia Nacional de Luto” será realizado segundo a data hebraica, correspondente ao dia 25 do mês de Tishrei.

O massacre de 7 de outubro de 2023 ocorreu durante o feriado judaico de Simchat Torah (22 de Tishrei), quando cerimônias de estado não são realizadas.

Este ano, o dia seguinte a Simchat Torah cai em uma sexta-feira, portanto, o dia de luto começará às 19h45 do sábado, 26 de outubro, e terminará 24 horas depois, no domingo, 27 de outubro.

A Simchat Torah ocorre após a Festa dos Tabernáculos e é uma celebração judaica que marca o encerramento e o reinício da leitura pública do livro sagrado do judaísmo.

Duas cerimônias

O Estado de Israel está planejando realizar duas cerimônias memoriais de estado no Monte Herzl, em Jerusalém.

A primeira homenageará as forças de segurança que foram assassinadas ou caíram em combate com terroristas do Hamas no dia sombrio que os israelenses chamam de "Black Shabbat".

A segunda cerimônia memorial é dedicada aos civis e às forças de resgate que foram assassinados durante o ataque de 7 de outubro de 2023.

Naquele dia, uma força de ataque liderada pelo Hamas, composta por cerca de 6.000 terroristas palestinos de Gaza, lançou um ataque de mísseis e foguetes nas primeiras horas da manhã e, em seguida, invadiu o sul de Israel por terra, mar e ar, resultando no massacre de 1.200 israelenses, a maioria civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.

Os terroristas também sequestraram 251 israelenses e estrangeiros, vivos e mortos, levando-os para a Faixa de Gaza, sendo que 97 deles ainda estão presos.

O governo Benjamin Netanyahu nomeou a ministra de Transporte e Infraestrutura, Miri Regev, para ser responsável por ambas as cerimônias memoriais de estado.

As bandeiras israelenses serão hasteadas a meio mastro às 06:29 para marcar o início das cerimônias. Além disso, o governo israelense solicitou aos ministros da Defesa e da Educação que conduzissem atividades de bravura, memória e esperança nas escolas e entre os soldados israelenses.

"Os eventos de 7 de outubro são o maior ataque terrorista na história do Estado de Israel. Portanto, de acordo com a decisão do governo, o primeiro aniversário do horrível massacre será comemorado como um dia nacional de luto no Estado de Israel”, anunciou o governo em um comunicado.

“Além disso, todos os anos, próximo a Simchat Torah, cerimônias memoriais serão realizadas pelo Estado de Israel em memória dos caídos e dos assassinados. O Estado de Israel baixará a cabeça neste dia e dedicará a memória e a bravura de seus amados filhos e filhas, vítimas de batalha, vítimas do ataque e vítimas dos bombardeios desde 7 de outubro".

Hamas e Hezbollah

O ataque de 7 de outubro a Israel já foi comparado tanto ao ataque do Japão a Pearl Harbor em 1941 quanto aos ataques terroristas de 11 de setembro nos EUA, 60 anos depois.

Embora 7 de outubro continue sendo o pior ataque terrorista da história moderna de Israel, há relatos de que o Hamas teria planejado um ataque ainda maior e mais letal contra o Estado judeu.

Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram documentos revelando que o Hamas vinha planejando um ataque terrorista semelhante ao de 11 de setembro em Tel Aviv e Jerusalém há anos, com o apoio de seu principal patrocinador, o regime iraniano, e suas forças representativas no Líbano, o grupo terrorista Hezbollah.

Restam apenas 650 cristãos em meio à guerra na Faixa de Gaza, diz Portas Abertas

Ao menos 33% dos cristãos palestinos morreram ou fugiram da região, desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Fonte: Guiame, com informações de Portas Abertas

Imagem ilustrativa. (Unsplash/Mohammed Ibrahim).

A comunidade cristã está diminuindo nos Territórios Palestinos, segundo a Missão Portas Abertas.

Desde que o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas se intensificou após o ataque de 7 de outubro de 2023, ao menos 33% dos cristãos palestinos morreram ou fugiram da região.

Em entrevista ao Portas Abertas, Elias Najiar, um cristão de Gaza, afirmou que teme pelo futuro da Igreja no país e em todo o Oriente Médio.

“Havia mais de mil cristãos em Gaza antes da guerra. Agora, um ano depois, restam apenas 650”, relatou ele.

Deslocados

De acordo com estimativas, mais de 300 cristãos fugiram para o Egito ou para outros países para escapar da guerra.

“É muito difícil. Quase todos os cristãos deixaram suas casas na segunda semana de outubro de 2023 e se refugiaram nas igrejas locais”, afirmou Elias.

O cristão nasceu em Gaza, mas se mudou com a família para Belém em 2007. Ele trabalha na Sociedade Bíblica e tem contato próximo com cristãos nas zonas de conflito da Faixa de Gaza.

“A situação é muito perigosa. As pessoas estão morando em salas de aula, duas a três famílias em um único espaço. Elas ficam assustadas quando ouvem aviões, foguetes ou tiros, porque lembram de toda a morte e destruição. Elas sabem que suas casas foram destruídas e esperam por um futuro que desconhecem”, comentou.

Em meio a guerra, há escassez de itens básicos, as pessoas estão sem trabalho e renda, e os preços aumentaram.

“Um quilo de tomate corresponde a 30 dólares. Apesar de tudo, quando converso com eles, tenho esperança. É importante para nós entendermos quão difícil é a situação e que apenas pela fé eles podem resistir. Creio que Deus está trabalhando na Igreja que restou em Gaza”, observou Elias.

Igrejas como oásis

O cristão local ainda destacou o papel das igrejas no socorro à população. “A região se tornou um exemplo do papel da Igreja. Quando as casas das pessoas não eram mais seguras e não havia outras opções, elas ficaram abertas à igreja, a receberem ajuda e conhecerem a Jesus”, testemunhou ele.

“Os complexos das igrejas se tornaram verdadeiros ‘oásis no deserto’ quando a guerra se agravou. Elas ficaram abertas 24 horas por dia, permitiam que as pessoas descansassem e ofereceram cuidado médico, espiritual e mostraram as mãos de Deus estendidas para socorrer a população em Gaza”, acrescentou.

Para Elias, mais cristãos vão deixar a Palestina, principalmente famílias com crianças. “Imagine alguém que perdeu tudo e terá que recomeçar do zero. É provável que prefira recomeçar em um novo país do que no lugar em que pode perder tudo de novo”, observou.

“Não podemos abandoná-los. Eles passarão por necessidades, precisamos estar perto, para ajudá-los a se reerguerem. Mantenham o Oriente Médio em suas orações e clamem pelo fim da guerra”, pediu Elias.

Israel e os Territórios Palestinos estão na Lista de Países em Perseguição da Missão Portas Abertas, que correspondem aos 28 países que dão continuidade à Lista Mundial da Perseguição.

Nesses países, de colocação de 51ª a 78ª, os cristãos enfrentam perseguição severa e alta. Israel está em 78º lugar e os Territórios Palestinos ocupam a 60ª colocação.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Jesus, se o Senhor quiser, pode voltar hoje!

A cada notícia, em minhas orações, sempre repito: “Senhor, volta hoje! Volta agora!”

Fonte: Guiame, Edmilson Ferreira Mendes

(Foto: Pixabay)

Pensa num pote cheio. Pensou? Agora imagine um tipo de pote, um que já vem transbordando faz tempo, um que já não cabe mais nada. Pensou? Eu pensei. O pote que está em minha imaginação agora, atende pelo nome de “mundo”.

Este velho pote, digo, velho mundo, já está cheio, muito cheio. As coisas mais óbvias e fáceis de serem observadas por qualquer pessoa, até mesmo aquelas que tem preguiça de se informar, são estas: guerras, violências, injustiças, fome, corrupção. Dessas coisas, o pote chamado mundo está abarrotado, não cabe mais.

Bem, não cabe mais em minha visão simplista, porque na visão de corruptos e todo tipo de exploradores, ainda cabe muito, principalmente se eles levarem vantagem, e sempre levam. São desgraças anunciadas e, impotentes, vamos tentando nos defender.

E do que mais o pote está cheio? De toda podridão que antes ficava no submundo, nos subterrâneos, nas cavernas, nos bastidores. Agora tudo vem sendo exposto. O mundo, além de um pote lotado de tranqueira, agora também se tornou um laboratório do inferno, estamos sendo testados.

Como exatamente são esses testes? Olhe a sua volta, pesquise, já reparou o volume de notícias bombásticas contendo pornografia, promiscuidade, pedofilia, tráfico de órgãos, tráfico de mulheres, tráfico de crianças, aberrações com imoralidades impublicáveis de todos os tipos, e tudo isso com impulsos midiáticos graças aos nomes famosos que fazem, praticam e ganham fortunas com tudo isso, já reparou?

Este é o laboratório, um mundo saturado de imoralidades. A opinião pública tem de engolir tudo, goste ou não. Num curto espaço de tempo, tudo isso acabará por ser normalizado. E é assim, de escândalo em escândalo, que a sociedade vai sendo anestesiada, fragmentada e dissolvida num caldo fervendo de degradação e decadência em volumes jamais vistos.

A cada notícia, em minhas orações, sempre repito: “Senhor, volta hoje! Volta agora!” Em Mateus 24:22, Jesus deixa uma palavra de conforto para este tempo. Se não conforta você, preciso confessar, tem confortado muito meu coração. Na passagem, Ele diz assim: “E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria, mas por causa dos escolhidos foram abreviados aqueles dias.”

Abrevia, Senhor, abrevia. Nos submetemos a Tua vontade. Aguardamos na pontualidade do Teu tempo. Reconhecemos a Sua soberania. Confiamos em Sua providência e proteção. Mas Senhor, em lágrimas e clamores, teus escolhidos no mundo inteiro estão sedentos por Tua volta. O pote mundo já transborda de tanto pecado, mas vasos de barro pelo mundo, teus filhos, transbordam de esperança por Tua vinda. Que seja este o Teu tempo de abreviar, vem Senhor!

Edmilson Ferreira Mendes é escritor, pastor, teólogo, observador da vida.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.