quinta-feira, 13 de junho de 2024

Hezbollah dispara mais de 200 foguetes, seu maior ataque contra Israel

O bombardeio foi uma resposta do grupo terrorista à morte de um de seus comandantes pelas forças israelenses na noite anterior.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE TIMES ISRAEL

Imagem ilustrativa. (Foto: Wikimedia Commons/Tasnim News Agency).

O grupo terrorista Hezbollah disparou 215 foguetes contra Israel, na quarta-feira (12), em resposta à morte de um de seus comandantes pelas forças israelenses na noite anterior.

O ataque, que incluiu mísseis e drones, foi o maior desde o início dos combates na fronteira com o Líbano, em meio a guerra de Israel na Faixa de Gaza.

Após a eliminação do comandante Taleb Abdullah em um ataque aéreo israelense, o Hezbollah prometeu retaliar Israel, intensificando os ataques.

"Se o inimigo está gritando e gemendo sobre o que aconteceu com ele no norte da Palestina, que ele se prepare para chorar e lamentar", afirmou o alto funcionário do grupo, Hashem Safieddine.

Bombardeio no feriado de Shavuot

A série de ataques do Hezbollah iniciou na manhã de quarta-feira (12), pelo menos 90 foguetes foram lançados contra várias áreas no norte de Israel, incluindo Tiberíades, Safed e Rosh Pina. Milhares de moradores judeus, que celebravam o feriado de Shavuot, precisaram correr para abrigos.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), outros 70 foguetes foram lançados na área de Mount Meron, que abriga uma base de controle de tráfego aéreo.

Mais dez foguetes foram disparados contra a comunidade de Zar'it, e um míssil antitanque atingiu uma fábrica de veículos blindados em Kibutz Sasa, causando danos. E, no final da manhã, um drone explodiu em uma área aberta perto da comunidade de Zivon.

Além disso, ao longo da tarde, outros foguetes foram lançados nas áreas superior e oeste da Galileia.

O exército de Israel abateu muitos dos foguetes. Ninguém ficou ferido, porém o ataque provocou vários incêndios no norte do país. Cerca de 25 equipes de combate a incêndios e oito aviões do Serviço de Bombeiros atuaram para apagar o fogo.

O Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo bombardeio e afirmou que foi uma resposta ao ataque israelense de terça-feira (11) em Jouaiyya, no sul do Líbano, que matou o comandante Abdullah e outros três agentes.

De acordo com a IDF, Abdullah era o comandante mais antigo do grupo terrorista que matou, em meio aos combates em curso. Ele foi responsável por liderar vários ataques contra o norte de Israel nos últimos oito meses.

Depois do ataque de quarta-feira (12), Israel bombardeou locais do Hezbollah, no sul do Líbano.


Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro em Israel, o Hezbollah tem atacado comunidades israelenses e postos militares ao longo da fronteira quase todos os dias. O grupo alega que está fazendo isso em apoio aos palestinos, em meio à guerra no país.

terça-feira, 11 de junho de 2024

Jornalista também era terrorista do Hamas e mantinha 3 reféns, diz Exército de Israel

Abdallah Aljamal, colaborador de notícias e ex-porta-voz do Hamas, foi morto por tropas israelenses durante o resgate de reféns em Nuseirat.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL

O terrorista do Hamas, Abdallah Aljamal, que mantinha 3 reféns israelenses em cativeiro em sua casa no centro de Nuseirat. (Foto: Redes Sociais)

No último fim de semana, forças especiais resgataram três dos quatro reféns de um cativeiro no centro da Faixa de Gaza. Os militares israelenses confirmaram no domingo que os reféns estavam presos na casa de Abdallah Aljamal, jornalista palestino e membro do Hamas.

Após uma postagem de Ramy Abdu, chefe do Monitor de Direitos Humanos Euro-Med, rumores começaram a circular nas redes sociais. Abdu mencionou no X (ex-Twitter) que, durante o ataque em Nuseirat no sábado (08), os soldados invadiram a casa dos Aljamal, matando vários membros da família, incluindo Abdallah e seu pai, Dr. Ahmed Aljamal.

Abdu compartilhou uma imagem supostamente da casa dos Aljamal junto com sua postagem, embora ele não tenha descartado a possibilidade de que os reféns estivessem sendo mantidos lá.

Anteriormente, Abdallah Aljamal atuou como porta-voz do Ministério do Trabalho, administrado pelo Hamas em Gaza, e contribuiu para diversos meios de comunicação.

Durante a guerra em Gaza, vários artigos de Aljamal foram publicados pelo canal Palestine Chronicle, inclusive enquanto os reféns Almog Meir Jan, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv supostamente estavam sendo mantidos em cativeiro em sua casa. O quarto refém, Noa Argamani, foi resgatado de um prédio próximo durante a operação de sábado 8 de junho de 2024.

‘Escudo humano’

As Forças de Defesa de Israel, juntamente com a agência de segurança Shin Bet, confirmaram que Abdallah Aljamal mantinha os três reféns em sua casa em Nuseirat, onde também residia com sua família.

"Esta é mais uma prova de que a organização terrorista Hamas usa a população civil como um escudo humano", disse o exército.

Durante a invasão à casa da família Aljamal, o comandante do Yamam, Inspetor-Chefe Arnon Zmora, foi ferido pelos tiros dos terroristas do Hamas e morreu ao chegar a um hospital em Israel.

A missão de resgate foi posteriormente nomeada "Operação Arnon" em sua homenagem.

Al Jazeera

Em 2019, Aljamal escreveu uma coluna para a Al Jazeera, o que gerou rumores de que ele atuava como correspondente em Gaza para a agência de notícias do Catar. No entanto, no domingo, a rede negou veementemente essa alegação.

Argamani, Meir Jan, Kozlov e Ziv foram sequestrados do festival de música perto da comunidade de Re'im na manhã de 7 de outubro, quando cerca de 3.000 terroristas liderados pelo Hamas mataram 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns durante um tumulto assassino no sul de Israel.

Oficiais da unidade de contraterrorismo Yamam, uma força de elite da polícia, juntamente com agentes do Shin Bet, invadiram simultaneamente dois edifícios de vários andares no centro de Nuseirat. De acordo com os militares, os quatro reféns estavam sendo mantidos nesses locais por famílias afiliadas ao Hamas e guardados por membros do grupo terrorista.

O escritório de mídia do governo do Hamas afirmou que pelo menos 274 pessoas foram mortas durante a operação, um número não verificado que também não diferencia entre combatentes e civis.

A IDF admitiu ter causado a morte de civis palestinos durante os confrontos, mas responsabilizou o Hamas por manter reféns e travar combates em áreas densamente povoadas. "Estamos cientes de menos de 100 baixas palestinas. Não sei quantos deles são terroristas," declarou Daniel Hagari, porta-voz da IDF, no sábado.