quarta-feira, 7 de julho de 2021

China representa 90% dos ataques às igrejas no mundo, segundo a Portas Abertas

Mais de 3 mil prédios foram demolidos em apenas um ano.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS

Igreja Golden Lampstand, na China, sendo destruída, em 2018. (Foto: Reprodução Veja Abril)

Atualmente, a China tem sido apontada como o país onde a Igreja é mais atacada, tendo seus prédios destruídos, passando de 3 mil em apenas um ano e um grande número de cristãos atacados fisicamente.

Religiosos radicais, membros da comunidade e até mesmo as autoridades são responsáveis pela violência. Os ataques a prédios cristãos na China variam desde a remoção de cruzes até a demolição completa das igrejas.


Segundo a Portas Abertas, entre 1 de outubro de 2019 e 30 de setembro de 2020, 3.088 igrejas foram atacadas. Quando este número é somado às duas pesquisas anteriores, chega-se ao resultado de 8.644 igrejas prejudicadas. No país, as ações realizadas contra uma igreja não são facilmente anuladas, mas se arrastam por muitos anos.

“Três correções e uma demolição”

O aumento no número de ataques às igrejas na China começou a partir da criação da campanha “Três correções e uma demolição”, no final de 2013, na província de Zhejiang. Essa é uma província costeira rica onde vivem muitos empresários cristãos.

Supostamente, um alto funcionário do partido foi para a capital Wenzhou e se deparou com cruzes por toda a parte. Ele compartilhou seu descontentamento com o ocorrido e então a campanha foi estabelecida.

No início de 2014, foi realizada a primeira demolição pública, a princípio da cruz e depois do prédio todo da Igreja Sanjiang. Desde então, o número de igrejas atacadas no país só aumentou.

Em 2015, foram 300; em 2016, 1.500. Nos anos de 2017, 2018 e 2019, as estimativas de ataques são de 2, 2,5 e 3 mil igrejas atacadas, respectivamente.

Nesse período são contabilizadas apenas estimativas, pois o número registrado é simbólico, sendo muito menor do que o total real. Levando em consideração os ataques desde 2015, quase 18 mil igrejas já foram afetadas na China. Apesar de ser um número alto, a estimativa ainda é considerada conservadora.

Ataques às igrejas pelo mundo todo

Na Ásia, dos 3.445 ataques ocorridos no último período de pesquisa, 3.088 foram na China. Na África, foram registrados 910 ataques, na América Latina 129 e na Europa 4.

A América Latina foi a única região onde a quantidade de ataques subiu quando comparada ao ano anterior. No período anterior foram registrados apenas 65 ataques.

O número de igrejas atacadas na África diminuiu de 3.440 para 910. Apesar disso, a maioria delas permanece fechada e muitos líderes continuam tentando reabri-las. No continente também é importante ressaltar que dez países africanos possuem números simbólicos.

Isso ocorre porque, em locais com altos níveis de violência, é difícil obter números exatos de igrejas atacadas e fechadas, já que as pesquisas focam no total de cristãos mortos.

A América Latina, que resulta em 3% do número total de ataques, teve um aumento de 98%. Com exceção da Colômbia, todos os países latino-americanos aumentaram seus números. O país com a maior mudança foi o México, passando de oito casos para 6
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segunda-feira, 5 de julho de 2021

Jovem se casa com cristão perseguido e após 35 horas ele é fuzilado: ‘Jesus nos conforta’

Durante um trabalho ministerial em prisão na Indonésia, Feby conheceu seu marido Andrew, um cristão perseguido no corredor da morte.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE ETERNITY NEWS

Feby encontrou consolo através da história de Maria, mãe de Jesus. (Foto: Eternity News).

Feby cresceu num lar cristão na Indonésia, seus pais eram pastores de uma igreja doméstica no país asiático. Desde cedo, a jovem desejava servir integralmente no ministério.

Mais tarde, já adulta, Feby conseguiu um emprego de intercessora numa igreja em Yogyakarta. “Éramos quatro, todos empregados para orar, 24 horas por dia, na torre de oração. Oramos pela cidade, pela nossa igreja e anotamos tudo. Vimos tantas respostas a orações e milagres naqueles anos!”, explicou a cristã.

No início de 2012, Feby recebeu um convite para trabalhar no ministério na prisão de Kerobokan. Lá, a jovem conheceu Andrew Chan, um cristão perseguido que estava no corredor da morte, e foi muito edificada com sua fé corajosa em uma situação extrema.

“Ele era tão amigável. Eu sei que muitas pessoas carregam fardos na vida, mas Andrew não carregava fardos. Era divertido estar com ele. Começamos a enviar e-mails e compartilhar pontos de oração todos os dias. Sempre fui encorajada por sua fé e pelo que Deus estava fazendo na prisão”, contou Feby.

Andrew estava pregando o Evangelho na prisão e muitos presos estavam recebendo Jesus. Feby continuou visitando ele e depois de dois anos, a amizade se tornou amor.

“Eu sabia que ele estava no corredor da morte, mas nunca pensei que ele fosse morrer. Estávamos sempre orando por um milagre. Tínhamos visto tantos milagres! No início de 2015, muitas pessoas estavam orando por ele, talvez um milhão de pessoas”, contou Feby.

No dia 27 de abril daquele ano, Andrew e Feby se casaram e 35 horas depois, o marido da jovem for executado por um pelotão de fuzilamento. Feby ficou devastada e questionou Deus, enfraquecendo na fé.

“Eu me senti tão zangada e confusa. Parei de orar e adorar a Deus. Eu estava desesperada. Por que Deus não respondeu às nossas orações? Por muito tempo, não consegui ler a Bíblia ou louvar a Deus. Não pude assistir ao noticiário. Continuei tendo sonhos da execução”, disse.

Encontrando cura na Palavra

A jovem viúva permaneceu assim durante anos. Seus amigos tentaram a consolar e ela recebeu aconselhamento, mas não era o suficiente. Feby sabia que precisava voltar a ler a Palavra e adorar a Deus.

Comecei a ler os Salmos e as histórias da Bíblia que eu sabia que me consolariam. Li sobre Maria, a mãe de Jesus. Era tão difícil para ela ser encontrada grávida naquela sociedade. E ainda assim eles chamaram de 'favor'. Quando o anjo veio falar com Maria, disse-lhe: ' Não tenha medo, Maria, você achou graça diante de Deus”, afirmou Feby.

Meditando na história de Maria, a cristã compreendeu que Deus não confia apenas coisas boas a seus filhos, mas também coisas difíceis. “Foi muito difícil para Maria. Mesmo depois que Jesus nasceu, eles tiveram que viajar de um lugar para outro, para evitar serem mortos. E então ela viu seu filho executado em uma cruz na frente de seus olhos. E eles chamaram de 'favor'”, refletiu.

E, aos poucos, Feby começou a orar, louvar e a confiar em Jesus novamente.

“A vontade de Deus não é igual à minha. Às vezes, ele nos diz: Não tenha medo de passar pelos momentos mais difíceis, se você tiver Jesus com você. Ele vai te confortar. Ele estará com você, sempre. Isso tem sido verdade para mim”, testemunhou a cristã.