sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Negação do Holocausto não é considerada liberdade de expressão, diz tribunal europeu

Caso foi julgado por 7 juízes do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) nesta quinta-feira (3).

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO UOL


Judeus em campo de concentração durante o holocausto. (Foto: Reprodução/Getty)

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) reafirmou nesta quinta-feira (3), diante de um membro de um partido neonazista alemão, que o uso de declarações de negação sobre o Holocausto não se enquadra no escopo do direito à liberdade de expressão.

"Tais declarações não poderiam receber a proteção da liberdade de expressão oferecida pelo acordo (europeu dos direitos), uma vez que são contrárias à própria convenção", escreveu o TEDH em comunicado à imprensa, reafirmando uma opinião já expressada em vários casos semelhantes.


Em 2014, Udo Pastors, eleito deputado regional do partido NPD neonazista, entrou com uma ação judicial no tribunal, órgão judicial do Conselho da Europa.

Eleito pela região de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental (nordeste) até 2016, Pastors foi condenado em 2012 pela Justiça alemã por "violação da memória dos mortos e difamação intencional do povo judeu", devido a um de seus discursos em 2010 que evocava "o suposto Holocausto".

"O autor declarou intencionalmente mentiras para difamar os judeus", disse o TEDH, rejeitando a queixa de Pastors.

Os sete juízes da corte consideraram por unanimidade "que Pastors declarou intencionalmente falsidades para difamar os judeus e a perseguição de que foram vítimas" e que a resposta dada pelos tribunais alemães "foi proporcional ao objetivo perseguido e necessária em uma sociedade democrática".


Os cidadãos dos 47 Estados-membros do Conselho da Europa podem recorrer ao TEDH quando todos os recursos possíveis em seu país estiverem esgotados.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Cristãos se unem a judeus e celebram o Rosh Hashaná: “São nossas raízes judaicas”

O Ministério El Shaddai, nos Estados Unidos, celebrou o Rosh Hashaná com cerca de 700 representantes de 73 nações para tocar o shofar.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO BREAKING ISRAEL NEWS

O Ministério El Shaddai celebrou o Rosh Hashaná com 700 representantes de 73 nações. (Foto: El Shaddai Ministries)

O ano novo judaico, mais conhecido como Rosh Hashaná, foi celebrado por judeus e cristãos no domingo (29), dando início ao ano 5780.

O Ministério El Shaddai, liderado pelo pastor Mark Biltz, promoveu um encontro nos Estados Unidos com cerca de 700 representantes de 73 nações para tocar o shofar — característico nas celebrações do Rosh Hashaná.

O pastor tem promovido o encontro há oito anos, a fim de despertar cristãos de todo o mundo a se conectarem com o calendário bíblico.

“O Rosh Hashaná é o único feriado que as nações podem comemorar. É o aniversário do mundo”, disse Biltz ao site Breaking Israel News. “Trata-se de coroar a Deus como rei. Os livros [celestiais] estão abertos. Os tribunais do céu estão abertos. É um ensaio geral para o que está por vir”.

O ministério de Biltz, sediado em Washington, começou aproximadamente 20 anos atrás. Sua visão é apresentar aos cristãos os feriados bíblicos. “Queremos que as pessoas entendam melhor o moedim (festas bíblicas). Celebramos Chanucá, o Purim, o Sucot. E nos conectamos com cristãos de todo o mundo”, explica.

Ele continuou: “Cada vez mais gentios estão entendendo a importância de estudar as raízes hebraicas no contexto. Eu ensino erros do Novo Testamento, sejam erros de tradução intencionais ou mal-entendidos, porque não entenderam o contexto hebraico. Estou dizendo a eles coisas que nunca ouviram antes em toda a sua vida. Eu explico que você não pode entender o Novo Testamento sem entender [a escritura hebraica]”.

Ao contrário de alguns cristãos, Biltz segue fielmente o mesmo calendário que os judeus. “Eu sigo totalmente o calendário de Hillel com os judeus. Deus deu a autoridade a eles”, disse ele, referindo-se ao estudioso judeu que criou o calendário judaico moderno.

Biltz afirma que o trabalho de sua vida é conectar os cristãos com suas raízes judaicas. “As pessoas precisam se conectar. Eu quero que os cristãos amem Israel, o povo judeu e a Torá do ponto de vista da Torá”, destacou.