sexta-feira, 3 de março de 2023

Brasil permite entrada de navios de guerra do Irã e é criticado por Israel

A decisão tomada pelo governo brasileiro também está sendo duramente criticada pelos EUA.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE JERUSALÉM POST E FOLHA DE S.PAULO

Navio de guerra do Irã atracado no Rio de Janeiro. (Foto: Captura de tela/YouTube The Watchman with Erick Stakelbeck)

Dois navios de guerra iranianos atracaram no Rio de Janeiro, no domingo (26), depois que o Brasil concedeu permissão, apesar da pressão dos EUA para impedi-los.

Conforme o Jerusalem Post, Israel também havia alertado o governo brasileiro sobre o perigo de permitir a entrada de navios de guerra no país, citando que a presença deles no Sul do Oceano Atlântico era um “desenvolvimento lamentável”.

“Ainda não é tarde demais para ordenar que os navios deixem o porto”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores, três dias antes, através de um comunicado.

Sobre os navios de guerra iranianos

Os navios Iris Makran e Iris Dena fazem parte da marinha iraniana que trabalha com a frota da Guarda Revolucionária Islâmica — uma organização terrorista — de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.

“Os navios são dois dos melhores exemplares da Marinha do Irã. O Iris Makran é um porta-helicópteros que faz parte da marinha iraniana desde janeiro de 2021. A embarcação militar tem 228 metros de comprimento e 42 metros de largura”, especificou o professor e cientista político, Heni Ozi Cukier, em seu Instagram.

Segundo Cukier, a segunda embarcação é da classe de fragatas leves, construída e projetada pelo próprio Irã. “A embarcação está equipada com torpedos, canhões navais e mísseis de cruzeiro antinavio”, especificou.

O governo Biden emitiu sanções específicas contra os navios, bem como sua localização geográfica na América Latina. O presidente mencionou que isso os coloca a apenas um continente de distância da costa dos EUA.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse na quarta-feira, dia 1, que o governo Biden visa garantir que o Irã não seja capaz de adquirir uma posição, para não tirar vantagem de outros neste hemisfério.

Em entrevista coletiva em 15 de fevereiro, a embaixadora dos Estados Unidos, Elizabeth Bagley, pediu ao Brasil que não permitisse a atracação dos navios. A decisão do governo brasileiro causou várias polêmicas, de acordo com notícias da Jovem Pan News. 

‘O regime iraniano é uma entidade terrorista’

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil — Itamaraty — se pronunciou sobre a atracação dos navios iranianos: “O Brasil não deve conceder nenhum prêmio a um Estado maligno, responsável por inúmeras violações de direitos humanos contra seus próprios cidadãos, executando ataques terroristas em todo o mundo e proliferação de armas para organizações terroristas em todo o Oriente Médio”.

“O regime iraniano executou dezenas de ataques terroristas contra navios, colocando em perigo a liberdade de navegação marítima. Dois dos ataques ocorreram nas últimas semanas”, afirmou ainda.

E reforçou: “Este é o momento de seguir os passos dados pela União Europeia, EUA, Canadá, Austrália, Japão e muitos outros países, e destacar o regime iraniano como o que realmente é: uma entidade terrorista”.

Informações desconectadas

De acordo com a Reuters, o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cedeu à pressão dos EUA e recusou o pedido do Irã para que os navios atracassem no país, no final de janeiro. Na ocasião, Lula estava em Washington para um encontro com Biden.

No entanto, com o fim da viagem, os navios foram liberados para atracar. O vice-almirante Carlos Eduardo Horta Arentz, subchefe do Estado-Maior da Marinha do Brasil, autorizou a atracação dos navios no Rio de Janeiro, entre 26 de fevereiro e 4 de março, segundo nota publicada no dia 23 de fevereiro, no Diário Oficial da União.

A Embaixada dos EUA em Brasília não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A Marinha do Brasil, por sua vez, autoriza uma embarcação estrangeira a atracar no país, somente após autorização do Itamaraty, que leva em consideração o pedido e a logística da embaixada solicitante.

A presença dos navios de guerra iranianos na costa brasileira continua a incomodar os EUA, que buscam estreitar os laços com o governo Lula, que assumiu em 1º de janeiro.

‘Esses navios não devem atracar em lugar nenhum’

Ainda de acordo com o Jerusalem Post, no passado, esses navios iranianos facilitavam o comércio ilegal e atividades terroristas. Além disso, foram sancionados pelos Estados Unidos.

“O Brasil é uma nação soberana, mas acreditamos firmemente que esses navios não devem atracar em lugar nenhum”, disse Elizabeth Bagley.

A diplomacia com o Irã foi um dos destaques das tentativas de Lula de fortalecer a posição internacional do Brasil durante seus mandatos presidenciais anteriores.

Ele viajou para Teerã para se encontrar com o então presidente Mahmoud Ahmadinejad em 2010, quando ele buscava intermediar um acordo nuclear entre o Irã e os Estados Unidos.

Navio de guerra do Irã atracado no Rio de Janeiro. (Foto: Captura de tela/YouTube The Watchman with Erick Stakelbeck)

Críticas ao Brasil

O senador Ted Cruz, membro dos comitês de Relações Exteriores e de Comércio, Ciência e Transporte do Senado, reagiu criticando o presidente Lula, a quem chamou de “chavista alinhado contra os EUA”, conforme a Folha de S.Paulo.

Cruz defendeu que sejam aplicadas as leis americanas contra o terrorismo: “O governo Biden é obrigado a impor sanções relevantes e reavaliar a cooperação do Brasil com os esforços antiterroristas dos EUA”.

Além disso, ele disse ainda que o Brasil precisa “ser reexaminado”, para que eles saibam se o país realmente está “mantendo medidas antiterroristas eficazes em seus portos. Se o governo não fizer, o Congresso deve obrigá-lo a fazê-lo”, ele resumiu.

O professor Cukier alertou que essa não é a primeira vez que o Brasil ignora pedidos de países aliados: “Recentemente, o país recusou o pedido de Berlin para o envio de munições que seriam utilizadas em tanques na Ucrânia. Em resposta, a Alemanha vetou a exportação de 28 blindados guaranis do exército brasileiro para as Filipinas”.

“Aliar-se com países autoritários como Irã e Rússia é um perigo para a imagem do Brasil no exterior, podendo gerar repercussões sérias para a economia do país e, consequentemente, para os brasileiros”, concluiu.

quarta-feira, 1 de março de 2023

Bruxas tentam impedir cruzada na Nicarágua, mas multidão se reúne e vidas são salvas

“O Leão de Judá rugiu e o diabo foi derrotado”, testemunhou o evangelista Nathan Morris.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GOD TV


A cruzada em Somotillo reuniu uma multidão, com milagres e conversões. (Foto: Facebook/Evangelist Nathan Morris).

No sábado (25), a cidade de Somotillo, na Nicarágua, recebeu pela primeira vez uma cruzada evangelística.

O evento do Shake The Nations Ministries reuniu uma multidão de moradores para ouvir o Evangelho, com muitos milagres e conversões.

“Não há palavras para descrever o que aconteceu esta noite”, testemunhou o evangelista Nathan Morris, líder do ministério, em postagem no Facebook.

“A campanha inaugural de ‘Buenas Nuevas Nicarágua’ foi além das palavras,o Espírito Santo se moveu de maneira poderosa!”.

A cruzada em Somotillo reuniu uma multidão, com milagres e conversões. (Foto: Facebook/Evangelist Nathan Morris)

Segundo o evangelista, bruxas locais tentaram impedir que a cruzada acontecesse, mas o Senhor deu vitória aos cristãos.

“As bruxas tentaram colocar sacrifícios e maldições ao redor do campo para impedir que as pessoas viessem e ouvissem o Evangelho, mas o Leão de Judá rugiu e o diabo foi derrotado esta noite!”, relatou Nathan.

Naquela noite, Deus realizou muitos milagres e milhares de pessoas entregaram suas vidas a Cristo.

“Sinais, maravilhas, milagres e milhares de salvações demonstraram a autoridade de Jesus Cristo! Todo joelho se dobrará! Somotillo para Jesus!”, celebrou o evangelista.

A cruzada em Somotillo reuniu uma multidão, com milagres e conversões. (Foto: Facebook/Evangelist Nathan Morris).

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Tábuas do Iraque revelam evidências dos amorreus bíblicos, adversários dos israelitas

Segundo a Sociedade de Arqueologia Bíblica, os pesquisadores descrevem um par de tabuletas da Antiga Babilônia, datadas de cerca de 1894 a.C.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Segundo a Sociedade de Arqueologia Bíblica, a primeira tábua inclui listas de divindades, constelações, alimentos e vestimentas. (Foto Ilustrativa: Pxhere)

Duas tabuletas do Iraque confirmam a existência de um povo antigo que frequentemente se opunha aos israelitas no Antigo Testamento.

Embora a Bíblia mencione frequentemente os amorreus, um povo nômade que se acredita ter vivido há cerca de 3.000 anos na região atualmente conhecida como Síria e Israel, os pesquisadores não haviam achado muitas evidências de que eles tivessem uma língua própria.

Agora, de acordo com um artigo de pesquisa intitulado "Two Remarkable Vocabularies: Amorite-Akkadian Bilinguals" publicado na Revue d'Assyriologie et d'Archeologie Orientale, existe evidência de que não apenas uma língua amorita existiu, mas também possivelmente foi utilizada no leste da antiga Mesopotâmia (atual Iraque).

Segundo os autores do livro de estudo, Manfred Krebernik, professor e presidente de estudos do antigo Oriente Próximo na Universidade de Jena, na Alemanha, e Andrew R. George, professor emérito de literatura babilônica na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres, alguns especialistas questionavam a existência da linguagem. Eles afirmaram à Live Science que muitos pesquisadores duvidavam da existência da língua amorita.

"Nosso conhecimento do amorreu era tão lamentável que alguns especialistas duvidaram que tal linguagem existisse", disseram eles à Live Science.

E continuaram: "As tabuinhas resolvem essa questão mostrando que a linguagem é articulada de forma coerente e previsível e totalmente distinta da acadiano”.

Antiga Babilônia

De acordo com a Sociedade de Arqueologia Bíblica (BAS), os pesquisadores descrevem um par de tabuletas da Antiga Babilônia, datadas de cerca de 1894 a.C., como tendo vocabulários semelhantes e divididas em duas tabuletas.

A linguagem das colunas da direita é o acadiano, enquanto as colunas da esquerda são escritas em uma língua que os pesquisadores chamam de "semita do noroeste, com alguma mistura de acadiano".

Acredita-se que os artefatos sejam o que a BAS chama de "objetos não comprovados", que provavelmente foram retirados ilegalmente do Iraque a cerca de três décadas atrás, após a Primeira Guerra do Golfo.

Segundo o Bradenton Herald, cada tabuinha foi encontrada décadas depois em coleções particulares, uma em Londres e outra em Nova York.

Após uma análise mais detalhada das tabuletas, os pesquisadores concluíram que a linguagem nelas presente é uma variedade do amorreu, possuindo semelhanças em vários aspectos com o ugarítico, hebraico e aramaico.

Segundo a BAS, a primeira tábua inclui listas de divindades, constelações, alimentos e vestimentas, além de apresentar uma seção escrita totalmente em amorreu. Já a segunda tábua contém frases bilingues em amorreu e acadiano.

Línguas em conexão

De acordo com os pesquisadores, as tabuinhas não só fornecem informações adicionais sobre o tempo e o lugar em que as línguas foram utilizadas, mas também podem indicar uma conexão entre a língua amorreia e o grupo linguístico cananeu, que engloba o hebraico e o moabita.

Diz-se que as tabuinhas têm uma notável semelhança com a língua cananeia usada nas Cartas de Amarna do século 14 a.C., com algumas das frases “quase idênticas ao hebraico moderno”, de acordo com a BAS, que disse que as descobertas também mostram “como barreiras linguísticas fluidas existiam na antiguidade”.

De acordo com estudiosos, como o amorreu nunca foi tão amplamente falado como outras línguas na antiga Síria e Iraque, ele nunca se tornou a língua escrita predominante e pode ter desempenhado um papel mais semelhante ao do aramaico durante o primeiro milênio a.C., conhecido como o período neo-assírio.

Embora tenham um destino bíblico, os amorreus são mencionados várias vezes nos primeiros cinco livros da Bíblia, também conhecidos como Pentateuco ou Torá. Na lista de nações em Gênesis 10, é dito que os amorreus são descendentes de Canaã, neto de Noé.

Terra Prometida

De acordo com Gênesis 15:16, Deus não permitiu que Abrão destruísse a nação amorreu porque os pecados deles "ainda não estavam completos". No entanto, mais tarde, o Senhor disse a Abrão que retiraria Sua mão protetora dos amorreus.

Enquanto os israelitas tomavam a Terra Prometida, Josué advertiu os que estavam na terra a “escolher este dia” se serviriam ao único Deus verdadeiro ou aos falsos deuses dos amorreus:

“Agora temam o Senhor e sirvam-no com toda a fidelidade. Joguem fora os deuses que seus antepassados ​​adoraram além do rio Eufrates e no Egito, e sirvam ao Senhor. Mas, se vos parece indesejável servir ao Senhor, escolhei hoje a quem servireis, se aos deuses a quem serviram os vossos antepassados ​​dalém do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Mas eu e minha casa serviremos ao Senhor”. (Josué 24:14-15).

No livro de 1 Reis 9, é mencionado que os amorreus foram levados cativos e escravizados sob o reinado do rei Salomão. Posteriormente, o profeta Amós faz uma referência final aos amorreus, declarando: "Eu te tirei da terra do Egito, e te conduzi durante quarenta anos no deserto, para possuir a terra dos amorreus".