sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Remoção de texto bíblico do Palácio de Berlim causa polêmica

Devido à reconstrução de prédio histórico, uma discussão foi levanta: se a cruz e a inscrição na cúpula também deveriam ser reconstruídas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EVANGELICAL FOCUS


Cruz e texto bíblico na cúpula do Fórum Humboldt, Palácio de Berlim, devem ser removidos. 
(Foto: Alexander Naumann/Pixabay)

Atual a sede do Fórum Humboldt, o Palácio de Berlim foi reconstruído como edifício histórico, seguindo uma decisão do Bundestag (parlamento alemão). Durante a reconstrução, uma discussão foi levanta: se a cruz e a inscrição na cúpula também deveriam ser reconstruídas em sua forma original.

Escolhida pelo rei prussiano Friedrich Wilhelm IV no século 19, a inscrição, combina dois versículos da Bíblia: Atos 4:12 e Filipenses 2:10 – “Não há salvação em nenhum outro, nem há outro nome dado aos homens, senão em nome de Jesus, para glória de Deus Pai. Que em nome de Jesus se dobrem todos os joelhos dos que estão no céu, na terra e debaixo da terra”.

Polêmica

A possível remoção da inscrição bíblica e cruz do Palácio de Berlim está causando polêmica com os críticos reclamando que o texto expressa uma reivindicação política ao domínio do cristianismo, o que contraria os valores democráticos da Alemanha e o espírito humanista cosmopolita do Fórum Humboldt.

Ministra de Estado da Cultura, Claudia Roth, propôs cobrir temporariamente o versículo bíblico “com textos alternativos e reflexivos”, iluminado à noite por luz LED, como parte de um projeto artístico.

A Aliança Evangélica Alemã (EAD) entrou no debate emitindo um comunicado, onde sublinha que “é direito da política questionar uma inscrição num edifício público e perguntar sobre o seu significado para a sociedade de hoje. Não vemos isso como um ataque à liberdade religiosa”.

“Mas como o Palácio é uma reconstrução histórica, que como tal foi decidida pelo Bundestag, também não vemos razão para ter os mesmos debates de poucos em poucos anos”, acrescenta a instituição.

A EAD reconhece que “um versículo da Bíblia pode ser mal utilizado e, claro, foi usado por Frederico Guilherme IV para legitimar seu próprio poder como dado por Deus”, mas “ao mesmo tempo, pode ser entendido o contrário, e assim também foi pretendido pelos autores dos textos”.

Também em comunicado, o governo federal alemão disse que “está ciente do problema que surge da restauração do simbolismo monárquico e cristão na construção de uma instituição como o Fórum Humboldt, que se justifica em termos de planejamento urbano e cultura construtiva, mas que também pode ser interpretada política e religiosamente”.

Evangélicos

O corpo evangélico explica que “quem dobrar os joelhos diante de Cristo pode (e deve) ficar de pé diante de qualquer governante e precisamente não se curvar a ele. A confissão do governo de Cristo é uma rejeição da ditadura e da tirania”.

Além disso, a EAD apoia o projeto de arte temporária, que, acredita, “pode certamente contribuir para promover o debate sobre o conteúdo dos versos”.

Por isso afirmam que “as igrejas cristãs devem ter um papel de liderança no projeto”, e alerta que “o projeto não deve ser usado como uma tentativa de difamar os valores cristãos e bani-los da sociedade”, porque “o cristianismo pertence à Alemanha”.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Pesquisador diz que a oração impacta o cérebro dos jovens: “Religião faz bem”

Dr. Josh Packard acredita que a diminuição da fé e o aumento de doenças mentais estão relacionados.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA FAITHWIRE


O Dr. Josh Packard é pesquisador nos EUA. (Foto: Faithwire/CBN News)

Um pesquisador dos Estados Unidos concluiu que a felicidade e saúde mental estão vinculadas a uma vida de oração e conexão com Deus. Com isso, ele conclui que “a religião faz bem”.

Em um estudo feito com jovens de 13 a 25 anos, o Dr. Josh Packard, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Springtide concluiu que a religião traz benefícios comprovados para as pessoas.

“Aqueles que oram mais tendem a florescer mais em todas as áreas, incluindo a saúde mental”, disse o Dr. Josh Packard à Faithwire. “Se você é uma pessoa que acredita em algum poder superior e tem uma conexão com esse poder superior, geralmente está florescendo mais do que seus colegas.”

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, quase 22% dos jovens adultos, entre 18 e 44 anos, receberam tratamento de saúde mental em 2021. A taxa era de 19% em 2019.

Ao mesmo tempo, pesquisadores do Pew Research Center indicam que 31% dos cristãos deixam sua fé ou sua igreja antes de completar 30 anos.

Packard acredita que a diminuição da fé entre jovens adultos e o aumento de doenças mentais estão relacionados.

“Os jovens estariam melhores se tivessem uma conexão com algo maior do que eles mesmos”, disse o pesquisador. “Mas também acho que muitas instituições e líderes religiosos fariam bem em levar a saúde mental em consideração, para que a fé e a crença pudessem fazer parte da abordagem geral da saúde de alguém”.

Embora muitos jovens estejam sendo influenciados por uma cultura secularizada, o Dr. Packard observa que a maioria continua em busca de um sentido maior para a vida.

“Vemos muito desejo da Geração Z de embarcar nessas conversas sobre significado e propósito: 'Por que estou aqui na Terra?'”, disse ele. “Então, o desejo não foi embora. O assunto não foi embora.”

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

“Nada foge do controle e da permissão de Deus”, diz pastor sobre a política no Brasil

“Nossa visão é muito limitada, mas devemos nos lembrar que fazemos parte do Reino de Deus, que é muito maior que a nossa nação”, lembrou Antônio Júnior.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Pastor Antônio Júnior. (Foto: Divulgação)

“Partidos políticos, duas ideologias e dois homens que, literalmente, dividiram o país”, disse o pastor Antônio Júnior sobre o resultado das últimas eleições no Brasil, num vídeo publicado na última quinta-feira (3), em seu canal no YouTube.

Embora haja pessoas satisfeitas, há brasileiros preocupados e aflitos com o que pode acontecer em nosso país. “E agora? O que será da nossa nação? Se Deus tem promessa de avivamento para o Brasil, por que ele não atendeu às orações de milhões de cristãos?”, o pastor lançou as perguntas.

“O que precisa ficar bem claro é que nada foge do controle e da permissão de Deus. Seus planos jamais podem ser frustrados”, respondeu.

“Nossa visão é limitada”

Segundo Antônio Júnior: “Nós não entendemos o porquê de todas as coisas, pois a nossa visão é limitada. Nós mal conseguimos enxergar um palmo à nossa frente, mas Deus já sabe do futuro e Ele nunca é pego de surpresa”.

Ele também enfatizou que os cristãos precisam lembrar que “fazemos parte do Reino de Deus, que é muito maior que a nossa nação”.

“Mesmo que os governantes não queiram seguir os princípios bíblicos, Deus continua cuidando dos seus filhos e através deles. Devemos depender única e exclusivamente de Jesus”, lembrou.

“Deus não divide a sua glória com ninguém”

Ao apontar que muitos colocaram a sua esperança no atual presidente, o pastor enfatiza: “Isso é idolatria. O nosso coração precisa estar voltado para Cristo”.

Ao citar 2 Crônicas 7.14, onde diz: “Se o povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”, o pastor lembra que Deus sempre ouve o clamor sincero de seus filhos.

Ele também citou José e Moisés que foram líderes guiados por Deus para livrar o povo judeu da escravidão. “E nós, como cidadãos, devemos lutar pela garantia dos nossos direitos, pelo cumprimento da Constituição Federal e combater a corrupção”, disse ainda.

O que a última eleição nos ensinou?

“Se tem algo de bom que essa eleição nos ensinou é que sabemos lutar pela nossa Pátria e defendê-la de qualquer um que tente prejudicá-la”, disse ao fazer uma comparação entre o povo de Deus no Egito e os brasileiros diante um futuro governo de esquerda.

“Quando Moisés e o povo estavam fugindo de Faraó e seu exército, eles se depararam com o mar Vermelho à sua frente e se desesperaram. É exatamente nessa situação que muitos de nós nos encontramos agora”, refletiu.

“Estamos com medo, achando que não há saída. Mas, é aí que Deus quer operar em nossas vidas. Deus deu uma direção muito clara a Moisés”, continuou e citou algumas passagens de Êxodo 14.

“Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará hoje. O Senhor lutará por vocês. Diga aos israelitas que marchem. Isso significa que chega um momento em que não basta apenas orar, é preciso seguir em frente, é preciso marchar, crendo que Deus fará o mar se abrir diante de nós”, disse ainda.

“Como podemos aplicar esse ensinamento hoje em dia?”

Segundo o pastor, essa mesma palavra se aplica aos cristãos da atualidade: “Dando um bom testemunho, praticando a palavra de Deus e, como cidadãos, devemos lutar pela garantia de nossos direitos, pelo cumprimento da nossa Constituição”.

“Irmãos, todas as promessas que Deus tem para o Brasil não deixarão de se cumprir por causa de homens. A Bíblia diz que o coração do homem pode fazer planos, mas a última palavra vem do Senhor”, lembrou.

“A Bíblia diz que o orgulho vem antes da queda e que de Deus ninguém zomba. Tudo o que o homem plantar, ele vai colher. Por isso, qualquer governante pode até enganar uma nação inteira, mas de Deus ele não escapa”, mencionou.

“Como cristãos, devemos acreditar na justiça divina, crendo que o Senhor pode quebrantar e transformar até os corações mais duros”, destacou.

“Lembrem-se também de uma coisa: a guerra espiritual entre o bem e o mal, pelo poder do nosso Brasil, não acabou. Temos o dever de ser luz deste mundo e sal da terra”, concluiu.

domingo, 6 de novembro de 2022

Netanyahu vence as eleições e direita volta ao poder em Israel

Netanyahu, o primeiro-ministro mais antigo do país, voltará ao cargo à frente do governo mais à direita nos 74 anos de história de Israel.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO DW

Benjamin Netanyahu volta ao governo de Israel. (Foto: Twitter/Benjamin Netanyahu)

O ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu bloco de direita garantiram a maioria no parlamento de Israel, na quinta eleição do país em quatro anos.

Netanyahu e seus aliados conquistaram 64 cadeiras contra 51 cadeiras do atual governo, liderado pelo centrista Yair Lapid, no parlamento que totaliza 120 assentos.

As eleições em Israel para eleger membros do Knesset, o parlamento israelense, foram realizadas na terça-feira (1º), mas a apuração dos votos foi concluída apenas nesta quinta (3).

Foi uma vitória expressiva para a direita israelense: o partido de Netanyahu, Likud, conquistou 32 assentos, partidos judaicos ultraortodoxos conquistaram 18 cadeiras e uma aliança de direita conquistou 14 cadeiras, informou a comissão eleitoral israelense.

Isso significa que Netanyahu, o primeiro-ministro mais antigo do país, voltará ao cargo à frente do governo mais à direita nos 74 anos de história de Israel.

“Gostaria de agradecer aos cidadãos de Israel por seu tremendo apoio. Juntos trouxemos uma grande vitória ao Estado de Israel. Um grande obrigado do fundo do meu coração”, declarou Netanyahu no Twitter.

O primeiro-ministro interino, Yair Lapid, o maior rival de Netanyahu na eleição, o parabenizou na quinta-feira e instruiu sua equipe a preparar uma transição de poder de forma organizada.

“O Estado de Israel vem antes de qualquer consideração política”, disse o centrista Lapid à agência de notícias AP. “Desejo sucesso a Netanyahu pelo bem do povo de Israel e do Estado de Israel.”

Como será o futuro governo?

Depois da apuração dos votos, o presidente de Israel, Isaac Herzog, dará na próxima semana 42 dias para Netanyahu formar um governo.

Espera-se que um dos parceiros de governo mais prováveis do Likud seja o partido Sionismo Religioso, que dobrou seus assentos no parlamento desde a última eleição. Um dos grandes destaques do partido é seu líder, Itamar Ben-Gvir, conhecido por suas opiniões conservadoras e religiosas.

Repercussão

O Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que espera que o governo israelense “respeite os valores de uma sociedade aberta e democrática”. O Reino Unido pediu a todos os políticos que “se abstenham de linguagem inflamatória” e respeitem as minorias.

Por outro lado, a nova primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o premiê húngaro Viktor Orban, um antigo aliado de Netanyahu, foram rápidos em parabenizar o novo primeiro-ministro israelense.

Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, disse que é “importante ver a democracia real em ação” e que a Ucrânia e Israel "compartilham valores e desafios comuns, que agora exigem cooperação efetiva”.