sexta-feira, 8 de maio de 2020

Após três eleições, Israel terá governo de união entre Netanyahu e Gantz

O acordo entre Benjamin Netanyahu e seu ex-opositor, Benny Gantz, encerra a mais longa crise política da história moderna de Israel.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AFP

Presidente israelense Reuven Rivlin (centro) em reunião com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seu ex-opositor, Benny Gantz. (Foto: Haim Zach/GPO)


O Parlamento de Israel aprovou nesta quinta-feira (7) um governo de união entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-opositor, Benny Gantz, encerrando a mais longa crise política da história moderna do país, marcada por três eleições em menos de um ano.

Seguindo um acordo de três anos, Netanyahu atuará como primeiro-ministro por 18 meses, tendo Gantz como seu vice, uma nova posição no governo israelense. Ambos apresentarão o novo governo em 13 de maio, no qual os ministérios serão igualmente divididos entre os dois campos.

Eles trocarão de papéis no meio do acordo, com posições de gabinete divididas entre o partido Likud (direita) de Netanyahu e o Azul-Branco (centro) de Gantz, bem como seus respectivos aliados.

A decisão foi tomada após intensos debates, que duraram até o final da quarta-feira. “A sessão plenária do Knesset [Parlamento israelense] aprovou as emendas [ao projeto de governo de união] em segunda e terceira leituras. 71 deputados votaram a favor, e 37, contra”, informou o Legislativo em um comunicado.

Por que houve um impasse político?

Embora Netanyahu tenha ganhado a maioria dos votos populares, o resultado das urnas não define quem vai governar Israel. Para se formar um governo no país, é preciso conseguir a maioria dos 120 assentos no Knesset, o Parlamento israelense. Para isso, é preciso que partidos políticos se unam em uma coalizão — um processo que costuma levar cerca de um mês para se oficializar.

O impasse se tornou uma realidade no país porque Netanyahu não conseguiu, por duas vezes, formar uma ampla maioria no Knesset. Seu opositor, Benny Gantz, também foi convidado para tentar formar uma coalizão, mas não deu certo.

Na quarta-feira (6), a formação do governo foi aprovada pelo Supremo Tribunal de Israel. Netanyahu permanece, porém, acusado de suborno, fraude e quebra de confiança, e seu julgamento, adiado pela pandemia de coronavírus, deve começar ainda este mês.

“Não encontramos nenhuma razão legal para impedir que o primeiro-ministro Netanyahu forme um governo”, disseram os juízes.

Desafios futuros

Os próximos desafios do governo israelense serão administrar a saída do confinamento devido à pandemia do Covid-19 e a reativar a economia. O novo coronavírus contaminou cerca de 16.000 pessoas no país, com 239 mortes, e disparou o desemprego, que pulou de 3,4% para 27%.

Netanyahu já anunciou a reabertura das escolas primárias, bem como a maioria dos comércios e empresas, que podem agora reunir até 50% de seus funcionários no mesmo local. Milhares de palestinos também retomaram seus trabalhos em Israel.

O novo governo também irá lidar com os detalhes sobre o projeto de anexar partes da Cisjordânia, ocupada por Israel. O acordo entre Netanyahu e Gantz prevê anunciar, a partir de 1º de julho, um plano para lançar o projeto do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o Oriente Médio.

Este plano prevê a anexação do vale do Jordão, um território estratégico, e de colônias judaicas na Cisjordânia, ocupada desde 1967 por Israel.

A população judaica nas colônias da Cisjordânia aumentou 50% na última década sob o governo Netanyahu, que está no poder desde 2009. Hoje, mais de 450.000 pessoas vivem nelas, espalhadas por 100 colônias, onde milhares de palestinos trabalham.

Movimentos palestinos, como Fatah e Hamas, opõem-se ao plano de Trump, que quer fazer de Jerusalém a capital indivisível do Estado judeu. Ambos classificaram o novo governo de união como “governo de anexação”.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Franklin Graham diz que hospital de campanha foi “oportunidade de apresentar o Evangelho”

Presidente do Samaritan´s Purse, o reverendo informou que instalação será fechada em breve, tão logo os dois últimos pacientes recebam alta.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO FAITHWIRE


Franklin Graham em discurso no hospital de campanha no Central Park. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)

Depois de mais de um mês no Central Park, o hospital de campanha do Samaritan's Purse está encerrando suas operações, restando apenas dois pacientes internados.

A organização humanitária abriu um hospital de campanha na cidade de Nova York em 1º de abril, depois que funcionários do Sistema de Saúde Mount Sinai procuraram ajuda, informou o Rev. Franklin Graham, que atua como presidente do Samaritan's Purse, em entrevista à Faithwire.

No total, o grupo cristão atendeu mais de 300 pacientes.

A Faithwire conversou com Graham na tarde de segunda-feira (4) para falar sobre o trabalho que o Samaritan's Purse fez na cidade de Nova York e a reação que eles enfrentaram.

Quando perguntado sobre como viu Deus se mover no Central Park, o pastor respondeu que não apenas a cidade de Nova York, mas o mundo mudou nessas quatro a seis semanas. “Nunca tivemos uma situação em que o mundo fosse fechado. Nova York nunca se fechou na memória de ninguém”, disse.

“Acho que o que aconteceu é que as pessoas sentem que algo está mudando, e não sabem o que é e as pessoas têm medo”, declarou Graham.

Sobre o funcionamento do hospital de campanha no coração de Nova York, Graham disse que “nos deu a oportunidade de apresentar o Evangelho a pessoas ansiosas para ouvi-lo. Então, sou grato por isso”.

Protestos

Questionado sobre algumas reações, ainda que de uma minoria, sobre a instalação do hospital no Central Park, Graham disse que o fechamento não se deve a isso, mas a decisão se deu após planejamento com o Monte Sinai nas últimas duas semanas. “Seria baseado na quantidade de pacientes e nada mais”, afirmou.

“Reduzimos a dois pacientes no hospital e acreditamos que eles terão alta até o final desta semana. Certamente não fecharemos o hospital se ainda tivermos alguém. Mas acreditamos que sexta-feira deve ser nosso último dia em Nova York”, observou.

Sobre protestos e críticos pró-LGBTQ irritados com a instalação do hospital da Samaritan's Purse em Nova York, Graham responde:

“Bem, nós estávamos sendo pressionados pela comunidade gay por causa de nossa declaração de fé, e parte dessa declaração de fé é que uma pessoa tem que dizer que concorda com os princípios bíblicos de um casamento entre um homem e uma mulher. Isso deixou a comunidade gay muito chateada. E a delegação do congresso do estado de Nova York escreveu ao governador querendo que ele investigasse por que estávamos no Central Park”, explicou.

Graham disse ainda que isso não influenciou o trabalha que a organização estava realizando junto aos doentes. “Apenas sentimos que era importante seguir em frente e tratar as pessoas. Nós estávamos lá para salvar vidas. Não estávamos lá para discutir com as pessoas. Teremos uma discussão após o término desta pandemia, mas, no momento, temos que salvar vidas e achamos que isso era importante”, afirmou.

Ao ser perguntado sobre alguma história que chamou a sua atenção no Central Park, ele diz que “é difícil responder, porque temos muitas histórias incríveis”.

Mesmo assim, o pastor destacou que “as histórias mais impactantes são as pessoas que agradecem quando saem, algumas delas com lágrimas escorrendo pelo rosto”.

“Conheço uma senhora que entrou no hospital de campanha - era à noite - e ela estava com medo. E ela disse que, assim que entrou no hospital, experimentou a paz em seu coração. Ela disse: ‘Eu me senti segura’”, contou.

Ele conta que “muitas pessoas disseram que não queriam ir para casa porque se sentiam seguras no hospital de campanha. Para mim, isso é um testemunho para nossa equipe, para o cuidado e o trabalho que eles fizeram, fazendo isso com Jesus Cristo. Eles estão fazendo isso em nome dele.

O Faithwire pergunto a Graham o que os enfermeiros e médicos da Samaritan´s Purse aprenderam sobre o coronavírus no tempo em que estiveram no Central Park.

O filho de Billy Graham respondeu “que nossos médicos e enfermeiros provavelmente estão melhor preparados do que qualquer pessoa no país, porque lutamos contra o Ebola. O coronavírus não é nada como o Ebola; é perigoso e, para certas classes de pessoas - pessoas com problemas de saúde subjacentes - pode ser mortal. [Mas] tivemos experiência em tratar o Ebola. E assim, todas as doenças infecciosas, tratamos como se fosse o Ebola”.

Graham testemunha que “nossos médicos e enfermeiros estão seguros. Na cidade de Nova York, ninguém ficou doente. Mas isso não era verdade nos hospitais ao nosso redor. Muitos funcionários ficaram doentes. Tivemos um cuidado maior na forma como tratamos a doença”.

O reverendo disse que toda a instalação e funcionamento do hospital de campanha foi custeado por pessoas solidárias. “Todos os nossos serviços foram pagos pelo povo de Deus”, afirma.

Sobre o impacto do Evangelho ao sair do Central Park, Graham disse que todo mundo na cidade de Nova York conhece o hospital de campanha. “Nós estamos lá em nome de Jesus. É apenas algo que Deus fez e nos deu a oportunidade de ampliar Seu nome no meio de uma crise”, respondeu.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Mais de 1 milhão de pessoas estão recuperadas do coronavírus em todo o mundo

Os números foram confirmados pela Universidade Johns Hopkins, que tem mapeado a pandemia global.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA JOHNS HOPKINS


Paciente recuperado do coronavírus acena para equipe médica em frente a hospital temporário, em Wuhan. (Foto: Xinhua/Shen Bohan)


No último final de semana, a Universidade Johns Hopkins atualizou seu mapeamento da pandemia do coronavírus em todo o mundo, indicando que o número de pessoas recuperadas passou de 1 milhão. Até o momento, já foram registradas 1.132.553 recuperações, segundo a organização.

Liderando a lista de países com maior número de recuperações no momento estão os Estados Unidos, com 180.152 pessoas recuperadas, seguido da Alemanha, com 132.700 e Espanha, com 118.902.
Ainda segundo a Universidade, o Brasil registrou um total de 42.991 recuperações e 101.826 casos de infecção acumulados.

Conforme mostra o site oficial do Ministério da Saúde no Brasil, o país tem registrado oscilações no registro de novos casos diários, porém houve três dias de quedas consecutivas novamente, baixando de 7218 para 4588 novos casos.

Retorno gradativo

Em países que têm mostrado reações positivas à pandemia, a população já tem retomado alguns costumes. Na Espanha, por exemplo, após 48 dias de pandemia, a população foi autorizada a sair de suas casas e praticar atividades ao ar livre, respeitando o distanciamento social e evitando aglomerações.

Os números diários de mortes e casos de coronavírus na Itália também recuaram. No dia 30 de abril foram registrados novos 1.872 contágios e 285 óbitos, menos que as 2.086 infecções e 323 fatalidades da terça-feira (28).