sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Multidão decide se batizar após ver idosa de 90 anos descer às águas, no Paquistão

No Paquistão, país de maioria muçulmana, uma multidão de pessoas foi batizada após uma cruzada evangelística. O momento foi publicado nas redes sociais.

FONTE: GUIAME

Batismo de idosa de 90 anos leva multidão a descer às águas, no Paquistão. (Foto: Reprodução/Instagram)

O batismo de uma idosa de 90 anos no Paquistão, após uma cruzada evangelística que começou no último sábado (12), levou uma multidão a também se batizar. O momento foi registrado por Cristopher Vergara, mais conhecido como Chileno, que evangeliza países de minoria cristã.

“Nunca é tarde para o batismo! Após a cruzada evangelística no Paquistão, uma idosa com mais de 90 anos se batizou, levando uma multidão a fazer o mesmo por amor a Jesus”, disse Chileno Vergara em sua página no Instagram nesta quarta-feira (16).

Os batismos aconteceram em um pequeno lago a poucos metros de uma mesquita no Paquistão, que é um país oficialmente muçulmano.

“Eles não vão ser batizados porque são perfeitos; eles vão ser batizados porque Cristo é perfeito. Eles só precisavam crer na obra do Cristo. É pela obra do Cristo que eles foram curados, salvos e hoje darão testemunho desse amor eterno. Porque todos eles entenderam que são filhos amados de Deus”, disse Chileno.

Depois de batizar inúmeros paquistaneses, o evangelista celebrou: “Isso se chama graça abundante. Não tem nada a ver conosco. Tem tudo a ver com Ele”.
Assista:
Chileno está à frente do One Passion, um ministério que tem como alvo “alcançar os países perseguidos através de cruzadas evangelísticas”, diz seu site. O ministério também ajuda na plantação de igrejas através de seminários bíblicos.

Vergara, que nasceu no Chile e viveu como missionário no Brasil, disse ainda que o segredo para fazer evangelismo dessa proporção em países onde há perseguição religiosa é a graça de Deus.

“Muito me perguntam: Chileno qual é o segredo? Como essa cruzada pode ser possível? Um muçulmano liberar o terreno, vendendo a colheita para vocês usarem [o terreno] para evangelizar a milhares numa cruzada no Paquistão? A única reposta que existe é: graça, e em muita abundância! Rios dela!”, disse o evangelista.

“Porque o que está acontecendo aqui, muçulmanos sendo curados, outros sendo salvos não tem nada a ver conosco, e tudo a ver com Cristo e sua obra! Está consumado. Agora é só avançar e possuir a terra que Cristo conquistou na cruz. Não merecemos por isso a recebemos. Graça, favor imerecido”, acrescentou.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Cristãos guardam suas Bíblias enterradas para não serem mortos, na Coreia do Norte

O simples fato de ser flagrado com uma Bíblia na mão pode levar norte-coreanos à prisão ou até à morte.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PORTAS ABERTAS (EUA)


Muitas Bíblias usadas na Coreia do Norte são antigas e ainda escritas em uma grafia que já não é mais usada pelo país. (Foto: Portas Abertas - EUA)

Kim Da-bin olha em volta nervosamente. Já passa da meia-noite e a lua ilumina seu caminho, enquanto ela foge para a floresta perto de sua casa. Não há ninguém por perto, e o ar está calmo e fresco. Ela está carregando uma pequena pá debaixo da jaqueta. Ela encontra o local no chão e começa a cavar o mais silenciosamente possível.

Logo ela encontra o que estava procurando, limpa a sujeira da sacola plástica e a abre para recuperar o que está dentro.

O pequeno livro cai na mão dela com um pequeno baque; o som é quase imperceptível, mas durante a noite silenciosa, soa alto como um tiro de escopeta.

Ela olha em volta... ninguém a notou. E assim, ela pega o livro, o esconde no bolso de sua jaqueta e volta para casa.

Uma vez dentro de casa, ela fecha as cortinas, puxa o livro do bolso, o abre e começa a ler.

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado me consolam", diz a passagem do Salmo 23, na qual ela abriu.

Ela mal consegue entender o texto; é uma forma mais antiga de coreano que não é mais usada. Mas este pequeno livro é o seu bem mais precioso.

Depois que ela termina de ler, ela volta a sair silenciosamente, coloca a pequena Bíblia de volta na sacola, a coloca de volta no buraco e a cobre novamente com a terra. O mais silenciosamente possível, ela garante que não deixou nenhum vestígio de sua ação naquela noite. Ela volta furtivamente para sua casa e se deita na cama. Foi mais uma noite com a Palavra de Deus e mais uma noite em que ela não foi flagrada. Foi mais uma noite na Coreia do Norte, o lugar onde ter uma Bíblia pode levar qualquer cidadão à morte.

Como é a adoração na Coreia do Norte

Kim Da-bin é, na verdade, uma personagem fictícia criada pela Missão Portas Abertas para representar as inúmeras fotos e histórias que a organização recebeu de cristãos norte-coreanos que conseguiram enviar mensagens para suas equipes na região.

A agência de apoio a cristãos perseguidos recebeu dados sobre os altos riscos que ainda correm os cristãos que insistem em seguir a Jesus. Relatos Bíblias que foram enterradas durante anos por fiéis, juntamente com outras maneiras secretas pelas quais os cristãos norte-coreanos fortalecem sua fé estão entre essas informações. Praticar sua fé clandestinamente foi a solução encontrada por aqueles que vivem sob um regime que executa pessoas pelo simples fato de possuírem um exemplar das Escrituras.

Essas são apenas algumas das razões pelas quais a Coreia do Norte é o país número 1 na Lista Mundial de Perseguição Religiosa da Portas Abertas, publicada e atualizada anualmente pela Portas Abertas, que analisa os 50 países onde é mais arriscado seguir a Jesus.

Um funcionário de campo da Portas Abertas descreveu como é a adoração para um crente norte-coreano.

"As cortinas são puxadas e, muito, muito suavemente, você lê a Bíblia para sua esposa e seu filho de 16 anos, que acabou de ouvir do Evangelho pela primeira vez vindo de você. Agora ele tem idade e sabedoria para não entregar acidentalmente a família. Claro, ele não entendeu o Evangelho a princípio, mas você o está ensinando. Você ora há anos para que ele esteja pronto", explicou ele. "Você lê a Bíblia no escuro, ora e as palavras são dificilmente audíveis. Você canta em sussurros? Talvez, quando você estiver com um espírito ousado".

Na Coreia do Norte, as crianças chegam à Bíblia da mesma maneira que as crianças ocidentais encontram os presentes de Natal que seus pais esconderam delas.

"Em nossa casa, [havia] um armário escondido", disse Kim Sang-Hwa, que cresceu na Coreia do Norte. "Quando eu tinha 12 anos, encontrei-a acidentalmente. Não sei por que, mas comecei a tatear dentro do armário com a mão e, quando senti um livro, puxei-o para fora. Abri o livro e comecei a ler: "No princípio, Deus criou o céu e a terra'".

Ela começou a tremer e largou o livro.

"Eu estava tão assustada. Eu sabia que aquele livro era ilegal", contou ela. "Minha descoberta poderia me custar a vida. Eu estava com medo de tocar a Bíblia, mas não podia simplesmente deixá-la lá. Fechei os olhos, peguei o livro e o coloquei de volta. Pesei nas minhas opções: 'devo contar ao meu professor? Devo visitar o oficial de segurança local?' Durante 15 dias, não consegui pensar em mais nada. Eu sabia que era meu 'dever' denunciar aquele livro ilegal. Mas também era a minha família que estava envolvida. E eu também tinha todas estas perguntas em minha mente: 'Quem é esse Deus? Ou o que?'".


Ditador Kim Jong Un comanda a Coreia do Norte com extrema intolerância religiosa e outras violações dos Direitos Humanos. (Foto: Reuters)

Onde a Bíblia parece diferente

Na Coreia do Norte, a aparência de uma Bíblia pode ser completamente diferente do é esperado. Existem idiomas antigos que não são mais usados; Bíblias em diferentes formatos; e até Bíblias que você não podem ser manuseadas facilmente.

A Portas Abertas recentemente recebeu cópias de Bíblias e outros livros cristãos que foram contrabandeados para fora do país. Essas Bíblias foram abandonadas apenas porque os cristãos norte-coreanos que vivem secretamente sua fé receberam novas Bíblias e materiais cristãos de contrabandistas de Bíblias, que arriscam tudo para levar a Palavra de Deus ao país.

Essas Bíblias, devocionais, livros e canções cristãs que saíram da Coreia do Norte são notáveis. Eles são principalmente da década de 1920 até o final da Segunda Guerra Mundial, e foram escritas em um estilo de script coreano que era comumente usado nos séculos 19 e 20. Esse script não é mais usado, mas as Bíblias e os livros cristãos eram tão preciosos para os crentes da Coreia do Norte que eles os mantinham escondidos e os repassavam entre si.

Alguns crentes também recebem Bíblias em áudio em pen drives ou outros dispositivos de áudio quando conseguem atravessar a fronteira para a China. Muitas vezes, essa é uma mudança temporária - as pessoas atravessam a fronteira em busca de comida ou assistência médica e depois retornam à Coreia do Norte para que seus parentes não sejam punidos, porque um membro da família fugiu do país. Às vezes, eles encontram o caminho para chegar os anrigos cristãos e recebem Bíblias em áudio para voltar com eles.

Apesar dos riscos, os cristãos norte-coreanos ainda têm fome da Bíblia - e arriscam tudo para ler as Escrituras e crescer na fé.

Se arriscando para levar o Evangelho

Seja enterrada, ouvida pelo rádio, contrabandeada e mantida por gerações ou guardada em um armário escondido, a Palavra de Deus está viva e ativa na Coreia do Norte. As Escrituras estão fortalecendo a fé dos cristãos perseguidos na Coreia do Norte e lembrando-os do amor de Deus e da verdade de Sua obra por eles.

E é por isso que a Portas Abertas continua comprometida em ajudar os norte-coreanos a terem acesso a Bíblias.

"Começamos a contrabandear Bíblias na década de 1950, e o faremos até que não seja mais necessário. Na Coreia do Norte, por meio de nossos parceiros regionais, contrabandeamos Bíblias, livros e outros materiais cristãos, incluindo materiais para pais e jovens, mas não podemos dizer como ou quantas pessoas os recebem. Normalmente, os livros são destruídos depois que os cristãos os leram, então não há mais evidências em suas casas", relatou a organização em uma publicação recente.

"Os materiais cristãos entregues serão distribuídos aos crentes de maneira oportuna e segura", disse um líder cristão que tem sua identidade mantida em sigilo. "Estou convencido de que esses materiais contribuirão para o crescimento espiritual deles. Nós, os líderes da igreja, estamos comprometidos e dedicados a dar nossas vidas novamente por nossas responsabilidades em Cristo. Lembramos do seu amor e confiança em relação a nós. Ensinaremos nossos irmãos, crentes norte-coreanos com as palavras de nosso Deus e continuaremos focados na Grande Comissão de Jesus Cristo".

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Cristão é assassinado por parentes muçulmanos após expressar sua fé nas redes sociais

Hussein Mohammed foi assassinado depois de postar várias fotos em sua conta do Facebook, confirmando sua fé cristã.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Cristãos copta protestam contra a intolerância religiosa no Egito. (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

Um cristão recém-convertido no Egito foi morto por sua própria família muçulmana, depois que ele confirmou publicamente sua nova fé em um post no Facebook, de acordo com o grupo de defesa de perseguições International Christian Concern (ICC).

A organização sem fins lucrativos com sede nos EUA informou na quarta-feira passada que Hussein Mohammed, que preferia ser chamado por seu nome de batismo, George, foi assassinado no dia 6 de outubro, depois de postar várias fotos em sua conta do Facebook, confirmando sua fé cristã.

A família de George soube da conversão dele antes das postagens serem feitas, e seu tio apresentou queixas às autoridades locais da Diretoria de Segurança. No entanto, a publicação no Facebook foi um "reconhecimento público de sua conversão", observa a ICC. Ele incluía a foto de uma tatuagem de cruz, que George usava no pulso, uma prática comum dos cristãos coptas ortodoxos egípcios.

Contexto

O assassinato ocorre em um momento no qual o Egito é o 16º pior país do mundo em perseguição aos cristãos, de acordo com a lista de observação mundial da Portas Abertas (EUA) em 2019. Os cristãos representam cerca de 10% da população do país de maioria muçulmana.

A ICC observa que no Egito, os muçulmanos que se convertem ao cristianismo são vistos pela comunidade islâmica como apóstatas, o que significa que a descoberta pública de sua conversão os torna vulneráveis ​​a serem vítimas de uma “matança em nome da honra” de suas famílias / comunidades.

De acordo com a Rede de conscientização sobre violência com base na honra, os assassinatos deste tipo estão "em ascensão" em todo o Egito. Enquanto a prática é contrária à lei egípcia, os juízes costumam ver esses casos com clemência.

"A cultura islâmica alimenta a discriminação religiosa no Egito e cria um ambiente que faz com que o Estado relute em respeitar e fazer valer os direitos fundamentais dos cristãos", diz a Portas Abertas.

"Embora o presidente el-Sisi tenha expressado publicamente seu compromisso com a proteção dos cristãos, as ações de seu governo e os ataques continuados de grupos extremistas por parte de cristãos e indivíduos perseguem cristãos e igrejas, deixando os cristãos se sentindo inseguros e extremamente cautelosos", acrescentou a organização.

Os cristãos do Egito também são suscetíveis às duras leis de blasfêmia do país. De acordo com a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, a maioria das leis de blasfêmia é "vagamente redigida", mas carrega "sanções indevidamente severas para os infratores".

Aplicativos de mídia social como o Facebook são a mais recente ferramenta usada por extremistas islâmicos para acusar os cristãos de “blasfêmia”, de acordo com o Portas Abertas.

Em julho, foi relatado que um cristão de 26 anos chamado Fady Youssef Todary notou que alguém havia invadido sua conta do Facebook e postado uma mensagem blasfema. Mais tarde, depois de perceber o que havia acontecido, ele postou um vídeo na plataforma explicando aos seus seguidores que não foi ele quem produziu, nem publicou o conteúdo.

No entanto, uma multidão enfurecida de cerca de 100 pessoas já havia formado e destruído tudo dentro da casa da família de Todary, em Ashnin El-Nasara, uma vila em Minya, ao sul do Cairo. Os pais de Fady foram forçados a fugir da casa de seu filho e buscar refúgio na residência de um parente.

Poucos dias depois, Todary foi preso, junto com seu irmão de 19 anos e dois tios. Desde então, ele foi libertado, mas aguarda julgamento por blasfêmia.

A Portas Abertas alerta que o que aconteceu em Ashnin El-Nasara não é um incidente isolado e disse que a tendência emergente é uma "verdadeira causa de preocupação".

Em dezembro de 2018, um tribunal egípcio condenou um cristão copta a três anos de prisão, depois que ele foi considerado culpado por "insultar o Islã em primeiro grau" em uma publicação no Facebook.