sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Reeleição de Xi Jinping terá “consequências catastróficas”, alertam líderes cristãos

Um dos exemplos mais notáveis é dos uigures que são enviados para os campos de doutrinação: “Ou nos tornamos chineses ou morremos”, disse um ativista.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST


Presidente ditador da China, Xi Jinping. (Foto: Flickr/Foreign, Commonwealth & Development Office)

Defensores da liberdade religiosa estão fazendo alertas depois que o Partido Comunista Chinês reelegeu Xi Jinping como líder da República Popular da China (PCC): “Haverá consequências catastróficas”, disseram eles.

O ditador garantiu um terceiro mandato como presidente da China e secretário-geral do PCC, na semana passada — menos de cinco anos depois que o Congresso Nacional do PCC aboliu o limite de dois mandatos para presidentes que estavam no cargo há mais de três décadas.

A reeleição de Xi ocorre quando a China enfrenta o escrutínio internacional sobre seu tratamento a minorias religiosas e dissidentes políticos, bem como seu papel na causa da pandemia de coronavírus que causou milhões de mortes em todo o mundo, conforme o Christian Post.

‘Um retrocesso aos dias sombrios’

Embora a China tenha operado como um estado de partido único completamente controlado pelo PCC por décadas, o país expressou abertura para implementar reformas de mercado na última parte do século 20, o que levou à sua entrada na Organização Mundial do Comércio.

O endosso do PCC à continuação do reinado de Xi causou preocupação entre os defensores da liberdade religiosa nos EUA, que estão convencidos de que isso significa um retrocesso aos dias sombrios da Revolução Cultural, liderada pelo presidente Mao Zedong e um sinal de crescente perseguição contra minorias religiosas e étnicas.

Protestos contra o ditador

Vários protestos em frente à sede do Departamento de Estado dos EUA foram feitos para que o país americano tome medidas mais fortes para proteger os uigures — um grupo étnico predominantemente muçulmano que constitui uma parcela considerável da população do Turquistão Oriental.

O Turquistão Oriental é uma área reconhecida pela comunidade internacional e pelo governo chinês como a “província de Xinjiang”. Por lá, o novo “Regulamento sobre a Construção de Segurança Pública” entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2022.

De acordo com o Bitter Winter — que enfatiza as causas sobre liberdade religiosa e direitos humanos — a vigilância aumentou muito através do sistema de rede do PCC e isso indica “dias piores para os uigures”.

Uigures. (Foto: Wikimedia Commons)

‘O genocídio e o sofrimento vão se intensificar’

Os uigures se viram sujeitos a campos de “doutrinação” ou de concentração que, segundo os críticos, são projetados para retirar as minorias étnicas “de sua cultura, língua e religião, e doutriná-las na cultura chinesa dominante”.

À medida que os relatos de abuso nos campos chegam às manchetes internacionais, os uigures também se tornaram vítimas de trabalho forçado que beneficia direta ou indiretamente as empresas americanas.

Em entrevista ao Christian Post, Salih Hudayar que é fundador do Movimento Despertar Nacional do Turquistão Oriental e que luta pelos direitos humanos, compartilhou suas preocupações com a continuação de Xi como líder chinês.

“Para os uigures e o povo do Turquistão Oriental, isso significa que o genocídio e o sofrimento do nosso povo vão se intensificar”, enfatizou.

Ele explica que parte do legado desejado de Xi envolve o “Rejuvenescimento Nacional Chinês” e isso terá “consequências catastróficas para pessoas não chinesas como uigures, tibetanos, mongóis, entre outros”.

“Embora o governo chinês sempre tenha perseguido os uigures desde a ocupação do Turquistão, no final de outubro de 1949, o tratamento que receberam piorou consideravelmente sob Xi”, explicou Hudayar.

‘Ou nos tornamos chineses ou morremos’

Segundo o ativista de direitos humanos, a China quer que os uigures se transformem em chineses: “Depois de 2014, ou nos tornamos chineses ou somos enviados para os campos. Somos doutrinados, torturados, esterilizados e estuprados. Ou nos tornamos chineses ou morremos”, afirmou.

“Xi Jinping é um monstro genocida. Ele é o agressor mais ambicioso da história. O Partido Comunista acaba de lhe dar um poder quase ilimitado. Ele não vai parar até que seja parado”, alertou Gordon Chang, do Gatestone Institute — organização focada em informar o público sobre ameaças militares e diplomáticas.

“Sim, devemos nos preocupar. Xi Jinping acredita que o PCC deve ter controle absoluto sobre a sociedade e sobre o Partido. Ele não vai parar até atingir estes dois objetivos”, alertou.

Partido Comunista coordena todos os demais poderes da China. (Foto: Portas Abertas)

‘Ele está levando a China a um futuro muito sombrio’

De acordo com Chang: “Xi Jinping não está apenas implementando o desenvolvimento militar mais rápido desde a Segunda Guerra Mundial, ele também está mobilizando civis chineses para a batalha. Não sabemos o que ele pretende fazer, mas ele está levando a China ao conflito e a um futuro muito sombrio”.

“O terceiro mandato de Xi, que quebrou precedentes, faz com que seu apelido seja 'Presidente Mao Jr'. A China entra oficialmente na era ditatorial maoísta 2.0 de décadas de autoritarismo”, acrescentou Bob Fu, presidente e fundador da China Aid, uma organização cristã internacional de direitos humanos.

“O estilo de governo implacável de 'Grande Luta' de Xi com seu ambicioso domínio global substitui a agenda pós-Mao do PCC. A comunidade internacional terá que se preparar para a aceleração contínua do registro cada vez pior de abusos de direitos humanos e perseguição religiosa sob a nova Revolução Cultural de Xi”, destacou ainda.

‘A China é uma ameaça real’

O ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, reagiu à reeleição do ditador no Twitter, declarando que “Xi Jinping tomar o poder total não é surpresa, ele é um ditador comunista total”, escreveu ao apontar a China como “uma ameaça real” na qual os militares precisam se concentrar.

As preocupações com o tratamento da China às minorias religiosas também se estendem aos cristãos, que viram seus locais de culto invadidos ou demolidos ao se recusarem a cumprir as exigências do governo chinês.

No fim de semana, o Vaticano anunciou que renovou um acordo que dá ao governo chinês o direito a se envolver na nomeação de bispos de dioceses católicas romanas na China. O acordo ocorreu meses após a prisão do cardeal chinês Joseph Zen por participar de um protesto pró-democracia em Hong Kong.

Este acordo entre a Igreja Católica Romana e o Partido Comunista Chinês provocou críticas de Sam Brownback, o ex-embaixador dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional.

Observando o acordo entre o Vaticano e Pequim, Brownback caracterizou o desenvolvimento como uma “grande decepção”.

“O PCC está em guerra com todas as religiões, buscando erradicá-las. Este acordo renovado acontece enquanto o Cardeal Zen está sendo julgado por acusações forjadas. Enfrente o PCC”, disparou.

Xi Jinping permanecerá no poder até pelo menos outubro de 2027, quando o 21º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês está programado para se reunir.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Telescópio da NASA mostra formação de estrelas e cientista reconhece: “Tudo vem de Deus”

Imagens impressionantes dos Pilares da Criação foram capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO SPACE.COM E ISRAEL 365 NEWS

Imagem da formação de estrelas pelo Telescópio James Webb. (Foto: NASA, ESA, CSA, STScI; Joseph DePasquale, Anton M. Koekemoer, Alyssa Pagan)

O Telescópio Espacial James Webb da NASA capturou imagens impressionantes e majestosas dos “Pilares da Criação”, nome dado por cientistas aos aglomerados onde novas estrelas são formadas, dentro de densas nuvens de gás e poeira.

A primeira vez que a NASA fotografou os Pilares da Criação foi através do Telescópio Espacial Hubble, em 1995. Com as imagens do Webb, é possível identificar de forma mais precisa como as estrelas são formadas a partir das densas nuvens de poeira, ao longo de milhões de anos.

“A coisa mais interessante sobre esta imagem é que ela está realmente nos mostrando a formação de estrelas em andamento”, disse Anton Koekemoer, astrônomo pesquisador do STScI, o centro científico de operações dos telescópios Hubble e Webb, ao Space.com.

De acordo com o Dr. Gerald Schroeder, um cientista com mais de trinta anos de experiência em pesquisa, com doutorado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), as descobertas científicas reforçam a história bíblica da Criação: tudo vem de Deus.

“Cientistas seculares teorizam sobre as origens do universo como algo que surgiu do nada e acreditam que é isso que a Bíblia está falhando em descrever”, disse o Dr. Schroeder ao Israel 365 News. “A teoria do Big Bang está descrevendo o processo científico de algo vindo do nada, que é físico. A Bíblia está descrevendo que toda a criação não veio do nada físico, mas veio de algo espiritual: Deus."

À esquerda, imagem antiga capturada pelo Telescópio Hubble, em 1995. À direita, uma nova imagem do Telescópio James Webb. (Foto: NASA, ESA, CSA, STScI; Joseph DePasquale, Anton M. Koekemoer, Alyssa Pagan)

Sobre as imagens da NASA, o Dr. Schroeder observa: “Esta descoberta mostra que as estrelas foram formadas muito antes. Ou seja, elas foram formadas muito mais cedo após a Criação do que se pensava.”

O Dr. Schroeder explica isso com base no texto de Provérbios 8:22, que diz: "O Senhor me criou como o princípio de seu caminho, antes das suas obras mais antigas”.

A palavra para “princípio” significa “reishit” no hebraico, que é também a primeira palavra da história da Criação no início de Gênesis.

“A Torá não diz que Deus criou o mundo a partir de algo”, disse o Dr. Schroeder. “Ele começou com as leis da natureza, com a sabedoria. Nenhuma descoberta científica jamais contradisse isso.”

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

20 cristãos são decapitados em ataque terrorista no Congo

O ataque foi feito por muçulmanos extremistas na República Democrática do Congo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ICC

Cristãos enlutados após um ataque na Nigéria. (Foto: International Christian Concern)

Pelo menos 20 cristãos foram degolados e vários outros sequestrados durante um ataque terrorista no início do mês em Kainama, um vilarejo da República Democrática do Congo.

O ataque aconteceu em 4 de outubro por extremistas da organização terrorista Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo armado que opera na Uganda e no Congo.

De acordo com a organização International Christian Concern (ICC), um evangelista está entre os vinte cristãos decapitados.

Sobu Mundeke era evangelista da Igreja Anglicana do Congo e tinha viajado para Kainama em busca de comida para sua família, deslocada na cidade de Beni.

Uma das primeiras fontes ouvidas pela ICC relatou: “Me dói informar que perdemos 20 cristãos do campo de Banande-Kainama e nosso evangelista, Sobu Mundeke, é um deles. Seus corpos estão espalhados por todo lado e as casas foram incendiadas pelos rebeldes da ADF.”

“Sobu chegou semana passada de Beni em busca de comida para sua família; mal sabia ele que estava vindo para ser morto”, continuou a fonte. “Também confirmamos que outras pessoas estão desaparecidas e sabemos que foram levadas pelos combatentes muçulmanos”.

Evangelista já havia sofrido ataque

Sobu e sua família foram forçados a se deslocar em 28 de maio, depois que o grupo ADF invadiu a vila cristã de Vido, matando 16 pessoas e incendiando dez casas.

O evangelista e sua família foram morar na cidade de Beni, onde a equipe do ICC o conheceu em junho. Na época, ele contou à organização como aconteceu o ataque à sua aldeia natal.

“Eu ouvi eles. Eles gritavam em árabe e suaíli, dizendo que os kafirs [incrédulos] deveriam ser mortos, todos eles, e que fariam do Congo um Estado islâmico. Eles diziam: ‘Atire em todos os cristãos! Mate todos eles e queime as casas deles!’”

O grupo militante islâmico ADF continua realizando ataques contra cristãos no leste da República Democrática do Congo, deixando para trás um rastro de perdas e destruição. Além das mortes de cristãos congoleses, os combatentes têm destruído abrigos, lojas, hospitais e veículos. Seu objetivo é impor o domínio islâmico aos cristãos.