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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Afinal qual é a minha missão na terra?

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Algumas perguntas existenciais são feitas em todas as épocas da história:
De onde venho?
Quem sou?
Porque estou aqui?
Para que existo?
Para onde vou?
Deus existe mesmo?
O céu é de verdade?
Será que as pessoas vão para o inferno?
O que acontece depois da morte?
Fala-se da CRISE EXISTENCIAL. Quando essas e outras coisas se avolumam e não damos conta de responder ou mesmo de conviver com essas demandas.
Em 2009 na Espanha o Instituto Zenit criou um site para responder «as perguntas sobre o sentido da existência humana que as pessoas sempre se fizeram, e que hoje parecem esquecidas».
Acho que não tenho a resposta para as perguntas que geram crises em nossas vidas, mas quero sugerir três atitudes que podemos tomar e quem sabe encontraremos descanso para nossas almas. Ao final da minha fala vou pedir que você faça um compromisso nessas áreas que vamos meditar.
1. IR AO ENCONTRO DE DEUS
a. A nossa primeira missão na terra é amar a Deus acima de todas as coisas.
b. 1. Qual é o fim supremo e principal do ser humano?
• Resposta. O fim supremo e principal do ser humano é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. (gozar: desfrutar, fruir, possuir, ter, usufruir).
c. “Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti” (Salmos 73:25). O apóstolo Paulo ecoa essas palavras de outra forma: Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor (2Coríntios 10:17}.
d. A pergunta que devemos fazer para nos guiar é simples: de que maneira eu posso glorificar a Deus aqui na terra?
– Definição: É a boa opinião que se tem de Deus (o que se pensa dele), resultando em louvor, honra e glória.
– Eu glorifico a Deus quando eu mesmo e as pessoas ao meu redor, por causa de mim, passam a ter uma boa opinião sobre Deus.
– A resposta da nossa missão em glorificar Deus está na pessoa de Cristo: “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer” (João 17:4).
– Fazer a obra de Deus é fazer o bem: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está no céu” (Mateus 5:16).
ASSIM SENDO: Nossa primeira atitude na terra é ir ao encontro de Deus e glorificá-lo.
2. IR AO ENCONTRO DE MIM MESMO
a. Um encontro com Deus geral um segundo encontro: com a minha própria essência, com o meu ser. A nossa segunda atitude com respeito à nossa missão na terra é amar quem nós somos.
b. Um dos grandes dilemas do ser humano começa com a recusa em se aceitar, chegar a um acordo que você é o que você é. É difícil amar a si próprio porque nós somos os nossos algozes. Exigimos demais e além do que somos e podemos.
c. É difícil mudar uma vida inteira de condicionamento de um dia para o outro. Dicas de um site:
1. Ao invés de olhar e concentrar-se em todas as coisas negativas, procure e concentre-se em todas as boas qualidades que você possui.
2. Faça uma lista de todos os defeitos e de todas as qualidades que você possui e compare-as.
3. Toda vez que você se olhar no espelho diga algo bom sobre si mesmo. Seus pensamentos têm enorme poder para te ajudar a mudar a maneira que você pensa.
4. Ao invés de se sentir mal com relação a si mesmo, faça, a cada dia, algo para corrigir os defeitos que percebe.
5. Diga a si mesmo todos os dias que você é uma pessoa bela e única.
d. Existe uma solução para cada problema se você estiver disposto a fazer um esforço. A recusa em tratar com você mesmo é em última instância uma rebeldia contra Deus que o criou. O que não pode ser mudado, aceite e ofereça a Deus.
e. Você precisa de ajuda? “Ás vezes, a ansiedade atinge níveis tão alto que não conseguimos reagir sozinhos, necessitando contarmos com ajuda de terceiros, até que possamos recuperar nossas forças para retomarmos a direção construtiva.” Psco. Edna P. Vietta
f. ASSIM SENDO, nossa segunda atitude é ir ao encontro com a própria pessoa e com a ajuda de Deus experimentar mudanças.
3. IR AO ENCONTRO DO OUTRO
a. Um encontro com Deus e um encontro transformador conosco mesmos nos transformará em pessoas saudáveis e abençoadoras aos que convivem conosco e a sociedade em geral.
b. Divido esse encontro com o outro em momentos:
1) Encontro com a nossa família:
A sua família é o seu bem mais precioso na terra. Quando você não tiver mais ninguém, somente a sua família ficará com você.
Jornal de Londrina (26/10/14) diz, por exemplo, que as crianças precisam ser as melhores em tudo e que este ritmo traz problemas emocionais e perdas significativas na qualidade de vida delas gerando ansiedade, desatenção, desmotivação e dificuldade em se relacionar.
Esse movimento se chama slow parenting, ou movimento dos pais sem pressa. Num dos sites li: “todo excesso tem seu preço e um dia a conta chega. Resta saber se estamos dispostos a pagar um preço tão alto por levar uma vida tão “louca””.
2) Encontro com a nossa família da fé:
A nossa família da fé deve fazer parte das nossas preocupações e ações.
Precisamos estar alertas para as necessidades dentro da nossa casa espiritual; precisamos colocar nosso tempo, dons e talentos (dinheiro) para suprir carências em nosso meio.
Todos podem ofertar alguma coisa – o que?
3. Encontro com o outro:
Coloquei esse aspecto em último lugar, mas não por ser o menos importante, mas sim porque é uma consequência dos demais. Quem não tem em Deus sua referencia, quem não gosta de si mesmo, não se preocupa com sua família e nem com a família da fé, vai fazer o quê pelo outros?
Será que ainda acreditamos na missão de transformar a sociedade com o amor de Deus? Se acreditamos o quanto nos envolvemos com isso?
“Olhei a cidade, encontrei o meu campo”. – Sem o outro não há missão.
CONCLUSÃO
Vimos que a nossa missão na terra envolve a nossa ida em direção a Deus, a nossa viagem ao interior de nós mesmos e isso tudo desemboca na missão em relação ao outro.
O que especificamente você precisa fazer? Focalizar sua vida em Deus? Promover alguma mudança em você? Ser um instrumento na vida do outro?
Encontre o seu caminho – e você encontrará a sua missão.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS


I.         ONDE ESTÃO OS MORTOS

A Bíblia não tem muito a dizer sobre o estado intermediário. Sua ênfase recai sobre a volta de Cristo.
Esta questão preocupa praticamente todas as religiões que já surgiram no mundo desde os mais remotos tempos do aparecimento do homem sobre a Terra. Como exemplo podemos citar:

Escritores gregos clássicos viam a morte como um sono. Homero, em sua obra A Ilídia, chama o sono de “irmão da morte” – diziam que os mortos iam para as “Ilhas dos Bem-Aventurados”, onde ficavam aguardando o julgamento por três representantes do mundo subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante sua vida, e os juízes estabelecessem sua retidão, ele podia entrar nos Campos Elíseos (um tipo de paraíso), um lugar ocupado pelos heróis e pelos homens virtuosos, segundo a mitologia Greco-latina. Ali os mortos estariam em uma Terra de música e luz, de ar doce e agradável. As almas boas viveriam ali para sempre.

[....] Nos tempos do Antigo Testamento, Paraíso e Hades ficavam numa mesma região. E eram separados por um abismo intransponível (Lc 16.19-31). Ao morrer, o Senhor Jesus desceu em espírito a essa região e transportou de lá os salvos para o terceiro Céu (cf. Mt 16.18, Lc 23.43, Ef 4.8,9; 2 Co 12.1-4). Quanto aos ímpios, permanecem no Hades (uma espécie de antessala do Inferno), o qual não deixa de ser “um inferno”, um lugar de tormentos para a alma (Lc 16.23). Conquanto, em algumas passagens da Bíblia, o vocábulo grego “hades” tenha sido traduzido para “inferno”, o Hades e o Inferno final não são o mesmo lugar. O Inferno final é chamado de Lago de Fogo (Ap 20.14,15 [gr. “limnem ton puros”]); de “fogo eterno” (Mt 25.41 [gr. “pur to aiõnion”]); de “tormento eterno” (Mt 25.46 [gr. “kolasin aiõnion”]); e de Geena (Mt 5.22; 10.28; Lc12.5). [Ciro Sanches Zibordi
http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/108/o-que-a-biblia-diz-sobre-os-finados.html - Acesso dia 20/07/2015].

II.      O ESTADO DOS JUSTOS FALECIDOS

Na morte, a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se, o que é inerente à sua natureza. Daí o espírito ou a alma humana entra em estado consciente de existência. É a natureza desse estado, particularmente com respeito aos justos, que agora temos de estudar.


Apesar de já se encontrarem na presença de Deus, os salvos mortos em Cristo ainda não estão desfrutando do gozo pleno preparado para eles. Isso só acontecerá depois da ressurreição (1ª Co 15.51). Seu estado agora é similar ao daqueles mártires que morrerão na Grande Tribulação (Ap 6.9-11). Esta passagem e a de Lucas 16.25 indicam que, no Paraíso, os salvos são consolados, repousam, estão conscientes e se lembram do que aconteceu na Terra (Ap 14.13). Contudo, após o Arrebatamento, estarão — no sentido pleno — “sempre com o Senhor” (1ª Ts 4.17).

1. Os justos estão com Deus. A declaração em Eclesiastes 12.7, de que o espírito volta a Deus que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo Testamento. Em Filipenses 1.23 Paulo falou de partir e estar com Cristo. Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta vida significava uma partida imediata para a presença de Cristo.

2. Os justos estão no paraíso. 

Conforme Apocalipse 2.7, àquele que vencer, Cristo lhe concederá o privilégio de comer “...da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”. Ainda que não seja usado o termo “paraíso” em Apocalipse 22.1,2, é provável que a ideia seja a mesma. Nessa passagem, a “arvore da vida” aparece ao lado do rio da água da vida, e o quadro total é o de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.

3. Os justos estão vivos e conscientes. Os justos desincorporados estão vivos e conscientes. Ainda que o Novo Testamento ensine que há um estado desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma ele deixa transparecer a idéia de que esse estado seja de animação suspensa ou de inconsciência. Várias passagens nos ajudam a compreender melhor.

O texto de Lucas 16.19-31. O rico e Lázaro fica comprovado que o rico estava sendo atormentado em
chama de fogo, isso não é uma parábola, pois em parábola não se cita nome de pessoas, como o Senhor Jesus citou aqui, o Senhor pronunciou o nome de Lázaro, o desprezo de Deus é terrível no inferno, que nem o nome do rico foi mencionado por Jesus. Em Mateus 22.32 Jesus declarou aos saduceus que Deus é Deus dos vivos. Sua declaração foi feita em referência às palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça ardente: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”. Jesus interpretou essa declaração como significando que Deus estava dizendo: “Abraão, Isaque e Jacó morreram há muito tempo, porém eles continuam vivos”.

4. Os justos estão em descanso. 

Esta declaração se baseia nas palavras de Apocalipse 14.13: “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”. A idéia principal do termo “descanso” é de refrigério depois do labor. Os que morrem no Senhor são descritos como estando num estado de bem-aventurança, porque entram numa experiência de regozijo, como sendo aliviados então das lutas desta vida. Mais do que isto, sua obra não pára quando eles morrem. Ela continua produzindo efeitos até aquele dia quando serão abertos os livros (Ap 20.12).

Em 1ª Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”. Isso significa que os santos, de todas as épocas, que estão com o Senhor, no Paraíso, virão com Ele, no Arrebatamento da Igreja. Como assim? O espírito e a alma (ou espírito + alma) deles se juntarão aos seus corpos, na Terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (1ª Co 15.50-52). Consolemo-nos com essas palavras (1ª Ts 4.18). Aleluia! “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).

III.   O ESTADO DOS ÍMPIOS FALECIDOS
  
As passagens do Novo Testamento que tratam dos maus ou injustos no estado desincorporados, são menos numerosas do que as que se referem aos justos. Porém, as poucas que se relacionam com este tópico, conduzem a várias conclusões:

Lucas 16.23 - Ímpios falecidos:
        a) Estão num lugar fixo.
        b) Continuam vivos e conscientes.
        c) Estão separados de Deus.

2ª Pedro 2.9 - Ímpios falecidos estão reservados para o castigo eterno. Portanto, o que estão ensinando sobre os mortos (justos ou ímpios) se encontrarem na sepultura, em sono profundo e em estado de inconsciência, não tem apoio nas Escrituras.

IV.             O CÉU E O INFERNO

O destino final da Igreja é sua habitação na eterna presença de Deus. A Bíblia e a doutrina cristã chamam isto de “céu”.

1.      Como é o céu?

Quando as pessoas perguntam qual a crença do cristão sobre o Céu, não é possível dar uma resposta precisa e detalhada. As razões são óbvias. Como seria possível explicar a um índio que vive na selva, como é a cidade grande? Todavia, tanto os selvagens como o citadino vivem no planeta Terra, respiram o mesmo ar e gozam do mesmo sol. Mas o Céu, como quer que ele seja, deve ser fundamentalmente diverso. Sua definição deve estar quase  além do entendimento humano.

“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu” (2ª Co 12.2).

“Conheço um homem”, ou seja, um cristão – Obviamente, o próprio Paulo, mas ele fala com reservas para evitar gloriar a si mesmo ao invés do Senhor que concedia tal privilégio. está se referindo a si mesmo. Podemos lembrar aqui a experiência de João na Ilha de Patmos “fui arrebatado em espírito (...) e fiquei como morto” (Ap 1.10, 17) “Se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe...”. Provavelmente ele foi arrebatado em espírito assim como o apóstolo João. Mas o apóstolo não sabia se sua alma estava no corpo, ou se um ou ambos estavam realmente no céu, seria vã curiosidade para nós, para tentar a sua determinação.

“...foi arrebatado ao terceiro céu”. Paulo identifica três ceu. O primeiro céu é o espaço azul que avistamos aqui da Terra. O segundo céu onde está o firmamento (sol, lua e estrelas). Mas o terceiro céu o mais alto, onde está a presença do Eterno Criador.

Em Apocalipse está escrito “...Deus habitará com eles (homens)...” (Ap 21.3). O ponto alto da história bíblica da redenção de Deus é “a Cidade Santa”, Deus com seu povo. Em tal comunidade, “...Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” e não haverá nem prato, nem luto, nem dor, “porque as primeiras cousas passaram” (Ap 21.4). Quanto a isto é importante saber que:

A. O Céu é um lugar real, literal. Este mundo é apenas a ante-sala do próximo. Esta existência é breve e incidental em relação às alturas eternas da próxima. O coração, em seu anseio por algo melhor, apóia a conclusão que deve haver um lugar para nós, após a morte física. Lendo João 14.2,3 vemos que por duas vezes Jesus chama o Céu de LUGAR. Realmente o Céu é um lugar real, literal, físico. É um lugar na presença de Deus, um lugar que Cristo nos está preparando.

B. O Ceu é um lugar espaçoso (Ap 7.9). Se Jesus criou o mundo em seis dias, como os animais, o firmamento e os seres humanos - toda a Sua criação é realmente maravilha e ultrapassa a todo entendimento - qual não deve ser o lugar que Ele vem preparando durante esses anos todos? Os capítulos 21 e 22 do livro de Apocalipse fala das belezas desse lugar.

C. O Céu fica em cima (At 1.9; 2º Rs 2.11; 2ª Co 12.2,4; Ap 21.3,4; 22.3-5).  Sim, o Céu reserva maravilhosas perspetivas para aqueles que foram levados no precioso sangue de Cristo; e, verdade é que, onde quer que esteja o Céu está vinculado às bênçãos de Deus, em Seu Filho, Jesus Cristo.

2.      A realidade do inferno.



No Novo Testamento, há três palavras diferentes, no grego, que são traduzidas pela mesma palavra INFERNO em português, são elas: HADES, GEENA e TÁRTARO.

- HADES é o SHEOL do Antigo Testamento. É o lugar onde os espíritos dos mortos aguardam a ressurreição.
- GEENA por outro lado, refere-se ao inferno em relação ao castigo eterno. É o lugar para onde irão os injustos após o julgamento do Grande Trono Branco.
- TÁRTARO é usado para referir-se à prisão dos anjos caídos (Jd v. 6).

Quanto ao inferno:
- É antítese (oposição entre palavras ou idéias) do céu (Mt 11.23).
- Cristo prometeu fazer a Sua Igreja triunfar sobre o inferno (Mt 16.18).
- No inferno há vida consciente e sofrimento eterno (Lc 16.23).
- Deus tem poder de matar o corpo e lançar a alma no inferno (Mt 10.28).
- A indisciplina dos nossos membros pode ser causa de condenação do corpo ao inferno (Mt 5.29).
- Não há escape do inferno para o impenitente (Mt 23.33).
- O inferno será um lugar de sofrimento eterno e de eterna separação do Salvador (Mt 13.42,49,50; 25.41).

3.      Onde está localizado o inferno?

O inferno é uma caverna escura e de cor preta devido a fumaça do fogo que não tem janelas para sair (Pv 15.24), está localizado no interior da Terra.

O fogo do inferno é um fogo muito escuro que queima sem alumiar, um fogo sem luz (Pv 9.18; Sl 9.17; S. Mt 13.42-43).

O inferno é também um lugar de sujeira, tipo depósito de lixo, onde vermes e bichos e fezes estarão lá para atormentar as almas perdidas (Sl 75.8 e Mc 9.45-46).

É um lugar de sofrimento, de sujeira, de angústia, remorso, de gritos e lamentos, é o suplício eterno.

O Senhor depois que morreu desceu as partes mais baixas da Terra, cumprindo assim as profecias do AT (Salmo 16.10 e 49.15) e pregou para os espíritos em prisão no inferno (1ª Pd 3.19-20). O Senhor Jesus levou aquelas almas perdidas, uma mensagem de advertência, condenando a rebeldia e o pecado como ouviram as últimas palavras de Noé.

Mas, o mesmo apóstolo Pedro nos diz em sua carta, 2ª Pd 2.4, que Deus não perdoou os anjos caídos, quando o Senhor desceu até ao inferno esses anjos também tiveram de ouvir da vitória de Cristo sobre Satanás.

Os “anjos que pecaram” (2ª Pe 2.4), são os anjos maus que pecaram antes da queda da humanidade, em Gênesis 3. De qualquer maneira, o ponto é que, se Deus julgou anjos maus, certamente Ele irá julgar os ímpios também.

Quando o Senhor ressuscitou na manhã do terceiro dia, Ele trouxe de lá de baixo das profundezas da terra duas coisas:
  
Ele transportou as almas dos salvos para o paraíso celestial (Ef 4.8-10; 2ª Co 12.1-4), ou seja, houve uma mudança no mundo dos espíritos e que o lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi traslado para as regiões celestiais.

Pr. Elias Ribas


domingo, 29 de maio de 2016

O Estado Após a Morte — O que acontece com a alma do cristão depois de sua morte física?


Por Marcio S. da Rocha.


“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” (Fil. 1.21-23)

A experiência da morte é uma realidade para todos. Os cristãos, mesmo depois de terem sido justificados pela graça de Deus, quando receberam o Senhor Jesus pela fé, e assim terem garantida a sua salvação, não são poupados da morte física, consequência do pecado original. Os filhos de Deus por adoção (os crentes) certamente passam pela morte, muito embora os que estiverem vivos quando o Senhor Jesus voltar  fisicamente a Terra não morrerão, mas serão transformados (1 Cor. 15.51-52). Apenas dois homens na história humana foram poupados da morte, tendo sido transformados em corpos glorificados e elevados (arrebatados) ao céu; e isto aconteceu antes mesmo da primeira vinda de Cristo. Esses foram Enoque (Gen. 5.24) e o profeta Elias (2 Rs. 2.11). Podemos entendê-los como exceções à regra, casos especiais.

Nós, os demais, assim como os filhos de Deus que já se foram desde o começo da história, inclusive os primeiros apóstolos e os mártires, iremos com certeza morrer e ressuscitar, “em carne e osso” no dia do retorno do nosso Senhor. Mas, o que acontece com nossa alma, depois da morte, no período entre a morte até a ressurreição?

Quando o cristão morre, sua alma fica num estado de sonolência ou vai direto para Deus e fica consciente?

A morte é a interrupção temporária da vida no corpo e a separação da alma do corpo. Quando o cristão morre, embora o corpo permaneça na terra e seja sepultado, no momento da morte, a alma (ou espírito) vai imediatamente para a presença de Deus, consciente e cheia de alegria. Quando o apóstolo Paulo pensava em sua morte, ele afirmou: “Preferindo deixar o corpo, e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8). Deixar o corpo é estar com o Senhor Jesus. Ele também diz que o seu desejo é “partir e estar com Cristo” (Fp. 1.23). Jesus também disse ao ladrão que estava morrendo ao lado dele na cruz: “Hoje estarás comigo no paraíso[1]” (Lc 23.46). “Estarás comigo” indica que, desde aquele dia, aquele bandido que se arrependeu e reconheceu que Jesus é o Filho de Deus está com Jesus, consciente, gozando de sua presença. Outro texto bíblico que indica fortemente o estado de consciência depois da morte e antes da ressurreição é Apocalipse 6.9-11. Ali está uma referência clara a mártires que foram assassinados e que JÁ DESFRUTAM da bênção de estar na presença gloriosa de Deus, conscientes, antes da ressurreição de seus corpos.

A Bíblia não ensina a doutrina do “sono da alma”. O fato de que a alma dos cristãos vai imediatamente para a presença de Deus também significa que a doutrina do sono da alma é um erro. Essa doutrina ensina que quando os cristãos morrem, eles entram em um estado de existência inconsciente e que voltarão à consciência somente quando Cristo voltar e ressuscitá-los para a vida eterna. Essa doutrina tem sido ensinada eventualmente por alguns na história da igreja, inclusive alguns anabatistas da época da Reforma e alguns seguidores de Edward Irving na Inglaterra no século XIX. Um dos primeiros escritos de João Calvino foi um folheto contra tal doutrina, a qual nunca teve ampla aceitação na igreja. Hoje em dia, os Adventistas do Sétimo Dia são praticamente os únicos a adotarem esta doutrina.  O certo é que quando Cristo ou Paulo dizia que um morto “dormia” (I Tess.) estava usando uma metáfora, uma figura de linguagem, referindo-se ao corpo morto, que irá ressuscitar e, portanto, quando morto, fica por algum tempo como se estivesse dormindo.

A Bíblia também não ensina a existência de um purgatório. O fato de que a alma do cristão vai imediatamente para a presença de Deus nos leva indubitavelmente a concluir que não existe algo como o purgatório. Na doutrina católica romana, o purgatório é o lugar onde a alma do cristão é purificada do pecado até que esteja pronta para ser aceita no céu. De acordo com esse pensamento, os sofrimentos do purgatório são dados a Deus como substitutos do castigo pelos pecados que os cristãos mereciam ter recebido, e não receberam. Não consta em nenhum dos evangelhos bíblicos que Jesus tenha ensinado que no mundo espiritual há um lugar em que as almas dos cristãos ficam sendo punidas, para depois irem para a presença de Deus. Ao contrário, quando contou a estória conhecida como parábola do Rico e Lázaro (Lucas 16.19-31), Jesus afirma que ambos morreram e que Lázaro foi imediatamente para “O seio de Abraão” (símbolo da presença de Deus). Lázaro estava consciente, gozando da presença de Deus e não passou por nenhum “purgatório”. Não recebeu punição alguma depois de morrer e antes de ir para a presença de Deus. Não precisava mais de orações por parte dos vivos, porque já estava com Deus. Paulo, o apóstolo, em nenhuma de suas cartas constantes no Novo Testamento, ensina ou sequer menciona tal purgatório. Mesmo reconhecendo-se “o maior dos pecadores” (1 Tim. 1.15) sabia e escreveu, por inspiração divina que, logo ao partir desta vida, estaria com Cristo (Fil. 1.23); não passaria por nenhum “purgatório”.

Este ensino do purgatório entra em contradição com o ensinamento de Jesus na parábola do Rico e Lázaro e com a certeza de Paulo de que partir é “Estar com Cristo”. Aliás, a doutrina do purgatório não é ensinada em nenhum livro bíblico. Ela encontra algum fundamento no livro de II Macabeus (12.44-45), que ensina que se deve orar pelos mortos. E os dois livros de Macabeus, que constam no Antigo Testamento católico, fazem parte dos livros que Jerônimo (o tradutor da Vulgata Latina — a versão da Bíblia em Latim aprovada pela Igreja Católica-Romana) chamava de apócrifos, e que constavam em algumas coleções de livros do Antigo Testamento traduzidos do hebraico para o grego, mas não constam na Bíblia Judaica (o Antigo Testamento original) em hebraico. Os judeus nunca reconheceram este livro como Escritura (escrito inspirado por Deus). Os chamados “pais da igreja” (líderes da igreja dos séculos II ao IV) se dividiam quanto à inspiração divina dos livros que contavam na versão grega do Antigo Testamento e não constavam no Antigo Testamento original (hebraico). Os dois maiores eruditos em Bíblia dentre os “pais da igreja” — Jerônimo e Orígenes — eram claramente contrários ao “acréscimo grego” do Antigo Testamento. O bispo católico mais influente no Concílio de Niceia — Atanásio — relacionou os livros canônicos do Antigo Testamento (em 367) e não incluiu nenhum dos livros considerados apócrifos por Jerônimo e que constam hoje no Antigo Testamento católico. A polêmica aumentou quando Lutero (no século XVI) decidiu pelo cânon hebraico e fez uma tradução da Bíblia para a língua alemã que trazia os apócrifos do Antigo Testamento numa parte separada dos demais livros, e explicava que aqueles livros, embora tivessem valor histórico, não tinham autoridade de escritura sagrada. No entanto, tais livros foram incorporados ao Velho Testamento da Igreja Católica Romana no Concílio de Trento (1546), ocorrido alguns anos depois da Reforma Religiosa (1517), com o principal intuito de combatê-la. Já estudamos e sabemos porque esses livros chamados hoje de “apócrifos” pelos evangélicos e de “deuterocanônicos” pelos católicos não fazem parte da revelação de Deus e não podem servir para estabelecer nenhuma doutrina cristã (ver o post “O Canon Bíblico“).

Se não existe o “sono da alma”, para onde vai imediatamente a alma de um incrédulo, depois que morre?

A Bíblia nunca nos incentiva a pensar que haverá segunda chance de aceitar a Cristo depois da morte. Na verdade, o quadro é exatamente o oposto. A parábola do rico e de Lázaro nos ensina que o rico foi imediatamente para o Hades (Sheol em Hebraico), para o lugar de tormentos, e não dá esperanças de que seja possível passar de lá para o paraíso depois da morte, apesar de ter o rico clamado no Hades: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”. Abraão, entretanto, respondeu: “Há um grande abismo entre nós e vós, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem.” (Lc. 16.26b NVI). Lamentavelmente, a alma dos descrentes vai imediatamente para o lugar de tormentos e lá aguardará até o juízo final, quando será lançada no fogo eterno (inferno). Não há segunda chance. A chance de receber o Senhor Jesus é aqui na terra. E você, já recebeu Jesus como seu único Senhor e Salvador?
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Questões para reflexão e aprofundamento
  1. Uma vez que sabemos que a alma não fica em uma espécie de “sono”, mas que iremos (os que já recebemos o Senhor Jesus) imediatamente para junto dele no céu, qual deve ser a nossa atitude para com a nossa própria morte?
  2. Se o cristão sabe que a alma do crente vai imediatamente gozar da presença do Senhor espiritualmente, depois de sua morte, por que se entristece quando um crente morre?
  3. De acordo com o ensinamento da parábola do rico e de Lázaro (Lucas 16.19-31), bem como o de Hebreus 9.27 e  Filipenses 1.22-23, existe uma segunda chance para uma pessoa ser salva depois da morte?
  4. Se uma pessoa pudesse pagar pelos seus próprios pecados num “purgatório” ou mesmo por sofrer nesta vida, a morte de Jesus Cristo teria sido ineficaz, pois ele morreu para salvar a todo aquele que nele crê (João 3.16; 5.24). Você concorda com isto? Comente.

[1] O Paraíso ou “Seio de Abraão” (Lucas 16:19; 23.43) é um lugar intermediário de felicidade, onde as almas dos salvos aguardam conscientes (Lucas 16:26) até o dia da ressurreição, quando, então, os seus corpos ressuscitarão para reinar com o Senhor na Terra. A palavra Grega Hades no Novo Testamento tem conotação semelhante à palavra Hebraica Sheol usada no Antigo Testamento, e significam o mundo dos mortos — um estado intermediário, que possui dois lados; um, de tormentos, para onde vão os ímpios; o outro — o “Seio de Abraão”, ou o Paraíso, para onde vão os salvos, assim que morrem. Esses dois estados ou lugares (o Paraíso e o Lugar de Tormentos) são separados entre si por um abismo intransponível. Os filhos de Deus (crentes em Jesus Cristo), quando morrem, vão diretamente para o Paraíso “Estar com Cristo” (Filip. 1.23; 2 Cor. 5.8, Lc. 23.43). Os os não-salvos, assim que morrem, vão para o Lugar de Tormentos, para lá aguardarem o Grande Trono Branco(juízo final), que acontecerá depois do Reino de Mil Anos de Jesus na Terra (Milênio), quando, então, irão de lá para o inferno (lago de fogo), juntamente com Satanás e seus anjos (Apoc. 20.5; 20;11-15). Quando Cristo morreu, e enquanto não havia ressuscitado, Pedro afirma em Atos 2.27 que ele foi ao Hades — ao mundo dos mortos. O texto de Atos dá a entender que Hades ali significa morte ou sepultura, pois Pedro cita o Salmo 16: “Pois não deixarás a minha alma no Hades (ou Sheol), nem permitirás que o teu santo veja a corrupção.” O que Pedro afirma, em Atos, é que o corpo de Jesus não ficou morto, mas ressuscitou. Em Atos 2.27, portanto, Pedro não afirma que Jesus foi ao inferno. Ele simplesmente diz que o corpo de Jesus esteve na sepultura, morto. Já a passagem de 1 Pe. 3.18-20 é mais difícil de interpretar. O texto parece afirmar que Jesus, antes de ressuscitar, foi ao Lugar de Tormentos do Hades, e proclamou (gr. ekéruksen) aos “espíritos em prisão”. Não é possível hoje sabermos ao certo o que Pedro queria dizer na passagem. Pode significar que Jesus foi ao lugar de tormentos no Hades declarar a sua vitória às pessoas que haviam morrido durante o dilúvio, nos dias de Noé. O teor dessa proclamação de Cristo aos “espíritos em prisão” também não nos é claro, porém, considerando os ensinamentos do próprio Jesus, de Paulo, e dos demais apóstolos sobre a salvação, esta proclamação de Jesus não pode ter sido uma “segunda chance” de salvação, pois está escrito claramente que isto não existe (Hb. 27.9).

Fonte: http://www.doutrinasessenciais.com/

sábado, 28 de maio de 2016

A CULTURA DA VALORIZAÇÃO DO MOSQUITO


A declaração de Cristo Jesus – “Vocês coam um mosquito e engolem um camelo” (Mateus 23.14), está dentro de um contexto de declarações que evidenciam a hipocrisia dos fariseus que priorizavam a estética no lugar da essência, davam mais importância a coisas ínfimas, enquanto supervalorizam o nada.

Passado milhares de anos é interessante observar que a doutrinação com ênfase em mosquitos continua atualizada e atuante.

Infelizmente, inúmeras pessoas continuam obcecadas em coar mosquitos, enquanto que, camelos inteiros estão passando desapercebidos. Enquanto focam suas energias naquilo que é mínimo (mosquitos), as grandes decisões, oportunidades, urgências, e fatos, vão sendo negligenciado e vilipendiado.

De modo que, farisaísmo também é focar naquilo que é nada, enquanto que, aquilo que é, vai sendo desvalorizado e secularizado. Por fim, a pergunta que fica é: O que estamos coando e engolindo, rejeitando e tolerando, priorizando e postergando, qual a natureza do nosso julgamento diante dos mosquitos e camelos que todos os dias precisamos lidar?

Por: S. Torralbo

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Doutrinas Falsas

 Foto Salvatore Gerace

Norbert Lieth

“Partindo eu para a Macedônia, roguei-lhe que permanecesse em Éfeso para ordenar a certas pessoas que não mais ensinem doutrinas falsas, e que deixem de dar atenção a mitos e genealogias intermináveis, que causam controvérsias em vez de promoverem a obra de Deus, que é pela fé” (1Tm 1.3-4 – NVI).

Se há doutrinas falsas, então obrigatoriamente precisa haver uma doutrina conhecida e reconhecidamente correta. Na verdade, há uma doutrina sem par e há outras doutrinas. Quando existe uma sã doutrina, é notório que existam doutrinas insanas ou que causam insanidade. A sã doutrina fortalece, enquanto as outras enfraquecem e causam enfermidade. As falsas doutrinas causam confusão, a sã doutrina, por outro lado, proporciona a certeza. De um modo geral, as falsas doutrinas se ocupam principalmente de coisas secundárias. Os falsos mestres procuram vincular as pessoas a um personagem ou à sua organização.

“E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20.30). Esta é a origem de todas as seitas e de todos os grupos de natureza sectária. Elas se baseiam em lendas, mitos, fábulas, fantasias. Além disso, trata-se também de conteúdo exotérico e de filosofias extra-bíblicas. São acréscimos humanos à Palavra de Deus. Timóteo deveria estar atento para que não fossem ensinadas “falsas doutrinas” (ver v.3-4), como também Tito foi intimado a fazer: “e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade” (Tt 1.14).

No que se refere às genealogias, os judeus provavelmente estavam interessados em saber de que patriarca eles descendiam. No Novo Testamento, no entanto, isso não tem a menor importância. “Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis” (Tt 3.9). Em algumas seitas, como entre os Mórmons, por exemplo, a genealogia também é valorizada. O Novo Testamento, porém, não trata de descendência, mas de vocação, de fé e de conversão.

As falsas doutrinas normalmente são agressivas e ofensivas. Elas geram discussões e brigas, e não promovem a edificação divina. Muitas vezes elas giram em torno de algumas ênfases que são transformadas em itens principais. Fica difícil conversar sobre outros assuntos com essas pessoas. Podem ser as questões quanto ao sábado, a doutrina sobre a perda da salvação ou sobre Israel; também se incluem temas como alimentos ou outras regras do legalismo.

“Alguns se desviaram dessas coisas, voltando-se para discussões inúteis” (1Tm 1.6 – NVI). Os falsos mestres sempre se portam de modo presunçoso e prepotente, são orgulhosos, arrogantes e não aceitam ensinamentos, chegando a ignorar qualquer contra-argumento bíblico. É impossível manter um diálogo edificante com eles, sendo que normalmente o contato resulta em rusga e fofoca (ver v.6).

“querendo ser mestres da lei, quando não compreendem nem o que dizem nem as coisas acerca das quais fazem afirmações tão categóricas. Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada. Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas” (1Tm 1.7-9 – NVI).

Uma característica típica dos falsos mestres é que eles consideram uma lei como o ponto básico, sem levar em consideração o seu cumprimento. Outra atitude típica é que eles se manifestam com muita firmeza e apresentam sua doutrina como verdadeira sem, no entanto, terem realmente compreendido a doutrina da justificação.

Uma pessoa que tenha sido justificada através do Evangelho do Senhor Jesus não está mais sujeita a qualquer lei. As instruções do Novo Testamento atendem a todos os requisitos e o cumprimento dessas instruções é um sinal para a justiça. Nesse sentido, encontramos mais de 30 recomendações pessoais em 1Timóteo.

A lei é boa (ver Rm 7.12) quando ela for aplicada legalmente, isto é, se ela for considerada e aplicada da maneira para qual ela realmente foi promulgada (ver Gl 2.16,21; 3.10-13,23-25; Rm 3.20). A lei...

não pode transformar alguém numa pessoa justa;
traz maldição;
proporciona o reconhecimento do pecado;
coloca limitações para a proteção;
não provém da fé;
conduz à fé em Jesus;
é um mestre que orienta para Jesus;
não foi dada como meio para a redenção, porém, conduz para a salvação.
Nesse aspecto, a lei é boa e quem a aplica desse modo e alcança a graça de Jesus Cristo através dela, é justificado. Assim, por ter sido justificado, a lei perdeu o efeito sobre ele – ela perdeu a validade. A lei foi dada principalmente para o convencimento dos que viviam sem lei. Alguém certa vez disse: “A lei ensina três coisas: a) Nós devemos; b) Nós não temos; e c) Nós não podemos”.

Pastorais - Article
“Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina” (1Tm 1.9-10 – NVI).

Muitas pessoas vivem de modo perverso, sem se importarem com a lei, mesmo não sendo justificadas. A intenção da lei é convencer justamente estas pessoas da sua vida em pecado. Assim, por exemplo, o vindouro Anticristo é denominado “o iníquo” (ver 2Ts 2.8).

Rebeldes são pessoas que vivem em franca contrariedade à vontade de Deus.

Expressões como ateu, pecador, ímpio, ou mau, descrevem tudo o que resulta de uma vida sem Deus.

Aqueles que desrespeitam ao pai e à mãe transgridem o quinto mandamento: “Honra teu pai e tua mãe...”. Os assassinos transgridem o sexto mandamento: “Não matarás”.

A prostituição e a pedofilia são mencionadas separadamente, pois referem-se a coisas distintas. A prostituição é qualquer relacionamento sexual mantido antes ou fora do casamento. A Bíblia fala claramente sobre a união conjugal, quando relata o encontro de Jesus com a mulher samaritana, junto ao Poço de Jacó: “ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade” (Jo 4.17-18). A mulher vivia com um homem, sem um vínculo matrimonial e Jesus não considerava isso como uma união conjugal. A denominação “pedofilia” é derivada de uma palavra do grego antigo (arsenokoites), que se refere a um homem que mantém relações sexuais com outro homem ou com garotos (ver 1Co 6.9). Por isso a Standard Version Bible inglesa traduz essa expressão por “Men who practice homosexuality” (homens que praticam homossexualismo).

Raptos tem ligação com mercadores de escravos e sequestradores e certamente também pode ser relacionado com seitas.

Mentiras e perjúrios são praticados por pessoas que não falam a verdade, que negam ou resistem contra a verdade, ou que destroem com a verdade.


Tudo o que contraria a sã doutrina provoca o enfraquecimento do Corpo de Cristo e o deixa enfermo. Por um lado, não se deve pregar o legalismo e, por outro, não se deve minimizar o pecado. Paulo exorta que se evite tanto o legalismo, bem como a anarquia, ou a falta de lei. Fonte: (Norbert Lieth — Chamada.com.br)

sexta-feira, 1 de abril de 2016

O JUÍZO FINAL


Como já vimos, durante a “Grande Tribulação” Deus entrará em Juízo com o povo através de muitos eventos catastróficos, que dizimarão todos os incrédulos e rebeldes. Mas, os Juízos desse tempo afetarão somente quem estiver vivendo fisicamente. Porém, o “Juízo Final”, como o próprio nome indica, será o último, e será aplicado sobre o espírito de todos aqueles que aqui viveram. Ele completará a limpeza do planeta, e limpará o mundo de todas as forças espirituais que, desde o princípio da criação, desobedecem a Deus.

O Juízo Final (também chamado de Juízo do Grande Trono Branco) acontecerá após o Milênio e depois da Guerra de Gogue e Magogue. Nesse tempo Satanás será definitivamente derrotado, ao ser lançado no lago de fogo. Não será um julgamento para Deus descobrir a intenção do homem, mas sim, para deixar tudo “às claras” diante dos homens.

O Julgamento Final não é uma hipótese. É algo já determinado por Deus, a fim de que a sua justiça plenamente notória, reconhecida e exercitada em todo o Universo. Este será o último juízo que a Bíblia relata. Será o julgamento dos ímpios, desde Caim até o último homem que viver sobre a terra. Este julgamento será perfeito ninguém conseguirá escapar dos olhos do Todo-Poderoso. Os culpados serão severamente lançados no lago de fogo, onde serão atormentados pelos séculos dos séculos.

O Juízo Final a sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as coisas temporais que, conduzido pelo Todo-Poderoso, retribuirá a cada criatura moral o que estiver cometido através do corpo durante a sua vida terrena.

             I.             O QUE ACONTECERÁ NESTE JULGAMENTO


1. O correrá a Segunda ressurreição. “Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5).

A primeira ressurreição se deu quando Cristo arrebatou a Sua Igreja (Jo 5.29), antes da Grande Tribulação, e esta será para a vida eterna, mas a segunda ressurreição será para a condenação eterna. E será a ressurreição dos mortos ímpios (Rm 2.5-6) e acontecerá após o Milênio, para que diante do Grande Trono Branco recebam a condenação. Esta é a segunda morte (Ap 20.5-6; 11-15; Hb 4.13).

Todos os que estão ligados ao primeiro Adão morrerão e serão aqui julgados. Todos os que tiverem passado da família do primeiro Adão para a família do último Adão são justificados e não entraram em condenação (Rm 5.16, 18-19; 1ª Co 15.22, 45 e 49).

Esse julgamento vai abranger os perdidos de todas as épocas, esses serão os mortos que não passaram pelo julgamento das nações, porque foram marcados para ressuscitarem no último dia, o julgamento do “Juízo Final”.

2. Será uma ressurreição para condenação. A primeira ressurreição será para a vida eterna com Cristo e a segunda ressurreição será para condenação eterna (Dn 12.2). “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.

O Senhor Jesus afirma claramente que os justo (aqueles que creem no Seu evangelho), terão vida eterna e não entrarão em juízo: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Porém os ímpios, irão ressuscitar num corpo imperecível, mas carregados de pecados para enfrentar o Grande Trono Branco.


            II.             O JUÍZO FINAL COMO SERÁ? 
 

“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos grandes e pequeno, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros. Segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a Segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.11-15).

No capítulo 4 de apocalipse, João já tinha visto o trono de Deus: “Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões” (4.1-6). Sai do trono de Deus o poder para falar, julgar e castigar (veja Sl 18.13-14; 144.6; Êx 19.16-19). Mas aqui, João vê um “Trono Grande e Branco”. ‘Trono’ é o lugar onde se assentará o GRANDE JUÍZ para julgar e castigar a humanidade ímpia e incrédula segundo suas obras; ‘Grande’, representa o poder infinito de Deus; ‘Branco’ representa a justiça perfeita e completa de Deus.

1. Quem é o Juiz que se assentará nesse trono? Hoje Cristo se apresenta como advogado (1ª Jo 2.1), mas naquele dia, o Senhor Jesus será o juiz do universo (Jo 5.22, 27; At 17.31) e se assentará no “Grande Trono Branco” para julgar (Mt 28.18; Ap 3.21). Se hoje tu aceitares a Cristo como teu salvador e Senhor terás como Ele como advogado, mas se o rejeitares será como um Juiz neste julgamento.

2. Sua localização. “...fugiram aterra e o céu, e não se achou lugar para eles” (v.11).

Este trono não está na terra, como o julgamento das nações (Mt 25.31), nem nos céus. Mas este julgamento será realizado em algum lugar no espaço, pois lemos que da presença daquele que se assenta sobre o trono, “fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). E enquanto o Senhor estará julgando os ímpios, a terra estará sendo consumida pelo fogo (2ª Pe 3.7). Essa descrição bíblica culmina com a destruição dos Céus e da Terra. Para apagar todos os sinais do pecado haverá a destruição da Terra, das estrelas e das galáxias (Is 51.6; Is 34.4).

4. Quem será julgado. “E vi os mortos grandes e pequeno, que estavam diante do trono” (v.12).
Todos os que tiverem vivos no fim do milênio, tanto ímpios como justos. Ricos e pobres, donos de títulos ou cidadãos comuns, jovens ou velhos, sadios ou doentes, capacitados ou incapacitados, famosos, ou infames, todos os que morrem sem Cristo irão ficar diante de Deus no presente julgamento. Os homens dão tão supremo valor a posição e prestígio neste mundo, mas essas coisas nada significam diante de Deus. Pecadores são pecadores, e Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34).

Todos estão juntos para serem revelados à luz. Nada escapará daquele quem os olhos como chama de fogo “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser revelado” (Lc 12.2).

5. Vêm do mar, da morte, e do inferno. O mar, a morte e o inferno deram os mortos (v. 13). Os mortos que estavam com a morte e com o inferno, enfim, todos os mortos que não fizeram parte da 1ª ressurreição, irão comparecer a presença do Senhor (Ap 20.12; Lc 16.23).
Os ímpios sairão do inferno para serem julgados, e após serem julgados serão lançados no lago de fogo juntamente com o próprio inferno e a morte conforme Ap 20.14-15.
  
              III.             BASE PARA O JULGAMENTO

Será um julgamento de obras, e isso significa que todos os que serão julgados ante este Grande Trono Branco serão condenados, pois todos são pecadores (Rm 3.9-18), e “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6). Salvação, por outro lado, não é pelas obras, mas é pela graça de Cristo, que morreu em nosso lugar (Ef 2.8-9).
A obra (singular) do crente será julgada no Tribunal de Cristo (conforme já vimos em 1ª Co 3.13-14), referindo-se a um exame do seu serviço prestado a Cristo, para que o crente receba recompensas ou as perca. Mas os descrentes darão conta de suas “obras” (plural), referindo-se a seus pensamentos e ações serem julgados pela santa lei de Deus. As “boas obras” de um homem não podem salvá-lo, pois elas não podem comprar o perdão de sem sequer um dos seus pecados. Além disso, como vimos, até mesmo a retidão do homem ou as suas boas obras são como trapo de imundície, diante um Deus triplamente santo (Is 64.6).

Muitos até parecem ser cristãos, e até fizeram o trabalho de Deus.“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em Teu nome expulsaremos demônios? E em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23).

Todas as coisas que os homens fazem as escondidas serão um dia revelado. Muitas vezes pronunciamos a seguintes palavras quando alguém parte desta vida “Fulano descansou”. Será que descansou mesmo? Mas no dia do Juízo teremos muitas surpresas. Muitos que pensamos que estão com Deus, no dia do juízo ficarão de fora. Aqueles que estão atrás de uma religião, mas com uma máscara serão repudiados por Cristo naquele dia. Outros pensando as tradições e os dogmas da sua religião ira livrar da condenação, mas estarão enganados.

Sem Jesus jamais o homem será livre da condenação, pois Deus é o criador de todas as coisas e também o único salvador para a humanidade através de Seu Filho Jesus Cristo.

              IV.    NESTE JULGAMENTO HAVERÁ OS SEGUINTES LIVROS

No Juízo Final, os mortos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, isto é, segundo as suas obras: “...e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (v. 12).

Os livros que formarão a base do julgamento dos que serão presentes diante deste trono são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras de todos os que estarão diante deste trono são:

1. Livro da vida onde estão escritos os nomes dos salvos: Há uma distinção aqui entre os livros e o Livro da Vida. Livro da vida onde estão escritos os nomes dos salvos (Fl 4.3; Ap 13.8; Ap 17.8). Enquanto que “os livros”, evidentemente, representam o registro dos atos deles e mostram a justiça do julgamento de Deus (cf. Daniel 7.10).

Nos registros judaicos quando alguém morria, o seu nome era riscado da lista que as autoridades guardavam, e que se supunha compreender somente os nomes dos vivos (Is 4.3; Ap 21.27; cf. Dicionário Bíblico Universal).

Os verdadeiros seguidores de Jesus têm os seus nomes escritos no Livro da Vida. Jesus prometeu ao vencedor: “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5). Ter o nome escrito no “Livro da Vida” é ter garantia a sua entrada na Nova Jerusalém (Dn 12.1; Ap 21.17). Se o nome de um homem não está escrito no Livro da Vida, os registros dos livros dos feitos o condenam, e ele é lançado no lago de fogo. 

2. O livro da consciência - O livro onde estão escritas as obras dos homens: Essa ideia de Deus ter um registro dos feitos dos homens nós a encontramos de contínuo nas páginas das Sagradas Escrituras. Sem dúvida, é um modo figurado de dizer que Deus guarda acurado registro das ações dos homens, de que nada escapa a seus olhos, mas ele não tem necessidade alguma de escrever isso tudo em livros para se lembrar desses feitos. Portanto, o livro da consciência, se refere o interior das mentes daqueles que são maus, e são julgados à morte. Ele é assim chamado, porque no interior da mente de todos estão inscritas todas as coisas que ele pensou, praticou, consumou e falou. Todos estas coisas estão inscritas na vida de todos, com exatidão tanto que nenhum deles está querendo. No livro da consciência, contêm todas as obras e pensamentos de cada ímpio e transgressor da lei de Deus que não tem o sangue de Cristo entre ele e o Juiz.

Portanto, os impenitentes também serão julgados por sua própria consciência que, embora falha, não deixará de ser um dos fundamentos do Juízo Final: “os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2.15). A lei moral divina acha-se gravada na consciência de todo o ser humano. É um dos livros a ser aberto no dia do juízo.

Entendemos que assim o julgamento será justo, pois não admite falsas acusações de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas obras fielmente registrada para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.

Todas as pessoas serão julgadas, e todas receberão de Deus o que merecem ninguém se dará por inocente diante de Deus, porque cada um será julgado de acordo com os livros citados acima.

3. A Bíblia Sagrada: A Palavra de Deus também tem o poder de nos julgar. Os profetas do AT e os
apóstolos do NT frequentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio Jesus assegurou que a Sua Palavra condenará os que o rejeitarem: “E, se alguém ouvir as minhas palavras e não crer, eu não o julgo, porque Eu vim não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeitar a Mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (Jo 12.47-48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de Deus julga “os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a Palavra de Deus, acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.

Estes livros serão abertos diante deste trono (Ec 12.14; Mt 12.36; Rm 2.16; Hb 4.13; Ap 20.12, “segundo as suas obras”), e nada ficará encoberto (Mt 10.26; Lc 8.17).

                 V.             OBJETIVOS DO JUÍZO FINAL
 

1. Mostrar que a justiça de Deus deve ser observada e acatada por todos, através de Sua Santa Palavra.

2. Punir os que rejeitaram a Cristo Jesus e sua tão grande Salvação. Os que aceitam a Cristo Jesus são automaticamente justificados pela fé diante de Deus. Todavia, aqueles que rejeitam a Sua justiça, hão de ser lançado no lago de fogo (Ap 20.15; Mt 25.41). Jamais entraremos nos céus fiados em nossas justiças, que aos olhos de Deus não passa de trapos de imundícias (Is 64.6).

3. Destruir finalmente a personificação de todo mal. Afirma Paulo aos irmãos de Corinto que iremos julgar os anjos que acompanharam o ungido querubim em sua estúpida rebeldia contra Deus (1ª Co 6.3). Aos tais reservou o Senhor o lago de fogo (Mt 25. 41). E, assim estará sendo destruída, de uma vez por todas a personificação do mal. Conforme já vimos o diabo e seus anjos serão julgados antes da instauração do Juízo Final e hão de ser lançado no eterno tormento.

              VI.             OS FUNDAMENTOS DO JUÍZO FINAL

Se os falhos imperfeitos julgamento humanos têm os seus fundamentos, o que não diremos do julgamento final que será efetuado pelo justíssimo Deus.

A natureza justa e santa de Deus. Em sua primeira carta, João oferece-nos uma das mais belas definições essenciais do Todo Poderoso: “Deus é amor” (1ª Jo 4.8), contudo, não podemos esquecer que Deus possui uma natureza santa e justa. Todas as vezes que a Sua santidade é ferida, sua justiça reclama, de imediato, uma reparação. Por conseguinte estes dois atributos de Deus: justiça e a santidade acham-se a fundamentar o Julgamento Final. Neste, todos os que porfiaram em menosprezar a santidade de Deus terão de haver perante a sua justiça (Rm 2.5-10).

              VII.      QUAL SERÁ O PROPÓSITO DO JUÍZO FINAL?

O propósito principal do Juízo Final será mostrar a Soberania de Deus e a glória do Senhor na revelação do destino final de cada pessoa. Até a data do Juízo Final, o destino de cada ser humano está oculto, no Juízo Final esse destino será revelado, conforme a fé que cada um teve ou não. Com a publicação dessas obras, a graça de Deus será magnificada na salvação do seu povo e Sua justiça exaltada na condenação de seus inimigos. O juízo final será um evento de publicação e execução (Mt 10.26; Rm 2.5, 6).

Será o dia mais cruel de todos os tempos. Tiago escreveu: “Porque o juízo é sem misericórdia...” (Tg 2.13a).

                         VIII.    QUEM IRÁ PARA A CONDENAÇÃO ETERNA
 
“Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20.14-15).

Depois do julgamento aqueles que não foram achados escritos seus nomes no livro da vida foram lançados no lago de fogo, e juntos com eles, foram também lançados à morte e o inferno.

Quão terrível é este lugar, “preparado para o Diabo e os seus anjos”. Lá já foram lançados o anticristo e o falso profeta (Ap 19.20); Satanás, o príncipe das trevas e o enganador de todo o mundo (Ap 20.10); a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14); e os homens ímpios, que se recusarem ouvir a Palavra de Deus e o Seu testemunho, e não se arrependeram das suas obras (Ap 20.15). O terrível lugar da eterna habitação de Satanás e dos anjos maus.

1. A morte eterna. A morte eterna também chamada 2ª morte - Ap 2.11; 20.6, 14, 21.8; diferencia-se da 1ª morte, sendo a 1ª morte temporária e física e a 2ª morte uma separação definitiva de Deus.

A Bíblia fala de três tipos de morte. A morte física, que é a cessão do processo vital de um ser vive. A morte espiritual, que é o estado que se encontram as pessoas que não confessam Jesus Cristo como Salvador pessoal (Ef 2.5), e a morte eterna, também conhecida como a “segunda morte”, que é o estado permanente de separação de Deus, que atingira a todos que passarem pelo trono branco.

Também se diferencia da estado de morte espiritual no qual se encontra o homem sem Deus, pois este poderá se reverter quando há a conversão do coração, mas a morte eterna jamais poderá se reverter.
A morte eterna, é um castigo eterno pelo homem ter rejeitado o plano de salvação de Deus (Dn 12.2; Mt 25.46; Ap 20.14,15).

A Bíblia quando fala sobre a Segunda morte, refere-se a uma separação eterna de Deus, aonde o homem vai ser separado e condenado a um juízo eterno.

Não será a religião que vai livrar o homem da condenação e do juízo de Deus, mas é sua vida de santidade, justiça e fidelidade a Palavra do Senhor a Bíblia Sagrada. Talvez você acha injusto Deus condenar o homem, mas saiba que Ele é fiel no que diz: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem para que se arrependa. Porventura tem prometido, e não o fará? Ou tendo falado não o cumprirá”? (Nm 23.19).

A Palavra do Senhor nos mostra que Deus não voltará atrás naquilo que pronunciou, e que tem poder para cumprir totalmente tudo aquilo que na Sua Palavra prometeu. Ele prometeu salvar aqueles que recebem e Jesus como seu único e suficiente salvador e obedecem a Sua Palavra, mas também prometeu condenar aqueles que não aceitam o Evangelho da salvação: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.16).

Portanto, aqueles que andam segundo as concupiscências da carne não entraram no Reino dos céus (Gl 5.19-21; 1ª Co 6.9-10; Ap 22.15).

1.      O sofrimento será terrível por toda a eternidade.


O sofrimento será terrível e por toda a Eternidade (Ap 20.10), essa morte de sofrimento eterno é chamada na Bíblia de 2ª morte. Jesus confirma na Sua Palavra “E, irão estes para tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna” (Mt 25.46). “E, se atua mão te escandalizar, corta-a: melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mão, e ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga; 44 Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.43-44).

Haverá vários graus de punição. Os pecadores serão julgados segundo as suas obras e perante este tribunal terão que comparecer todos os pecadores desde o princípio do mundo até o fim dos séculos. Os registros de suas obras serão abertos e lidos para determinar o grau de castigo. De qualquer maneira será uma coisa horrível ter de comparecer perante o Juiz de toda a Terra e por Ele ser condenado.

O lago de fogo será para todos os pecadores o lugar final de separação de Deus. Para este lugar será removido para sempre a morte e o Hades. O universo será purificado da presença de todo o mal e a justiça prevalecerá na terra e no céu, que serão renovados.

Muitos ainda não sabem o que é eternidade. Eternidade será um tempo sem relógio, ou seja, uma condenação sem fim a onde a alma e o espírito dos pecadores serão lançados no Lago de Fogo para o sofrimento sem fim, eterno sem volta.

Pr. Elias Ribas Fonte: pastoreliasribas.blogspot