sexta-feira, 23 de abril de 2021

Judeus são forçados a seguir leis muçulmanas do Ramadã no Monte do Templo

Um judeu, guia da Fundação do Patrimônio do Templo, foi orientado por um policial a não comer nem beber nada durante visita ao local devido ao jejum islâmico.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ISRAEL365

Peregrinos judeus no Monte do Templo. (Foto: Reprodução / Shutterstock)

Judeus que visitam o Monte do Templo, um dos lugares mais sagrados para o judaísmo e o islamismo, estão reclamando de serem obrigados a seguir as leis da religião muçulmana, que jejua durante o Ramadã.

Segundo informações, a polícia israelense que patrulha o local recebeu ordens para proibir os judeus de comer ou beber durante o feriado muçulmano.

De acordo com a Temple Mount Heritage Foundation (Fundação do Patrimônio do Templo), um dos guias do grupo foi orientado por um policial a não consumir nada ou a fazê-lo longe dos relatórios de Srugim.

Ao ser informado antes de subir ao Monte do Templo, o policial responsável disse ao guia que “é proibido comer no Monte do Templo”. Mais tarde, quando pediu esclarecimentos ao oficial, o policial disse: “Você só pode comer ou beber discretamente, para que ninguém o veja e isso não incomode os muçulmanos locais”.

O chefe da organização, Tom Nisani enviou uma reclamação ao Ministro de Segurança Interna Amir Ohana: “O Monte do Templo, cuja área se estende por 144 dunams (35 acres) não é uma grande mesquita onde os judeus precisam evitar comer ou beber por causa de um jejum muçulmano. Da mesma forma na polícia de Yom Kippur em Tel Aviv não impede os muçulmanos de comer ou beber, ainda mais no Monte do Templo, o lugar mais sagrado para um judeu.”

“É horrível que depois de 54 anos que o Monte do Templo está sob o controle de Israel, a polícia israelense ainda não internalizou que o Monte do Templo é de importância nacional e religiosa vital para o povo judeu”, disse Nisani.

“Estamos solicitando que você instrua a polícia a permitir que os judeus que não estão jejuando no Ramadã comam e bebam e parem de aplicar leis escandalosas às pessoas que não são muçulmanas”, pediu.

A autoridade policial israelense respondeu que “no âmbito das visitas que acontecem no Monte do Templo, a polícia está operando dentro das normas de visitação do local.”

“A polícia israelense está operando e continuará operando para permitir que todos visitem o Monte do Templo”, declarou.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Três crianças usadas em ritual religioso são resgatadas pela Polícia no Pará

Caso ocorreu na comunidade de Vila do Treme, na zona rural do município de Bragança.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1 E UOL

Trecho de vídeo que mostra o ritual. (Foto: Divulgação / YouTube)

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra três crianças de 1, 8 e 11 anos que estavam sendo usadas por uma família em um ritual religioso na comunidade de Vila do Treme, em Bragança (PA), de onde foram resgatadas pela Polícia Civil e Conselho Tutelar.

As meninas resgatadas são irmãs e estavam cobertas por um pano branco e posicionadas em pé em frente a uma cruz no quintal da casa.

Cenas do ritual mostram um grupo de pessoas aparece rezando em volta de crianças, que choram e gritam. Ao redor, outras pessoas tentam impedir a ação e são afastadas pelo grupo que realizava o ritual.

As vítimas dos maus-tratos ficavam dentro de um desenho que representava o que seria uma arca. A cerimônia ocorria em jejum, com duração de horas e ao longo de três dias.

"Fomos acionados devido às denúncias de maus-tratos das crianças. Elas estavam sofrendo e sendo agredidas. Chegamos lá e os familiares rezavam porque queriam acabar mesmo com a pandemia [através da cerimônia]", confirmou ao UOL a conselheira tutelar Maria Rosa.

O caso chegou até a Delegacia de Investigação de Crimes Contra a Criança e o Adolescente após a comunidade denunciar o ritual ao Conselho Tutelar. Todas foram encaminhadas para cuidados em um abrigo.

Uma mensagem que circula nas redes sociais diz que se tratava de um ritual para acabar com a Covid-19 e que 2 crianças seriam sacrificadas. Mas a Polícia Civil não confirma essa informação.

Segundo a PC, novas diligências serão realizadas a partir dos depoimentos coletados para apurar o caso e identificar todos os envolvidos.

Assista:

 

terça-feira, 20 de abril de 2021

Dois anos após ataques extremistas, como estão os cristãos do Sri Lanka?

Vítimas continuam amparadas, mas convivem com a lembrança dos entes queridos que morreram no incidente


Fonte: Portas Abertas 

Ataques a bomba em igrejas do Sri Lanka durante a Páscoa de 2019 deixou centenas de feridos e mortos.
Na foto, a casa paroquial da Igreja de Zion, que foi quase que totalmente destruída pelas bombas
Crédito: Portas Abertas

Em 21 de abril é lembrado um dos maiores e mais violento ataque contra cristãos, que ocorreu no Sri Lanka. Neste dia, em 2019, cristãos de várias regiões do Sri Lanka estavam reunidos em diversas igrejas para comemorar a Páscoa. Porém, extremistas islâmicos aproveitaram a data especial para atacar três igrejas e dois hotéis. O resultado das cinco explosões em Colombo, Negombo e Batticaloa foi a morte de 259 pessoas e outras 500 feridas.

As memórias e consequências dos incidentes continuam presentes nas vidas dos cristãos locais. Os parceiros da Portas Abertas têm acompanhado de perto a situação da Zion Church, em Batticaloa. Ela foi destruída e o governo determinou que os militares deveriam reconstruir o templo. Mas por falta de recursos, as obras foram interrompidas e os cristãos estão se reunindo em outro prédio. O novo terreno foi doado e uma igreja já está sendo construída.

Em 2020, a liderança da igreja não conseguiu promover um culto em memória aos ataques, já que o país estava em lockdown devido à pandemia de COVID-19. Porém, para este ano eles planejam um culto especial.

Qual o andamento das investigações sobre os ataques de Páscoa no Sri Lanka?

Os ataques de Páscoa no Sri Lanka mobilizaram a investigação da Comissão Presidencial de Inquérito (PCOI, da sigla em inglês) e o relatório final foi apresentado ao presidente Nandasena Gotabaya Rajapaksa, em fevereiro de 2021. No documento, as autoridades criticaram a atuação do Serviço de Inteligência do Estado (SIS, da sigla em inglês) e do ex-chefe do órgão, Nilantha Jayawardena, por não terem evitado os ataques.

No entanto, Jayawardena afirmou que avisou ao ex-presidente, Maithripala Sirisena, sobre um possível ataque, mas o ex-governante ignorou as informações. Porém, há muitas críticas ao documento, afirmando que ele parece focado em descobrir como o incidente poderia ser evitado, ao invés de procurar e punir os responsáveis pelos ataques.

Como estão as famílias atingidas pelos ataques?

A equipe de presença da Portas Abertas acompanhou algumas famílias vítimas dos ataques. Muitas perderam os entes queridos como pais, filhos e irmãos nas explosões e precisaram reconstruir as próprias vidas. Um exemplo disso é o pastor Kumaran, da Zion Church, que perdeu o filho Malkiya de 12 anos. Ele, a esposa Saratha e os filhos Jeremiah e Shemidah ainda estão em luto.

Em todas as visitas da Portas Abertas, Saratha chorava sem parar quando lembrava do dia dos ataques. Ela e o esposo deixaram os filhos na sede da Zion Church e foram para uma congregação. Mas receberam uma ligação contando das explosões e voltaram para ver o que tinha acontecido.

“Quando chegamos à igreja, as pessoas estavam fugindo. Meu marido estava procurando uma maneira de entrar, mas eu nem tentei procurar meu filho porque eu já sabia que Malkiya estava no céu”, compartilha a cristã. Apesar da rotina da família ter voltado ao normal, eles sempre lembram de Malkiya em detalhes, como quando comem alguma comida que ele gostava.

Logo após a morte do garoto cristão, a casa da família se tornou um memorial com grandes pôsteres dele, tinha também os troféus e os certificados que ele havia ganhado. Além disso, os pais faziam questão de mostrar as roupas, os livros e outros pertences favoritos de Malkiya. Mas após dois anos, há menos objetos que lembrem o menino, apesar da dor da perda estar nítida nos olhos dos pais.

“É realmente difícil descrever para as pessoas como estamos nos saindo hoje em dia. Às vezes estamos rindo e às vezes chorando. A dor vem em ondas”, finaliza o pastor.

Como os cristãos afetados pelos ataques de Páscoa foram apoiados?

Além do cuidado emocional e espiritual às vítimas dos ataques de Páscoa do Sri Lanka, a Portas Abertas entregou pacotes com itens de primeira necessidade. Também ajudou na troca das motocicletas destruídas no incidente e apoiou as famílias a reiniciarem os negócios ou começarem novos, para que pudessem sobreviver por conta própria. Além disso, mais de oito mil cristãos receberam ajuda com alimentos, itens de higiene e outras necessidades durante a pandemia de COVID-19.

A perseguição aos cristãos no Sri Lanka

O país configura na 52ª posição e está na Lista de Países em Observação da Portas Abertas. O budismo no país alcança 67,6% da população. Apesar da comunidade internacional ter uma visão de que existe um governo democrático, as restrições legais e governamentais com relação aos cristãos só aumentam. O nacionalismo budista pressiona cada vez mais por meios legais e políticos, o que gera uma perseguição silenciosa aos cristãos. Os cristãos ex-budistas estão sujeitos a assédio, discriminação e marginalização por parte da família e da comunidade.

Você também pode apoiar os cristãos que ainda sentem as consequências dos ataques

A Portas Abertas mantém os trabalhos de apoio emocional e espiritual às famílias que sofreram perdas devido os ataques de 21 de abril, além de ajuda socioeconômica. Para saber mais sobre o projeto acesse o link e seja um com os irmãos do Sri Lanka.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Idoso de 104 anos embala presentes para mil crianças carentes: “Deus não terminou a obra”

As caixas de sapatos embaladas por Ira Miller serão enviadas para crianças afetadas por pobreza, guerras, fome e doenças.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GARRETT COUNTY REPUBLICAN

Ira Miller, de 104 anos, já embalou 1000 caixas de sapatos com presentes para crianças. (Foto: Samaritan’s Purse)

Nos últimos quatro anos, Ira Miller, de 104 anos, embalou 1.000 caixas de sapatos cheias de presentes para crianças afetadas por pobreza, guerras, fome e doenças.

O idoso, que vive na Virgínia Ocidental (EUA), começou a embalar caixas em seu 100º aniversário. Na época, ele separou 100 caixas para a Operação Natal das Crianças, um projeto da Bolsa do Samaritano, organização de ajuda humanitária liderada por Franklin Graham.

Em 27 de janeiro, ao completar 104 anos de idade, Miller embalou sua milésima caixa. “O Senhor ainda não terminou [Sua obra] comigo”, disse ele ao jornal Garrett County Republican.

Miller começou a embalar presentes por influência de uma igreja no Condado de Tucker, que embalava 40 caixas de sapatos por ano. Ele sentiu que era uma ação importante, já que as caixas de sapatos iam a lugares que os missionários não podem ir.

A filha de Miller, Debbie Welch, diz que por meio da Operação, algumas das caixas de sapatos de seu pai foram para o México, República Dominicana, Honduras, Peru, Paraguai, Uruguai, Ucrânia, Suazilândia, Madagascar, Congo, Quênia, Tanzânia, Burkina Faso, Togo, Filipinas e muitos outros países.

O livreto evangelístico “O Maior Presente” também é entregue durante a distribuição das caixas de sapatos. Este livreto foi impresso em 70 idiomas.

“Uma caixa de sapatos é uma ferramenta nas mãos desses pastores locais em mais de 100 países, e eles estão levando o Evangelho a milhões e milhões de crianças a cada ano”, disse Welch.

Ira comemora com seu bisneto após embalar 100 caixas de sapatos. (Foto: Samaritan’s Purse)

Miller mora no Condado de Tucker há mais de 60 anos. Ele tem sete filhos, 17 netos e 12 bisnetos. Em sua vida, ele foi agricultor, motorista de ônibus escolar, carteiro, carpinteiro e também trabalhou em alvenaria.

Ele afirma que não se sente como se tivesse 104 anos de idade, mas sim como se tivesse 70 — embora diga que não consegue andar tão rápido quanto antes. “Estou amadurecendo, mas não estou velho”.

“Ele ama o Senhor, sua família e seus muitos”, disse Welch. “Que bênção ele é para aqueles que o cercam.”

Welch disse que a milésima caixa de sapatos de seu pai incluía muitos itens que representavam coisas em sua vida. “Havia ferramentas, já que ele era carpinteiro, dois pequenos tratores, uma Bíblia, um jogo de cartas, itens da Virgínia Ocidental, um cardeal (o pássaro estadual da Virgínia Ocidental), um pequeno ônibus escolar e damas, que ele jogava como uma criança”, relatou.

Nascido em Kansas, em 1917, Miller foi casado com sua esposa, Mary Olive, por 56 anos antes de ela falecer, oito anos atrás. “Acredito que ela ficaria muito feliz em saber que ele ainda está trabalhando para fazer o Reino de Deus crescer”, disse Welch.

Em novembro do ano passado, cerca de 19.600 caixas foram coletadas em parte da Virgínia Ocidental.

“Comprar e coletar itens para caixas de sapatos é algo que pode ser feito durante todo o ano”, observou Welch. “Esta é uma forma de enviar o Evangelho e um presente maravilhoso para uma criança”.