sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Cidade bíblica de Esmirna é a mais atingida em terremoto na Turquia

Com 7 graus de magnitude, o terremoto atingiu outros países, como Grécia, Bulgária e Macedônia.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO NBC NEWS

O terremoto sacudiu Izmir, na costa do Mar Egeu da Turquia. (Foto: Agência Mehmet Emin Menguarslan / Anadolu via Getty)

Um terremoto de magnitude 7 atingiu o mar Egeu nesta sexta-feira (30), causando o desabamento de edifícios na cidade turca de Izmir (Esmirna), de acordo com o Serviço Geológico dos EUA e um oficial local que relatou os danos.

O terremoto, que atingiu perto das ilhas gregas ao largo da Turquia, foi sentido ao longo da costa do Mar Egeu, onde a mídia local transmitiu imagens de edifícios danificados em Izmir. Também foi sentido na Grécia, Bulgária e Macedônia, de acordo com a Reuters.

O terremoto aconteceu por volta das 14h50, horário local, de acordo com o governador de Izmir, que também disse que alguns prédios desabaram.

O Ministro do Interior da Turquia, Süleyman Soylu, tuitou que houve relatos de que seis edifícios desabaram na província de Izmir.

Imagens postadas na mídia social mostraram um prédio na rua Sakarya na cidade de Izmir totalmente desabado com pessoas escalando os destroços que estavam espalhados com o que pareciam ser roupas e objetos domésticos.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan tuitou na sexta-feira que “com todos os meios de nosso estado, apoiamos nossos cidadãos afetados pelo terremoto”.

O prefeito de Izmir, Tunç Soyer, tuitou que as equipes de desastre estavam prontas.

“Espero que não haja perda de vidas e bens”, acrescentou.

A Presidência de Gestão de Emergências e Desastres da Turquia estimou a magnitude do terremoto em 6,6, enquanto o Serviço Geológico dos EUA disse que foi de 7,0. Ele atingiu cerca de 1150 GMT (7:50 ET) e foi sentido ao longo da costa do Mar Egeu da Turquia e na região noroeste de Mármara, disse a mídia.

O epicentro ficava a cerca de 17 km da costa da província de Izmir, a uma profundidade de 16 km, disse a AFAD. O U.S. Geological Survey disse que a profundidade era de 10 km e que o epicentro ficava a 33,5 km da costa da Turquia.

Moradores de Samos, uma ilha com uma população de cerca de 45.000 habitantes, foram instados a ficar longe das áreas costeiras, disse Eftyhmios Lekkas, chefe da organização grega para planejamento anti-sísmico, à TV grega Skai.

"Foi um terremoto muito grande, é difícil ter um maior", disse Lekkas.

Ali Yerlikaya, o governador de Istambul, onde o terremoto também foi sentido, disse que não houve relatos negativos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Após orar por 20 anos, homem tem prisão perpétua perdoada por Trump: “Agradeço a Deus”

Curtis McDonald, de 70 anos, teve prisão perpétua comutada em um ato de clemência de Donald Trump. Ele agradeceu a Deus por sua liberdade.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA FOX 13

Curtis McDonald celebra sua libertação ao lado da sobrinha, Melody Martin, em lágrimas. (Foto: Joe Rondone/The Commercial Appeal)

Um homem voltou para sua igreja pela primeira vez em 24 anos, após ser libertado da prisão em Memphis, no estado americano do Tennessee.

Curtis McDonald, de 70 anos, recebeu clemência do presidente Donald Trump na semana passada e foi beneficiado com a comutação de sua pena; ou seja, terá uma sentença grave substituída por uma mais leve.

McDonald foi condenado em 1996 e sentenciado à prisão perpétua perpétua por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele era o único dos 16 envolvidos na quadrilha que ainda cumpria pena na prisão. 

Na manhã de domingo (25), em um culto na Primeira Igreja Batista de Bartlett, ele compartilhou seu testemunho de transformação com as pessoas que estiveram orando por ele durante todos esses anos. 

McDonald costumava frequentar a igreja dentro da prisão, mas deixou de se reunir para cultuar a Deus há oito meses, por causa da pandemia de Covid-19.

Ao entrar na igreja, McDonald disse está vivendo o momento pelo qual ele orou nos últimos 20 anos. “Pelo menos estou livre e agradeço a Deus por estar livre, finalmente livre, graças a Deus”, disse ele à FOX13.

“Agradeço ao presidente Trump. Ele me libertou, Deus tocou o coração dele”, continuou McDonald. “Muitas pessoas não conseguiram, mas eu não estava nesse número, Ele me salvou. Eu agradeço a Deus de verdade”.

O pastor Darryl McDonald, um dos irmãos de Curtis, dedicou a pregação ao testemunho do ex-detento, que permaneceu fiel por 24 anos.

“Essa é uma das maiores coisas que você pode aprender com esta situação, que Deus é real. Como meu pai costumava dizer, se você colocar sua confiança em Deus, você sabe que Ele pode não vir quando você quer, mas Ele é o único que pode chegar atrasado e ser pontual”, disse o pastor Darryl.

McDonald foi declarado cúmplice de Alice Marie Johnson, que teve clemência concedida pelo presidente Donald Trump em 2018. Por intermédio de Johnson, o presidente americano comutou a sentença de McDonald na quarta-feira passada, 21 de outubro.

Ele foi descrito como um presidiário “modelo” pela Casa Branca, que orientava os detentos mais jovens, trabalhava e tinha um bom desempenho nos cursos educacionais.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Cristãos são expulsos de suas aldeias em Mianmar e hostilizados em campos de refugiados

Sem casas e sem segurança, cristãos ex-mulçumanos da etnia Rohingyas enfrentam a perseguição de seu povo e de grupos radicais muçulmanos

Fonte: Portas Abertas

Cristãos em Kutupalong, o maior campo de refugiados do mundo em Cox Bazar, no sudeste de Bangladesh Crédito: Portas Abertas

Três anos depois que uma repressão dos militares de Mianmar forçou os Rohingyas a fugir de suas casas, muitos deles ainda vivem em campos de refugiados na fronteira com Bangladesh. Enquanto a segurança nos campos é um problema para todos eles, a população cristã minoritária enfrenta uma vulnerabilidade dupla: sua origem étnica e sua fé.

Os Rohingya são em sua maioria muçulmanos, mas há alguns convertidos cristãos entre eles. Por causa de sua fé, eles enfrentam uma pressão crescente de outros refugiados, autoridades locais e grupos islâmicos radicais, como o Exército de Salvação Arakan Rohingya ou ARSA. E viver em um campo de refugiados significa que eles não têm a quem recorrer ou como escapar.

 Saiful Peter está entre os 2 mil cristãos que vivem em Kutupalong, o maior campo de refugiados do mundo em Cox Bazar, uma cidade no sudeste de Bangladesh. Eles compartilham a área com mais de 1 milhão de muçulmanos.

 “Nós, muçulmanos e cristãos, vivemos juntos por muitos anos”, disse Peter. "Mas a ARSA está nos atacando quase todos os dias no acampamento e aos domingos durante os cultos de adoração a Deus. Somos discriminados pelos muçulmanos Rohingya porque somos cristãos", explica. 

Em janeiro, três cristãos foram sequestrados durante um ataque. O paradeiro de dois deles é desconhecido e Peter diz que a comunidade teme por suas vidas. Uma menina de 14 anos que também foi sequestrada de uma igreja, também foi forçada a se converter ao islamismo e casada forçadamente com um dos militantes da ARSA.

administrado pela ONU. Os ataques e assédio, no entanto, continuaram, de acordo com Peter. “Funcionários da ONU nos disseram que vão construir um campo separado para nós a fim de garantir nossa proteção”, disse ele. Nove meses depois, nada aconteceu.

 Existem muitos fatores que contribuem para a vulnerabilidade dos cristãos entre os Rohingya. Quando as pessoas são perseguidas por sua origem étnica, a coesão do grupo é muito importante e fortemente vigiada. Este nível de controle é facilitado pelos acampamentos super lotados e uma aplicação da leis e regras frágeis nos acampamentos. Além disso, os Rohingyas que se convertem ao cristianismo são vistos como aqueles que viraram as costas ao seu povo e traidores, sendo comprados por cristãos ocidentais.

O que torna a situação ainda mais complexa é a presença de grupos militantes como a ARSA, radicalizando os muçulmanos Rohingya, e policiais de Bangladesh que podem estar mais interessados em conter todas as inquietações do que em proteger um grupo religioso minoritário.

Tanto Bangladesh, como Mianmar estão na Lista Mundial da Perseguição 2020, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo. Em 38º lugar e 19º lugar, respectivamente, os cristãos nesses países enfrentam a perseguição por terem abdicados de suas fés budistas e islâmicas para seguir a Jesus.

Saiba mais sobre como vivem os cristãos perseguidos e ore por eles.

Pedidos de Oração

Ore pelos cristãos da etnia Rohingya, que estão refugiados e perseguidos por sua fé em Jesus. Que Deus lhes dê paz e sabedoria para que eles possam enfrentar a perseguição e permanecer firmes em sua fé.

Peça a Deus por proteção a esses cristãos, que estão sendo atacados, sequestrados, mortos e obrigados a se converter ao islamismo.

Ore pelo perseguidor. Que ele conheça a Jesus, se entregue a Ele e se arrependa de suas más ações.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O QUE É CRISTOFOBIA?

Entenda a diferença entre os termos cristofobia, perseguição, intolerância e vilipêndio religioso

Na República Centro-Africana, muitos cristãos são perseguidos pela fé por grupos islâmicos radicais

O termo cristofobia trata da aversão a Cristo e ao cristianismo ou da perseguição experimentada por cristãos. Não há uma definição universalmente aceita quanto a perseguição. Cortes, legisladores e estudiosos abordaram o conceito sob diferentes perspectivas. A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, adotada em 1951, não define a perseguição.

No entanto, a Lista Mundial da Perseguição, relatório anual que respalda o trabalho da Portas Abertas, define perseguição religiosa como qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo. Isso pode incluir atitudes hostis, palavras e ações contra cristãos.

A perseguição religiosa ocorre de várias formas. Quando não há direitos de liberdade religiosa garantidos ou quando a conversão ao cristianismo é proibida por ameaças do governo ou grupos extremistas. Além disso, também pode se dar quando cristãos são forçados a deixar suas casas ou empregos por medo da violência que pode alcançá-los. Pode ocorrer ainda ao serem agredidos fisicamente, mortos por causa da fé, presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.

A cada ano, a perseguição aos cristãos se intensifica no mundo todo. Atualmente, mais de 260 milhões de pessoas no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado de sua identificação com Jesus Cristo. Isso faz com que o número de cristãos com medo de ir à igreja ou que já não têm uma igreja aonde ir aumente, bem como daqueles que têm de escolher entre permanecer fiel a Deus ou manter os filhos seguros.

Existe cristofobia no Brasil?


Muitos cristãos sírios deixaram o país devido à perseguição religiosa expressada em meio à guerra

De acordo com a rede de notícias BBC, no Brasil, a chamada cristofobia também tem sido usada para se referir a episódios de preconceito e discriminação contra evangélicos, embora não exista no país um sistema estruturado de perseguição violenta contra esse setor religioso.

Segundo o Irmão André, fundador da Portas Abertas, "perseguição não se refere a casos individuais, mas a quando um sistema político ou religioso tira a liberdade dos cristãos ou seu acesso à Bíblia, restringe ou proíbe o evangelismo de jovens e crianças, atividades da igreja e de missões". Para ele, não é legítimo usar o termo perseguição para descrever uma tragédia individual que ocorre em uma sociedade que concede liberdade religiosa. É um termo que deve ser reservado para comunidades inteiras que enfrentam campanhas organizadas de repressão e discriminação, como em muitos países do Oriente Médio.

"Há casos isolados de preconceito, mas, no nosso contexto, não consideramos que exista no Brasil uma perseguição estruturada e sistemática contra cristãos, como em outros países. Nós podemos expressar nossa fé livremente, ninguém é expulso de algum local por ser cristão, nenhuma pessoa morre ou é presa no Brasil por ser cristã", explica Marco Cruz, secretário-geral da Missão Portas Abertas. Segundo essa declaração, não consideramos o Brasil como campo para o ministério específico da Portas Abertas, que é de apoio à Igreja Perseguida.

Quais países sofrem com a cristofobia?


A Portas Abertas investiga a situação da Igreja Perseguida desde os anos 1970, porém, há mais de 25 anos publica a Lista Mundial da Perseguição, uma das principais ferramentas para monitorar e medir a dimensão da perseguição aos cristãos no mundo. Para caracterizar o nível de perseguição, é realizado nos países um questionário que cobre cinco esferas da vida (vida privada, família, comunidade, nação e igreja) e violência, com resultados entre 0 e 100.

Os países que pontuam entre 81-100 são considerados com perseguição extrema, entre 61-80 com perseguição severa, entre 41-60 com perseguição alta, e entre 0-40 com perseguição variável. A Lista Mundial da Perseguição resume-se apenas aos primeiros 50 colocados. Os países com perseguição variável não entram na classificação, no entanto, aqueles com pontuação acima de 41, entram para a lista de países em observação.

Entre os 10 primeiros colocados, estão a Coreia do Norte, que ocupa o 1º lugar desde 2002; países islâmicos, como Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão e Eritreia; e a Índia. No Top 50, a Ásia sai na frente como o continente com mais países na Lista Mundial da Perseguição, um total de 30. A África fica em segundo lugar, com 19, e a América Latina em terceiro, apenas com a Colômbia.

O que é vilipêndio religioso?


No Vietnã, além dos familiares e comunidade, o governo também é uma fonte de perseguição por causa da fé em Jesus

Ainda dentro do contexto de cristofobia, existe o vilipêndio religioso. Vilipêndio é o ato de tornar algo ou alguém vil, rebaixado, indigno. O vilipêndio religioso é crime e consiste no fato de escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.

No Brasil, a pena definida para esse ato é detenção, no período de um mês a um ano, ou multa. Caso haja emprego de violência, a pena é aumentada em um terço. O vilipêndio religioso se difere da intolerância religiosa, já que a última é resultado de um longo processo histórico, em que uma pessoa enfrenta perseguição, ofensa e agressão por expor a fé em qualquer região do mundo.