sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Ataques a casas e igrejas forçam fuga de cristãos em Mianmar

Os seguidores de Jesus estão vivendo nas florestas para fugir dos conflitos no estado de Chin


Fonte: Portas Abertas


A Portas Abertas tem apoiado os cristãos perseguidos no país, com distribuição de Bíblias, alimentos e ajuda sócio-econômica
Crédito: Portas Abertas

Desde a tomada de poder pelos militares em Mianmar, a situação dos seguidores de Jesus se agravou no país. Principalmente dos que vivem no estado de Chin, de maioria cristã. O resultado das destruições de igrejas e casas é o deslocamento de irmãos e irmãs na fé. Eles fugiram para a selva e vivem em más condições.
O governo do país enviou tropas para as regiões montanhosas com o objetivo de combater a Frente Nacional Chin, que é composta por pessoas que lutam contra a ditadura militar. As ações na região já resultaram em saques, bombardeios, invasões de igrejas e morte de um pastor local. “A situação é difícil de descrever. Onde quer que os militares vão, eles queimam casas, matam porcos e ocupam igrejas”, explica o irmão Lwin*.

Em 29 de outubro, mais de 130 casas e as igrejas da rocha e presbiteriana foram incendiadas na cidade de Thanthlang Township. Todos os moradores fugiram devido às ameaças e violência e não teve quem ficasse para apagar os incêndios. Zew That *, outro cristão que precisou fugir, compartilha: “Sempre que ouvimos uma voz alta ou tiros, ficamos com medo”.

Desafiados a sobreviver e perdoar
Segundo Zew, uma casa significa muito para uma pessoa natural de Chin. Ela representa abrigo e proteção e quando é destruída torna a questão do perdão mais difícil. “Sabemos que a Bíblia nos diz para perdoar os inimigos. Esperamos que outros cristãos orem por nós para que possamos obedecer.”

A parceira local Daisy Htun* conta como as igrejas locais foram alvo da ação dos militares. “Prédios e propriedades de igrejas foram atacados, vandalizados, roubados e até queimados. Quando os bombardeios começaram e as violentas repressões se seguiram, o povo não teve escolha a não ser fugir. De acordo com nossos registros de campo, 30 igrejas foram atacadas pelos militares desde o golpe”, afirma.

Mas apesar da insegurança, o trabalho da Portas Abertas não foi interrompido. “Implementamos os treinamentos online e visitas aos cristãos perseguidos e aos deslocados internos em meio à agitação no país. Retomamos alguns trabalhos com os jovens, crianças e casais, e Deus nos permitiu alcançar os refugiados com ajuda emergencial”, compartilha o irmão Lwin.

Os riscos e resultados de obedecer a Deus

Entretanto, os riscos que os parceiros correm são grandes, já que os militares prometeram matar todos os homens que encontrarem pelo caminho. Outro problema é o inverno que está chegando e os cristãos estão sem roupas adequadas para enfrentar o frio intenso. “Estamos sendo pressionados de todos os lados — em alguns vilarejos, os militares nem mesmo permitem a entrada de mercadorias. As necessidades básicas e medicamentos, como paracetamol, estão fora de alcance. As pessoas estão se sentindo impotentes”, completa Lwin.

Em setembro de 2021, a Portas Abertas apoiou diretamente 17.135 cristãos com socorro, ajuda prática e treinamento bíblico em Mianmar. “Louvado seja o Senhor pela distribuição de alimentos para os cristãos. Eu e minha filha podemos nos sustentar até hoje com o que recebemos. Já se passaram três meses”, agradece Hayma Aye*, uma das beneficiadas.

A consequência desse trabalho de apoio na dificuldade foi a conversão de 544 pessoas. Cerca de 166 decidiram se batizar: “Louvado seja Deus porque estamos vendo muitas pessoas encontrando a Cristo neste momento. Deus ainda está trazendo pessoas para si”, comemora o irmão Lwin.

Você pode fazer parte disso

Para participar da vida dos mais de 340 milhões de cristãos perseguidos no mundo, e ser diferença na vida deles, você pode conhecer mais, interceder, doar e encorajar). Para saber mais, acesse www.portasabertas.org.br

*Nomes alterados por segurança.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Apresentadora da Record é atacada após matéria sobre origens pagãs do Halloween

Foto Reproução do YouTube

Fonte: noticias.gospelmais 

Por Thiago Chagas 


A RecordTV apresentou uma reportagem sobre as origens do Halloween no último domingo e usuários das redes sociais tripudiaram sobre o conteúdo, protestando contra a apresentadora do Domingo Espetacular, Carolina Ferraz.

A matéria exibida pela emissora trouxe uma entrevista de um historiador que recapitulou as origens da festa, também conhecida como Dia das Bruxas, por volta do ano 1200 na Europa, por influência dos povos celtas.

“Essa cultura celta, muitas vezes conhecida como paganismo, acreditava-se muito na aproximação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. No dia 31 de outubro, era muito comum acreditar que essa relação e esse tecido entre o mundo dos vivos e dos mortos estaria mais próximo”, afirmou o historiador Ashley Trindade.

As festas era marcadas por sacrifícios de animais e preparação de oferendas, com uso de simbologias, explicou o historiador: “Você tem uma série de outros elementos místicos, mágicos, como bruxas, gnomos, e por aí vai. As pessoas usavam máscaras para poder afastar esses espíritos”.

A reportagem também destacou o fato de que outras crenças também usaram a data para celebrações, como a chamada “All Hallows Eve”, que pode ser entendido como “véspera de todos os santos”.

O professor de filosofia Guilherme Freire também foi entrevistado e destacou que as diferentes origens das festas criaram um ambiente místico: “Ficou um trido. Tinha ‘All Hallows Eve’, que era o dia anterior ao dia de todos os santos e o dia das almas, que era o terceiro. Os três celebravam a cultura que é a morte. Então, o Halloween acabou virando uma celebração da morte”.

Ignorância e deboche

No Twitter, diversos entusiastas da festa de Halloween atacaram a apresentadora Carolina Ferraz por conta da reportagem: “Perdeu tudo! O drama de Carolina Ferraz, antes uma das principais atrizes desse país, agora sendo obrigada a ler manchete tendenciosa da Record!”, escreveu um internauta.

“Eu entendo que todo mundo tem boletos pra pagar, mas ############, Carolina Ferraz”, debochou outro.

“Entendi o fato da Carolina Ferraz não querer mais fazer novela, querer se reinventar. Mas, não imaginava que era pra se prestar a um papel desses, né?”, atacou uma terceira, indicando desprezo ao conteúdo histórico sobre a origem da festa pagã.

Influência negativa

O pastor Renato Vargens, que já publicou artigo sobre o tema, usou também sua conta no Twitter para reprovar o comportamento de cristãos que aderem ao Halloween ao invés de celebrarem a Reforma Protestante, ou tentam conciliar ambas.

“Os que acham que podem comemorar a Reforma Protestante com celebrações de Halloween gospel, demonstram que não sabem o que é a Reforma Protestante e muito menos o Halloween, porque se soubessem jamais fariam essa mistura exdrúxula”, criticou.

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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Apenas 13% dos evangélicos dão o dízimo, segundo pesquisa nos EUA

Estudo nos EUA mostra como os evangélicos lidam com dízimos e ofertas.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST


Estudo mostra que evangélicos não são tão engajados nas ofertas como deveriam. (Foto: MaxPixel)

Embora a maioria dos evangélicos diga que o dízimo é um mandamento bíblico, apenas 13% se engaja na prática e metade doa menos de 1% da renda à igreja, segundo um novo estudo publicado nesta segunda-feira (1º) nos Estados Unidos.

O estudo “O Fator Generosidade: Evangélicos e Doações” é resultado de uma pesquisa da Gray Matter Research em parceria com a agência Infinity Concepts, que entrevistou cerca de 1.000 evangélicos americanos.

Segundo o relatório da pesquisa, em uma média geral — que inclui pessoas que ofertam e outras que não — os evangélicos doam 2,4% de sua renda para a igreja e 0,8% para a caridade.

Os pesquisadores explicam que os números da média geral são elevados por pessoas que doam grandes quantias, mas o quadro se torna preocupante quando os dados são analisados de perto.

“A média para doações na igreja é 0,57% — sim, isso é pouco mais da metade de 1% — enquanto para doações de caridade, é 0,1% (ou um décimo de 1%). As doações totais à igreja e à caridade combinadas mostram um valor médio de exatamente 1%. Pense nisso por um momento: metade de todos os evangélicos americanos dão menos de 1% de sua renda familiar para a igreja ou caridade”, disseram eles.

O estudo descobriu que, em média, os evangélicos doaram US$ 1.923 para a igreja e US$ 622 para instituições de caridade nos últimos 12 meses, totalizando US$ 2.545 em doações. Fazendo uma média geral, no entanto, os evangélicos doaram apenas US$ 340 para a igreja e US$ 50 para a caridade, num total de US$ 390.

“Claro, esses números incluem muitos evangélicos que não dão nada”, esclarecem os pesquisadores. “Se considerarmos apenas aqueles que doam para a igreja, a média de doação da igreja é de US$ 2.603, com uma média de US$ 800. E se considerarmos apenas os doadores de caridade, a média é de US$ 1.067 doados a instituições de caridade, com uma média de US$ 300”.

Generosidade dos evangélicos

O estudo descobriu que pessoas que estão mais engajadas com sua igreja e sua fé tendem a dar mais para sua igreja.

Quanto maior a renda familiar dos evangélicos, mais eles também podem dar. Entre os evangélicos com renda familiar abaixo de US$ 30.000 por ano, a média do total de doações foi de US$ 300. Isso dobrou para US$ 600 em caso de pessoas que ganham entre US$ 30.000 e US$ 60.000. Mais do que dobrou para US$ 1.400 em rendas entre US$ 60.000 e US$ 100.000. Com seis dígitos, a média de doações é de US$ 2.200.

Quando os pesquisadores compararam a taxa de doações por renda, no entanto, não foi encontrada muita diferença.

“A generosidade média para os evangélicos de renda mais baixa é de 2,4%, aumentando para 3,2% para aqueles que ganham entre US$ 30.000 e US$ 60.000. Mas tem um pequeno aumento para 3,5% entre aqueles que ganham de US$ 60.000 a US$ 100.000, e 3,7% entre aqueles com renda de seis dígitos. Portanto, as famílias evangélicas de renda mais baixa mostram níveis de doação mais baixos, mas há relativamente pouca diferença nos níveis de generosidade entre uma família evangélica que ganha US$ 50.000 e outra ganha US$ 150.000”, observaram.

Os pesquisadores apontaram que as doações evangélicas não são mais generosas do que as de outros americanos. Eles citaram um artigo da Grey Matter Research de 2017 chamado “Os americanos são muito menos generosos do que pensam que são”, que descobriu que o americano doa, em média, 3,2% de sua renda à igreja ou caridade.