terça-feira, 24 de setembro de 2019

Bolsonaro cita a Bíblia e glorifica a Deus em discurso na ONU

Como acontece tradicionalmente, o presidente do Brasil abriu a 74ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas.



FONTE: GUIAME

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, diz à Assembléia Geral da ONU que a floresta amazônica é território soberano (Foto: Carlo Allegri/Reuters)

O presidente Jair Bolsonaro discursou nesta terça-feira (24) pela primeira vez como chefe de Estado na 74ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos EUA.

Em sua fala onde disse que o Brasil ali estava para reestabelecer a verdade, Bolsonaro tratou de diversos temas, entre os quais democracia, economia, regimes políticos na América Latina, direitos humanos, causa indígena, paz, meio ambiente, Amazônia e liberdade religiosa.

Com duração de cerca de 30 minutos, o discurso de Bolsonaro destacou a “defesa intransigente” do Brasil com relação à liberdade religiosa" e questões relacionadas à soberania do país, à família e direitos individuais, como à crença e fé.

Bolsonaro também fez a citação bíblica de João 8:32, que tem sido uma “marca” de sua atuação desde a campanha presidencial. “Tudo o que precisamos é contemplar a verdade seguindo João 8:32: ‘E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’”, disse.

O presidente falou do episódio em que sofreu atentando ao ser esfaqueado por Adélio Bispo em 6 de setembro de 2018, em Minas Gerais. “Só sobrevivi por um milagre de Deus”, disse Bolsonaro. “Mais uma vez agradeço a Deus pela minha vida”.

Bolsonaro finalizou seu discurso dizendo que dizendo que “agradeço a todos pela graça e pela glória de Deus”.

Crianças, ideologia e Deus

O presidente disse que “durante as últimas décadas nos deixamos seduzir, sem perceber, por sistemas ideológicos de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto.” Ao falar sobre ideologia, que segundo disse, instalou-se “no terreno da cultura, da educação e da mídia”, ela afetou até mesmo as crianças.

“A ideologia invadiu nossos lares para investir contra a célula mater de qualquer sociedade saudável, a família”, declarou Bolsonaro. O presidente disse que essa ideologia de gênero “tenta ainda destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo identidade mais básica e elementar, a biológica”.

O presidente disse também que a “ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar deus e a dignidade com que Ele nos revestiu”.

Liberdade Religiosa

“A perseguição religiosa é um flagelo que devemos combater de forma incansável. Nos últimos anos testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que vitimaram fiéis, congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas”, disse Bolsonaro.

O presidente disse que “o Brasil condena energicamente todos esses atos e está pronto a colaborar com outros países para a proteção daqueles que se veem oprimidos por causa de sua fé”.

Bolsonaro destacou que “preocupam o povo brasileiro, em particular, a crescente perseguição, a discriminação e a violência contra missionários e minorias religiosas em diferentes regiões do mundo”. Nesse sentido, o presidente disse que o país apoia o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência baseados em Religião ou Crença, comemorado em 22 de agosto. “Nesta data recordaremos, anualmente, aqueles que sofrem as consequências nefastas da perseguição religiosa”, disse o presidente.

Discurso americano

Na mesma linha, o presidente americano Donaldo Trump, que discursou após Bolsonaro, disse que 80% da população vivem em países onde a liberdade religiosa inexiste e que os EUA nunca se cansarão de apoiar a liberdade de culto e de religião.

Trump falou ainda sobre aborto ao dizer que os americanos não se cansarão de defender vidas inocentes. “Criança nascida e não nascida são um presente sagrado de Deus e os EUA não podem permitir que entidades internacionais se metam em direitos dos cidadãos”, disse.

Bolsonaro agradeceu o apoio de Israel no combate aos incêndios na Amazônia.

Primeira-dama

A primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanhou o presidente na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.

À tarde, Michelle deverá participar de um evento promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O evento será na Biblioteca Pública de Nova York e trata, conforme o Planalto, do “bilhão excluído da cobertura universal de saúde: crianças e pessoas com dificuldades no desenvolvimento e deficiências”.

Michelle tem atuação em trabalhos sociais, principalmente nos destinados à comunidade de surdos e mudos. A primeira-dama, inclusive, discursou na posse de Bolsonaro em libras (Língua Brasileira de Sinais).

No governo, a primeira-dama preside o conselho do programa Pátria Voluntária, que incentiva ações de trabalho voluntário no país.

Assista:

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Psiquiatra condena transição de gênero em crianças: "Imprudente e irresponsável"

Paul McHugh comparou o processo de transição de gênero a uma perigosa cirurgia cerebral.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS


Os hormônios injetados para transição de gênero têm sido apontados por diversos médicos como perigosos e sem nenhuma comprovação de eficiência. (Foto: CBN News)

Um professor de psiquiatria de uma das instituições médicas mais renomadas do mundo está alertando sobre o perigo de permitir que crianças sejam submetidas ao processo de transição de gênero, comparando o 'tratamento transgênero' para menores à realização de "lobotomias frontais" (perigosa cirurgia cerebral usada antigamente para tratar esquizofrenia).

Paul McHugh, um ilustre professor de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, disse ao The College Fix que provavelmente haverá implicações negativas a longo prazo para as crianças autorizadas a se envolverem em tratamentos hormonais para disforia de gênero.

Ele chamou o tratamento transgênero para menores de "imprudente e irresponsável".

"[Os médicos] não têm evidências de que [o tratamento] será o correto", explicou McHugh. "Muitas pessoas estão fazendo o que equivale a um experimento com essas crianças e jovens, mas sem dizer que é um experimento".

Ele continuou: “Você precisa de evidências para isso, e este é um tratamento muito sério. É comparável a fazer lobotomias frontais”.

Muitas das crianças com sentimentos disfóricos, explicou o médico, provavelmente estão sofrendo de problemas de saúde mental. Obviamente, essa era a compreensão clinicamente aceita sobre tais sentimentos até muito recentemente.

Somente em maio deste ano a Organização Mundial da Saúde removeu o "distúrbio de identidade de gênero" de sua lista de diagnósticos. Como tal, a OMS não considera mais a disforia de gênero como um "transtorno mental".

De maneira semelhante, um estudo realizado em agosto encontrou 80% dos estudantes de “minoria de gênero” - aqueles que se consideram homossexuais, não conformes e transgêneros - relataram ter pelo menos um problema de saúde mental. Em comparação, apenas 45% de seus pares “cisgêneros” - homens e mulheres que se identificam seu gênero de acordo com seu sexo biológico - disseram o mesmo.

Portanto, McHugh não está totalmente convencido de que não exista um vínculo entre sentimentos de transgenerismo e bem-estar mental.

"Acho que os problemas mentais deles, geralmente depressão, desânimo, são coisas que precisam de tratamento", disse ele. "Eu não estou certo sobre isso. É uma hipótese, mas é uma hipótese muito plausível, e explicaria por que muitas pessoas que fazem tratamento para mudar o corpo descobrem que continuam deprimidas, desanimadas e vivem suas vidas tão problemáticas quanto antes, porque elas não abordaram o problema principal ".

Futuro preocupante

O professor da Johns Hopkins também está prevendo problemas futuros para menores que têm permissão para se submeter a tratamento de transição de gêneto, seja hormonal ou cirurgicamente.

Aqueles que começarem a transição quando crianças “estarão nas mãos dos médicos pelo resto da vida”, ele alertou, acrescentando: “Muitos deles serão esterilizados e não poderão ter seus próprios filhos, e muitos se arrependerão disso”.

"Você pode imaginar ter uma vida em que precisa procurar médicos o tempo todo, para tudo, apenas para viver?" McHugh continuou. “Controlar seus hormônios, controlar tudo. É disso que os médicos gostariam de poupar as pessoas”.

Além disso, McHugh fez referência a um estudo de 2018 supostamente censurado pela Brown University em Providence, Rhode Island, depois que a coordenadora da pesquisa, professora Lisa Littman, descobriu um "efeito de contágio" quando se trata de transgenerismo entre crianças.

"Nos fóruns on-line, os pais relatam que seus filhos estão experimentando o que é descrito aqui como 'disforia de gênero de início rápido', aparecendo pela primeira vez durante a puberdade ou mesmo após sua conclusão", escreveu Littman, professora assistente de ciências comportamentais em Brown. "O início da disforia de gênero parecia ocorrer no contexto de pertencer a um grupo de colegas em que um, vários ou até todos os amigos se identificaram como disfóricos e transgêneros durante o mesmo período".

McHugh disse que as confusões de gênero entre os jovens estão "sendo conduzidas principalmente por problemas psicológicos e psicossociais que essas pessoas têm", o que, acrescentou, "explica a rápida disforia de gênero que Lisa Littman explicou".