sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

‘Participar das brincadeiras é concordar com a festa’, diz pastor sobre Carnaval

O teólogo lembrou que toda festa tem seu motivo e participar é o mesmo que endossar: “Não busque a tentação”, ele disse.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

“Não busque a tentação”, diz Rodrigo Silva sobre as festas de Carnaval. (Foto representativa: Piqsels)

Ao falar sobre o feriado de Carnaval e sua origem, o arqueólogo e teólogo Rodrigo Silva comentou sobre a participação direta ou indireta dos cristãos na chamada “festa da carne”, como ele lembrou.

Durante uma entrevista ao “Positivamente Podcast” com a apresentadora Karina Bacchi, em fevereiro de 2022, ele fez uma comparação: “É óbvio que um vestido de noiva branquinho vai ficar sujo num lamaçal”.

“Até que ponto eu posso ir sem negar a minha fé e a minha identidade?”, questionou ao falar sobre a relação do crente com o mundo.

‘Cristianizaram as festas pagãs’

Rodrigo cita a história da Igreja e a época em que o mundo foi cristianizado, não por conversão, mas por um decreto imperial: “As religiões pagãs continuaram existindo, mas perderam espaço público”.

Constantino se tornou cristão, então a sociedade da época foi obrigada a ser cristã, pelo menos no título. “Ou fazia isso ou perdia pontos com o imperador. Como muitos se vendiam, se tornaram cristãos não por conversão, mas por conveniência”,

De acordo com Rodrigo, os pagãos chegaram ao cristianismo com suas práticas antigas: “Foi aí que o diabo ganhou um ponto em relação ao povo de Deus e nós temos que chorar por isso”, disse ao esclarecer que o cristianismo se corrompeu.

“Quando o cristianismo se vendeu, ele começou a pagar o preço”, observou ao apontar que os líderes da época ficaram de olho nas festas dos pagãos por causa do alto lucro financeiro.

“Aquele dinheiro virava quermesse e dava sustento às igrejas. Foi assim que cristianizaram as festas pagãs”, explicou.

Festas pagãs atreladas ao calendário eclesiástico

Atrelaram o carnaval à festa de Baco e adicionaram ao calendário eclesiástico como uma forma de ter todas as pessoas ali”, disse Rodrigo sobre a manipulação da igreja na época para dominar o povo.

A “Festa de Baco” também conhecida como “bacanal” era uma celebração da Grécia Antiga que acabou sendo incorporada pelos romanos. Era uma homenagem ao Deus Baco, também chamado de Dionísio para os gregos.

Dionísio era o “Deus do vinho e dos excessos”, principalmente sexuais. Ele representava os prazeres mundanos e segundo a mitologia greco romana, quando alguém utilizava-se de bastante vinho, Baco ou Dionísio possuía seu corpo e tomava responsabilidade por suas ações.

Ao misturar as festas cristãs às pagãs, o resultado foi desastroso. Ao explicar sobre o sentido original das festas de carnaval, o teólogo resumiu: “A pessoa podia pecar à vontade no carnaval, mas depois de 40 dias viria a semana santa e a pessoa teria que se penitenciar. O perdão seria dado através de uma indulgência da igreja”.

“Essa era uma forma de domínio da religião sobre as mentes. No século 16, por exemplo, essa indulgência se tornou algo que era vendido mesmo. As pessoas poderiam comprar o perdão de um pecado que nem haviam cometido ainda”, apontou.

A quaresma representava os 40 dias que Jesus passou no deserto e a quarta-feira de cinzas era uma reflexão para lembrar que todo ser humano é pó e ao pó retornará.

E assim, as religiões se misturaram. Os pagãos aprenderam a pedir perdão após seus pecados e os cristãos se contaminaram completamente ao participar de suas festas, perdendo o verdadeiro sentido das festas bíblicas.

“Cada festa tem seu motivo e participar é o mesmo que endossar”, diz Rodrigo Silva (Foto representativa: Piqsels)

“E se eu me vestir de borboleta e jogar confetes?”

Karina Bacchi perguntou ao teólogo se é errado um cristão somente participar das brincadeiras de carnaval, se vestindo de borboleta, por exemplo, e jogando confetes. Ou ainda ligar a TV e assistir aos desfiles durante o feriado.

“É possível fazer um show de humor num funeral? Tem como ir com um vestido de noiva branquinho para um lugar cheio de lama?”, ele respondeu com outras perguntas.

Karina e Rodrigo concordaram que “cada festa tem seu motivo” e participar é o mesmo que endossar.

“É óbvio que uma pessoa com um vestido branco vai sair toda suja de lama, ainda que ela insista que não vai participar e só vai assistir”, completou e ao finalizar, Rodrigo lembrou das palavras de Jesus, na oração do “Pai Nosso”.

“Não vos deixeis cair em tentação. No original grego do NT, a expressão é ainda mais clara: ‘Não permita que eu vá para a tentação’. Ou seja, não busque a tentação, não se coloque numa situação difícil. Além disso, participando, que imagem você dará às crianças e aos jovens?”, questionou ao concluir.

‘A antiga Antioquia agora é uma cidade fantasma’, lamenta pastor na Turquia

Madrigal gravou um vídeo mostrando a destruição: “Há muita necessidade aqui. Não há água, não há eletricidade e a infraestrutura está em colapso”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE EVANGELICAL FOCUS

Cidade de Antakya depois do terremoto. (Foto: Captura de tela/YouTube Protestante Digital)

Um vídeo com relatos de Marc Madrigal, que é pastor de uma igreja em Istambul, mostra como a cidade de Antakya — a antiga Antioquia da Síria — ficou depois do terremoto devastador, ocorrido em 6 de fevereiro, deixando mais de 40.000 mortos.

Ele viajou para a zona do desastre em representação da Fundação da Igreja Protestante Turca e ao chegar lá, constatou que 80% dos prédios desabaram ou terão que ser demolidos.

O vídeo foi gravado na manhã de 15 de fevereiro, doze dias após o desastre natural. Em 5 minutos de gravação, somente a voz do pastor e o som dos pássaros são ouvidos.

‘Cidade fantasma’

Madrigal lamenta que a antiga Antioquia, que foi a terceira maior cidade do Império Romano, seja agora “uma cidade fantasma”.

“A maioria das pessoas partiu, talvez uns 10% tenha ficado. Os que ficaram são pessoas sem recursos, refugiados sírios ou pessoas que não querem perder seus pertences. Muitos foram para Ancara e outras cidades”, ele explicou.

“Há muita necessidade aqui. Não há água, não há eletricidade e a infraestrutura está em colapso. Serão necessários 2 ou 3 anos para que as pessoas reconstruam suas casas”, disse.

“As pessoas que ficam em barracas ou contêineres vão precisar de geradores de energia. Além disso, vão necessitar de tanques de água para higiene pessoal e lavagem de roupas”, continuou.

“Há um trauma tremendo aqui”

Além de todos os problemas já citados, o pastor lembra ainda do frio intenso. “Faz frio demais aqui, então, aquecedores também seriam muito úteis. As pessoas se reúnem à noite e acendem fogueiras”, contou.

“Apesar do terremoto e suas consequências, elas conversam e conseguem rir e tudo parece normal. Mas não é assim. Ontem eu estava conversando com um irmão que parecia bastante alegre. Mas ele me disse que havia perdido todos os seus netos e que sua filha havia sido resgatada dos escombros e estava no hospital”, disse.

Segundo Madrigal, existem muitas histórias como esta, de pessoas que perderam parentes ou vizinhos. “Há um trauma tremendo aqui”, considerou ao dizer que há cidades menos afetadas, mas é possível que em Antakya é onde a situação parece pior.

‘Queremos nos envolver como Igreja’

“Como Igreja, isso é o que posso compartilhar até agora, pois queremos nos envolver com as pessoas daqui a longo prazo”, disse.

Um vídeo gravado por um drone de 55 minutos pela Euronews mostra a extensão da destruição em Antakya, que tinha uma população de mais de 200.000 pessoas antes do terremoto.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Terremotos são sinais do fim dos tempos? Saiba o que dizem as profecias bíblicas

De acordo com Lamartine Posella, o terremoto na Síria e Turquia, que deixou quase 40 mil mortos, é um grande sinal.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Cenas após o terremoto na Síria e Turquia. (Foto: Captura de tela/Vídeo G1)

“Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores”, é o que afirma a palavra de Deus em Mateus 24, capítulos 7,8.

Entre outras citações, os terremotos sinalizam o tempo do fim, na medida em que acontecem com mais intensidade e intervalos de tempo cada vez mais curtos, conforme as ‘dores de parto’.

A simbologia bíblica que usa a ‘mulher que está prestes a dar à luz’ está ligada à volta de Cristo. Quanto mais terremotos, guerras, pandemias, fomes e perseguições houver, ou seja, quanto mais dor, mais perto está a chegada de Jesus.

E qual a relação do atual terremoto ocorrido na Síria e Turquia com essas profecias? Para o pastor Lamartine Posella “não foi um terremoto qualquer”, disse ao lembrar numa live em seu canal no YouTube, que foi o mais forte em 80 anos na região e que serve de “grande sinal” para a Igreja.

Cenas após o terremoto na Síria e Turquia. (Foto: Captura de tela/Vídeo G1)

‘Haverá uma grande colheita de almas’

“O ano de 2023 começou com tudo e qual é o papel da Igreja? O povo está dormindo e sem noção do que está acontecendo”, disse Posella.

“Jesus explicou que os sinais da natureza seriam como as dores de parto de uma mulher. Nós estamos vivendo esse tempo, não dá para negar e não dá para ficar dormindo”, continuou.

“Esse é o tempo de correr, a igreja precisa evangelizar porque Jesus está voltando. Deus vai escancarar janelas e portas para a gente alcançar o mundo inteiro. Haverá uma grande colheita de almas”, destacou.

‘Este é o momento de lançar a última rede’

Segundo o pastor, os sinais não se limitam aos terremotos, mas a geopolítica está dando vários sinais também.

Entre os sinais, Posella mencionou a guerra entre Rússia e Ucrânia, a China lançando seus balões, Irã deixando cada vez mais claro que vai eliminar Israel do mapa e a tensão entre as superpotências.

“Comece a orar pelos seus amigos, sua família e seus companheiros de trabalho. Fale de Jesus, porque eles vão se converter. Este é o momento de lançar a última rede”, concluiu.

Cenas após o terremoto na Síria e Turquia. (Foto: Captura de tela/Vídeo G1)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

No inverno seco de Jerusalém, antigas piscinas do rei Herodes se enchem por chuvas

As piscinas do Palácio de Herodes foram construídas há 2 mil anos onde hoje está o complexo da Torre de Davi.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE ISRAEL365 NEWS

As antigas piscinas do rei Herodes se encheram após as fortes chuvas que atingiram Israel. (Foto: Museu da Torre de David).

No inverno seco de Jerusalém, as antigas piscinas do rei Herodes se encheram após as fortes chuvas que atingiram Israel, nesta semana.

Localizadas no Palácio de Herodes, o enchimento das antigas piscinas bloquearam o acesso a algumas partes do Museu da Torre de Davi.

O Palácio foi construído pelo rei Herodes há 2 mil anos no local onde hoje está o complexo da Torre de Davi, próximo à entrada do Portão de Jaffa, na Cidade Velha de Jerusalém. O luxuoso prédio não existe mais, mas as fundações podem ser vistas no Museu.

Flávio Josefo, historiador e filósofo romano do século 1, descreveu o local como um lugar belíssimo com muitas árvores e lagos.

“Ao redor havia muitos claustros circulares, levando uns aos outros, as colunas em cada uma sendo diferentes, e seus pátios abertos todos de relva verde; havia bosques de várias árvores entrecortados por longas caminhadas, que eram margeadas por canais profundos, e lagoas por toda parte cravejadas com figuras de bronze através das quais a água era descarregada, e ao redor dos riachos havia numerosos berços para pombos mansos”, afirmou.

Palácio e piscina do rei Herodes. (Foto: Imagem cortesia do Museu da Torre de David).

As piscinas de Herodes foram descobertas durante escavações na década de 1980. No calor do verão ou durante os invernos secos em Jerusalém, as antigas piscinas costumam ficar secas, mas, neste ano, estão cheias de água novamente.

As piscinas ficam próximas ao edifício Kishle, localizado ao sul da Torre de David contra a parede da Cidade Velha, local em que arqueólogos acreditam que pode ter ocorrido o julgamento de Jesus, pelo governador romano Pôncio Pilatos.