sexta-feira, 8 de março de 2019

Judeus reivindicam estabelecimento de sinagoga no Monte do Templo

Grupo quer que Monte do Templo seja declarado como o lugar mais sagrado para o povo judeu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA GOD TV

Monte do templo, em Jerusalém. (Foto: Reprodução/GTV)

Ativistas que defendem os direitos israelenses no Monte do Templo realizaram uma reunião de emergência na noite de domingo (03) para discutir a recente ocupação ilegal do complexo Sha'ar HaRachamim (Porta Dourada), além da exigência de uma resposta israelense contra as decisões do Waqf islâmico, entidade encarregada de administrar os edifícios muçulmanos no Monte do Templo.

As tensões se agravaram pela decisão dos muçulmanos de construir uma nova mesquita na estrutura da Porta Dourada, um dos oito portões das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém.

A área da Porta Dourada está fechada sob ordem judicial desde 2003, depois de ter sido usada para terrorismo, mas os militantes Waqf e muçulmanos acessaram o local e estabeleceram ali outra mesquita, a quinta no Monte do Templo.

Diversos ativistas israelenses participaram da reunião para avaliar a situação urgente, na qual pediram visitas dos israelenses em massa ao Monte do Templo na quinta-feira (07) “para fortalecer o poder judaico no local sagrado”.

Eles também reivindicam o estabelecimento de uma sinagoga no Monte do Templo.

Por causa do que chama de “violação do status quo no Monte do Templo”, os ativistas pediram a implementação da exigência de longa data feita pelos rabinos e encabeçada pelo falecido rabino Mordechai Eliyahu para estabelecer uma sinagoga no Monte do Templo, no Portão Dourado, área na qual os muçulmanos estabeleceram recentemente outra mesquita.

A assembleia também fez um apelo para que o Waqf seja declarada uma organização ilegal e banida do Monte do Templo.

Os participantes da reunião de emergência também pediram aos partidos políticos israelenses que exijam a permissão da oração judaica no Monte do Templo como pré-condição para qualquer acordo de coalizão.

Finalmente, os ativistas convocaram o governo para promulgar os regulamentos necessários para definir o Monte do Templo como o local mais sagrado para o povo judeu e estabelecer os regulamentos necessários para a oração dos judeus no Monte do Templo.

Os judeus são banidos de qualquer forma de oração no Monte do Templo, e qualquer tentativa de fazer isso por um judeu é prontamente frustrada pelo Waqf e pela polícia e pode terminar com a prisão do adorador judeu.

A área do Portão Dourado, conhecida pelos muçulmanos como Bab al-Rahma, permanece aberta apesar das tentativas dos israelenses de fechá-la e de violar uma ordem judicial.

Os muçulmanos veem a reabertura da área como uma demonstração de desafio contra Israel, e sem resposta israelense a essa mudança do status quo no Monte do Templo, uma vitória sobre a presença de Israel em Jerusalém.

A liderança muçulmana alega que Israel quer manter o Portão Dourado fechado para os muçulmanos “para dar aos fanáticos judeus, que pedem a reconstrução de seu templo dentro do complexo de Al-Aqsa, livre acesso e presença na área”.

Os muçulmanos, assim como a organização terrorista Hamas, ameaçaram uma explosão de violência se Israel tentar fechar a área.

No domingo, a polícia israelense entregou ao presidente do Conselho Waqf em Jerusalém, xeque Abdul-Azim Salhab, uma ordem proibindo que ele entrasse no complexo da mesquita de Al-Aqsa por 40 dias, o mais recente líder muçulmano a receber tal ordem após a agitação no Monte do Templo.

Mais tensão entre israelenses e palestinos

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) “condenou nos termos mais fortes” a proibição “arbitrária” das autoridades israelenses sobre a entrada de funcionários Waqf como “uma escalada perigosa destinada a impedir o acesso de muçulmanos adoradores à mesquita e minar o papel e trabalho do Waqf”.

O ministério em uma declaração na segunda-feira (04) alegou que “Israel tenta esvaziar a mesquita de cidadãos palestinos e adoradores muçulmanos”, que ele enfatizou como parte de seus planos para impor a divisão temporal de al-Aqsa até que seja espacialmente dividido.

O ministério alertou para as repercussões das “medidas arbitrárias israelenses contra a mesquita de al-Aqsa”, que afirmou “vêm no contexto da judaização e alteração do caráter e da identidade da cidade de Jerusalém”.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Muitas pessoas na América Latina têm descendência judaica, aponta estudo

Os dados são resultados do movimento de judeus que fugiram da Espanha e Portugal durante a Inquisição rumo às Américas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO HAARETZ

Muitas pessoas na América Latina têm descendência judaica, diz estudo. (Foto: Exército Brasileiro-12 BI/Rafi Green)

Muitos indícios históricos indicam uma significativa ascendência judaica entre as populações da América Latina, América do Norte e Europa. A tendência se deve ao grande número de judeus que foram forçados e se converter ao catolicismo na Espanha e Portugal e fugiram da Inquisição para as Américas no final do século XV.

Um estudo publicado na revista científica Nature Communications, em dezembro de 2018, indica que quase um quarto da população na América Latina são descendentes de comunidades judaicas espanholas e portuguesas. Os autores do estudo dizem que este é um fenômeno mais difundido do que se pensava, e observam que hoje há mais descendentes judeus na América Latina do que na Espanha e Portugal.

O estudo, que envolveu mais de 8 mil pessoas do México e outros países, não reflete uma amostra representativa de todos os latino-americanos porque se concentrou em habitantes de áreas urbanas. Por isso, não foi possível atribuir um número percentual à população geral da América Latina.

Uma das descobertas mais importantes diz respeito à proporção relativamente grande de pessoas com raízes genéticas hispano-judaicas. Segundo os autores do estudo, 1% dos brasileiros, 4% dos chilenos, 3% dos mexicanos e 2% dos peruanos são descendentes de judeus do norte da África e do leste do Mediterrâneo. Os pesquisadores dizem que pelo menos 5% do genoma que se origina nessas áreas foi detectado em 23% de todos os indivíduos.

“Não ficamos surpresos com a presença de ascendência judaica na América Latina, uma vez que documentos históricos sugerem uma possível migração, apesar dos registros serem escassos”, disse o geneticista Kaustubh Adhikari, da University College London. “Ficamos surpresos, no entanto, com a ampla extensão de sua presença, já que não havia indicação anterior dessa magnitude. Assim, realizamos testes extensivos para verificar se o que observamos não era um mero artefato de nossa análise”.

Os pesquisadores também analisaram a conexão entre as heranças genéticas e as características físicas externas. Por exemplo, eles descobriram que em uma população mista com uma taxa maior de raízes do noroeste da Europa, a cor da pele era mais clara, em média. Os pesquisadores também analisaram dois grupos com diferenças genéticas claras — um grupo relacionado ao povo indígena mapuche (que é nativo do Chile e do sul da Argentina) e o outro relacionado aos habitantes dos Andes Centrais. O estudo revelou que, além de possuírem um perfil genético diferente dos moradores dos Andes, os descendentes dos mapuches também possuem narizes mais chatos e largos.

Por outro lado, Adhikari observa que, diante da taxa de origem genética judaica relativamente baixa, as ferramentas usadas no estudo não são suficientes para ligar raízes judaicas com as características físicas. “Mas este é um tópico muito interessante e esperamos voltar nisso em estudos futuros”, avaliou.

Apesar da maior precisão das novas descobertas, o geneticista Shai Carmi, da Universidade Hebraica, destaca que “é difícil medir com precisão os percentuais”. No entanto, ele diz que o estudo apoia dados anteriores e aumenta a relevância das informações históricas. Talvez o estudo estimule as pessoas em toda a América Latina a buscarem suas raízes judaicas.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Funcionários da ONU perseguem refugiados cristãos na Tailândia, diz defensora internacional

Ann Buwalda denunciou dificuldades impostas a cerca de 4 mil pessoas que esperam liberação de documentos pela ACNUR.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Cristãos participam de uma oração no Paquistão. (Foto: Mohsin Raza/Reuters)

Milhares de cristãos paquistaneses que buscam asilo na Tailândia estão sujeitos a uma carga injusta de provas imposta pelas Nações Unidas, o que levou a muitas negações para os crentes que fugiram da perseguição, disse uma advogada de direitos humanos a membros do Congresso americano nesta terça-feira (27).

Ann Buwalda, diretora do grupo de defesa internacional Jubilee Campaign USA e fundadora da Just Law International, testemunhou perante membros do subcomitê de Relações Exteriores da Câmara sobre a crise de requerentes de asilo de minorias religiosas e étnicas na Tailândia.

Enquanto o Paquistão é o quinto pior país do mundo em perseguição cristã, milhares de cristãos paquistaneses migram para países como Malásia e Tailândia em busca de refúgio contra a violência social associada à sua fé em Cristo.

De acordo com Ann Buwalda, a Jubilee Campaign estima que há entre 3.000 e 4.000 refugiados cristãos paquistaneses na Tailândia, com casos pendentes perante o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Muitos desses refugiados estão na cidade de Bangcoc.

“Alguns deles são aprovados e aguardam o reassentamento”, explicou ela. “Mas alguns casos estão fechados e eles não têm para onde ir.”

Condições deploráveis

Ann Buwalda entrou no depoimento do caso de Michael D´Souza, um cristão paquistanês a quem foi negado o status de refugiado pelo ACNUR em Bangcoc e foi forçado a ficar no notório Centro de Imigração e Detenção (IDC) da capital paquistanesa. As condições no centro, dizem Buwalda e outros ativistas de direitos, são “deploráveis”.

“Depois de um ano de sofrimento e sem esperança, Michael D´Souza retornou ao Paquistão. Ele foi brutalizado pelas pessoas que temia que o perseguissem”, disse Ann Buwalda. “Seu caso não deveria ter sido negado e ele permanece preso em Karachi, Paquistão”.

As condições no IDC são tão difíceis que algumas pessoas morreram dentro do centro. Muitos são levados para lá depois de serem presos em buscas de imigração.

Em maio de 2017, um cristão acusado de blasfêmia no Paquistão morreu no centro depois que as autoridades deixaram de lhe fornecer tratamento para uma condição de saúde curável.

Quanto a Michael D´Souza, Ann Buwalda diz que seu caso demonstra o fato de que os refugiados que fogem da perseguição religiosa “devem ter a oportunidade de ter seus casos com mais racionalidade”.

“Descobrimos que em muitos dos casos no ACNUR em Bangcoc, há negações porque há um padrão não razoável e ônus da prova colocados sobre eles”, explicou a advogada.

“Temos muitos casos, assim como nossos colegas, que auxiliam no processamento de refugiados. Parece-nos claramente que o ACNUR em Bangcoc colocou um ônus da prova mais elevado nos requerentes de asilo cristãos paquistaneses”.

Ann Buwalda e seus colegas tentaram conscientizar sobre as lutas enfrentadas por requerentes de asilo cristãos na Tailândia.

“Nós nos aproximamos do ACNUR. Eles são simpáticos. Mas as condições em termos das entrevistas não mudaram”, disse a advogada perante o Congresso. “Gostaríamos de ver essa mudança acontecer.”

Os cristãos paquistaneses não são os únicos que buscam asilo na Tailândia, pois há também um grupo de cerca de 500 montanheses do Vietnã detidos em Bangcoc.

“Eles estão em uma situação horrível no centro de detenção do IDC, onde na verdade existem mães separadas de seus filhos e não lhes é permitido sequer amamentar”, detalhou a advogada.


Ann Buwalda, diretora do Jubilee Campaign, testemunhou perante uma subcomissão deRelações Exteriores da Câmara em Washington. (Foto: Reprodução/House)

Questionamentos à ONU

Membro de classificação do subcomitê, o deputado Chris Smith expressou sua preocupação com o fato de que apenas “10 a 30 por cento” dos cristãos paquistaneses na Tailândia estão recebendo o status de refugiado pelo ACNUR.

Autor da Lei de Liberdade Religiosa Internacional de Frank R. Wolf de 2016, Chris Smith questionou como o Congresso poderia responsabilizar o ACNUR.

“Mandei cartas para eles. Eu falei com funcionários. Conversamos com o ACNUR e parece que não conseguimos chegar a lugar nenhum”, explicou o deputado.

Ann Buwalda respondeu que uma das razões pelas quais as taxas de negação são tão altas é porque o ACNUR tem um “ônus da prova desequilibrado” colocado sobre os cristãos paquistaneses por causa de um nível de “ceticismo”.

“Nós tivemos um funcionário do ACNUR descrevendo o ceticismo básico dos cristãos paquistaneses que procuravam asilo lá que demonstraram que provavelmente há problemas em todo o sistema dentro de Bangcoc [de] não lidar efetivamente com esses casos”, afirmou a advogada.

Ela observou que houve um esforço em 2016 e 2017 dentro do ACNUR em Bangcoc para diminuir os atrasos quanto às liberações dos refugiados.

“O que eles fizeram para apressar os casos foi negá-los e isso também veio com reivindicações de credibilidade comuns”, recordou a advogada. “Com uma reivindicação de credibilidade média, você quase não tem chance de apelar e fica sem esperança”.

Ann Buwalda afirmou que os próprios relatórios do ACNUR demonstram que os cristãos paquistaneses de fato sofrem perseguição.

“Um dos exemplos que dei em meu testemunho foi Talib Masih”, disse ela aos membros do Congresso. “Masih foi listado no próprio relatório [do ACNUR] antes de negar seu pedido de asilo em Bangcoc e nós trabalhamos muito, seu caso foi revertido. Mas agora ele não tem para onde ir. Ele não foi encaminhado para nenhum país neste estágio, um ano depois, para o reassentamento. Então, continuamos preocupados com ele e outros que deveriam ser reassentados”.

terça-feira, 5 de março de 2019

Evangélicos ajudaram mais de 750.000 judeus a migrarem para Israel

Com o apoio dos evangélicos, a Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus levou milhares de judeus para Israel nas últimas três décadas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Yael Eckstein (à esquerda) recebe imigrantes judeus da Ucrânia em Israel, em fevereiro de 2019. (Foto: IFCJ)

Mais de 750 mil judeus conseguiram começar uma vida nova em Israel com o apoio de uma organização fundada por um rabino e financiada por evangélicos.

O número é resultado do trabalho da Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus (IFCJ, na sigla em inglês) nas últimas três décadas, que possibilitou a Aliá — um importante conceito no judaísmo que designa a imigração de judeus para Israel.

A entidade filantrópica foi fundada em 1983 pelo rabino Yechiel Eckstein, com o objetivo de promover a cooperação entre judeus e cristãos e construir amplo apoio ao Estado de Israel. Ele faleceu aos 67 anos em 6 de fevereiro deste ano, e a organização passou a ser comandada por sua filha, Yael Eckstein.

“Meu pai disse que se sentia como se fosse Cristóvão Colombo descobrindo a América - de repente ele percebeu que há milhões de cristãos que amam o povo judeu e que estão com Israel”, disse Yael ao site The Christian Post nesta quinta-feira (28).

Atualmente, a IFCJ é a maior organização filantrópica de Israel. Ela arrecada cerca de 130 milhões de dólares (equivalente a 487 milhões de reais) em doações por ano, muitas das quais vêm de evangélicos dos Estados Unidos.

O primeiro grupo de judeus foi levado de avião da Rússia para Israel em 1992, através do programa On Wings of Eagles, que buscava retirar judeus da situação de pobreza e do antissemitismo. Desde então, milhares de judeus emigraram da antiga União Soviética, Etiópia, Ucrânia, Turquia, Iêmen, Argentina e outros países onde viviam em dificuldades.

“Foi no início dos anos 90 que a União Soviética entrou em colapso e a comunidade cristã ajudou o povo judeu a ir para Israel”, explicou Yael. “Muitos deles eram sobreviventes do Holocausto. Isso faz parte da profecia bíblica que está se cumprindo. Jeremias fala sobre isso, Isaías fala sobre isso”.

Recomeço

Em parceria com o governo israelense, a IFCJ ajuda na compra das passagens aéreas e garante apartamentos para as famílias de imigrantes em comunidades onde as pessoas falam seus idiomas nativos. O governo ainda oferece aulas de hebraico gratuitas.

“Fizemos um estudo para entender por que judeus em situações perigosas não voltam para Israel. Descobrimos que há duas razões: eles têm medo de ir atrás de um apartamento e colocar seus filhos na escola. Eles não conhecem a língua. Eles não sabem nada”, conta Yael.

Em média, há um custo de mais de US$ 1.500 (equivalente a R$ 5.600) para ajudar uma pessoa a migrar para Israel, de acordo com a organização.

Enquanto a IFCJ normalmente freta um avião por mês com grandes grupos de imigrantes, uma média de 17 novos imigrantes chegam a Israel todos os dias em voos comerciais.

“O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou a dizer há algumas semanas que, no futuro, as únicas pessoas em que podemos confiar para ajudar Israel são os judeus ortodoxos e cristãos”, lembrou Yael. “Essa é uma afirmação bem radical por causa da mudança de como Israel e o povo judeu olham para os cristãos. Obviamente, nos EUA, os cristãos são alguns dos maiores aliados da política [pró-Israel]”.