sexta-feira, 26 de abril de 2024

Cristãos são atacados por negar fazer convite de noivos gays: “É questão de princípios”

Em entrevista ao Guiame, o casal Thiago e Beatriz, empreendedores do Jurgenfeld Ateliê e Fotografia, contaram que estão sendo acusados de homofobia e atacados na internet.

FONTE: GUIAME

O casal Thiago e Beatriz. (Foto: Instagram/jurgenfeldakombi).

Desde terça-feira (23), o casal cristão Thiago e Beatriz, empreendedores do Jurgenfeld Ateliê e Fotografia, vem enfrentando críticas e recebendo ameaças na web, após não aceitarem um pedido de noivos gays para fazer o convite do seu casamento.

O casal cristão, de São Paulo, atua na área de fotografia de casamentos há mais de 8 anos e na área de convites de casamento há 3 anos.

Em entrevista ao Guiame, eles contaram que o casal homoafetivo entrou em contato com o ateliê através de uma plataforma paga que capta clientes, e o atendimento a eles aconteceu normalmente.

“Nós respondemos de uma maneira extremamente educada e a resposta deles também foi educada em certo sentido, mas carregada de um aparente sentimento de raiva”, disseram.

Após a repercussão da decisão da empresa de não prestar serviços aos noivos, devido a seus princípios cristãos, Thiago e Beatriz foram acusados de homofobia nas redes sociais e foram ameaçados por usuários.

“Fomos extremamente ameaçados por pessoas, a maioria homossexuais, com mensagens contendo o nosso endereço e palavras do tipo ‘iremos atrás de vocês’ ou então ‘vamos matá-los por isso’ e algumas até mesmo ‘que Lúcifer faça sexo em vocês e os mate’", revelou o casal.

A polícia vai instaurar um inquérito para investigar as ameaças, conforme os cristãos.

"Temos um advogado que se solidarizou com a causa e está fazendo nossa ampla defesa”, informaram eles.

Liberdade religiosa atacada

O casal Thiago e Beatriz. (Foto: Jurgenfeld Fotografia).

Para Thiago e Beatriz, sua liberdade religiosa foi atacada com a repercussão do caso. “Em nenhum momento fomos desrespeitosos com eles ou os ofendemos por serem homossexuais”, afirmaram.

“Nós simplesmente dissemos que para nós é uma questão de princípios e não iremos abrir mão das convicções da nossa fé”, ressaltaram.

O casal explicou que seu trabalho não é apenas uma fonte de renda, mas uma forma de honrar Jesus.

Eles ainda comentaram que têm consciência que os cristãos podem ser perseguidos por causa de sua fé.

“Já tivemos o privilégio de estar em alguns países perseguidos e sabemos o quanto a Igreja é oprimida por amar a Deus e obedecer os seus princípios”, declararam.

Apoio

Em vídeo no Instagram, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) se solidarizou com o casal cristão e pediu que seus seguidores os apoiassem.

“Eles estão sendo cancelados, estão sendo acusados de homofobia, sendo que homofobia não é simplesmente uma recusa de fazer um convite de casamento. Homofobia é uma aversão ao homossexual, que não é o caso. A gente sabe que isso é uma militância em cima de pessoas que estão trabalhando, a militância está destruindo a imagem deles”, criticou Nikolas.

E acrescentou: “Estou me solidarizando porque tenho certeza que isso já vem acontecendo há muito tempo, agora é com eles, daqui a pouco é com você, com seu pai, seu irmão, eu não quero que isso aconteça. Diz respeito à nossa liberdade religiosa”.

Nesta quinta-feira (25), Thiago e Beatriz agradeceram ao apoio que receberam.

“Gostaríamos muito de agradecer a todas as mensagens de carinho e apoio que temos recebido. Muitos advogados entraram em contato conosco solidarizando-se com a causa e uma parte deles já está tomando as providências legais”, escreveram.

“Nunca pedimos por tanta ‘fama’ assim, seja positiva ou negativamente, contudo cremos que há um propósito para todas as coisas debaixo dos céus”, refletiram.

Liberando perdão

Ao serem perguntados sobre como respondem aos ataques recentes, os cristãos disseram que liberaram perdão aos agressores e desejam que eles também conheçam o amor de Cristo.

“Perdoamos nossos acusadores e as pessoas que nos ameaçaram. Que o Senhor os abençoe e revele seu caráter de amor e justiça, para que eles conheçam o Jesus que transformou a nossa história”, declararam ao Guiame.

Um caso semelhante aconteceu no Brasil em 2020, quando um pastor do Rio de Janeiro foi acusado de homofobia por se recusar a fazer um casamento homoafetivo.

Omar Zaracho, que trabalha como celebrante de casamentos em Búzios, foi alvo de intolerância religiosa após recusar o serviço a um casal de lésbicas.

Comentando o caso na época, Tadeu Nóbrega, professor e mestre em Direito Constitucional e diretor da União dos Juristas Católicos de São Paulo (UJUCASP), disse à Gazeta do Povo que a recusa de fazer um casamento homoafetivo é sustentada pelo artigo 5º da Constituição, que permite a objeção de consciência — o que impede que qualquer cidadão seja obrigado a fazer algo que vá contra suas convicções, sejam religiosas ou não.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Ex-guerrilheiro é impedido de matar cristão e se rende a Deus: “Não consegui sacar a arma”

Felipe contou ao Guiame que ouviu a voz de Deus e foi livrado do mundo do crime.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Imagem ilustrativa. (Foto: Lukas/PxHere/Creative Commons)

O cristão perseguido na Colômbia, identificado como Felipe (nome fictício por motivos de segurança), está no Brasil para dar seu testemunho e falou exclusivamente ao Guiame, dando detalhes de sua vida cristã depois de convertido.

“Nasci em 1969, numa região camponesa e pobre da Colômbia. Meu pai era alcoólatra e minha mãe morreu quando eu tinha 1 ano de vida. O que me aconteceu depois disso é fruto de orfandade e solidão”, iniciou.

“Desde então, uma família que não conhecia ao Senhor ficou responsável por mim”, disse ao especificar que cresceu sem conhecer os princípios cristãos. “O que me ensinaram foi a filosofia do marxismo, do materialismo. E eu não conhecia nada além da guerrilha”, continuou.

“Eu tinha muita sede de matar cristão”

Aos 6 anos de idade, Felipe prestava pequenos serviços para os guerrilheiros, levando e trazendo mensagens através de cartas. Ele conta que, naquela época, já via igrejas sendo perseguidas pelos criminosos.

Ainda menino, Felipe foi obrigado a cometer crimes, incluindo assassinato: “Minhas mãos se sujaram de sangue pela primeira vez. E, pouco antes de completar 7 anos de idade, a guerrilha me recrutou”.

Aos 11 anos, o pré-adolescente já tinha 10 guerrilheiros sob o seu comando: “A guerrilha começou a crescer e eu também. Aos 17 anos eu tinha 170 guerrilheiros sob minha responsabilidade”.

“Só para esclarecer, aqueles que estão no comando de uma guerrilha não matam, eles mandam matar. Mas eu tinha muita vontade, muita sede de matar um cristão”, revelou.

Revelação de Deus

Certo dia, ao ver um homem pregando o Evangelho, Felipe o ameaçou: “Eu não permitia que ninguém me falasse de Deus e eu estava armado para matar aquele homem”.

“Eu perguntei a ele: quem te permitiu pregar o Evangelho aqui? E ele me disse: o Senhor Jesus Cristo. Aquilo me deixou muito indignado porque era uma afronta direta contra mim e meu comando”, lembrou.

“E eu disse: então, hoje você vai morrer. E esse homem valente, pegou a Bíblia em suas mãos. Eu dei um passo em sua direção e ele deu dois passos à frente. Ele era muito corajoso. Eu ia matá-lo, mas ele ‘me matou’ primeiro. Eu não conseguia sacar a arma e suava frio, com vontade de chorar”, detalhou.

“Foi quando ele me apontou com a Bíblia e disse: Sabe, comandante, se o senhor me matar hoje, Deus vai levantar homens nessa montanha para pregar o Evangelho. E o Espírito Santo está me revelando que o senhor será um deles”, disse.

Felipe conta que mandou o homem embora e, ao ser questionado pelos guerrilheiros por que não o matou, justificou que “não matou porque não quis”.

Sonho de revelação

Outros cristãos foram encontrados na mesma montanha e Felipe confessa que nunca teve coragem de tocar neles: “Na Colômbia, todos os guerrilheiros são também satanistas. Eu comecei a pedir a satanás que aparecesse a mim”.

“Mas ele não apareceu. Então, eu pedi que se o Deus dos evangélicos existisse, que ele aparecesse a mim, porque eu queria conversar com ele e queria que ele me desse poder para libertar a Colômbia do jugo do governo”, destacou.

Como nenhum dos dois apareceu como Felipe esperava, ele concluiu que ambos não existiam: “Continuei na guerrilha, matando gente, queimando casas e igrejas de cristãos, em batalhas contra o exército”.

Até que, um dia, Felipe teve um sonho: “Uma porta se abria no céu e um homem descia. Ele me disse: Se você não se arrepender, certamente vai morrer. E aquela voz entrou na minha cabeça, no meu coração e foi tremendo. Eu caí de joelhos chorando, e caíam folhas, frutos e galhos das árvores. E essa voz me seguiu por muito tempo”.

‘Aquela voz me salvou’

Durante um confronto com o exército, Felipe foi capturado e, em seguida, torturado por 17 dias: “Eu estava quase morrendo e eles planejavam me enterrar vivo. Mas, um tenente chegou e me levou para a prisão”.

Os companheiros de guerrilha pagaram uma fiança. Ele conta que saiu da prisão ainda com mais ódio e vontade de matar. Mas, em outra ocasião, enquanto estava novamente cercado pelo exército, com helicópteros sobrevoando o céu, Felipe ouviu aquela voz do sonho.

Ele lembra da oração que fez: “Se o Deus dos evangélicos me tirar daqui e me livrar da morte, eu vou servi-lo até morrer. Consegui fugir e enquanto corria, ouvi a voz dizendo: ‘Felipe, eu sou Jesus de Nazaré que te tirou do meio do combate, levanta, foge e não volte mais’. E eu levantei, aceitei a Cristo como meu Senhor e Salvador e desde esse dia eu sirvo a Jesus”.

‘É perigoso pregar o Evangelho na Colômbia’

Felipe agora é perseguido pelos guerrilheiros que eram seus “amigos”. Ele disse que teme pela sua família: “Temo que eles fiquem sem o pai e esposo, mas eles têm noção do perigo que eu corro e do perigo que eles mesmos correm”.

Pregar o Evangelho em zona de conflito dominado pela guerrilha e pelo tráfico de drogas é extremamente perigoso, mas Felipe afirma que não vai parar.

“Crianças cristãs são especialmente desejadas pelas guerrilhas e aliciadas o tempo todo, pois são crianças com princípios, leais e que obedecem aos mais velhos, tudo o que eles precisam para criar gerações de guerrilheiros”, mencionou.

“Tive um filho aliciado pela guerrilha e uma filha sequestrada por eles. Graças a Deus, os dois voltaram para casa e eu tive oportunidade de levá-los a um lugar seguro, o Abrigo Lar Cristão, que é mantido pela Portas Abertas”, revelou.

Atualmente, seus filhos foram curados do trauma e também são cristãos: “Hoje, eles não estão mais no Abrigo e seguem suas vidas em segurança”.

Recado à Igreja no Brasil

Ao afirmar que deseja “viver e morrer por Cristo”, Felipe mencionou a importância da Portas Abertas treinar líderes para “resistir à perseguição de forma bíblica”.

Apesar de não existir a perseguição física contra os cristãos brasileiros, como ocorre em alguns lugares da Colômbia, Felipe acredita que os cristãos precisam estar preparados e também dispostos a orar por aqueles que são perseguidos por causa do nome de Cristo.

“Continuem firmes no Evangelho e na missão de apoio à Igreja Perseguida. Quando estamos no campo, principalmente quando passamos por algum perigo iminente, sentimos o poder de Deus e sentimos que existem irmãos orando por nós. Isso é real e precisamos que isso continue”, disse.

“A oração de vocês é vital para que permaneçamos firmes durante a perseguição. Não nos esqueçam e orem por nós”, concluiu.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Rabino e professor de física dizem que “mão de Deus” protege Israel de mísseis

O professor Maximilian Abitbol, especialista em defesa militar, disse que é cientificamente impossível alcançar uma taxa de defesa quase perfeita de 99,9%.

Fonte: Guiame, com informações de CBN New

O rabino Yitzchok Adlerstein. (Foto: Reprodução/CBN News).

No ataque do Irã contra Israel na semana passada, o exército israelense conseguiu se proteger dos mais de 300 drones e mísseis lançados em seu território.

Com a ajuda dos Estados Unidos, Reino Unido e Arábia Saudita, os militares abateram 99% dos projéteis, surpreendendo o mundo todo.

Muitos elogiaram a capacidade militar e os avanços em tecnologia defensiva de Israel. Mas, o sentimento entre os israelenses – mesmo que a maioria não seja religiosa – é que a nação foi abençoada com a proteção divina, conforme a CBN News.

O rabino Yitzchok Adlerstein, do Centro Simon Wiesenthal, ressaltou que acredita que o Senhor está defendendo Israel de seus inimigos hoje.

“Todos nós fomos testemunhas de nada menos que um milagre de proporções bíblicas”, afirmou ele, em entrevista à CBN News.

Segundo o colunista de tecnologia Hillel Fuld, não é apenas os líderes religiosos que veem a mão de Deus protegendo Israel.

Sem explicação científica

O professor de física Maximilian Abitbol diz que não há explicação científica para as forças israelenses e seus aliados conseguirem se defender dos mísseis e drones com uma taxa quase perfeita de 99,9%.

Maximilian, que também é especialista na indústria de defesa militar, observou que fisicamente não há como alcançar essa taxa de sucesso sem a intervenção divina. O professor chegou a calcular a probabilidade.

“É muito mais que um sentimento. Algo que resulta de um cálculo real: o que aconteceu em Israel no último Motzaei Shabat não foi menor que a escala da divisão do Mar Vermelho”, afirmou ele, em publicação no X.

"Quando olho para o que aconteceu no Motzai Shabat, em nível científico, isso simplesmente não pode acontecer! Os gestores das indústrias de defesa, que desenvolvem e fabricam estes sistemas, não garantem mais de 90% de sucesso! Mesmo que tivéssemos 90% de proteção teria sido um milagre! O que aconteceu é que todos, mas todos – os pilotos, os operadores de sistemas e os operadores de tecnologia agiram como um só homem, num momento em total unidade. Se isto não for um ato de D'us, então não sei mais o que é um milagre”, acrescentou.

O ataque

Na manhã do dia 14, Israel foi inundado com o som de alarmes de ataque aéreo, quando o Irã realizou uma missão de vingança sem precedentes, lançando centenas de drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.

O contra-almirante Daniel Hagari afirmou que o Irã lançou 170 drones, mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos. Vários desses mísseis balísticos atingiram o território israelense, resultando em danos menores a uma base aérea.

A ação levou o Oriente Médio a um cenário mais próximo de uma guerra regional. Um porta-voz militar relatou que mais de 300 lançamentos foram efetuados, mas que 99% deles foram interceptados com sucesso.