sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Pastor apoiado por missionários brasileiros é atacado e preso na Índia

O pastor realizava um culto em sua casa quando foi cercado por um grupo de extremistas hindus e retirado à força.

FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES


A perseguição tem sido uma realidade para igrejas na Índia. (Foto: Filipe Aires/Mahilah & Co)

Um pastor apoiado pelo projeto Mahilah & Co, que tem na liderança um casal de missionários brasileiros, está preso há mais de um mês na Índia, após um ataque de hindus extremistas à sua casa.

“Infelizmente, a perseguição chegou à nossa porta”, afirma Karen Aires, fundadora da Mahilah & Co no Brasil.

Em 2 de novembro, o pastor Ivaan (nome fictício por razões de segurança) realizava um culto em sua casa quando foi surpreendido por um grupo de extremistas hindus, que cercou sua residência e o retirou à força.

O grupo foi apoiado pela polícia, que incriminou o pastor em flagrante. Nesta semana, cristãos locais conseguiram contratar um advogado para intervir na soltura do pastor, mas o pedido de fiança foi recusado. O caso foi transferido para um tribunal de segunda instância.

“O fato em si já é crítico, mas o agravante é que sua esposa, que estava grávida, foi internada no mesmo dia e deu à luz em uma cesárea de emergência”, relata Karen.

A esposa, Sadhvi (nome fictício por razões de segurança), foi uma das vítima de tráfico humano resgatadas pelo projeto. Junto com o pastor Ivaan, ela tem sido uma parceira da Mahilah & Co, realizando cultos domésticos com pessoas em vulnerabilidade.

“O pastor Ivaan e a Sadhvi já tinham um menino de 1 ano e agora têm uma menina de um mês. Ela passou 20 dias internada depois do parto. Por causa de todo stress, seus pontos se rompiam e seu corpo não se adaptava à recuperação”, compartilhou Karen.

No último domingo (4), a diretora-executiva da Mahilah na Índia levou Sadhvi e seus filhos para um local seguro. No entanto, Sadhvi não tem familiares e precisa de doações para se manter.

“A necessidade imediata são os cuidados médicos e os itens para o bebê. Eles pagam o aluguel da casa onde moram no interior e vivem das ofertas do trabalho como pastor. Ela está literalmente dependendo de nós. A única família que ela tem somos nós da organização”, afirma Karen.

A realidade da perseguição na Índia

Ivaan é um dos pastores parceiros da Mahilah & Co, uma organização cristã que atua na prevenção, resgate e acolhimento vítimas do tráfico humano.

O projeto mantém duas casas que abrigam 54 meninas em vulnerabilidade no norte da Índia, uma das maiores rotas de tráfico humano do país — e uma das regiões menos alcançadas pelo Evangelho.

Karen e seu marido, Filipe Aires, moraram na Índia por 7 anos e fundaram a segunda casa de acolhimento — a primeira foi iniciada por indianos há 12 anos. Desde então, eles têm servido os mais vulneráveis no país, apesar da perseguição.


“A perseguição a grupos minoritários na Índia não é de hoje. O hinduísmo não é apenas uma religião, é uma cosmovisão. Eles tiram toda a base moral, ideológica e conduta da vida a partir do hinduísmo. A pessoa já nasce na Índia como hindu. Se eu nasci no Brasil, por exemplo, nunca serei, de fato, hinduísta. Dentro dessa perspectiva, tudo o que é fora do hinduísmo não é puro”, explica Karen em entrevista ao Guiame.

A situação se intensificou com as leis anticonversão, que fomentam ainda mais os hindus radicais.

“Antes era algo que acontecia no interior, missionários eram impedidos de entrar no país. Hoje estamos falando de vidas sendo ceifadas por causa do extremismo. Eles não consideram esse tipo de coisa como terrorismo, afinal, está dentro da Constituição indiana. Mas, se avaliarmos a partir da perspectiva dos direitos internacionais, um direito humano básico está sendo cerceado”, observa.

A repressão a religiões minoritárias se intensificou nos últimos cinco anos, especialmente com a ascensão do Partido do Povo Indiano, um dos principais do país, que carrega as bandeiras do nacionalismo e da identidade hindu.

Outro fator que agrava a perseguição é que a maioria da população protestante e católica são de castas baixas — embora esta segregação tenha sido teoricamente abolida em 1950.

“Dentro da Índia, o cristianismo é uma religião de pobres. Então, por ser pobre e vir de uma casta mais baixa, você não tem nenhum tipo de apoio, a não ser que isso venha de fora — o que afeta a situação econômica dos pastores”, explica Karen.

E avalia: “As pessoas que mais sofrem com a perseguição não são os missionários transculturais, como eu e meu marido. São os nativos. São eles que estão ali no dia a dia, como esse pastor. Eles vivem em situação precária e os recursos da igreja não são autossustentáveis. É diferente, por exemplo, da igreja brasileira, que movimenta milhões de reais”.

Como apoiar, na prática?

Embora Karen e Filipe sejam brasileiros, cerca de 95% das doações ao projeto missionário na Índia vem dos Estados Unidos. Essa é mais uma evidência do quanto a igreja brasileira precisa se engajar em missões.

“A igreja brasileira, infelizmente, se vangloria por ser um celeiro das nações, mas em vez de enviar seus missionários, os retém — tanto financeiramente como em mão de obra. Apesar das lindas promessas, pecamos muito em relação ao envio”, lamenta Karen.

Para mudar o quadro, ela acredita que uma das soluções é “apoiar os missionários que estão em campo e enviar missionários bem treinados para exercer um trabalho integral, e não com foco apenas em evangelização”.


Porém, a missionária lembra que “não é preciso inventar a roda”.

“Já temos muitas agências missionárias. Precisamos dar a mão para essas agências e sermos catalisadores de recursos e envio missionário”, sugere.

Ajude o pastor e as vítimas de tráfico humano

Diante da notícia da prisão, Karen prontamente espalhou uma mensagem a diversos grupos de WhatsApp e muitos se mobilizaram. “Ele está correndo risco de vida e não tínhamos dinheiro em caixa para fazer algo. Pela graça de Deus, conseguimos os recursos para ajudá-lo em menos de 48 horas”, disse.

No entanto, as necessidades do projeto Mahilah são imensas. Para se ter uma base, as casas da organização funcionam com apenas 50% do orçamento ideal. “Nosso custo mensal é de 15 mil reais e hoje temos menos de 7 mil”.

É possível apadrinhar uma menina e ser um parceiro mensal da Mahilah & Co. O valor para manter uma criança é de cerca de 400 reais, mas é possível iniciar um apadrinhamento a partir de 70 reais.

Karen Aires com meninas apoiadas pelo projeto. (Foto: Filipe Aires/Mahilah & Co)

No caso da família do pastor Ivaan, o projeto precisa de 1000 reais mensais por um período de 4 a 6 meses, a fim de dar suporte à esposa e aos dois filhos pequenos, enquanto o caso segue na justiça.

Karen lembra que há três formas práticas de ajudar a Mahilah & Co: fazendo doações, oferecendo espaço para treinamentos e testemunhos nas igrejas e compartilhando o conteúdo da organização nas redes sociais.

Mas a ajuda essencial é feita em oração. “Precisamos de grupos de intercessão e pessoas que se coloquem na brecha”, apela a missionária.

“Ore para que o pastor seja inocentado o mais rápido possível, que a corte seja favorável e não seja corrupta no processo. Ore para que a esposa se recupere rapidamente e encontre forças em Deus. Ore para que a igreja local seja fortalecida e não se disperse. E ore para que o pastor seja luz ali dentro da prisão”, finalizou.

Apoie o projeto:

Doações via PIX: contact@mahilah.com

Apadrinhamento | Plano mensal de R$75: mercadopago.com.br/doacaomensal

Apadrinhamento | Plano mensal de outros valores: mercadopago.com.br/doacaomensal

Para mais informações, acesse a página do projeto no Instagram.


Meninas apoiadas pelo projeto na Índia. (Foto: Filipe Aires/Mahilah & Co)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Paciente baleado encontra Jesus após enfermeira ler a Bíblia para ele por 90 dias

Ao sair do hospital, o jovem procurou uma igreja conforme havia prometido à enfermeira e teve um encontro com Cristo.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

Drew Anderson no hospital. (Foto: Reprodução/God TV)

Drew Anderson é um cristão coreano que cresceu nos Estados Unidos, após ser adotado. Ele conta que, certa noite, enquanto ele ainda dormia, ouviu um barulho na sala e se levantou da cama para ver se tinha alguém ali.


“Tinha um homem e eu corri atrás dele. Consegui tirá-lo de casa com facilidade, mas não tinha visto que havia outros dois”, lembrou.

“Eles se levantaram e um deles tinha uma arma. Lembro de vê-la apontada para mim e do último som que ouvi, assim que ele a disparou em meu rosto”, continuou.


Mas Drew conta que já estava vivendo um ciclo de destruição em sua vida, antes mesmo de levar um tiro durante a invasão de sua casa.

Em busca de aceitação

Abandonado no nascimento, Drew conta que sempre se sentiu impulsionado a lutar: “Sempre lutei para identificar a que lugar eu pertencia”, disse Drew. Quando ainda era bem pequeno, Drew foi adotado na Coréia por pais militares. Como a família se mudava com frequência, Drew conta que se sentia ansioso em busca de sua identidade.


“Você sabe, eu fui abandonado ao nascer, então eu sempre busquei saber quem eu era”, compartilhou ao dizer que quando estava com 14 anos seus pais se aposentaram em San Antonio, no Texas.


Desesperado por amizades, Drew rapidamente se envolveu com um grupo complicado: “Eu queria pertencer a alguma coisa. Eu precisava de aceitação por causa da minha situação emocional”, disse ao explicar que as pessoas se aproveitavam de sua vulnerabilidade.

‘Tudo mudou’

Bem jovem Drew se envolveu com bebida e drogas, mudando totalmente seu jeito de ser: "Deixei de ser um garoto muito inocente e quieto, para ser muito falador, agressivo e muito direto. Eu fumava maconha, bebia e cometia pequenos crimes, como roubo e invasão de casas”, confessou.


“Tudo mudou muito, muito rápido porque eu finalmente estava recebendo aceitação, afirmação e senti como se pertencesse a algo”, lembrou. Ao sair de casa, com 17 anos, sentiu-se fortalecido para explorar sua nova identidade. Mais tarde, o uso de cocaína tornou-se uma obsessão diária.


Ele lembra: “Eu me tornei um fora da lei, usava drogas o dia todo. Passei a roubar as pessoas e as portas do mundo do crime se abriram totalmente”, frisou.

‘Uma enfermeira lia a Bíblia para mim’

Com a cocaína lhe dando uma sensação de invencibilidade, Drew disse que se sentia respeitado: “As pessoas me respeitavam mais quando eu usava drogas. Elas me levavam mais a sério e eu estava definitivamente viciado. Eu precisava do vício para me fazer quem eu era”, reconheceu.


Foi em 2012 que os três criminosos invadiram sua casa. O tiro na cabeça dilacerou parte do cérebro, em vez de atravessá-lo. Ao ser socorrido, foi levado imediatamente ao hospital.


Assim que acordou, percebeu a surdez no ouvido esquerdo e não conseguia abrir a boca para falar: “A primeira pergunta que fiz, escrevendo, foi: 'O que aconteceu?' E responderam que eu havia sido baleado com uma pistola calibre 45 quase à queima-roupa e que eu nem deveria estar vivo”.


Uma enfermeira sentou-se ao seu lado e começou a ler a Bíblia e a orar: “Era exatamente isso o que eu queria que ela fizesse, mas eu não podia falar porque minha boca estava com pontos”. E, durante 90 dias, foi o que a profissional continuou fazendo.

‘Deus quer fazer algo em sua vida’

A enfermeira, que leu o prontuário de Drew, disse que entendia o que estava acontecendo: “Você não deveria estar vivo, mas está e Deus tem planos para você. Sabe, Deus quer fazer algo em sua vida”.


“Eu apenas me submeti a isso. E quando saí do hospital, sabe, ela me disse: 'Prometa-me que você vai encontrar uma igreja.' Ela ganhou minha confiança e meu respeito por sua perseverança, então eu disse a ela que o faria”, contou.


No dia seguinte, Drew entrou em uma igreja e disse que, num instante, sentiu que havia encontrado o que desejou por toda a sua vida: “Meus olhos se encheram de lágrimas, não sei porquê. O pastor fez um apelo para quem queria aceitar Jesus e eu só conseguia chorar, cara”.


Drew Anderson. (Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

‘Uma paz tomou conta de mim’

Aceitei Jesus como meu Senhor e Salvador e um peso saiu, uma paz tomou conta de mim”, disse ao compartilhar que foi libertado do vício em drogas e que sua identidade foi redefinida enquanto mergulhava na Bíblia e frequentava a igreja.


“Quando comecei a ler a palavra, me senti diferente. Quando comecei a orar, senti a paz que sempre procurei. Comecei a ler sobre minha identidade em um livro e me encontrei no Senhor”, citou.


Hoje, Drew diz que é muito grato a Deus ter poupado sua vida e pela chance que teve de encontrar significado e propósito no tempo que lhe foi dado.

“Perdi tanto tempo, perdi tanta gente. Perdi tempo até com meus pais. E, cara, mesmo assim Deus restaurou tudo. Tenho uma linda esposa, uma linda família e um ministério. Tenho muitos filhos espirituais agora que sou pastor de jovens. Sou muito grato por Jesus ter se apresentado a mim, pois eu nunca o teria procurado”, concluiu.

Drew Anderson. (Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Café ☕️ com Deus “lançado fora o medo” 2º Timóteo 1:7

Lançando fora o medo

2º Timóteo 1:7




ONU condena Israel 15 vezes e ignora países que violam direitos humanos

A Organização das Nações Unidas está sendo acusada por seu posicionamento parcial e por ocultar nações que violam os direitos humanos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE TIMES OF ISRAEL

Assembléia Geral da ONU, Nova York, EUA, em 2018. (Foto: Reprodução/Flickr Palácio do Planalto)

A Assembleia Geral da ONU foi criticada por condenar somente Israel em 15 resoluções. O Estado judeu parece ter sido o alvo da organização em 2022. Na votação, todos os demais países da lista somaram um total de 13 resoluções. Confira aqui a lista divulgada pela ONU:

Coreia do Norte — 1

Venezuela — 0

Mianmar — 1

Líbano — 0

Paquistão — 0

Hamas — 0

Argélia — 0

Turquia — 0

Rússia — 6

China — 0

Catar — 0

Arábia Saudita — 0

Israel — 15

Síria — 1

Iraque — 0

Irã — 1

EUA — 1

O Conselho de Direitos Humanos da ONU já foi apontado por seu “viés anti-Israel obsessivo”, pelo embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan.

Já faz algum tempo que ele vem alertando sobre as condenações desproporcionais a Israel quanto às violações do direito humanitário internacional e todas as alegadas violações e abusos da lei internacional de direitos humanos.

“É um absurdo que de um total de 28 resoluções da Assembleia Geral da ONU que criticam os países este ano, mais da metade esteja focada em uma única nação — Israel”, disse Hillel Neuer, diretor executivo da UN Watch, uma organização que monitora a ONU, com sede em Genebra, na Suíça.

“Não se engane, o objetivo desses textos distorcidos não é promover os direitos humanos, mas demonizar o Estado judeu”, ele alertou.

Hamas é citado ‘entre as nações’ sem nenhuma acusação

É possível verificar que a ONU se preocupou com o mandato do “Comitê para o Exercício dos Direitos Inalienáveis ​​do Povo Palestino”, de 25 nações, que produz relatórios parciais que examinam apenas Israel, fechando os olhos para o terrorismo do Hamas e outros grupos palestinos.

É o único comitê de direitos humanos da Assembléia Geral dedicado a uma única causa. Aliás, vale ressaltar que o Hamas foi incluído na lista da ONU e está entre as ‘nações’ analisadas.

“Por que não existe um comitê da ONU de 25 nações dedicado a violações grosseiras e sistemáticas dos direitos humanos pelos regimes do Irã, China ou Rússia?” questionou oportunamente Neuer.

“Depois que o regime sírio matou meio milhão de seu próprio povo, como a ONU pode pedir que mais pessoas sejam entregues ao governo de Assad, mesmo fechando os olhos para o aumento militar agressivo do Irã na área, incluindo os terroristas do Hezbollah?”, perguntou ao dizer que o texto da ONU é “moralmente irritante e logicamente absurdo”.

‘Relatório unilateral distorcido e antissemita’

Neuer continua seus questionamentos e aponta para certas injustiças que coloca a ONU como parcial: “Por exemplo, embora uma das resoluções inclua uma cláusula preambular com uma condenação indireta e genérica de foguetes disparados contra israelenses, nenhum dos textos faz qualquer condenação explícita da Jihad Islâmica por ter bombardeado civis israelenses com mais de 1.100 foguetes, disparados de Gaza em um período de três dias, mesmo que cada míssil disparado represente um crime de guerra sob o direito internacional”.

“A maioria automática da ONU não tem interesse em proteger os direitos humanos de ninguém. O objetivo dessas condenações rituais e unilaterais é fazer de Israel o bode expiatório”, continuou.

Em 2021, Gilad Erdan chegou a rasgar o relatório de direitos humanos durante uma reunião da ONU.

“Desde o estabelecimento do conselho há 15 anos, a organização decidiu culpar e condenar Israel não 10 vezes como o Irã ou 35 vezes como a Síria. O Conselho de Direitos Humanos atacou Israel com 95 resoluções. Em comparação com 142 contra todos os outros países combinados”, disse na ocasião.

“Foi este palco que o próprio direito do povo judeu, de ter um lar nacional, foi declarado racista. Uma decisão que foi justamente anulada. E isso é exatamente o que deve ser feito com este relatório unilateral distorcido e antissemita”, disse ao concluir que o único lugar do relatório era “na lata de lixo do antissemitismo”.