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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Estado de Israel comemora 69 anos de criação

Por meio de uma Assembleia Geral presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, o plano de divisão da Palestina foi aprovado, apesar do povo árabe se mostrar contra.

Histórica declaração do patriarca David Ben-Gurion na independência de Israel. (Foto: Reprodução).
Histórica declaração do patriarca David Ben-Gurion na independência de Israel. (Foto: Reprodução).
O dia de hoje é uma data que precisa ser lembrada. Há exatos 69 anos a Organização das Nações Unidas (ONU), em Assembleia Geral presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, aprovou o plano de Partilha da Palestina (Resolução 181), com a criação de um Estado judeu e um Estado árabe. E foi assim que nasceu o Estado de Israel, ou simplesmente Israel, a região mais requisitada pelo povo cristão que só foi oficializada e reconhecida como país em 1948.

No ano anterior, em 1947, os britânicos decidiram sair da Palestina, devido aos conflitos entre árabes e judeus, e solicitaram à ONU uma decisão sobre o território. Já no dia 29 de novembro do mesmo ano o brasileiro Oswaldo Aranha aprovou a divisão da região. Os judeus aceitaram a Partilha, mas os árabes não. E como resultado desse conflito houve muitas guerras que se seguiram após a fundação de Israel.

Tais guerras mostraram que os árabes estavam mais preocupados em destruir Israel do que em construir o seu Estado. Então, no dia 30 de novembro de 1947, um dia após a recusa da divisão da Palestina pelo povo árabe, começou uma onda de violência, incitada pelos líderes árabes e não pelo povo palestino.

Contextualizando
O agravamento de conflitos entre judeus e árabes fez com que os ingleses repassaram o problema para a ONU, que criou o Comitê Especial para Palestina (UNSCOP) com o objetivo de tratar da decisão pela partilha do território. Na época, o eleito para a Assembleia Geral de 1948, que ficou encarregado de gerir essa questão, foi o brasileiro que havia sido ministro de Getúlio Vargas: Oswaldo Aranha.

Ele advogou em favor da criação do Estado judaico e realizou uma votação de delegados das nações. Todos os países árabes votaram contra a criação de Israel. Alguns países ocidentais, como a Inglaterra, não votaram, mas a maioria votou a favor. O Estado de Israel foi então declarado oficialmente existente. Ben-Gurion foi o líder judeu que encabeçou todo o processo, contornando a ala radical. Foi ele que, inclusive, assinou a declaração de Independência de Israel no Museu Nacional de Tel Aviv, e, depois, foi eleito o primeiro-ministro da república parlamentarista de Israel.
Oswaldo Aranha, o brasileiro que havia sido ministro de Getúlio Vargas e advogou a favor de Israel. (Foto: Reprodução).
Representação
O povo judeu já enfrentou os romanos que celebravam a morte de cristãos nos circos de Roma. Os judeus também resistiram ao massacre dos nazistas comandado por Adolf Hitler. São pessoas que atravessaram a história por meio de grandes lutas e sofrimento. Filmes como “O Pianista”, “O Menino do Pijama Listrado”, “A Vida é Bela” e “A Lista de Schindler” retratam algumas dessas histórias. Não podemos esquecer do romance realista “Ben-Hur” que ganhou uma nova versão neste ano.
Oswaldo Aranha

Osvaldo Aranha foi uma das figuras mais importantes de seu tempo. Natural de Alegrete, Rio Grande do Sul, ele participou de forma ativa da vida política brasileira, sendo um dos principais articuladores da revolução de 1930, e da campanha da Aliança Liberal, para a deposição do Presidente Washington Luís. No ano de 1934 aceitou o cargo de embaixador do Brasil em Washington, onde cultivava amizade e consideração com os principais políticos do país.

Em 1937, com a instituição do Estado Novo, o Embaixador pediu exoneração do cargo, por não concordar com os tramites políticos de Getúlio Vargas. Mas, março de 1938, depois de uma longa conversa com o Presidente, ele aceita o cargo de Ministro das Relações Exteriores. Esse é o ponto mais importante para o país em relação a postura do Brasil frente a massificação das doutrinas pró-nações do Eixo, que alinhavam-se com a política do Estado Novo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CONIB