sexta-feira, 2 de junho de 2023

Irã executou mais de 300 pessoas em 2023, segundo grupo de direitos humanos

Só no mês de maio, 142 pessoas foram enforcadas pela República Islâmica.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL

Aumenta número de execuções por enforcamento no Irã. (Foto representativa: Wikimedia Commons/Hamidreza Nikoomaram)

A organização Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega, disse que o Irã executou 307 pessoas neste ano — um aumento de 75% em relação ao mesmo período em 2022.

Só no mês de maio, 142 pessoas foram executadas pela República Islâmica. Este número é o maior desde 2015 e significa que, na média, mais de 4 pessoas estão sendo enforcadas diariamente, conforme o The Times of Israel.

Os defensores da vida acusam o Irã de intensificar as execuções para incutir medo na população enquanto a liderança se move para reprimir o movimento de protesto que eclodiu em setembro.

Enforcamentos

Sete homens foram enforcados em casos relacionados aos protestos, mas ativistas dizem que as execuções aumentaram em casos menos importantes, entre eles, execuções por uso e porte de drogas, homicídios e casos relacionados a questões étnicas e religiosas.

“O objetivo da intensificação das execuções arbitrárias da República Islâmica é espalhar o medo social para evitar protestos e prolongar seu governo”, disse o diretor do IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam.

“Se a comunidade internacional não mostrar uma reação mais forte à atual onda de execuções, centenas mais serão vítimas de sua ‘máquina de matar’ nos próximos meses”, continuou.

A República Islâmica executa mais pessoas a cada ano do que qualquer outra nação, ficando atrás somente da China, de acordo com a Anistia Internacional.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Como os crimes cometidos pela Venezuela afetam os cristãos

O país é apontado por violar direitos humanos e pela atual crise de imigração entre os venezuelanos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA BBC E CNN

Nicolás Maduro. (Foto: Wikimedia Commons/Kremlin)

A visita do ditador Nicolás Maduro ao Brasil para participar de encontros com o presidente Lula e outros 10 líderes de países sul-americanos levantou diversas polêmicas nas redes sociais.

É a primeira vez que o presidente da Venezuela vem ao Brasil desde 2015 e a primeira desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro o proibiu de entrar em território brasileiro, em 2019.

O jornalista da BBC News, Leandro Prazeres, citou pelo menos três polêmicas que giram em torno da presença do ditador no país: “Direitos humanos, crise de imigração e a enorme dívida que a Venezuela tem com o Brasil, feita por empreiteiras investigadas e condenadas.”

Para o pastor venezuelano, Enrique Soto, tudo o que acontece na Venezuela tem a ver com um problema espiritual: “Muitos estão sendo tocados pelo Senhor, mas muitos ainda se apegam à feitiçaria, santeria e todo tipo de idolatria. A guerra espiritual é intensa”.

Soto explica que o falecido presidente Hugo Chávez era um sacerdote da santeria — religião afro-cubana que tem rituais parecidos com o Candomblé no Brasil — e fez todos os tipos de pactos e rituais satânicos, auxiliados por Cuba, a fim de manter o poder e entregar a Venezuela às trevas do comunismo.

‘Venezuela é denunciada por violar direitos humanos’

Maduro não mede esforços para conter aqueles que protestam contra o seu governo, conforme a BBC: “Há prática de violência contra manifestantes, mas o governo da Venezuela rebate as acusações dizendo que isso faz parte de uma campanha internacional para desacreditar a liderança de Maduro”.

‘Crise de imigração e dívida com o Brasil’

A Venezuela passa por uma grave crise política, econômica e humanitária, o que vem causando a imigração de milhares de venezuelanos para diversos países. Mais de 6,1 milhões fugiram da Venezuela nos últimos anos”.

O Brasil já recebeu 320 mil imigrantes venezuelanos que entraram pela fronteira entre os dois países, no estado de Roraima.

Um dos pontos mais polêmicos da vinda de Maduro ao Brasil é a dívida que a Venezuela tem com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“Até março deste ano, as dívidas totalizavam US$ 722 milhões (aproximadamente 3,6 bilhões de reais). O valor é referente a financiamentos feitos pelo Banco para obras de infraestrutura na Venezuela. E, parte delas foi feita por empreiteiras investigadas e condenadas pela Operação Lava Jato”, lembrou o jornalista da BBC.

Crise humanitária e o papel da Igreja

A situação dos venezuelanos é delicada. Sob o regime socialista, os militares assumiram grande parte da economia, incluindo a distribuição de alimentos. “A eletricidade é cortada diariamente. Há escassez de comida e remédios. O preço do petróleo está em queda. E para acrescentar, a agitação política deixou a nação em turbulência”, explicou Vernon Brewer, fundador da organização cristã World Help.

O pastor compartilha que a Igreja tem sido atuante na distribuição de alimentos, remédios e, principalmente, na esperança espiritual: “Sendo as mãos e pés de Jesus e mostrando o amor de Cristo, que é o mais importante para essas pessoas, que estão cercadas de desesperança. Não estamos apenas distribuindo comida para os cristãos, estamos distribuindo comida para todos”.

Perseguições e crimes cometidos pela Venezuela

Os atos documentados de perseguição e criminalização, conforme um relatório do Cepaz (Centro de Justiça e Paz), em 2022, constituem uma violação dos direitos humanos e liberdades fundamentais das vítimas.

O relatório especifica violação dos direitos como a vida, integridade pessoal, liberdade de expressão e religião, liberdade de reunião e associação, garantias judiciais, paz, entre outros que garantem os referidos direitos essenciais para uma sociedade livre e democrática.

“Na Venezuela parece haver motivos razoáveis ​​para supor que a política de perseguição e criminalização tenha sido cometida em conjunto com outros crimes contra a humanidade, como assassinatos, prisões, torturas e estupros”, diz ainda o relatório.

Em 2020, a Missão Internacional Independente de Investigação sobre a Venezuela também apresentou um relatório exaustivo, no qual concluiu que as autoridades venezuelanas cometeram crimes contra a humanidade, incluindo o crime de perseguição.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Mais de 3 bilhões de pessoas ainda não ouviram falar de Jesus

Domingo (28) foi o Dia Internacional dos Povos Não Alcançados, quando lembramos das mais de 3,39 bilhões de pessoas que não têm acesso ao Evangelho.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE JOSHUA PROJECT


A maior parte dos não alcançados está na janela 10/40. (Foto: Facebook/Missio Nexus).

Domingo (28) foi o Dia Internacional dos Povos Não Alcançados. Enquanto a população global atinge 8 bilhões, um terço do mundo ainda continua sem acesso ao Evangelho.

De acordo com o Joshua Project, uma organização cristã que realiza estudos sobre os não alcançados, 3,39 bilhões de pessoas não conhecem Jesus, o número representa 42,5% da população mundial.

Hoje, há 17.443 grupos de pessoas sem acesso ao Evangelho pelo mundo. No Brasil, há 49 grupos não alcançados.

O que são Povos Não Alcançados?

Em geral, as organizações missionárias definem nações e comunidades como “povos não alcançados” quando menos de 2% da população é cristã e não há Bíblia disponível no idioma local.

De acordo com Marv Newell, missiologista da Missio Nexus, o que torna um grupo de pessoas “não alcançado” é o critério dos “três nãos”. “Estamos falando de lugares onde não há igrejas, nem Bíblia e nem crentes”, pontua.

Os “três nãos” pelas quais alguns grupos de pessoas permanecem não alcançados são:

1. São difíceis de encontrar: Os evangélicos podem negligenciar esses grupos porque eles estão inseridos em uma comunidade maior de pessoas não alcançadas. Os surdos, por exemplo, se enquadram nesta categoria; já que a comunidade “ouvinte” ao redor pode ter acesso ao Evangelho, mas não há Bíblias na língua de sinais local.

2. São cercados pela religião: Da mesma forma, alguns grupos de pessoas permanecem não alcançados porque estão “isolados” pela religião da comunidade. “Eles estão tão isolados em sua experiência religiosa que se contentam com ela, mas não conhecem a verdade do Evangelho”, diz Newell sobre grupos como muçulmanos, hindus e budistas.

3. São difíceis de alcançar: Esses grupos de pessoas permanecem não alcançados devido ao ambiente geográfico ou geopolítico. Em alguns países, “o Evangelho não pode nem mesmo ser mencionado”, diz Newell. “Estamos falando de lugares como Iêmen, Arábia Saudita, Coreia do Norte, Afeganistão”.

Janela 10/40

A maior parte deste grupo está localizada no que é chamado de Janela 10/40, que inclui a maioria dos muçulmanos, hindus e budistas do mundo, especialmente no norte da África, Oriente Médio e Ásia. Estas são também as áreas mais populosas do mundo, segundo a ONU.

Estima-se que 5,27 bilhões de pessoas habitem na Janela 10/40, divididas em aproximadamente 8.868 grupos distintos.

O continente menos alcançado pelo Evangelho é a Ásia, de acordo com o Joshua Project. Em especial, os países do Sul Asiático, como Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Maldivas, Nepal, Paquistão e Sri Lanka.

Em seguida vem o Sudeste Asiático, que compreende Mianmar, Brunei, Camboja, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia, Timor-Leste, Vietnã e Indonésia.

Campanha “Um terço de nós”

Todos os anos, a Aliança Pelos Não Alcançados lança a campanha “A Third of Us” (“Um Terço de Nós”, em português) para divulgar a causa e conscientizar mais cristãos ao redor do mundo, no Dia Internacional dos Povos Não Alcançados.

Igrejas e famílias podem participar da campanha. O site da “A Third of Us” disponibiliza diversos materiais educativos sobre os não alcançados e sobre maneiras de contribuir na Grande Comissão.

A campanha também promove o Desafio de Oração 1:11, onde cristãos de todo mundo vão se reunir às 13h11 no domingo, para orar pelas pessoas não alcançadas.