sexta-feira, 10 de maio de 2024

Franklin Graham enviará avião com sistemas de filtragem de água e suprimentos para o RS

O avião de carga 757 da Samaritan’s Purse está sendo preparado para trazer kits de higiene, luzes solares e outros suprimentos aos gaúchos afetados.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE SAMARITAN'S PURSE


O avião da Samaritan’s Purse está sendo preparado para ir ao RS. (Foto: Samaritan’s Purse).

A organização humanitária de Franklin Graham, Samaritan’s Purse, vai enviar seu avião de carga 757 ao Rio Grande do Sul, para ajudar na enchente histórica que devastou o estado.

De acordo com a missão, o avião vai transportar sistemas de filtragem de água para uso individual, kits de higiene, luzes solares e outros suprimentos emergenciais para socorrer os gaúchos afetados.

A Samaritan’s Purse também vai fornecer dez sistemas comunitários de filtragem de água, cada um tem a capacidade de prover água potável para até 10.000 pessoas por dia.

A Equipe de Resposta de Assistência a Desastres, especializada em servir em tragédias no mundo todo, já está em Porto Alegre, preparando uma ação humanitária, em parceria com as autoridades e uma rede de igrejas locais.

A tripulação do Boing 757 já está carregando o avião para decolar rumo ao RS, assim que as permissões de voo forem finalizadas.

Enchentes no RS

Segundo o último boletim da Defesa Civil divulgado nesta quinta-feira (9), 107 pessoas morreram, 374 ficaram feridas e 136 moradores ainda estão desaparecidos devido às inundações.

Mais de 200 mil gaúchos estão desabrigados em 425 cidades atingidas. No total, mais de 1,4 milhões de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas.

A população ainda enfrenta a falta de água, energia elétrica, alimentos e sinal de internet. Mais de 750 mil imóveis estão sem abastecimento de água no Rio Grande do Sul, conforme a Defesa Civil.

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Família é vista louvando em casa alagada no RS: “Verdadeiros adoradores”

As vítimas adoraram a Deus em casa iluminada apenas por uma vela, em um bairro inundado em Esteio.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE G1

Família estava louvando em meio a escuridão em Esteio. (Foto: Reprodução/Instagram/Artcar auto center).

Uma família foi vista louvando a Deus em uma casa em meio à enchente em Esteio, no Rio Grande do Sul.

O momento emocionante foi gravado por um voluntário que está ajudando nos resgates das vítimas. Bynna, dono de uma loja de peças automotivas, fez resgates com seu jipe nos bairros inundados na cidade de Esteio.

No domingo (5), ele compartilhou um vídeo no Instagram em que passava de barco à noite em meio às casas alagadas no bairro Novo Esteio.

Em uma das residências, é possível ouvir um grupo de pessoas cantando louvores na escuridão.

“Escutem: o pessoal ‘rezando’ em uma casa aqui com uma velinha. Olha, até estrela tem, pessoal. São 9h05 da noite, no meio dessa aguaceira toda, o pessoal não ‘deixa cair a peteca’”, disse Bynna, no vídeo.


Com violão, os cristãos cantavam o louvor “Ser Mudado”, de Alessandro Vilas Boas, que diz: “Não é que eu não seja grato / por tudo que tens feito em mim / mas meu coração tem chorado por Ti”.

O vídeo já tem mais de 9 milhões de visualizações e recebeu centenas de comentários de usuários emocionados.

“Estão adorando! Você presenciou verdadeiros adoradores. Glória a Deus!”, escreveu um homem. Outra usuária refletiu: “A única coisa que a água não pode levar é nossa fé”.

Já o pastor Felipe Melo, da Rio Life Church, comentou: “Não tem como não lembrar de Paulo e Silas na prisão. Que coisa linda”.

Enchentes no RS

Segundo o último boletim da Defesa Civil divulgado nesta terça-feira (7), 90 pessoas morreram, 361 ficaram feridas e 132 moradores ainda estão desaparecidos, pelas enchentes no estado.

Mais de 130 mil estão desabrigados em 341 cidades atingidas. No total, 844 mil pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas.

O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública, após as fortes chuvas provocaram enchentes, deslizamentos, rompimentos de barragens e destruição em grande parte do estado.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Missionários são evacuados do Haiti por questões de segurança: “Está um caos”

Alguns missionários que estavam em regiões perigosas viram pessoas sendo queimadas.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

(Foto: Montagem/Guiame | Arquivo pessoal de Priscila Jodas Pyrhus e Reginald Ferreira Pyhrus)

O Haiti está em crise novamente. Depois do assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho de 2021, tanto o povo haitiano quanto as igrejas e missionários que vivem no país foram afetados.

A agitação civil e a onda de violência de gangues armadas tem levado o país ao caos. Em entrevista ao Guiame, a missionária Priscila Jodas Pyrhus, que vive no Haiti desde 2018, disse que a situação piorou bastante.

“Depois que o primeiro-ministro tomou posse, ele nunca mais saiu do poder e as coisas foram se agravando, as gangues tomaram a cidade de Porto Príncipe e nos impediu de continuar com os trabalhos em Bon Repos”, contou ao mencionar que depois da confusão, Ariel Henry renunciou ao cargo e anunciou sobre o governo de transição para dar início ao processo das eleições.

Priscila conta que, durante essas decisões, as gangues rebeldes invadiram duas prisões e soltaram mais de 4 mil presos, fazendo aumentar a insegurança: “Eles invadiram o aeroporto e atiraram em algumas aeronaves”.

“O aeroporto, o porto e a fronteira com a República Dominicana foram fechados. O Haiti ficou sitiado, não tinha como entrar ou sair. Foi quando vários países decidiram evacuar seus cidadãos”, continuou ao explicar que a Embaixada Brasileira entrou em contato para saber se ela queria voltar para o Brasil.

Projeto social e evangelístico no Haiti. (Foto: Arquivo pessoal/Priscila Jodas)

‘Tive que deixar meu marido’

A missionária aceitou a proposta do Brasil e saiu do Haiti: “Perdemos um primo do meu marido em meio a essa guerra. Depois disso, decidimos aceitar a proposta de evacuar. Ao todo, sete missionários aceitaram e fomos levados de helicóptero até uma cidade da República Dominicana, no dia 10 de abril”.

“Entre os missionários que saíram do Haiti, alguns contam que viram pessoas sendo queimadas. Eles estavam no meio das gangues, em regiões bem perigosas, com tiros e balas perdidas”, contou.

A Embaixada Dominicana enviou uma van para levar os missionários até Santo Domingo: “De lá, foi cada um por si para retornar ao Brasil. Foi uma decisão muito difícil porque tive que deixar o meu marido que é haitiano”.

A missionária é casada com Reginald Ferreira Pyhrus. Ele continua no Haiti porque não conseguiu visto para entrar na República Dominicana: “O relacionamento entre os dois países não é bom e, por questões políticas, eles não permitem que haitianos entrem no país, mesmo com o visto”, explicou.

Com o aeroporto do Haiti fechado, a única fuga no momento é a República Dominicana: “Não existe outra forma de sair do país, então meu marido ficou preso lá. Eu peço orações para que ele consiga sair de lá de alguma forma”.

Projeto social e evangelístico no Haiti. (Foto: Arquivo pessoal/Priscila Jodas)

‘Não está nada fácil’

A missionária explica que com toda essa confusão, a situação alimentar no país também piorou. “Faltam alimentos, não está nada fácil. Apesar disso, meu marido continua com os projetos em nossa casa e eu estou dando aula online”, compartilhou.

Apesar de não haver perseguição religiosa declarada no país, a violência das gangues impede o evangelismo. “Por conta da violência não é possível realizar as ações de evangelização, tem muita gente saindo do Haiti”.

Enquanto Reginald continua tentando ser evacuado do país, Priscila explica que o casal planeja voltar para o Haiti, em julho, para continuar o trabalho de missões com as crianças. “Enquanto estou aqui no Brasil, vou cuidar da saúde”, ela disse.

Durante a entrevista, Reginald enviou um áudio dando detalhes sobre a questão da perseguição aos cristãos: “Tem acontecido nos últimos anos, é bem recente. Tem dois tipos de gangue aqui, os que tomam essa decisão e os que são influenciados”.

De acordo com o missionário, os rebeldes por opção atacam a Igreja. “Eles sequestram pastores, líderes e fieis. No ano passado, eles entraram em igrejas e as queimaram. Invadiram a Primeira Igreja Batista de Porto Príncipe, quebraram tudo e levaram vários instrumentos”, relatou.

“A violência acontece porque a Igreja prega contra a maldade, contra o tráfico, a mentira, o roubo e a corrupção. E se pregamos contra o que eles estão fazendo, nos tornamos inimigos deles. Pode não ser uma grande perseguição, mas está evoluindo nos últimos três anos. A Igreja no Haiti já foi muito respeitada, mas agora eles estão batendo de frente”, concluiu.