sexta-feira, 16 de julho de 2021

Parlamentares em Israel discutem preparação para o acesso ao Terceiro Templo

Atualmente, uma ponte de madeira conecta o Muro das Lamentações ao Monte do Templo, sendo o único acesso para visitantes não-muçulmanos.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO JERUSALEM POST

Ponte de madeira que liga o complexo do Muro das Lamentações ao Monte do Templo em Jerusalém. (Foto: Nati Shohat/Flash90)

Um grupo de parlamentares israelenses realizou uma discussão no Knesset na terça-feira (13) sobre a substituição da rampa de acesso ao Monte do Templo, sugerindo construir um acesso permanente para o futuro projeto do Terceiro Templo.

A ponte Mughrabi é um acesso de madeira que conecta a praça do Muro das Lamentações com o Monte do Templo em Jerusalém. Este é o único acesso para visitantes não-muçulmanos ao complexo da Esplanada das Mesquitas.

“Não é apenas uma questão de engenharia”, disse o parlamentar Simcha Rotman, do Partido Sionista Religioso. “[Como pode] a entrada para o Monte do Templo ser uma estrutura temporária? Voltamos para nossa terra. Precisamos pensar em como as pessoas irão ao Monte do Templo assim que o Templo for reconstruído.”

O acesso de visitantes não-muçulmanos ao Monte do Templo era feito por uma rampa de terra. Até que, em 2004, um terremoto provocou a queda parcial de um muro de 800 anos, que segurava parte da colina que levava ao Portão Mughrabi, provocando o desmoronamento da rampa.

A atual ponte de madeira foi construída em 2007 como uma medida temporária. Israel tentou iniciar a construção de uma rampa permanente, mas foi acusado pelo Waqf — consórcio islâmico que administra os edifícios muçulmanos no Monte do Templo — de tentar derrubar o Domo da Rocha.

Como resultado, a ponte ainda está de pé, com a adição de uma grande estrutura de viga de metal em 2013, para tornar a rampa mais segura. Em 2014, Israel iniciou a construção de uma segunda ponte para o Portão Mughrabi, como um suplemento mais seguro, mas as obras foram interrompidas por vontade do governo da Jordânia.

A velha rampa de terra na década de 1970, construída sobre uma colina. (Foto: Wikimedia Commons)

“Não há constrangimento maior do que o fato de precisarmos da aprovação de um país estrangeiro para substituir a ponte Mughrabi”, disse Bentzi Gopshtein, diretor do grupo judaico Lehava.

Mais acesso aos judeus e o Terceiro Templo

Ao longo da discussão, os parlamentares e ativistas ressaltaram a conexão judaica com o Monte do Templo e seu desejo de construir o Terceiro Templo. Também houve apelos para tornar o Monte do Templo mais acessível para os judeus.

Atualmente, a entrada da Ponte Mughrabi funciona das 7h às 11h e fecha às sextas e sábados, quando é aberta apenas para muçulmanos. Judeus e cristãos também são proibidos de orar no Monte do Templo.

“A situação está muito longe do que deveria ser”, reclamou Itamar Ben-Gvir, do Partido Sionista Religioso, que liderou a discussão. “Não estamos satisfeitos com o que temos. [Ter acesso ao Monte do Templo] é uma boa situação, mas pode melhorar.”

O plano de construir uma rampa permanente surge no contexto de aumentar a presença judaica no Monte do Templo. No próximo domingo, 18 de julho, é celebrado o jejum de Tisha Be'av, o dia em que o Primeiro e o Segundo Templos foram destruídos.

Gopshtein acredita que esta deveria ser uma oportunidade para a ação judaica no Monte do Templo. “Com a graça do céu, voltamos para nossa terra e estamos sentados no Knesset”, disse ele. “Não podemos chorar mais. Se você decidir chorar quando consegue agir, você está pecando.”

De acordo com a parlamentar Miri Regev, do partido Likud, o status quo é perigoso. Ela disse na segunda-feira (12) que a ponte tem potencial para desabar no setor feminino do Muro das Lamentações. “O sangue das vítimas estará nas mãos de todos aqueles que não agiram e permaneceram calados”, disse.

Os parlamentares também notaram a importância da questão após o desastre do Monte Meron em abril, no qual 45 pessoas morreram pisoteadas e mais de 150 foram feridas, em uma passarela escorregadia.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Mais de 300 mil pessoas se rendem a Jesus durante evangelismo em massa na Tanzânia

Após treinamento, evangelistas foram mobilizados pelo Cristo para Todas as Nações (CfaN) para pregar na Tanzânia.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO MISSIONS BOX

Pregação durante cruzada evangelística na Tanzânia. (Foto: Christ for all Nations USA)

Um exército de evangelistas está sendo mobilizado pelo ministério Cristo para Todas as Nações (CfaN), que carrega o sonho de ganhar 150.000 milhões de pessoas para Cristo nos próximos dez anos.

Após três meses intensos no Spring Bootcamp, um campo de treinamento sediado em Orlando (EUA), os evangelistas colocaram em prática o que aprenderam participando de uma série de eventos evangelísticos em toda a Tanzânia, na África Oriental.

De acordo com o CfaN, o impacto dos evangelistas após o treinamento foi notável: houve mais de 300.000 respostas ao Evangelho.

Depois de três meses de treinamento intensivo na sede do CfaN em Orlando, foram enviados à Tanzânia uma equipe com 19 treinadores de evangelismo e 94 alunos do Bootcamp, que juntos, participaram de cruzadas e evangelismo “um a um” em vários locais do país.

Houve mais de 300.000 respostas ao Evangelho na Tanzânia. (Foto: Christ for all Nations USA)

O diretor do Bootcamp do CfaN, Levi Lutz, explica a razão desta resposta notável ao Evangelho.

“Quando você lança o verdadeiro Evangelho, ele produz resultados. Sempre que você tenta torcer e manipular para ser palatável, você não vê resultados. E esses são autênticos evangelistas dos cinco ministérios. Eles pregam o Evangelho. Eles pregam a Bíblia. Eles lidam com o pecado, arrependimento e santidade”, disse Lutz. “316.000 pessoas — em uma estimativa conservadora — correram para a cruz e passaram da morte para a vida.”

Phillip Anderson, um dos graduados do Bootcamp, relembra de alguns desafios inesperados na Tanzânia. “Éramos um dos grupos que tinham um Gospel Truck (caminhão usado para evangelismo) que ficou atolado durante a metade de um dia. Mas não paramos”, disse.

“Pegamos alto-falantes, fomos a outros mercados e compartilhamos o Evangelho. E quando esses alto-falantes ou microfones quebraram, pegamos mais microfones e fomos para cima. Tivemos de 30 a 50 pessoas em cada apresentação do Evangelho em um mercado, que responderam ao Evangelho puro”, disse Anderson.

Pregação em massa no Gospel Truck, caminhão usado para evangelismo. (Foto: Christ for all Nations USA)

Lutz ressaltou os planos do CfaN de expandir seu programa de treinamento Bootcamp para mobilizar um exército de evangelistas em todo o mundo.

“À medida que esses pregadores do Evangelho estão equipados, espera-se que desempenhem um papel na meta da Década da Colheita Dupla do Cristo para Todas as Nações, de obter 150 milhões de salvações”, disse.

Fundado pelo evangelista Reinhard Bonnke em 1974 e agora liderado pelo evangelista Daniel Kolenda, o Cristo para Todas as Nações (CfaN) continua sendo o pioneiro do evangelismo em massa na África.

Até o momento, mais de 80 milhões de pessoas aceitaram Jesus em campanhas evangelísticas do CfaN, marcadas por demonstrações sobrenaturais do poder de Deus para curar doenças, restaurar vidas e transformar comunidades.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

‘Não aguentamos mais’: milhares de cubanos realizam protesto contra a ditadura comunista

“Não há comida, não há remédio, não há liberdade. Eles não nos deixam viver. Já estamos cansados”, desabafou um manifestante.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST

Protestos tomaram as ruas de Cuba em diversas cidades, neste domingo. (Foto: AFP)


Em Cuba, o povo demonstrou sua indignação contra o governo comunista, no domingo (11), indo às ruas para protestar sob gritos de “abaixo a ditadura”. Foi um dos maiores protestos na ilha nos últimos 60 anos.

De acordo com o Pew-Templeton (Projeto Religioso Global para o Futuro), os cristãos cubanos (cerca de 59% da população) enfrentam constante vigilância e infiltração do governo, embora a igreja esteja crescendo na ilha.

Em 2019, Cuba proibiu líderes evangélicos de viajarem a Washington, para falar sobre a situação dos direitos humanos durante a reunião ministerial do Departamento de Estado dos EUA sobre liberdade religiosa internacional.

Entre 2019 e 2020, o Departamento de Estado colocou Cuba em sua “lista especial de vigilância” de países que praticam ou toleram violações graves da liberdade religiosa.

Em um relatório de março de 2020, a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional detalhou como as autoridades cubanas manipularam o sistema legal para “promover o assédio persistente” contra os líderes religiosos. O painel também expressou preocupação com a negação da liberdade religiosa para ativistas de direitos humanos e jornalistas.

O governo cubano emendou sua Constituição em 1992, declarando Cuba um estado laico em vez de um estado ateu, permitindo parcialmente as atividades religiosas.

Desde então, a porcentagem da população do país, que se identifica como cristã, cresceu. No entanto, o regime comunista de Cuba persegue os cristãos. Uma nova constituição foi adotada em 2019, que também lista o país como um estado laico.

Sobre os protestos

Os cubanos estão enfrentando uma intensa escassez de medicamentos e alimentos e essa situação ficou ainda pior depois da pandemia. Esse foi um dos motivos que inspirou o povo a sair pelas ruas.

As restrições a viagens internacionais e os bloqueios por conta da Covid-19, durante vários meses, causaram a maior crise econômica em Cuba.

Os protestos ocorreram nas cidades ao redor do país caribenho, incluindo San Antonio de los Baños, Palma Soriano e Havana. “É a maior manifestação popular de protesto ao governo que vivemos em Cuba, desde 1959, o ano em que Fidel Castro assumiu o poder”, disse a ativista cubana Carolina Barrero, ao New York Times.

Os slogans que as pessoas gritavam incluíam “Sim, nós podemos!” e “Liberdade”, relatou o Washington Post. Os vídeos também surgiram nas redes sociais.

Horas depois do início dos protestos, o presidente Miguel Díaz-Canel se dirigiu à nação em rede nacional, instando os apoiadores do governo a confrontar os manifestantes nas ruas. Ele também aproveitou para acusar os Estados Unidos de causar a crise em Cuba ao impor sanções.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse que haverá uma resposta revolucionária aos protestos. (Foto: AFP)

Apoio dos americanos

Funcionários públicos da Flórida, onde vivem muitos migrantes e refugiados cubanos, apoiaram o protesto do povo cubano. “A Flórida apoia o povo de Cuba enquanto ele toma as ruas contra o regime tirânico de Havana”, escreveu o governador da Flórida, Ron DeSantis, no Twitter.

“A ditadura cubana reprimiu o povo cubano durante décadas e agora tenta silenciar aqueles que têm a coragem de se pronunciar contra suas políticas desastrosas”, disse o senador Marco Rubio, da Flórida, um cubano-americano.

Rubio também disse que solicitaria ao presidente Joe Biden e ao secretário de Estado Antony Blinken que “pedissem aos membros do exército cubano que não atirassem em seu povo”.

Segundo Selvia, uma das participantes do protesto, em San Antonio de los Baños, o movimento pede por mudanças no governo. “Isso é pela liberdade do povo, não podemos aguentar mais. Não temos medo. Queremos mudança, não queremos mais ditadura”, ela disse.

Alejandro, outro participante do protesto, em Pinar del Río, disse que viram o protesto em San Antonio e as pessoas começaram a sair às ruas também. “Este é o dia, não aguentamos mais”, disse o jovem. “Não há comida, não há remédio, não há liberdade. Eles não nos deixam viver. Já estamos cansados”, desabafou.

De acordo com a BBC News, em resposta aos protestantes, o presidente Diaz-Canel disse que “está pronto para tudo e que estará nas ruas combatendo”. Suas declarações foram transmitidas pela TV estatal.

“Não vamos admitir que nenhum contra-revolucionário, nenhum mercenário, nenhum vendido ao governo dos Estados Unidos, vendido ao império, recebendo dinheiro das agências, se deixando levar por todas as estratégias de subversão ideológica, desestabilize nosso país”, adicionou.

“Haverá uma resposta revolucionária”, ameaçou ele, conclamando os comunistas a enfrentar os protestos com “determinação, firmeza e coragem”. O apelo do presidente cubano provocou questionamentos entre opositores e nas redes sociais da ilha, que apontaram que ele estava “convocando uma guerra civil”.

As redes sociais da ilha têm servido nos últimos tempos para que os cubanos expressem seu mal-estar com relação ao governo e à situação no país. Os protestos em Cuba são muito incomuns e, quando ocorrem, são reprimidos.

Antes deste domingo, o maior protesto ocorrido em Cuba desde 1959 aconteceu em 1994 em frente ao Malecón em Havana, mas se limitou à capital e apenas algumas centenas de pessoas participaram. Desta vez foram milhares.