sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Bíblia é devolvida a sobrevivente do Holocausto 80 anos após ter sido perdida

O Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos ajudou a rastrear os descendentes da família Leiter para devolver a Bíblia a eles.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL


Jacob Leiter e Susi Kasper Leiter agora podem percorrer as páginas da Bíblia da família. (Foto: Jacob Leiter / Cortesia)

Depois de quase 80 anos, uma Bíblia hebraica escondida por uma família judia alemã que morreu no Holocausto foi devolvida aos seus descendentes em Nova York.

Asssim, a sobrevivente do Holocausto Susi Kasper Leiter e seu neto Jacob Leiter puderam se reencontrar com a Bíblia de 1.874.

O último dia 22 de agosto marcou 79 anos desde que os proprietários originais da Bíblia, Eduard e Ernestine Leiter, foram deportados da Alemanha para Theresienstadt, deixando para trás a Bíblia, de acordo com Jo-Ellyn Decker, bibliotecária pesquisadora e de referência para o sobrevivente do Holocausto e vítimas do Holocaust Memorial Museum dos EUA.

A família Leiter era originalmente de Stuttgart, mas foi forçada pelas autoridades alemãs a se mudar para uma casa em Oberdorf junto com outras sete famílias judias. Em 22 de agosto de 1942, as famílias foram todas enviadas para Theresienstadt.

“Eles devem ter pensado em esconder seus poucos e preciosos pertences na esperança de voltar para buscá-los, mas nunca mais voltaram”, disse Decker.

Algumas semanas depois, em setembro de 1942, os Leiters teriam sido deportados do Gueto de Theresienstadt para Treblinka, onde foram mortos durante os horrores do Holocausto.

De acordo com o museu, a Bíblia foi encontrada em 1990 em um sótão de uma velha casa em Oberdorf durante uma reforma. A família que comprou a casa encontrou a Bíblia atrás de uma parede dupla, junto com outros itens pessoais pertencentes aos Leiters.

Por anos eles carregaram a Bíblia por Leipzig, Kassel, Göttingen, Hanover, Rottweil e Pinneberg, e tinham a intenção de restaurá-la, disse o museu.

Em 2017, a família vendeu a Bíblia para o historiador de arte alemão Gerhard Roese.

Roese, percebendo o significado da Bíblia, criou um projeto fotográfico em torno dela. Mais tarde, ele o colocou em exibição em uma sinagoga local em Oberdorf.

A sinagoga fica a apenas algumas centenas de metros da casa que abrigou a Bíblia por décadas.

Família rastreada

Recentemente, o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos ajudou a rastrear os descendentes de Leiters a pedido de Roese, para devolver a Bíblia a eles.

Um representante viajou com a Bíblia da Alemanha aos Estados Unidos em junho para entregá-la pessoalmente a Susi Kasper Leiter e Jacob Leiter.

“Vinte e oito membros da minha própria família tragicamente não sobreviveram ao Holocausto”, disse Susi Kasper Leiter.

"Então, quando fomos notificados sobre a descoberta e a sobrevivência desta Bíblia, percebi que milagres podem acontecer. É uma nova conexão para meus filhos e netos, com a família Leiter cujo nome eles levam. Estou tomada por emoções e memórias e, ao mesmo tempo, muito grata por testemunhar isso”, disse ela.

“Não há palavras para descrever a bondade, paciência e carinho das pessoas maravilhosas envolvidas na Alemanha para garantir que a Bíblia fosse devolvida a seus legítimos proprietários”, acrescentou Susi Kasper Leiter.

Susi Kasper Leiter, atualmente morando na cidade de Nova York, sobreviveu ao Holocausto como uma criança refugiada que veio para os Estados Unidos. Ela se casou com Max Leiter e o casal teve dois filhos, Richard e Steve; e três netos: Alexandra, Samantha e Jacob.

Max Leiter é neto dos proprietários originais da Bíblia, Eduard e Ernestine Leiter. Ele morreu em 2008.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

‘Só Deus explica a gente estar de pé’, diz Bolsonaro sobre crises

Captura do Google


Fonte: Gospelmais Thiago Chagas

As múltiplas crises enfrentadas pelo país nos últimos anos e os constantes ataques a seu governo por parte da mídia e adversários políticos levou o presidente Jair Bolsonaro a reconhecer: ‘Só Deus explica a gente estar de pé’.

A frase foi dita pelo presidente durante conversa com cidadãos que foram ao Palácio da Alvorada, residência oficial, na última terça-feira, 24 de agosto.

Durante o diálogo, Bolsonaro disse que se sentia como alguém sendo “testado”. Em seguida, assistiu à apresentação de um coral evangélico e recebeu uma oração.

Numa espécie de retrospectiva do que passou durante os 31 meses de seu mandato até aqui, o mandatário lembrou que o governo enfrentou problemas como a pandemia, a crise da falta de chuvas que diminuiu o nível dos reservatórios e levou ao aumento da conta de energia elétrica, e a geada que atingiu o país neste ano, subindo os preços dos alimentos.

Esses eventos, especificamente, causam impacto direto na vida do cidadão e diminuem o poder aquisitivo do salário do trabalhador, fato que Bolsonaro demonstrou deixa-lo consternado.

“O que conforta a gente é ter a consciência em paz e mesmo com dois anos de governo, com desgaste, com inflação, que vem do ‘fique em casa, economia a gente vê depois’. Produzimos menos e gastamos mais, inflação tá aí. Mas isso é uma coisa que aconteceu no mundo todo”, avaliou.

“Só Ele [Deus] explica a gente estar de pé. Não falta gente querendo aquela cadeira, não é para bom uso não. Os que criticam não apontam soluções”, acrescentou o presidente.

Durante a conversa, o presidente reiterou seu posicionamento de cobrar mais transparência nas eleições e afirmou que já espera acusações da CPI sobre a covid-19 que vem sendo realizada.

Devido aos envolvidos, os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), Bolsonaro comparou os trabalhos da CPI ao “capeta apurando alguma coisa no paraíso”, segundo informações do jornal O Globo.

“Foi um primeiro ano difícil, o segundo acabou sendo mais difícil por causa da pandemia. Agora no terceiro, ainda tem um restinho da pandemia, espero que já esteja no final. Veio uma geada também. Estamos na maior crise hidrológica nos últimos 91 anos. Parece que eu estou sendo testado. Nunca se viu uma seca como essa. Reservatórios foram lá embaixo. Não sei como a gente tá resistindo ainda. Só tem uma explicação”, reiterou.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Claudio Duarte sobre risco à liberdade no Brasil: “Logo não poderemos falar na igreja”

O pastor Claudio Duarte alertou sobre o risco à liberdade de expressão e chamou os cristãos a se posicionarem.


FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES

Pastor Claudio Duarte alertou sobre risco à liberdade de expressão. 
(Foto: Igreja Batista Monte Horebe)

O pastor Claudio Duarte fez um “alerta à Igreja” sobre o risco da liberdade de expressão no Brasil. Sua mensagem, gravada em um culto, foi publicada nas redes sociais na terça-feira (17) pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

“Como pastor, eu preciso alertar a Igreja de alguma forma. Não apenas no ambiente religioso, mas no ambiente político”, disse Duarte. “Essa semana vivemos um momento ímpar, que acredito que virou uma chave no Brasil. Uma das primeiras pessoas desde a ditadura foi presa por expor sua opinião.”

O pastor se refere ao caso do presidente do PTB e ex-deputado, Roberto Jefferson, preso em 13 de agosto por “atentar contra a democracia e o Estado democrático de direito”, segundo o inquérito da milícia digital.

Duarte não entrou no mérito do discurso de Jefferson, mas disse que a expressão “milicianos digitais” chamou sua atenção. “Isso indica que qualquer pessoa, daqui uma fração de tempo, que expor sua opinião de forma contrária, num país que se diz democrático, vai ser presa”, comentou.

“Nós estamos à beira de uma revolução. Estamos à beira de uma guerra civil. E eu não estou potencializando, eu estou alertando a Igreja”, destacou o pastor.

De forma discreta, Duarte fez uma menção ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que celebrou a prisão de Jefferson no Twitter. “Lindo dia para todos!!!”, postou às 8h57, pouco depois da notícia sobre a prisão.

“Não dá mais!”, destacou o pastor. “Já já não vamos poder falar mais nada dentro de uma igreja. Para pregar o Evangelho, eu não preciso falar contra a homossexualidade. Para pregar o Evangelho, eu não preciso falar contra o racismo. Eu posso pregar o amor de Cristo e Ele transforma as pessoas. Mas já já eu não vou poder mais falar sobre Cristo na igreja, porque ninguém mais precisa de transformação, nada mais é pecado.”

Apelo à manifestação

Claudio Duarte fez ainda um apelo para as manifestações do dia 7 de setembro na Avenida Paulista, em São Paulo. Os manifestantes pretendem protestar pela defesa do voto impresso e o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

No sábado (14), o pastor Silas Malafaia também convocou evangélicos para endossar a manifestação de 7 de setembro. Ele afirmou que estará presente com diversos outros líderes evangélicos “como Samuel Câmara, Abner Ferreira, Abe Huber, Vitor Hugo, César Augusto, Renê Terra Nova, Rina e Estevam Hernandes”.

Por fim, Claudio Duarte diz que o preço a ser pago pela falta de liberdade de expressão vai acontecer, é só uma questão de tempo. “Pense nos seus filhos e netos, se você quer que eles te chamem de covarde ou valente. A nossa nação pertence ao Senhor!”, disse.

Veja a mensagem completa: