Ken Elliott foi sequestrado em 2016 por um grupo extremista ligado à Al-Qaeda.
Milhares de pessoas foram às ruas de Djibo, uma cidade do norte do Burkina Faso, na última segunda-feira (15) para pedir ao governo a libertação de um médico australiano, Ken Elliott, sequestrado há dois anos. O rapto foi reivindicado pelo "Emirate of the Sahara", um ramo da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico.
Djibo, na província de Soum, é a cidade onde o Dr. Elliott, com sua esposa, dirigiu uma clínica durante 40 onde era possível receber até 120 pacientes, até seu sequestro. Jocelyn Elliott foi libertada em fevereiro de 2016. O grupo islâmico disse em uma gravação de áudio que soltou a Sra. Elliott pois não queriam "deixar as mulheres envolvidas na guerra".
Ela disse na época que não deixaria Burkina Faso, mas a clínica não está mais operando.
Várias razões mobilizaram pessoas para exigir mais ações do governo para a libertação do médico. Chamado de “o médico dos pobres”, o Dr. Elliott oferecia tratamento gratuito aos seus pacientes, que economizavam quantias significativas de dinheiro.
Após o fechamento da clínica, as pessoas passaram a viajar centenas de quilômetros até a capital, Ouagadougou, por meio transportes pobres para obter algum atendimento médico. Também carecem de recursos financeiros para viajar, alojamento e o próprio tratamento. Estes afetam as crianças e os idosos em particular.
Um dos organizadores da manifestação em Djibo disse: "É com grande amargura que testemunhamos seu sofrimento". Os manifestantes afirmam que o governo não manteve sua promessa de reabrir a única clínica médica na cidade. Uma carta aberta dirigida ao presidente Roch Marc Kaboré, lida em voz alta, ressalta o pedido de que a clínica do cirurgião, resultado de um compromisso de 40 anos, continue.
O Dr. Elliott, que está preso fora do Burkina Faso, foi declarado cidadão da nação da África Ocidental por decreto oficial, em novembro de 2016. Em julho passado, o Dr. Elliott apareceu em um vídeo produzido por seus sequestradores, juntamente com vários outros reféns do sequestro ocidental.
Ele disse: "Este vídeo é para pedir a vários governos, em particular ao governo australiano e ao governo do Burkina, que façam o possível para ajudar a negociar a minha libertação". Dirigindo-se a sua família, ele acrescentou: "Eu só quero dizer, novamente, eu amo todos vocês e agradeço todas as orações e cuidados. Estou ansioso para um dia estar com vocês".
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO WORLD WATCH MONITOR
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