Claudineia estava grávida de nove meses quando ela e o bebê foram baleados durante um confronto entre criminosos e policiais, no Rio.
Depois de ter seu bebê atingido por uma bala perdida, ainda grávida, Claudineia dos Santos definiu a sobrevivência dos dois como um milagre de Deus.
Claudineia, de 29 anos, estava grávida de nove meses quando ela e o bebê foram baleados durante um confronto entre criminosos e policiais na comunidade do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
“Tenho superado essa dor com a ajuda de Deus e da minha família. Todo mundo está me apoiando. Em nome de Jesus, devemos sair disso”, disse ela, que é evangélica, em entrevista ao Extra.
“Se antes eu tinha fé, agora tenho muito mais. Vejo essa história toda como um milagre de Deus. No hospital, ainda disseram que meu filho pode ter salvado minha vida”, ela observa, comemorando a recuperação de seu filho, Arthur.
Na manhã deste sábado (8), Claudineia teve a experiência de alimentar o filho pela primeira vez. Arthur passou por uma cirurgia na coluna vertebral e segue internado em estado grave no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.
Além da papinha preparada pela equipe médica, a mãe teve seu contato mais próximo com o filho servindo o leite recolhido de seu próprio peito. “Senti uma emoção gostosa, foi uma sensação boa”, disse ela sobre o momento com Arthur
“Os médicos falaram que a recuperação é estável e que meu filho é um guerreiro forte. Sempre acreditei na recuperação dele. Nunca tive medo, pois Deus sempre esteve na minha frente. Foi na fé que eu consegui forças para que eu pudesse suportar minha dor e passar por tudo isso”, Claudineia afirmou.
Claudineia dos Santos, mãe do bebê baleado ainda no útero. (Foto: Reprodução/Rede Globo)
Segundo Vinícius Mansur Zogbi, coordenador do setor de Neurologia do hospital, a bala passou de raspão pela cabeça do bebê, feriu uma de suas orelhas, atingiu a clavícula, perfurou os dois pulmões e afetou a coluna cervical.
Na última quinta-feira, os médicos revelaram que há risco de Arthur ficar paraplégico, mas a família ora pelo contrário. O bebê está sendo mantido sob o efeito de remédios para não sentir dor e passa maior parte das horas dormindo.
“A mãe está muito esperançosa que o Arthur vai poder andar. Ela está feliz com essa possibilidade. Acreditamos que ele vai reagir bem a cirurgia na coluna”, afirma Walter, primo de Claudineia.
Claudineia segue sob cuidados em casa, com uma ferida em cicatrização na barriga. Focada na recuperação de Arthur, ela ainda não pensa em solicitar o poder público para possíveis indenizações, o que é garantido por lei.
“No momento, não pretendo procurar o governo, nada. Não quero esquentar a cabeça com isso. Quero estar com meu filho”, disse a mãe.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE EXTRA
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