Embora Israel seja uma nação democrática, judeus messiânicos revelaram que têm tido o direito negado de imigrar para o país, por causa de sua fé.
Quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que a nação estava “comprometida com a liberdade de todos os credos”, muitos judeus messiânicos tentaram fazer a aliá, termo que designa a imigração judaica para Israel.
“Em todo o Oriente Médio, as comunidades cristãs têm sido dizimadas e as minorias perseguidas. Mas aqui em Israel, estamos orgulhosos de ter uma comunidade cristã que está crescendo e prosperando, e nós garantimos os direitos de todos”, afirmou Netanyahu enquanto recebia o presidente norte-americano Donald Trump em seu país.
No entanto, judeus messiânicos revelaram que têm tido o direito negado de imigrar para Israel, por causa de sua fé. Um deles disse ao site Kehila News Israel que quando ouviu o discurso de Netanyahu, “só conseguia pensar: infelizmente os direitos de todos ainda não estão garantidos”.
Israel tem encorajado ativamente judeus de todo o mundo para fazerem a aliá. Aqueles que imigram, recebem um pacote de benefícios para começar a construir sua vida na nação, incluindo descontos em compras de casas e carros, reduções de impostos sobre sua renda e aulas gratuitas de hebraico.
Durante esse processo, o indivíduo precisa provar com seus documentos que é judeu ou neto de judeus. No entanto, os judeus que acreditam em Jesus Cristo são encarados como “cristãos” e não são considerados elegíveis para a cidadania israelense — mesmo que tenham provado a sua linhagem judaica.
Um casal de judeus messiânicos, que escolheu manter sua identidade anônima, apresentou todos os seus documentos para fazer aliá e esperou uma resposta por meses. Eles compraram uma casa em Israel e começaram a viver de suas economias, sem contar com o apoio do estado. Finalmente, veio a resposta do Ministério do Interior de Israel.
“‘Você teve a cidadania negada porque pertence ao judaísmo messiânico, que é uma exceção à Lei do Retorno’, apesar do fato de sermos 100% judeus”, contou J.
Ele ainda observou que em todas as nações democráticas do mundo, os judeus são livres para acreditar no que quiserem. Mesmo em Israel, é possível encontrar um judeu envolvido na Nova Era, Budismo ou ateísmo.
“Mas se eu acredito em Yeshua (Jesus), sou rotulado como um ‘missionário perigoso’”, disse J. “A ideia do Primeiro-Ministro não é garantir os direitos de todos. Talvez, agora é a hora de defender as palavras que ele proclamou ao presidente dos Estados Unidos”.
Os advogados de J. acreditam que o casal não irá receber a cidadania, apesar de um processo de apelação que já dura anos.
Em outro caso, a judia israelense A. e seu marido, que não é judeu, foram chamados pelo Ministério do Interior e interrogados separadamente. “Nós sentimos como se fôssemos criminosos”, disse ela.
“Nós não estamos aqui para tentar mudar as leis de Israel. Estamos apenas pedindo alguma forma de permanecer aqui e continuar servindo a nossa cidade”, disse J.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE KEHILA NEWS ISRAEL
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